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07 julho 2020

Campanha #JuntosPeloCinema une setor e lança site e vídeo, enquanto as salas estão fechadas



Da Redação


Pela primeira vez no mercado brasileiro, exibidores, distribuidores, produtores, criativos e parceiros da indústria estão envolvidos em um projeto único com o intuito de preparar e implementar a retomada do cinema no Brasil, num movimento chamado #JuntosPeloCinema. É uma ação inédita que, respeitando a individualidade de cada empresa e mantendo a livre concorrência, busca ações para manter acesa a magia do cinema.

Colaborando desde final de março, o grupo de profissionais voluntários envolvidos no projeto tem como meta retomar o diálogo entre a experiência da sala de cinema e o público, de agora até o momento de reabertura das salas pelas autoridades, respeitando os protocolos aplicáveis de segurança e bem-estar já determinados ou em elaboração pelos governos locais.

Veja abaixo o vídeo, concebido pela agência e produtora La Unión, que estreia hoje. A campanha se inicia agora e segue pelas próximas semanas. Para acessar o site do movimento: https://www.juntospelocinema.com.br/.



A ideia nasceu dos profissionais que atuam no meio audiovisual visando auxiliar o segmento de mercado de exibição no Brasil a reencontrar seu público. As ações concretas são mediadas pela Flix Media, empresa especializada em comercialização de espaços publicitários no cinema.

Neste momento, o que importa é uma coisa: relembrar a experiência incomparável da exibição nas salas de cinema. Esse esforço coletivo e pro bono de mais de 200 profissionais do mercado em prol do cinema é fundado no propósito de oferecer um ambiente de segurança e bem-estar para o público e de preservar milhares de empregos ligados à indústria cinematográfica, do set de filmagem à sala de exibição.


E quando as salas de cinemas abrirem? O movimento #JuntosPeloCinema ainda irá ajudar a esclarecer as possíveis dúvidas dos espectadores, comunicará os filmes em cartaz ou a estrear e oferecerá um conteúdo muito especial: o Festival De Volta para o Cinema, idealizado pelo crítico, curador e apresentador Érico Borgo em parceria com distribuidores e exibidores, um projeto único na história do nosso cinema.

O Festival está programado para estrear junto com a reabertura das salas. Distribuidores nacionais e estrangeiros conseguiram os direitos e as cópias digitais de filmes que emocionaram os brasileiros. São clássicos, sucessos de bilheteria e crítica que integrarão comas estreias a programação de filmes nas duas primeiras semanas após a abertura. Uma pesquisa de opinião realizada pelo movimento apontou o interesse do moviegoer em rever filmes que marcaram a história do cinema.

Tags: #JuntosPeloCinema, @SonyPicturesBrasil, @WarnerBrosPicturesBrasil, @EspazoZ, #FestivalDeVoltaParaOCinema, @ParamountPicturesBrasil, @FlixMediaLab, @ParisFilmes, @GaleriaDistribuidora, @UniversalPicturesBrasil, @Cinemark_oficial, @cinemanoescurinho

23 fevereiro 2020

"Minha Mãe é Uma Peça 3" - uma ótima opção para quem não curte o Carnaval mas quer se divertir

Paulo Gustavo se supera e apresenta uma Dona Hermínia mais emotiva e estressada (Fotos: Downtown Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Está sem ideia de um bom filme para se divertir neste carnaval. Então fica aqui a dica do @cinemanoescurinho. A ótima comédia "Minha Mãe é Uma Peça 3" é tão boa ou até melhor que a primeira. Este terceiro filme de Paulo Gustavo é sucesso em tudo: mais divertido, mais emocionante e mais ousado na abordagem de alguns temas. O longa-metragem se tornou a maior bilheteria da história do cinema nacional em ingressos vendidos a um público real, que lotou as salas por todo o país -11 milhões de espectadores e arrecadação de mais de R$ 180 milhões até a primeira quinzena de fevereiro. Ao contrário do filme que ocupa o "primeiro" lugar, cujas entradas foram adquiridas pela produtora, para garantir liderança no ranking de bilheterias, mas com salas vazias de público. 


Além de bater o tal filme no quesito lugares preenchidos, em dezembro "Minha Mãe é Uma Peça 3" também ultrapassou dois dos sucessos mais esperados da Disney para 2019 - "Star Wars: A Ascensão Skywalker" e "Frozen 2" - na semana de seus lançamentos. Passados dois meses, a comédia nacional continua firme em cartaz, ao contrário destes e do intitulado "líder", atraindo um bom público para as salas. 

Algumas pessoas estão assistindo até mais de uma vez as peripécias de Dona Hermínia, personagem criado e consagrado por Paulo Gustavo. O ator é também roteirista do filme, além de multitarefas na vida real. Novamente, ele é dirigido por Suzana Garcia, com quem trabalhou nas comédias "Os Homens são de Marte... e é Pra Lá Que Eu Vou" (2014) e "Minha Vida em Marte" (2018), tendo dividido a tela com Mônica Martelli.


