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17 abril 2022

Em "Animais Fantásticos - Os Segredos de Dumbledore", os efeitos visuais continuam sendo o ponto forte

Jude Law e sua turma de bruxos e trouxa enfrentam o vilão Grindelwald neste terceiro filme (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Assim como seus antecessores -  a nova produção roteirizada e produzida por J.K. Rowling "Animais Fantásticos - Os Segredos de Dumbledore" ("Fantastic Beasts: The Secrets Of Dumbledore"), em cartaz nos cinemas, acerta a mão novamente nos efeitos visuais, com ótimos cenários (mesmo com o grande uso de computação gráfica) e figurinos bem trabalhados.

Assim como os anteriores, este filme também foi dirigido por David Yates. O roteiro está melhor e mais bem desenvolvido do que "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald" (2018). Mas ainda perde para o primeiro filme - "Animais Fantásticos e Onde Habitam" (2016). Há também momentos de narrativa arrastada, superáveis por quem adora o mundo criado por J. K. Rowling. 


O terceiro dos cinco filmes previstos da famosa escritora infanto-juvenil para serem adaptados para o cinema também passou por uma importante mudança em seu elenco - a retirada do ator Johnny Depp que interpretou o vilão Grindelwald nos antecessores. 

O papel foi entregue e muito bem representado por Mads Mikkelsen ("Druk: Mais Uma Rodada" - 2021). Enquanto isso, Depp deixa de enfrentar a justiça do mundo bruxo para encarar a dos "trouxas" por causa de denúncias de violência doméstica contra sua esposa, Amber Heard ("Aquaman" - 2018).


Voltando à velha turma de Hogwarts, "Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore", conta novamente como sua maior estrela, o magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne) e sua inseparável maleta com uma exótica coleção de animais do mundo da magia recolhidos em suas viagens. 

São essas maravilhosas e diferentes espécies que dão brilho e representam uma atração à parte nos filmes. E não seria diferente neste, com uma participação muito importante no desenrolar da história.


Como o título já indica, Alvo Dumbledore (Jude Law) é o protagonista e vai reger uma orquestra de mágicos dispostos a salvarem o mundo dos não mágicos do terrível bruxo Grindelwald. Jude Law também está muito bem no papel do professor de Hogwarts que recrutou Newt para enfrentar o vilão no filme passado e agora, como aliados, terão de formar uma equipe para uma batalha maior.

Mais do que uma história de fantasia, animais mágicos e feitiços bruxos, "Os Segredos de Dumbledore" remete a outro momento sombrio da história mundial. Enquanto o primeiro filme foi ambientado em 1926, pós-Primeira Guerra Mundial e se passa nos Estados Unidos, e o segundo em Londres, na mesma década, este terceiro se passa nos anos de 1930, pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Os cenários vão de Nova York, Berlim a até mesmo o longínquo Butão.


O roteiro expõe sem nenhuma sutileza a ascensão do nazismo na Alemanha, comparando Grindelwald a Hitler. Um homem que só deseja o poder, formando um exército de seguidores. Com o objetivo de se tornar o novo líder da Confederação Internacional da Magia, ele manipula as pessoas com discursos persuasivos e a proposta de "purificar a raça" dos bruxos, eliminando os "trouxas" (pessoas sem poderes), considerados por ele uma grande ameaça ao seu mundo.


Preso a um grande segredo do passado que o impede de enfrentar Grindelwald sozinho, Dumbledore convoca Newt para liderar uma equipe de bruxos, bruxas e novamente Jacob Kowalski (Dan Fogler, sempre com ótima interpretação), o trouxa mais adorável da franquia, agora dono de uma confeitaria.

Também estão de volta outros integrantes do elenco dos dois filmes anteriores, como Credence (Ezra Miller), que continua tendo grande importância na trama, graças a seus poderes e cujo passado será desvendado agora; a linda bruxa Queenie Goldstein (Alison Sudol), grande paixão de Jacob desde o primeiro filme.


Theseus Scamander (Callum Turner), irmão de Newt, vai ganhar maior participação e formará a simpática e combativa equipe de Dumbledore, juntamente com Yusuf Kama (William Nadylan), Eulalie Hicks (Jessica Williams) e Bunty (Victoria Yeates). Todos muito bem em seus papéis.

Para agradar ao fiel e importante público brasileiro de Harry Potter, a abertura das cópias exibidas nos cinemas no país apresenta elogios dos atores Jude Law e Eddie Redmayne à atriz Maria Fernanda Cândido. Ela interpreta a bruxa Vicência Santos, uma das candidatas ao comando da Confederação, disputando com Grindelwald e Liu Tao (Dave Wong). Ao contrário do vilão, Vicência acredita na convivência pacífica entre os dois mundos.


