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13 fevereiro 2020

"Jojo Rabitt" - a guerra pelo olhar puro de uma criança

Taika Waititi e Roman Griffin Davis formam a dupla de amigos improváveis que proporcionam momentos bem divertidos (Fotos: 20th Century Fox / Divulgação)

Maristela Bretas


Com uma abordagem lúdica e ao mesmo tempo satírica sobre a guerra, "Jojo Rabitt", do diretor Taika Waititi ("Thor: Ragnarok" - 2017) é uma história que mexe com as emoções. Ganhador do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, o filme é ambientado na Segunda Guerra Mundial e critica de forma bem debochada, a ascensão de Adolf Hitler e do nazismo na Alemanha, sem deixar de mostrar a crueldade imposta pelo regime. 

O conflito é apresentado pela ótica de Jojo Betzler (Roman Griffin Davis), um garoto tímido de 10 anos, que vive a fase de transição para a adolescência, mora com a mãe solteira, é fanático com o nazismo e tem apenas dois amigos: um real, o fofo, mas trapalhão Yorki (Archie Yates) e um imaginário, o lunático Adolf Hitler, interpretado pelo próprio Taika Waititi (está excelente).


Pode parecer estranho, mas o líder nazista é o "grilo falante" na cabeça de Jojo, que sonha em participar do grupo pró-nazista Juventude Hitlerista. Ele, assim como milhares de crianças alemãs, é doutrinado com informações distorcidas e mentirosas sobre os inimigos e as crueldades que eles cometem. Em acampamentos, as crianças vestem uniformes, fazem a saudação a Hitler e recebem treinamento militar, que inclui queimar livros e matar judeus Mas, ao contrário dos colegas, Jojo acha errado pegar em armas ou fazer mal a qualquer ser, humano ou animal.


Na cabeça do pequeno soldado, Adolf é um amigo invisível com quem pode brincar, ter aventuras e dividir a rotina cruel da guerra. Taika Waititi mescla comédia e drama para contar a história de Jojo "Rabitt". Sempre ao som da bela trilha sonora de Michael Giacchino ("Homem-Aranha: Longe de Casa" - 2019; "Os Incríveis 2" - 2018; "Jurassic World: Reino Ameaçado" - 2018). 

Na contramão dos ideais nazistas está a mãe do garoto, Rosie (papel de Scarlett Johansson), que ama o filho e respeita suas crenças, apesar de ser contrária à ditadura imposta à Alemanha. Mãe e filho são inseparáveis, até surgir uma pessoa na casa que mudará a vida do menino. Ele descobre que Rosie está escondendo no sótão de sua casa a linda jovem judia, Elsa (Thomasin McKenzie). Depois de várias tentativas frustradas para expulsá-la, o garoto começa a ter fortes sentimentos pela nova hóspede.


Jojo passa a questionar até que ponto é correto o que Adolf prega e como isso afetou sua família e amigos. O menino é a imagem da pureza, do tipo que sente borboletas voando no estômago quando se apaixona. Mas também é vítima do sistema que defende. Graças à bela interpretação de Roman Griffin Davis, o público recebe um personagem que faz a gente querer colocá-lo no colo.

Além do diretor (que também é o roteirista e produtor), o elenco conta com coadjuvantes bem conhecidos que ajudam a dar um tom ameno à narrativa: Sam Rockwell (capitão Klenzendorf), Rebel Wilson (monitora Rahm), Alfie Allen (Finkel, ajudante do capitão), Stephen Merchant, como o capitão nazista Herman Deertz. Destaque para o fofo Archie Yates, como Yorki, amigo fiel de Jojo que não entende muito bem o por quê de estar ali e que acha que a guerra é uma grande brincadeira. 


Apesar de ter como pano de fundo o grande conflito mundial, que dizimou milhares de judeus e combatentes, "Jojo Rabitt" é um filme de emoções, boas e ruins. Waititi, que é judeu, optou por ironizar de forma bem escrachada o nazismo e seu líder maior. Criou um personagem divertido, desengonçado e bem histérico, que sempre surge quando Jojo tem dúvidas. 

Além das ótimas atuações, "Jojo Rabitt" tem também uma bela fotografia e um bom figurino, que ajudaram a compor bem a reconstituição de época. Trata-se de um filme sobre uma criança que soube criar e desfazer ídolos e ideais e amadurecer em tempos de guerra. Trata-se de um filme com um belo roteiro, muito próximo à realidade atual de muitos países. "Jojo Rabitt" pode ser conferido no Cineart Paragem, Net Cineart Ponteio e Cinemark Diamond Mall, em versão 2D legendada.