Apresentada em 2013, Dona Hermínia caiu nas graças do público brasileiro, como uma mãe superprotetora, completamente estressada com os filhos Marcelina (Mariana Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo), a irmã Iesa (Alexandra Richter), a diarista Waldeia (vivida pela ótima Samantha Schmütz) e ainda ter que aguentar a atual namorada do ex-marido Carlos Alberto (Herson Capri). Até que resolve fugir de casa para dar um tempo e encontrar um objetivo na vida.

Três anos depois, ela retorna para um novo sucesso com "Minha Mãe é Uma Peça 2", agora como apresentadora de um programa de TV. Apesar de ter ficado rica, continua sofrendo com os filhos que saíram de casa para seguirem suas vidas. Para seu desespero, a irmã Lúcia Helena (Patrícia Travassos), ovelha negra da família, retorna ao Brasil para criar mais confusão.


Dona Hermínia não tem sossego e vai enfrentar duas mudanças radicais neste terceiro longa - Marcelina grávida e Juliano casando com Thiago (Lucas Cordeiro), um antigo namorado e Carlos Alberto tentando uma reconciliação. O coração não aguenta tanta emoção. E é exatamente aí que "Minha Mãe é Uma Peça 3" se destaca. Paulo Gustavo passa para seu personagem o amor e a emoção que está vivendo na vida real de ter filhos pela primeira vez. Os lindos bebês são mostrados numa das cenas, levados num carrinho pelo marido do ator. A mãe de Paulo, como nos outros dois filmes, volta com carga total no final, brigando muito com ele e se mostrando uma avó bem coruja.


Susana Garcia ousou na abordagem de alguns temas sérios pouco tratados em comédias nacionais: o casamento gay de Juliano, aceito e abençoado pelas famílias; a escolha de Marcelina em viver com o marido uma vida mais saudável no campo e ter o filho de parto normal; e a coragem de uma mulher em sair de um casamento de conveniência, recheado de dinheiro e traições, e iniciar uma nova vida. Bons exemplos para muitas pessoas.


Mas o lado engraçado ainda é o forte em "Minha Mãe é Uma Peça 3". Difícil não dar boas gargalhadas com Dona Hermínia, que está cada vez mais histérica, sarcástica e estressada, proporcionando ótimos momentos durante todo o filme. Uma das melhores comédias nacionais dos últimos tempos. Se ainda não assistiu, não sabe o que está perdendo. O longa está em exibição em várias salas das redes Cineart e Cinemark em BH, Betim e Contagem, Cinépolis no Shopping Estação BH e Cinesercla no Big Shopping, em Contagem.


Ficha técnica:
Direção: Susana Garcia
Produção: Migdal Filmes/ coprodução Globo Filmes / Telecine / Universal Pictures International/ Paramount Pictures Corporation
Distribuição: Downtown Filmes /co-distribuição Paris Filmes
Duração: 1h45
Gênero: Comédia 
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: "MinhaMaeEUmaPeca3, #DonaHerminia, @PauloGustavo, @MigdalFilmes, @ParisFilmes, @DowntownFilmes, @SusanaGarcia, #comedia, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

16 maio 2019

"John Wick 3 - Parabellum" precisa de capa pra proteger do banho de sangue

Keanu Reeves desrespeita as regras da organização e vira um foragido com a cabeça a prêmio (Fotos: Mark Rogers e Niko Tavernise/Metropolitan Film)

Maristela Bretas


"John Wick 3 - Parabellum" não vai encerrar a franquia neste filme. Este é o único spoiler que darei na crítica. Portanto pode continuar lendo sobre o novo filme de Keanu Reeves que estreia nesta quinta-feira (16) nos cinemas. Ultramegaviolento, com sangue jorrando a todo o momento pela tela, a produção é quase um capítulo de novela. A trama começa exatamente onde parou no segundo filme de 2017. Uma forma de forçar as pessoas que queiram entender melhor a franquia de assistir os dois primeiros. Este terceiro, no entanto, exige estômago forte. Em algumas cenas confesso que virei o rosto. Reeves fez um vídeo de 60 segundos com uma explicação resumida da saga. Confira:


O protagonista, que já era um matador contratado, evoluiu no quesito modalidades de assassinatos. A frase "Facas e canivetes primeiro" cabe perfeitamente à trama, sem esquecer as armas de grossíssimo calibre, capazes de cortarem uma pessoa ao meio. O resultado não poderia ser outro: corpos e mutilações do início ao fim e lutas com um nível de violência que vi em poucos filmes, inclusive nos antecessores - "De Volta ao Jogo" (2014) e "John Wick - Um Novo Dia Para Matar" (2017).


Uma coisa ninguém vai poder dizer contra este terceiro longa - que falta ação. A começar pelo título - "Parabellum" significa "Prepare-se para a guerra". O diretor Chad Stahelski (responsável por todos os filmes da franquia) não economizou em ação e efeitos visuais excelentes, que sustentam o filme, já que o roteiro não traz muita novidade. Keanu Reeves tem ótima atuação. Seu personagem consegue ser um sujeito violento, mas também sentimental e leal. Só não muda a expressão - é a mesma em todas as situações, mantendo a cara de "Matrix" inclusive em outras produções, como na recente "Cópias - De Volta à Vida".