Também as cenas em Hogwarts são uma boa lembrança e fazem a ligação necessária com o mundo de Harry Potter. Ponto positivo e deverá agradar aos fãs do Wizarding World. Para fechar o pacote, nada como a bela trilha sonora, composta pelo consagrado músico, produtor e maestro James Newton Howard, responsável também pelas composições dos filmes anteriores. 

Antes de tudo, "Animais Fantásticos - Os Segredos de Dumbledore" é um filme de magia, com um bom e conhecido elenco e que consegue esclarecer algumas brechas abertas pelos antecessores, mas cria novas. Agora é esperar os próximos, especialmente o quinto, quando deverá ocorrer a tão esperada batalha entre Dumbledore e Grindelwald.


Ficha Técnica
Direção: David Yates
Roteiro: J.K. Rowling
Produção: Warner Bros, Pictures / Heyday Films
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: Nos cinemas
Duração: 2h22
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: Fantasia / Aventura

22 novembro 2019

"Um Dia de Chuva em Nova York": Mais Woody Allen, impossível

Selena Gomez e Timothée Chalamet estão no elenco principal desta comédia romântica de encontros e desencontros (Fotos: Mars Films/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


"Um Dia de Chuva em Nova York" ("A Rainy Day in New York") reúne todos os ingredientes que não podem faltar em um filme assinado por Woody Allen: o diretor de cinema atormentado e excêntrico que, em crise, ameaça parar de trabalhar; o jovem universitário burguês que, para tentar negar sua origem, cultiva gostos e hábitos singulares e antigos; a loira lindíssima e meio caipira que, para ascender intelectualmente consome obras que nem sempre compreende; o roteirista que, em nome de salvar um filme, se transforma numa espécie de babá do diretor e esquece a própria família. 


E, claro, tem também o inusitado, detalhe primordial nas histórias de Allen, cuja marca mais característica é a surpresa. Junte-se a isso tudo o cenário que não pode faltar: ruas, trânsito, táxis, metrô, parques, restaurantes, hotéis e bares de Nova York, a cidade preferida do cineasta. 

O longa demorou um pouco para ser lançado devido a problemas de Allen com seus produtores após o escândalo das denúncias de sua própria filha envolvendo-o num caso de abuso sexual. Demorou, mas chegou. E entra em cartaz em Belo Horizonte com todos os requisitos para agradar aos fãs do diretor. No elenco, um equilíbrio de estrelas de diferentes portes: Timothée Chalamet como o universitário Gatsby; Elle Fanning como a estudante Ashleigh; Liev Schreiber como o cineasta Roland Pollard; Jude Law como o roteirista Ted Davidoff; Diego Luna como o ator canastrão Francisco Vega; Selena Gomez como Chan, entre outros.


Estudantes de uma universidade no interior, Gatsby e Ashleigh planejam passar um fim de semana em Nova York. Aluna de Jornalismo, ela tem uma entrevista marcada com Rolland Pollard, diretor que admira e de quem já viu todos os filmes. Por sua vez, o jovem vê, nessa oportunidade, a chance de mostrar à namorada a cidade como ele concebe e gosta: restaurantes e recantos antigos, onde não faltam pianos bem tocados e cantores à meia-luz. Imprescindível para Gatsby é não se encontrar, em hipótese alguma, com seus pais, tradicionais figuras da sociedade nova-iorquina dos quais ele quer manter distância.


Os desencontros começam a partir da primeira crise do diretor excêntrico assim que ele recebe a estagiária para a entrevista. A partir daí, é uma sucessão de acasos e surpresas, todas, claro, agravados com a chuva que não para de cair na cidade. Dessa vez, pode ser até que Woody Allen tenha exagerado nas tramas. 


Algumas situações ficaram com cara de trapalhadas, o que pode prejudicar a credibilidade. Um exemplo: a moça que tem que sair fugida e praticamente nua da casa do rapaz porque a mulher dele chega antecipadamente de uma viagem. Parece comedinha barata. Outro detalhe: Jude Law merecia uma participação maior. Enfim, é Woody Allen. É o de sempre. Mas convém assistir.
Classificação: 14 anos
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h33


Tags: #UmDiaDeChuvaEmNovaYork, #WoodyAllen, #TimotheeChalamet, #ElleFanning, SelenaGomez, #JudeLaw, #comedia, #romance, #ImagemFilmes, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

26 março 2019

Confuso, "Vox Lux - O Preço da Fama" é apenas a presença de Natalie Portman

Crédito:Neon
Filme aborda a ascensão de uma cantora que sofreu um trauma na adolescência e se transforma numa superstar (Fotos: Neon/Divulgação)


Maristela Bretas


Com a dupla Natalie Portman e Jude Law que garante sempre bom público para o cinema, a expectativa era de que "Vox Lux - O Preço da Fama" ("Vox Lux") fosse um filme instigante, surpreendente. Só que não. Nem a grande interpretação da bela e excelente atriz, que divide a produção com Law e a cantora Sia, foi suficiente para torná-lo interessante. Portman entrega um bom papel e ainda canta e dança - meio Madonna, meio Lady Gaga, como comparou uma colega de cinema. Mas não chega aos pés do estupendo "Cisne Negro", do diretor Darren Aronofsky, protagonizado por ela em 2011.