Recomendo

Segundo maior vencedor com estatuetas do Oscar (Melhor Fotografia, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Visuais), além de Globo de Ouro e outras premiações deste ano, "1917", do diretor Sam Mendes, é outra ótima opção para quem gosta de filmes de guerra. Ele se passa na Primeira Guerra Mundial e foi filmado com poucas cenas de corte, o que dá uma maior realidade à produção, que ainda está em cartaz no cinema. 

Outra dica é o ótimo "O Zoológico de Varsóvia", ambientado durante a invasão alemã à Polônia, na Segunda Guerra Mundial, quando os donos do referido zoo passam a esconder judeus dos nazistas. Em breve sairá uma crítica desta produção, que eu indico muito e pode ser conferida no catálogo da Netflix.


Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção: Taika Waititi
Produção:  Fox Searchlight Pictures / TSG Entertainment 
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h48
Gêneros: Guerra / Drama / Comédia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #JojoRabitt, #TaikaWaititi, @ScarlettJohansonn, @RomanGriffinDavis, @20thCenturyFox, #guerra, #comédia, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

14 fevereiro 2019

"Alita: Anjo de Combate" tem efeitos visuais arrasadores e muita ação no estilo James Cameron

A atriz Rosa Salazar interpreta a ciborgue remontada por um cientista e que busca justiça (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


James Cameron deixa novamente sua marca ao produzir "Alita: Anjo de Combate", em cartaz a partir desta quinta-feira nos cinemas. Oferecendo ao público muita ação, efeitos visuais espetaculares (como fez com "Avatar" - 2009), o produtor conduziu o longa bem ao seu estilo, dividindo os louros com o diretor Robert Rodriguez (de "Sin City - A Cidade do Pecado", de 2005). O resultado desta união é um live-action de qualidade técnica excelente, que fica ainda melhor quando assistido em 3D e, principalmente Imax. 

"Alita: Anjo de Combate" lembra em alguns momentos a história de "Elysium" (2013), com Matt Damon, em que os habitantes pobres e sem recursos precisam viver num planeta destruído, enquanto os ricos vivem numa estação espacial. Em "Alita", a ação se passa no ano de 2563 e os pobres vivem na Cidade de Ferro, um gueto multirracial marginalizado destruído, superpovoado e dominado por Nova, comandante de Zalem, a única cidade voadora remanescente após A Queda, a guerra intergaláctica. É lá que vivem os mais abastados e escolhidos, esbanjando recursos. Claro que quem está embaixo não se conforma e é capaz de qualquer coisa para conquistar seu direito de subir à estação voadora.

Nesse ambiente, uma ciborgue semidestruída é encontrada por um cientista no lixão da cidade e reconstruída por ele, recebendo o nome de Alita. Aos poucos ela vai recuperando sua memória e descobre que uma máquina extremamente avançada de combate com grande conhecimento de artes marciais e pode representar um perigo aos dominadores dos dois reinos. 


Enquanto busca informações sobre seu passado, trabalha como caçadora de recompensas e se envolve com um dos colaboradores do cientista. A atuação de Rose Salazar como Alita é perfeita, chega a dar dúvida entre a máquina e a atriz que a interpreta. O filme é baseado na série de mangás homônima de Yukito Kishiro. Veja abaixo como foi a gravação do personagem e a captura dos 



No elenco estão também Christoph Waltz, como o cientista Dr. Ido (muito bem no papel); Jennifer Connelly; como a cirurgiã Chiren; Mahershala Ali, como Vector , que comanda a Cidade de Ferro; Keean Johnson, como o jovem Hugo; Jackie Earle Haley, como o gigantesco meio ciborgue Grewishka e Ed Skrein, como o caçador de recompensas Zapan.

Apesar de ser uma história comum já contada em outras produções, "Alita: Anjo de Combate" é diferente por prender o espectador com uma ação constante que empolga, com muitos efeitos e uma personagem de tecnologia avançada mas com um lado humano bem carismático. Só isso já vale o ingresso. Uma boa opção para quem gosta deste tipo de filme.