O elenco conta ainda com ótimas interpretações. Ian McShane mescla, na medida certa, frieza, ironia e também tem as tiradas mais divertidas, ao repetir o papel de Winston, "gerente" do Hotel Continental de Nova York, QG da organização Alta Cúpula, para a qual John Wick trabalhava. Laurence Fishburne, sempre ótimo em tudo que faz, não é diferente como Bowery King. Tem ainda Halle Berry, como Sofia, uma matadora que luta e atira muito; Lance Reddick, como Charon, o porteiro/braço direito de Winston no hotel; Anjelica Huston, a diretora da máfia russa; Asia Kate Dillon, fazendo a juíza da Alta Cúpula que comanda a caçada a John Wick, e Mark Dacascos, o assassino Zero enviado pela juíza.


Mas o forte mesmo, que segura na cadeira o público que gosta deste tipo de filme são as cenas de lutas e as perseguições, tanto a pé quanto de moto. O "não tão mocinho" Wick apanha muito, toma tiro e facada, cai de telhado, torna a apanhar, mas parece de borracha - levanta e sai correndo. Pode parecer sem sentido, mas mesmo com tanta violência, "John Wick 3" tem também momentos engraçados e surpreendentes que agradam. Claro que os cães não poderiam ficar de fora - afinal, eles deram início a toda essa matança. E arrasam em suas participações.


Na história, após assassinar no segundo filme o chefe da máfia Santino D'Antonio (Riccardo Scamarcio), dentro do Hotel Continental, John Wick quebra as regras e passa a ser perseguido por um exército de assassinos atrás da gorda recompensa de U$ 14 milhões oferecida pela Alta Cúpula. Agora, ele precisa unir forças com antigos parceiros que o ajudaram no passado e até inimigos, enquanto luta por sua sobrevivência.


O certo é que, mesmo chocando pelas cenas extremamente violentas, "John Wick 3 - Parabellum" pode agradar aos fãs do gênero ação. Mesmo sem cenas pós-crédito, os protagonistas deixam claro que haverá mais uma continuação, despertando o interesse de quem pretende continuar acompanhando a franquia. Para este terceiro, o expectador só não pode esquecer a capa de chuva para não ficar com a roupa manchada pelo banho de sangue de mais duas horas de projeção.


Ficha técnica:
Direção: Chad Stahelski
Produção: Lionsgate Productions / Summit Entertainment
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h11
Gênero: Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #JohnWick3, @KeanuReeves, @johnwickofilme, #ação, #violenciaextrema, #ChadStahelski, @Lionsgate, @ParisFilmes, #EspaçoZ, @cinemanoescurinho, #cinemaescurinho

17 abril 2019

Keanu Reeves brinca de Deus e clona mentes humanas em "Cópias - De Volta à Vida"

Suspense conta história de neurocientista obsecado que usa a própria como cobaia de suas experiências (Fotos: Replicas Holdings/Divulgação)

Maristela Bretas


Keanu Reeves ataca de neurocientista nada convincente que clona mentes de seres humanos mortos em "Cópias - De Volta à Vida" ("Réplicas"), filme que estreia nos cinemas nesta quinta-feira. Tirando algumas locações paradisíacas no início e no fim em Porto Rico, pouca coisa se aproveita desta produção confusa, cheia de buracos no roteiro e facilmente esquecível.


O elenco é tão fraco quanto a história, inclusive o "vilão", interpretado por John Ortiz (de "A Justiceira" e "Bumblebee", ambos de 2018), que teve o talento desperdiçado. Thomas Middleditch, como o assistente de Will Foster (papel de Reeves) serve de alavanca para jogar o foco para o protagonista (que se sai bem melhor em "John Wick - Um Novo Dia Para Matar" - 2017). O restante é só para compor cenário e apresentar a família.


Na história Will Foster é um neurocientista que desenvolve um projeto tecnológico para clonar a mente de humanos mortos para robôs. Após várias tentativas frustradas, uma tragédia vai mudar sua vida e fazer com que desafie todas as leis da natureza e do homem. Num grave acidente de trânsito ele perde toda a sua família e não aceita o destino. Ameaçado de ter sua pesquisa encerrada devido aos resultados ruins e obcecado em trazer de volta à vida sua família, ele brinca de Deus e usa a mulher e os filhos mortos de cobaias. A situação, no entanto, foge do controle e Will terá de fazer escolhas que vão mudar a vida de todos.


O tema de "Cópias - De Volta à Vida" até que não é ruim, só não foi bem trabalhado, Reeves parece deslocado do papel de marido, pai e cientista louco. Como se tivesse que fazer tudo rapidinho para acabar logo o filme e ir pra casa arrependido de ter dado um tiro no pé com esta produção. Falta carisma em todo o elenco. As cenas de ação são poucas, mas muito boas, assim como a trilha sonora. O final clichê e totalmente esperado é típico de romance de Nicholas Sparks. Fora isso, a produção é daquelas que você mal se lembra dos detalhes ao sair do cinema. Para os fãs do ator, não foi dos seus melhores trabalhos, mas distrai numa sessão da tarde.


