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29 novembro 2018

Muita ação e efeitos especiais salvam "Robin Hood - A Origem" como diversão

Jamie Foxx e Taron Egerton formam uma dupla que faz muito barulho e dá trabalho para a realeza britânica (Fotos: Larry Horricks /Studiocanal)


Maristela Bretas


Taron Egerton e Jamie Fox se juntam para roubar dos ricos e dar aos pobres em "Robin Hood - A Origem",  aventura que conta como o nobre que lutou pela Inglaterra se transformou num dos maiores ladrões e ao mesmo tempo herói de seu povo. Como o próprio narrador conta no início do filme, esqueça a história tantas vezes contada em livros e produções cinematográficas.

A versão da vez, que conta com direção de Otto Bathurst, muda não só a origem do famoso Robin Hood, mas também de Lady Marian e Little John. Ao mesmo tempo, dá uma explicação para o ódio do xerife de Nottingham (Ben Mendelsohn) e como ele se tornou o maior inimigo de Robin e um dos mais temidos por seu povo. A ação é intensa e os efeitos visuais muito bons, especialmente nos ataques com flechas e nas lutas corpo a corpo. 

Para sorte de Taron Egerton, muito fraco para o papel de Robin Hood. Ele repete o estilo (com direito a caras e bocas) adotado em "Kingsman - Serviço Secreto" (2015) e "Kingsman - O Círculo Dourado" (2017) e seria um mero coadjuvante se não tivesse ficado com o papel principal. 
A limitação de Egerton fica ainda mais clara quando contracena com Jamie Foxx, que interpreta John, um guerreiro árabe, inimigo da coroa, e não um britânico do povo "parrudo" e gigantesco. A troca foi boa e Foxx dá um banho quando aparece, colocando Robin Hood em segundo plano. Como Egerton é baixinho, seu companheiro de lutas vai parecer alto perto dele, daí passar a ser chamado de Little John.

A bela Eve Hewson (de "Papillon" - 2018 e "Ponte dos Espiões" -2015) entrega uma Marian mais normal, de origem simples, quase uma versão feminina de Robin Hood, uma vez que também rouba para ajudar os necessitados. É uma mulher de fibra, longe da donzela indefesa de outros filmes do herói e luta contra a opressão a seu povo ao lado de frei Tuck (Tim Minchin), contra o xerife e os desmandos da igreja. Marian é disputada pelo lorde Robin de Locksley e o líder dos operários Will Scarlett (Jamie Dornan, que melhorou pouco sua interpretação desde a sofrida trilogia "50 Tons de Cinza" - 2015 a 2018). O elenco conta ainda com a boa participação de F. Murray Abraham, como o bispo britânico.

A história se passa no século XII quando Robin, então lorde inglês é convocado a lutar nas Cruzadas contra os inimigos árabes em nome do Rei e abandonar Marian. Ao voltar, encontra seu reino destruído, o povo extorquido pelo xerife de Nottingham e a amada comprometida com um líder trabalhista, além de ter todos os bens confiscados pelo xerife. Para combater o inimigo, ele se une a John para fazer justiça, roubando dos poderosos e devolvendo ao povo.

A produção não economizou em cenários, reconstituição de época (exceto pelas roupas das mulheres da realeza que parecem vestidos atuais de gala). A ação é contínua, com ótimas batalhas e fugas espetaculares de Robin e John, com muitos efeitos sonoros e visuais. Como entretenimento, "Robin Hood - A Origem" vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção: Otto Bathurst
Produção: Lionsgate / Summit Entertainment
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h56
Gêneros: Aventura / Ação
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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02 outubro 2017

"Kingsman: O Círculo Dourado" não supera o primeiro, mas diverte pelas piadas e efeitos visuais

Taron Egerton volta a interpretar o agente Eggsy, mais mortal sem perder a elegância (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Este é mais um caso em que o primeiro filme é muito melhor que a continuação. Para quem assistiu "Kingsman - Serviço Secreto" (2015), a expectativa era muito grande para "Kingsman: O Círculo Dourado" ("Kingsman: The Golden Circle"), principalmente pelo elenco, que repete vários atores e acrescenta outros de sucesso, além do cantor e compositor Elton John, que canta, dança e luta com bandidos. Produção bem britânica com muito estilo.

O filme é bom, tem uma trilha sonora de arrepiar, boa parte dela com músicas famosas de Elton John. As locações, principalmente em Londres, também foram bem escolhidas. O diretor Matthew Vaughn usa e abusa nos efeitos visuais, não faltam tiros, explosões (um prédio inteiro vem abaixo) muitos voos em slow-motion e cenas de lutas que chegam a provocar risadas de tão sacadas. Sangue tem de sobra, para todos os lados, assim como no primeiro filme, que pega até mais pesado na carnificina. Ou seja, foi seguido o estilo.

Então onde "Kingsman: O Círculo Dourado" pecou? Falar que foram os excessivos clichês é bobagem, isso era esperado numa comédia de espionagem. Mas o filme tem pontos que ficam monótonos, quebrando o ritmo de ação que sempre foi o melhor da franquia. A vilã Poppy Adams (papel de Julianne Moore) é fraca, não tem cara de má e até quando faz crueldade ou manda matar alguém parece que está servindo um sorvete. Uma pena, o roteiro poderia explorar melhor o potencial desta maravilhosa atriz. Mas em compensação, seu esconderijo no meio de uma floresta, é fantástico, uma reprodução de lugares bem nos anos 80.

Taron Egerton está mais maduro, tanto o ator quanto seu personagem, Eggsy, principal espião da Kingsman. E entrega um ótimo trabalho. O mesmo para Mark Strong, que interpreta Merlin, o gênio em tecnologia da agência. E claro, Colin Firth (o agente Galahad ou Harry Hart), que está de volta, mas eu não vou contar como isso acontece para não dar spoiler. Já o núcleo norte-americano da agência de espionagem conta com o gato Channing Tatum como o agente Tequila, que pode até não ser o top em interpretação, mas garante uma boa parte cômica; Pedro Pascal é Whiskey, o agente estilo cowboy americano; a agente Ginger Ale, "foda" em tecnologia, ficou para a atriz Halle Berry; e no comando do grupo o veterano Jeff Bridges, chamado de agente Champagne.

Para quem não viu o primeiro, a Kingsman é uma agência independente de inteligência internacional operando no mais alto nível de discrição, cujo objetivo é manter o mundo seguro. Após vencer os vilões em "Kingsman - Serviço Secreto" mas perder um dos principais espiões - Galahad, a agência agora conta com novo comando e a atuação dos recrutas elevados a agentes, sob a supervisão de Merlin. Só não esperavam enfrentar um perigo ainda maior - a traficante de drogas Poppy Adams, que decide pôr fim à agência para dominar o mundo.

Ela lança um ataque de mísseis à sede da organização que praticamente elimina a Kingsman e a maior parte de seus integrantes, restando apenas Eggsy e Merlin (Mark Strong). A dupla passa a procurar ajuda para retomar as atividades e descobre nos Estados Unidos uma agência semelhante à britânica - a Statesman, onde trabalham os agentes Tequila, Whiskey e Ginger, sob o comando de Champagne. Juntos eles vão tentar deter Poppy e seus aliados. 

História de espionagem seguindo a cartilha, sem muitas novidades, mas que consegue mesclar ótimas cenas de ação com boa comicidade. Vale conferir, boa diversão, mas recomendo que veja o primeiro para entender melhor a história.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Matthew Vaughn
Produção: 20th Century Fox / 
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h21
Gêneros: Ação / Espionagem / Comédia
Países: EUA / Reino Unido
Classificação: 16 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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