Ficha técnica:
Direção: Robert Rodriguez
Produção: 20th Century Fox / Lighstorm Entertainment
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h02
Gêneros: Ação / Ficção científica
Países: EUA / Argentina / Canadá
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #AlitaAnjoDeCombate, #AlitaBattleAngel, #JamesCameron, #ChristophWaltz, #RosaSalazar, #JenniferConnelly, #acao, #ficcao, @20thCenturyFox, #EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

22 janeiro 2019

Disputa de egos e relacionamentos perversos são a essência de "A Favorita

A história é baseada na era da Rainha Anne, governante responsável pela unificação da Escócia e Inglaterra (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Carolina Cassese


Apresentando a potência do trio Olivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz, o filme "A Favorita" chega aos cinemas nesta quinta-feira. Junto com "Roma" (Alfonso Cuarón), a produção lidera o número de indicações ao Oscar, com dez nomeações. Dirigido pelo grego Yórgos Lánthimos, conhecido por assinar longas perturbadores como "Dente Canino" (2009) e "O Lagosta" (2015), a trama é centrada na disputa de Lady Sarah Churchill, a Duquesa de Malborough (Weisz) e Abigail (Stone) para o posto de confidente da Rainha da Inglaterra. 

As duas personagens são ambíguas: do começo do filme, Sarah parece ser uma figura detestável, ao passo que Abgail aparenta inocência. A de Stone já foi uma dama da sociedade, mas sua família entra em decadência e ela precisa assumir um cargo de serviçal no castelo para se sustentar. No decorrer do longa, ambas são humanizadas - e mostram uma faceta consideravelmente manipuladora.

Enquanto Anne é incerta em relação às suas decisões como governante, Lady Sarah tem opiniões fortes e está sempre disposta a persuadir a Rainha. Extremista, ela prefere adotar estratégias de combate e constantemente entra em conflito com defensores de ações pacifistas. Abgail entra no jogo de maneira mais sutil e, comendo pelas beiradas, acaba conseguindo espaço no palácio.

A história é baseada na era da Rainha Anne (1702-1714), que assumiu o poder logo depois de sua irmã Mary. A governante foi responsável pela unificação da Escócia e Inglaterra, além de ter desenvolvido o sistema bipartidário, até hoje vigente na Grã-Bretanha. Anne era conhecida ainda por seu temperamento instável. A interpretação de Colman entrega, com maestria, uma rainha densa e complicada. Stone e Weisz também brilham e apresentam uma química incrível em cena.

A direção de Lánthimos não deixa a desejar. São utilizadas câmeras com lentes grandes angulares, que auxiliam na percepção da grandeza de diversos espaços do palácio. Destaque ainda para os exacerbados figurinos, as maquiagens excêntricas e a impecável direção de fotografia. 

Apesar de retratar o século XVIII, o longa apresenta temas atemporais, como relacionamentos abusivos e brigas de egos. As disputas, dentro e fora do castelo, são intermináveis. Também não há espaço para maniqueísmos: o bem o mal se entrelaçam e se confundem o tempo inteiro.

Mesmo não tratando especificamente de questões relativas ao machismo, "A Favorita" é inegavelmente um filme empoderador, já que as mulheres dominam a tela. Com esse trio de peso em cena, a presença de figuras masculinas, francamente, mal faz falta.
Duração: 2 horas
Classificação: 14 anos
Distribuição: Fox Film do Brasil


Tags: #AFavorita, #OliviaColman, #EmmaStone, #RachelWeisz, @20thCenturyFox, @ExpacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

27 dezembro 2018

"Era Uma Vez um Deadpool" é reprise de "Deadpool 2" sem sangue e palavrões

Filme foi uma proposta para atrair um público a partir de 14 anos que "não pode" ver a versão original no cinema (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação) 

Maristela Bretas


Não se deixe enganar pelo título. "Era Uma Vez um Deadpool" ("Once Upon a Deadpool") é apenas uma reprise do segundo filme sobre o herói mais escrachado da Marvel lançado para atrair os jovens acima de 14 anos que "não puderam ver a versão no cinema". Até parece que isso acontece. 

A proposta, segundo os produtores (que na verdade fizeram um remendo na versão original) era provar que Deadpool era um filme para toda a família. Mas o que acontece é uma embromação inicial para cair em um "Deadpool 2" censurado, com palavrões substituídos por um apito e cenas de sangue cortadas.

Para os jovens que não viram o filme (que é ótimo) em versões piratas espalhadas pela internet é uma chance de assistir no cinema, com boa qualidade, mas bem amenizado. Na história, Wade Wilson/Deadpool (Ryan Reynolds) sequestra o ator e diretor Fred Savage para reencenar o conto de fadas "A Princesa Prometida". 