Ficha técnica:
Direção: Jeffrey Nachmanoff
Produção: Lotus Entertainment / Fundamental Films / Di Bonaventura Pictures / Company Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h48
Gêneros: Suspense / Ficção científica
Países: EUA, Reino Unido, China, Porto Rico
Classificação: 14 anos
Nota: 2 (0 a 5)

Tags: #CopiasDeVoltaAVida, #KeanuReeves, #suspense #ficção, #EspacoZ, @ParisFilmes, @cinemanoescurinho, #cinemaescurinho

26 março 2019

Confuso, "Vox Lux - O Preço da Fama" é apenas a presença de Natalie Portman

Crédito:Neon
Filme aborda a ascensão de uma cantora que sofreu um trauma na adolescência e se transforma numa superstar (Fotos: Neon/Divulgação)


Maristela Bretas


Com a dupla Natalie Portman e Jude Law que garante sempre bom público para o cinema, a expectativa era de que "Vox Lux - O Preço da Fama" ("Vox Lux") fosse um filme instigante, surpreendente. Só que não. Nem a grande interpretação da bela e excelente atriz, que divide a produção com Law e a cantora Sia, foi suficiente para torná-lo interessante. Portman entrega um bom papel e ainda canta e dança - meio Madonna, meio Lady Gaga, como comparou uma colega de cinema. Mas não chega aos pés do estupendo "Cisne Negro", do diretor Darren Aronofsky, protagonizado por ela em 2011.

Crédito: Neon
A história, dirigida e roteirizada por Brady Corbet, é confusa, cheia de perguntas não respondidas, desperdiça talentos, como Jude Law num papel que deveria ter mais peso pelo que supõe o enredo. Raffey Cassidy ("Aliados" - 2107) interpreta a cantora Celeste quando jovem e depois volta como filha de Portman, que só entra da metade do filme pra frente. As cenas em que estão juntas não passam empatia, talvez o objetivo do diretor fosse esse mesmo - mostrar uma relação fria e distante entre mãe e filha, afetada pela fama, as drogas e o alcoolismo da primeira.

Crédito: Neon
O filme começa com um trauma vivido em 1999 por Celeste quando era adolescente e que vai alavancar sua carreira artística, mas também marcará a vida e os relacionamentos dela para sempre. Em parceria com Ellie, a irmã compositora (papel de Stacy Martin) e Jude Law como o produtor, a cantora tem uma ascensão meteórica, tornando-se uma superstar global. Nada novo, mas o que desagrada são as cenas soltas, que só não são mais tediosas graças à narração perfeita de Willem Dafoe. O diretor usa a estratégia de congelar a imagem para que o narrador explique ao espectador o que aconteceu com Celeste com o passar dos anos. num drama dividido em três atos, como no teatro.

Crédito: Neon
Se o início do filme é marcado pela violência, a decepção é clara com o final, que apontava para um desfecho forte (no mínimo clichê), mas que desce algum sentido a tudo. Deixa aquela sensação: Mas acabou? Onde foi que eu perdi o fio da meada?  Além do desempenho de Natalie Portman, destaque para a ótima trilha sonora de SIa e o figurino exótico da protagonista. "Vox Lux - O Preço da Fama", que abriu o Festival de Veneza de 2018, estreia nesta quinta-feira nos cinemas.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Brady Corbet
Produção: Killer Films / Bold Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h56
Gêneros: Drama / Musical
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #VoxLux, #NataliePortman, #JudeLaw, #drama, #musical, @ParisFilmes, @cinemanoescurinho

19 março 2019

"A Cinco Passos de Você" - Romance água com açúcar para conscientizar sobre doença grave

Casal com problemas pulmonares terminais se apaixona sem nunca poder se tocar (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


“A Cinco Passos de Você” ("Five Feet Apart") tem 90% de inspiração em outro drama romântico que fez sucesso do cinema há quase cinco anos, "A Culpa é das Estrelas", que contou em seu elenco principal com dois rostos jovens já em ascensão - Shailene Woodley e Ansel Elgort, ambos dos filmes "Divergente" (2013), "Insurgente" (2015) e "Convergente "(2016). No filme de 2014, a dupla sofria de câncer. Já a nova produção conta a história de dois adolescentes com doenças pulmonares graves - a bela Stella Grant (Haley Lu Richardson) e o rebelde Will Newman (Cole Sprouse).


Na verdade, o mérito maior do filme é de Haley Lu Richardson, uma atriz de 24 anos que interpreta bem uma jovem de 16 com fibrose cística. Ela segura a produção com simpatia e carisma, enquanto Newman capenga em algumas cenas. Haley Lu mostrou seu potencial em "Fragmentado" (2017), enquanto Newman vem de séries de TV, em especial "Riverdale" (2018). Destaque para a atuação de Moises Arias ("Ben Hur" - 2016) como o amigo de infância Poe, também interno do hospital.

O filme é água com açúcar, mas serve para divulgar para o público em geral essa doença grave que atinge milhares de pessoas pelo mundo de todas as idades e muitas vezes leva à morte. Na história, Stella é uma garota focada, segue todas as regras do tratamento e aguarda a possibilidade de um transplante de pulmões. Mesmo tendo muitos amigos, a doença obriga que passe a maior parte de sua vida dentro de um hospital e ligada a um aparelho de oxigênio.

É lá que conhece Will, o charmoso do quarto ao lado que se recusa a fazer o tratamento por estar descrente da vida. Além de se encantar de cara pelo novo gatinho do pedaço, Stella vai tentar ajudá-lo a se tratar. Daria um grande romance, mas a doença que possuem impede que se toquem de qualquer forma. À medida que a paixão entre eles aumenta, cresce também a tentação de jogar as regras pela janela e abraçar esse amor que sentem um pelo outro. 

(Foto Maria Inez Aranha)
Para quem procura um filme com um casal fofo, um tema que faz chorar, um final não tão dramático, "A Cinco Passos de Você", com estreia nesta quinta-feira em todos os cinemas, é a escolha certa. E ainda pode abraçar uma bela campanha beneficente de conscientização do que é a fibrose cística criada do Instituto Unidos Pela Vida, maior organização brasileira focada no desenvolvimento de projetos relacionados à conscientização da doença no país. 

A Paris Filmes, distribuidora da produção no Brasil, abraçou a campanha, juntamente com um grupo de atores, artistas e a estilista Malena Russo que produziu uma estampa personalizada relacionada com o tema central do filme. As camisetas custam R$ 40 e estão disponíveis para compra no site do Instituto: https://unidospelavida.lojaintegrada.com.br/camiseta-filme. Toda a renda obtida com a venda será destinada a instituição.  Para saber mais sobre a doença acesse: www.unidospelavida.org.br


Ficha técnica:
Direção: Justin Baldoni 
Produção: CBS Films / Wayfare Entertaiment
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h56
Gêneros: Romance / Drama
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,8 (0 a 5)

Tags: #ACincoPassosDeVoce, #HaleyLuRichardson, #ColeSprouse, #drama, #romance, #fibrosecistica, @ParisFilmes, @CinemaNoEscurinho

14 março 2019

Liam Neeson ficará mais marcado por polêmica do que por “Vingança a Sangue-Frio”

Pacato e exemplar limpador de neve muda de comportamento e sai caçando os responsáveis pela morte do único filho (Fotos Doane Gregory/Studiocanal)

Wallace Graciano


Era fevereiro e Liam Neeson vivia a expectativa pela estreia de “Vingança a Sangue-Frio” ("Cold Pursuit"), seu mais recente longa, que ele promete ser seu último no gênero de ação, e é um remake do norueguês “Cidadão do Ano” (“Kraftidioten”), de 2014, também dirigido por Hans Petter Moland. Porém, bastou uma declaração polêmica, na qual ele tentou fazer uma associação ao filme ao qual é protagonista, para sua carreira ser colocada em xeque e a obra ser adiada por quase um mês, chegando às telonas somente nesta quinta-feira (14). 

Em entrevista ao jornal inglês The Independent, Neeson disse que há cerca de 40 anos uma amiga lhe contou ter sido estuprada por um negro. Sedento por vingança, assim como o personagem ao qual dá vida no longa, ele vagou por dez dias com uma barra de ferro por bairros onde negros moravam, procurando arrumar confusão com qualquer um, tudo por conta de sua “necessidade primária de atacar”. Acusado de racismo, Neeson viu o longa ser colocado em xeque. Não à toa, a première em Nova York foi cancelada após o episódio e a Paris Filme, distribuidora da película no Brasil, optou por “esperar a poeira baixar”.

Deixando de lado as controvérsias, “a necessidade primária de atacar” dita em sua resposta remete bem à história de Nels Coxman, personagem a quem dá vida na película. Pai de uma família em um subúrbio pacato, ele vê sua vida tomar outro rumo após seu filho ser morto por um poderoso chefão das drogas da região. Tomado pelo ódio, ele passa eliminar um a um os intermediários, buscando chegar no cabeça da gangue, um dos narcotraficantes mais preocupado do país que chama a atenção por sua dieta macrobiótica. 

Porém, nesse ínterim, Nels vira um personagem impulsivo, com ações exageradas e frenéticas em meio a uma tentativa de que um roteiro de suspense fosse criado. Dessa forma, o longa se transforma em uma comédia trash, carregada de humor negro, com final previsível, que tem como ponto central um protagonista sem carisma que consegue fisgar o público. Paralelamente, personagens secundários são desenvolvidos exaustivamente, sem a mínima necessidade, o que torna a narrativa cansativa.