Na verdade trata-se da história do herói, incluindo seu encontro com Cable (Josh Brolin) e a formação da X-Force. Amarrado a uma cama, Savage não tem outra alternativa a não ser ouvir a narração e questionar os muitos furos.

Os diálogos entre Deadpool e Savage são engraçados, citando o filme original, as críticas que recebeu, fazendo comparações a outras produções e algumas situações que surgiram depois, mas nada além disso. Sem o que foi cortado, o personagem perde sua principal característica que é o sarcasmo, que faz dele o anti-herói preferido da Marvel. "Era Uma Vez um Deadpool" é para os fãs relembrarem ou para quem não viu "Deadpool 2". Fora isso, é jogar dinheiro fora.


Ficha técnica:
Direção: David Leitch
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 1h56
Gêneros: Ação / Comédia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #EraUmaVezUmDeadpool, #OnceUponADeadpool, @RyanReynolds, @FredSavage, @20thCenturyFox, #EspacoZ, #FoxFilms, @cinemanoescurinho

06 novembro 2017

Belo em fotografia e locações, mas faltou química ao par romântico de "Depois Daquela Montanha"


 Produção tem grande elenco formado por Idris Elba, Kate Winslet e Beau Bridges (Fotos: Fox Film/ Divulgação)


Maristela Bretas


Uma fotografia belíssima, locações bem escolhidas entre geleiras e uma dupla de atores premiada e com público garantido. "Depois Daquela Montanha" ("The Mountain Between Us") seria um dos grandes romances do ano. A história é interessante e as cenas de ação bem feitas, principalmente a do acidente aéreo, com a câmera alternando a posição de visualização da frente para a traseira do avião e vice-versa. Kate Winslet e Idris Elba fazem ótima interpretação de seus personagens, como era esperado, mas a química entre os dois não funcionou, "não tem pegada", é morna, sem calor, quase dois estranhos do início ao fim. 

Se fossem papéis isolados, sem formarem o par romântico vivendo uma situação de risco, com certeza a produção daria muito mais certo. A história é boa, vale ir ao cinema só pela presença dos dois atores, que ainda contam com o apoio de Beau Bridges e Dermot Mulroney no elenco.  Mas o diretor não conseguiu extrair bem o lado emotivo do enredo. Quando estão juntos, a emoção não convence, menos ainda ao romântico.

Num aeroporto, a fotógrafa Alex (Kate Winslet) fica conhecendo o neurocirurgião Ben (Idris Elba) e ambos precisam chegar a seus destinos - ela vai se casar e ele está voltando de um congresso médico -, mas todos os voos estão cancelados devido a uma forte tempestade. A dupla aluga um pequeno avião, pilotado por Walter (Beau Bridges), que sofre uma parada cardíaca e acaba derrubando a aeronave numa região montanhosa deserta, coberta de neve. Feridos, Alex e Ben terão de se unir para sobreviverem e escaparem do local e seus perigos. Ao mesmo tempo começam a se interessar um pelo outro. 

Além dos três atores, destaque para um participante muito simpático e essencial à história, o cachorro (sem nome definido), da raça Labrador (tipicamente americano). Pode neve, tempestade, avião, e ele se mantém lá, sobrevivendo, firme, forte e protetor. 

Fora a questão amorosa, "Depois Daquela Montanha" oferece um visual invejável, de montanhas cobertas de neve, uma imensidão branca que chega a dar medo. Mas ao mesmo tempo atrai, principalmente nas cenas em que Idris Elba está no alto de um dos rochedos procurando ajuda. A trilha sonora também atende bem. Não foi dos melhores filmes de Idris Elba e Kate Winslet, esperava mais, mas não decepciona de todo.



Ficha técnica:
Direção:  Hany Abu-Assad
Produção: Fox 2000 Pictures / Chernin Entertainment
Distribuição:  Fox Film do Brasil
Duração: 1h47
Gêneros: Drama / Ação / Romance 
País: EUA
Classificação: 12 anos 
Nota: 3 (0 a 5) 

Tags: #DepoisDaquelaMontanha, @KateWinslet, @IdrisElba, @BeauBridges, #ação, #romance, #drama, @20thCenturyFox, #FoxFilmdoBrasi, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

02 outubro 2017

"Kingsman: O Círculo Dourado" não supera o primeiro, mas diverte pelas piadas e efeitos visuais

Taron Egerton volta a interpretar o agente Eggsy, mais mortal sem perder a elegância (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Este é mais um caso em que o primeiro filme é muito melhor que a continuação. Para quem assistiu "Kingsman - Serviço Secreto" (2015), a expectativa era muito grande para "Kingsman: O Círculo Dourado" ("Kingsman: The Golden Circle"), principalmente pelo elenco, que repete vários atores e acrescenta outros de sucesso, além do cantor e compositor Elton John, que canta, dança e luta com bandidos. Produção bem britânica com muito estilo.