Apesar disso, a trama entrega ao fã amante do gênero um bom filme, com toques “tarantinianos”, abusando da hiper-violência marcada por piadas, músicas cômicas e uma fotografia impactante.  No fim das contas, Neeson ficará mais marcado pela polêmica do que pelo remake. Porém, a película não é das piores e entretêm os amantes do gênero que buscam um “quê” de ação com doses de humor negro.
Duração: 1h59
Distribuição: Paris Filmes
Classificação: 16 anos



Tags: #VingançaASangueFrio, #ColdPursuit, #LiamNeeson, #drama, #acao, #humornegro, #comedia, @ParisFilmes, #cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

07 março 2019

"Minha Fama de Mau": descompromissado e divertido como uma festa de arromba

Chay Suede é Erasmo Carlos na biografia autorizada do rei da Jovem Guarda (Fotos: Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Que ninguém se engane: "Minha Fama de Mau" foi feito para agradar aos fãs de um ídolo - por consequência, de um movimento, a Jovem Guarda. É um filme chapa branca, produzido a partir da autobiografia escrita por Erasmo Carlos. Trata-se, portanto, de uma biografia autorizada. Arestas são aparadas, conflitos retratados com muita leveza e, acima de tudo, muita música. No final das contas, o longa é, antes de tudo, um musical. E, nesse sentido, merece elogios.

Adolescente pobre da Tijuca, Erasmo vive com a mãe no que ele chama de "casa de cômodos" - nada mais do que uma pensão, onde moram outras pessoas tão solitárias e carentes como ele e dona Diva, muito bem interpretada por Isabela Garcia, que enche de ternura essa mãe solteira e sofredora. É nesse bairro que ele conhece Tião - que mais tarde viria a ser Tim Maia - e, juntos, eles descobrem o recém-chegado rock'n'roll de Elvis Presley, Bill Halley e Chuck Berry. Ambos se metem em pequenos furtos, brigas de turmas e vivem correndo da polícia, numa clara alusão ao fato de que a música pode ter sido a salvação daqueles jovens.

O elenco é um caso à parte no filme. Estão esbanjando talento e brilhando, além de Chay Suede como Erasmo Carlos, Gabriel Leone como um Roberto Carlos nada caricato, Bruno de Luca como o apresentador Carlos Imperial, Vinicius Alexandre como Tim Maia e até uma inusitada Paula Toller como Candinha, a fofoqueira de um programa de rádio. Destaque especial para a excelente Malu Rodrigues, que consegue timbrar a voz de Wanderléa, chamando atenção em alguns números musicais, apesar da pequena participação na história.

Para compensar o politicamente correto do filme - é claro que o atrito entre Roberto e Erasmo Carlos não se resolveu daquela forma romântica e sublime - "Minha Fama de Mau" tem certas gracinhas que podem encantar o espectador, como o personagem principal às vezes falando direto para a câmera, um locutor que entra em off, pequenos trechos de filmes da época, desenhos animados e quadrinhos. Outro diferencial: uma mesma atriz, Bianca Comparato, entra em vários momentos da história, fazendo o papel das mulheres que foram importantes na vida do cantor.

Enfim, o longa dirigido por Lui Farias é leve e agrada. Não se fala em ditadura embora o filme se passe nos anos de 1960. Quem não sabia, aprende como surgiu a Jovem Guarda e o que ela significou como movimento comportamental e musical, as histórias são divertidas, as músicas são gostosas, românticas e descontraídas. Tudo bem do jeito Erasmo Carlos de ser. 
Duração: 1h56
Classificação:
Distribuição: Downtown Filmes


Tags: #MinhaFamaDeMau, #ErasmoCarlos, #ChaySuede, #GabrielLeone, #ViniciusAlexandre, #MaluRodrigues, #PaulaToller, #IsabelaGarcia, #drama, #biografia, #musical, @DowntownFilmes, @ParisFilmes, @cinemanoescurinho

21 fevereiro 2019

"Todos Já Sabem" é um suspense que entrelaça vidas e expõe segredos de família

Penélope Cruz e Javier Bardem protagonizam este drama espanhol que aborda principalmente a relação familiar (Fotos: Memento Films Distribution)

Maristela Bretas


Muitas são as produções espanholas que dão prazer em assistir. "Todos Já Sabem" ("Todos lo Saben") é um exemplo disso, principalmente por reunir um elenco renomado com nomes como Penélope Cruz, Javier Bardem e Ricardo Darín. O suspense explora as relações entre os membros de uma família e o pequeno vilarejo onde vivem. E como são vistos (e tratados) aqueles que deixaram o local. Quem ficou e quem quer sair também, como encaram a rotina diária e como "aceitam" a volta, mesmo que temporária, daqueles que partiram. 


Velhos rancores, inveja, ganância, ciúme se misturam com saudade, carinho e amor para contar a história de Laura (Penélope Cruz) que retorna à sua cidade natal na Espanha para acompanhar a cerimônia de casamento de sua irmã mais nova, Anna (Inma Cuesta). Por motivos de trabalho, Alejandro (Ricardo Darín), o marido argentino dela, não pode acompanhá-la. 


Na cidade, Laura reencontra o ex-namorado, Paco (Javier Bardem), que não via há muitos anos e que agora está casado com Bea (Bárbara Lennie). Durante a festa de casamento, uma pessoa é sequestrada e toda a família precisa se unir para tentar resolver o caso, enquanto se questionam se o culpado estaria entre eles. Na busca por uma solução, segredos e mentiras são revelados e pode mudar a vida de todos eles.


"Todos Já Sabem" trata-se de um filme sobre gente, mas é a preocupação com detalhes nas imagens de objetos e rostos que dão o maior peso à narrativa. Com diálogos curtos e densos, mas marcantes, o diretor e roteirista Asghar Farhadi aposta num tema comum para mostrar a complexidade das relações familiares. A narração não fica lenta, mas se mostra confusa às vezes por causa das várias histórias inseridas, abordando segredos que dificilmente permanecem guardados e são explorados nas mais diversas situações, especialmente porque todas envolvem dinheiro. 


O destaque na narrativa fica para o casal Cruz/Bardem, com uma atuação mediana de Darín, que ficou à sombra dos dois, mesmo com o diretor dando a cada integrante do elenco o peso que a trama exige. Participam também do filme Eduard Fernández (Fernando, cunhado de Laura), Elvira Mínguez (Mariana, irmã mais velha de Laura e casada com Fernando), Sara Sálamo (Rocio, sobrinha de Laura), Roger Casamajor (Joan, marido de Anna), José Ángel Egido (investigador) e Jaime Lorente (Luis, namoradinho da filha de Laura).

Um drama com pinceladas de romance policial, "Todos Já Sabem" é uma produção que merece ser conferida pela história e pelas belas paisagens. Filmado inteiramente em espanhol, foi rodado na cidade espanhola de Torrelaguna, além de Madri e Guadalajara, exibe também costumes de comunidades locais, especialmente as festas familiares, com muito vinho, comida e canções.



Ficha técnica
Direção e roteiro: Asghar Farhadi
Produção: Memento Films Productions / Morena Films / Lucky Red / France 3 Cinéma / Rai Cinema
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h12
Gêneros: Drama / Suspense
Países: Espanha / França / Itália
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #TodosJáSabem, #PenelopeCruz, #JavierBardem, #RicardoDarín, #drama, #suspense, @ParisFilmes, @cinemanoescurinho

03 janeiro 2019

Assistir "O Manicômio" é jogar tempo e dinheiro fora com terror muito ruim

Filme reúne youtubers alemães numa aposta dentro de um hospital abandonado que seria assombrado (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


O ano de 2018 contou com bons filmes de terror e suspense, alguns até com indicações a prêmios internacionais, como "Um Lugar Silencioso". Iniciar 2019 com um filme do gênero ruim demais é até covardia com o público. É o caso de "O Manicômio" ("Heilstätten"), produção alemã, que para piorar veio para BH somente em versão dublada em português. Que sofrimento!

O filme ficou perdido num limbo inexplicável, sem saber se explorava o universo dos youtubers ou se apostava no susto das assombrações de um antigo manicômio abandonado. No final, nem uma coisa nem outra, somente um roteiro cheio de furos, mal escrito e mal dirigido, com atores péssimos. Mais parece uma postagem no Youtube feita por adolescentes tentando vencer seus oponentes na disputa pela melhor imagem ou fato mais interessante. 

Na história, um grupo de youtubers entra ilegalmente na área de cirurgia de um manicômio abandonado da 2ª Guerra Mundial perto de Berlim onde nazistas faziam experiências com prisioneiros. Eles precisam vencer o desafio de passar 24 horas no local, mostrando tudo o que acontece lá dentro com a esperança de viralizarem seus vídeos e conseguirem mais seguidores. 

Mas logo descobrem que não estão sozinhos e não são bem-vindos ali e terão de fazer de tudo para sobreviverem até o dia seguinte. 

Com um trailer bem montado que até atrai, o filme é uma correria desenfreada que nem o fantasma consegue acompanhar, poucos sustos e salva apenas o cenário escolhido para a trama que, infelizmente, foi desperdiçado. Teria garantido um bom filme de terror. 


Ficha técnica:
Direção: Michael David Pate
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h29
Gêneros: Terror / Suspense
País: Alemanha
Classificação: 14 anos
Nota: 1 (0 a 5)

Tags: #OManicomio, #terror, #suspense, @ParisFilmes, @cineart_cinemas, #EspacoZ, @cinemanoescurinho

16 dezembro 2018

Mágico e antenado, "Detetives do Prédio Azul 2" vai fisgar toda a família

Pippo, Sol e Bento vão viver em outro país uma grande aventura no mundo dos bruxos (Fotos: Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Não são apenas os espectadores habituais da série no canal Gloob que vão se deliciar com "Detetives do Prédio Azul 2 - O Mistério italiano", em cartaz em vários cinemas de Belo Horizonte. Essa parece ser, aliás, a intenção dos produtores do filme, que se esmeraram para que o longa mantivesse a mesma cara das histórias da televisão, mas com alguma maturidade. Em projeto até certo ponto pretensioso e de tamanho grande, o trabalho dirigido por Viviane Jundi alça voos mais altos e, desta vez, vai mais longe e ultrapassa fronteiras: chega à Itália, mais precisamente à região de Puglia, onde está acontecendo a Expo-Bruxas, o maior evento de bruxaria do mundo.