O filme é bom, tem uma trilha sonora de arrepiar, boa parte dela com músicas famosas de Elton John. As locações, principalmente em Londres, também foram bem escolhidas. O diretor Matthew Vaughn usa e abusa nos efeitos visuais, não faltam tiros, explosões (um prédio inteiro vem abaixo) muitos voos em slow-motion e cenas de lutas que chegam a provocar risadas de tão sacadas. Sangue tem de sobra, para todos os lados, assim como no primeiro filme, que pega até mais pesado na carnificina. Ou seja, foi seguido o estilo.

Então onde "Kingsman: O Círculo Dourado" pecou? Falar que foram os excessivos clichês é bobagem, isso era esperado numa comédia de espionagem. Mas o filme tem pontos que ficam monótonos, quebrando o ritmo de ação que sempre foi o melhor da franquia. A vilã Poppy Adams (papel de Julianne Moore) é fraca, não tem cara de má e até quando faz crueldade ou manda matar alguém parece que está servindo um sorvete. Uma pena, o roteiro poderia explorar melhor o potencial desta maravilhosa atriz. Mas em compensação, seu esconderijo no meio de uma floresta, é fantástico, uma reprodução de lugares bem nos anos 80.

Taron Egerton está mais maduro, tanto o ator quanto seu personagem, Eggsy, principal espião da Kingsman. E entrega um ótimo trabalho. O mesmo para Mark Strong, que interpreta Merlin, o gênio em tecnologia da agência. E claro, Colin Firth (o agente Galahad ou Harry Hart), que está de volta, mas eu não vou contar como isso acontece para não dar spoiler. Já o núcleo norte-americano da agência de espionagem conta com o gato Channing Tatum como o agente Tequila, que pode até não ser o top em interpretação, mas garante uma boa parte cômica; Pedro Pascal é Whiskey, o agente estilo cowboy americano; a agente Ginger Ale, "foda" em tecnologia, ficou para a atriz Halle Berry; e no comando do grupo o veterano Jeff Bridges, chamado de agente Champagne.

Para quem não viu o primeiro, a Kingsman é uma agência independente de inteligência internacional operando no mais alto nível de discrição, cujo objetivo é manter o mundo seguro. Após vencer os vilões em "Kingsman - Serviço Secreto" mas perder um dos principais espiões - Galahad, a agência agora conta com novo comando e a atuação dos recrutas elevados a agentes, sob a supervisão de Merlin. Só não esperavam enfrentar um perigo ainda maior - a traficante de drogas Poppy Adams, que decide pôr fim à agência para dominar o mundo.

Ela lança um ataque de mísseis à sede da organização que praticamente elimina a Kingsman e a maior parte de seus integrantes, restando apenas Eggsy e Merlin (Mark Strong). A dupla passa a procurar ajuda para retomar as atividades e descobre nos Estados Unidos uma agência semelhante à britânica - a Statesman, onde trabalham os agentes Tequila, Whiskey e Ginger, sob o comando de Champagne. Juntos eles vão tentar deter Poppy e seus aliados. 

História de espionagem seguindo a cartilha, sem muitas novidades, mas que consegue mesclar ótimas cenas de ação com boa comicidade. Vale conferir, boa diversão, mas recomendo que veja o primeiro para entender melhor a história.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Matthew Vaughn
Produção: 20th Century Fox / 
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h21
Gêneros: Ação / Espionagem / Comédia
Países: EUA / Reino Unido
Classificação: 16 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #KingsmanOCirculoDourado, #KingsmanTheGoldenCircle, @TaronEgerton, @MarkStrong, @ChanningTatum, @JeffBridges, @JulianneMoore, @HalleBerry, @ColinFirth, @EltonJohn, #espionagem, #acao, #comedia, @FoxFilmdoBrasil, @20thCenturyFox, @cinemas.cineart, @EspaçoZ, @CinemanoEscurinho