A história: Pippo (Pedro Henrique Motta), Bento (Anderson Lima) e Sol (Letícia Braga) estão se preparando para participar de um concurso infantil de música. Mas, no momento da audição para os dois jurados, os irmãos Máximo e Mínima Buongusto (Diogo Vilela e Fabiana Carla), são boicotados pela amiga e feiticeirinha Berenice (Nicole Orsini). 


A partir daí, são incontáveis aventuras e confusões e o trio vai parar na Itália. É lá que se desenvolve a trama, em um castelo medieval localizado numa mística cidade de telhados brancos repletos de símbolos estranhos. No final das contas, claro, vence o bem, o espírito de equipe, a união, a amizade e a inteligência das crianças, sempre dispostas a investigações e descobertas.

Surfando na onda da magia e com efeitos especiais na medida certa, "Detetives do Prédio Azul 2 - O Mistério Italiano" chama atenção também pelas tiradas inteligentes do roteiro, como o veículo sempre problemático de um casal de feiticeiros e a vassoura da bruxinha Beré, ambos devidamente equipados com GPS nem sempre funcionando bem. A escolha da cidade de Alberobello como cenário também é um acerto e tanto.

Além de contar com um elenco infantil afinado e experiente, a turma dos adultos também é responsável pelo bom andamento de #DPA2ofilme. Principalmente os bruxos e bruxas que, mesmo em papéis que poderiam esbarrar no ridículo, seguram com honradez a missão. Cláudia Neto como Leocádia, Diego Vilela e Fabiana Costa e todos os demais magos participantes do encontro brilham e, na medida do possível, dão credibilidade às cenas, por mais inverossímeis que possam parecer. 

A bonita relação entre os personagens do menino Pippo e seu nono (avô, em italiano) - interpretado com sinceridade pelo experiente Antonio Pedro - é um bom exemplo de como a história pode fisgar também os corações de quem já se considera gente grande. 
Classificação: Livre
Duração: 1h40
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes


Tags: #DPA2ofilme, @ParisFilmes, @DowntownFilmes, #familia, #aventura, @cinemanoescurinho

06 dezembro 2018

"A Vida em Si" reúne lindas histórias de amor que o destino não perdoou

Oscar Isaac e Olivia Wilde formam o casal que dará início a trajetória de alegrias e tristezas de uma família (Fotos: Mars Films/Divulgação)

Maristela Bretas


O amor contado das mais diversas formas. Assim é a história de "A Vida em Si" ("Life Itself"), um romance dramático que atravessa o tempo, recheado de tragédias, decepções, reencontros e surpresas.  Poderia ser apenas mais um filme meloso. Mas o diretor e roteirista Dan Fogelman, criador da ótima série de TV "This Is Us", soube amarrar bem todas as pequenas histórias, interligando cada uma para que tivessem um motivo para terem existido, como faz com a série desde 2016.

É possível viver somente um único amor? Ou abrir mão dele pela felicidade do outro? Ou simplesmente suportar o abandono ou nunca ter amado? Pois é a paixão à primeira vista de Will Dempsey (ótima interpretação de Oscar Isaac) por Abby (Olivia Wilde, muito bem também), sua colega de faculdade, o ponto de partida de todas essas dúvidas que vão contar a história de "A Vida em Si".



O flerte da escola que se transforma numa linda relação a dois, com apoio da família e amigos, até o casal ser atingido por uma grande tragédia, que ira mudar a vida de todos. O filme passa a ser uma colcha de histórias paralelas que vão se conectando à medida que o tempo passa, todas elas atreladas ao romance inicial. "A Vida em Si" é emocionante e ao mesmo tempo triste ao mostrar como ficou a família de Will depois do marcante evento e como isso irá influenciar gerações futuras em outros lugares do mundo. 


No elenco estão ainda o sempre charmoso Antonio Banderas, Annette Bening, Mandy Patinkin, Jean Smart, Olivia Cooke, Sergio Peris-Mencheta. Laia Costa e Alex Monner. Samuel L. Jackson faz a narração inicial e uma rápida aparição.

Mesmo com final esperado a partir da terceira parte, o filme agrada ao ir oferecendo soluções, nem sempre boas, para os conflitos dos relacionamentos, tanto de casais quanto familiares. "A Vida em Si" é impactante, uma lição de amor maior, mas também resignado e descrente, feito para mostrar que a vida dá muitas voltas, mas o destino de cada um de nós já está traçado.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Dan Fogelman
Produção: FilmNation Entertainment / Temple Hill Entertainment
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h58
Gêneros:  Drama / Romance
País: EUA
Classificação: 10 anos 
Nota: 3 (0 a 5)

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