Crédito: Neon
A história, dirigida e roteirizada por Brady Corbet, é confusa, cheia de perguntas não respondidas, desperdiça talentos, como Jude Law num papel que deveria ter mais peso pelo que supõe o enredo. Raffey Cassidy ("Aliados" - 2107) interpreta a cantora Celeste quando jovem e depois volta como filha de Portman, que só entra da metade do filme pra frente. As cenas em que estão juntas não passam empatia, talvez o objetivo do diretor fosse esse mesmo - mostrar uma relação fria e distante entre mãe e filha, afetada pela fama, as drogas e o alcoolismo da primeira.

Crédito: Neon
O filme começa com um trauma vivido em 1999 por Celeste quando era adolescente e que vai alavancar sua carreira artística, mas também marcará a vida e os relacionamentos dela para sempre. Em parceria com Ellie, a irmã compositora (papel de Stacy Martin) e Jude Law como o produtor, a cantora tem uma ascensão meteórica, tornando-se uma superstar global. Nada novo, mas o que desagrada são as cenas soltas, que só não são mais tediosas graças à narração perfeita de Willem Dafoe. O diretor usa a estratégia de congelar a imagem para que o narrador explique ao espectador o que aconteceu com Celeste com o passar dos anos. num drama dividido em três atos, como no teatro.

Crédito: Neon
Se o início do filme é marcado pela violência, a decepção é clara com o final, que apontava para um desfecho forte (no mínimo clichê), mas que desce algum sentido a tudo. Deixa aquela sensação: Mas acabou? Onde foi que eu perdi o fio da meada?  Além do desempenho de Natalie Portman, destaque para a ótima trilha sonora de SIa e o figurino exótico da protagonista. "Vox Lux - O Preço da Fama", que abriu o Festival de Veneza de 2018, estreia nesta quinta-feira nos cinemas.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Brady Corbet
Produção: Killer Films / Bold Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h56
Gêneros: Drama / Musical
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #VoxLux, #NataliePortman, #JudeLaw, #drama, #musical, @ParisFilmes, @cinemanoescurinho

10 março 2019

"Capitã Marvel" apresenta bem a heroína com excelentes efeitos visuais e diálogos divertidos

Brie Larson é a poderosa versão feminina da Marvel que passará a integrar o grupo dos Vingadores (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Com o filme solo "Capitã Marvel ("Captain Marvel"), a ganhadora do Oscar, Brie Larson ("O Quarto de Jack" - 2015), entra para o Universo Cinematográfico Marvel para fazer a ligação entre "Vingadores - Guerra Infinita" e o esperado "Vingadores - Ultimato", com estreia marcada para 25 de abril. Mesmo sem o carisma de Gal Gadot em "Mulher Maravilha", da DC Comics, Larson entrega uma super-heroína forte, reforçando a postura da Marvel na questão da valorização da mulher, iniciada em "Pantera Negra".

Claro que, como nos demais filmes da franquia, os excelentes efeitos visuais são o destaque, além de um ótimo roteiro e direção de Anna Boden e Ryan Fleck, com a participação de Geneva Robertson-Dworet. Muita ação no início, uma diminuída no ritmo no meio e mais ação a partir do momento que Carol Danvers/Capitã Marvel (Brie Larson) descobre que é mais poderosa do que imaginava. Nas batalhas, ela dá a impressão de que está se divertindo ao descobrir cada novo poder, de fogo ou voando. O espectador terá muitos tiros, raios, perseguições de carro, batalhas aéreas e o surgimento daquela que vai mudar a história dos Vingadores.

O filme é confuso no início por causa dos flashbacks sobre a origem de Vers. Ela é uma guerreira desmemoriada treinada por Jude Law, que interpreta Yon-Rogg, comandante da Starforce. Vers, que somente após conhecer sua história verdadeira se transforma em Capitã Marvel, passa por várias etapas de descoberta até atingir seu poder máximo, como guerreira e mulher. "Capitã Marvel" não chega a abordar tão fortemente a questão da força feminina como em "Pantera Negra" e "Mulher Maravilha", mas mostra que o sexo nada frágil é que faz tudo acontecer.

Um exemplo é a atuação da atriz britânica Lashana Lynch, no papel da piloto de caça Maria Rambeau, melhor amiga de Carol Danvers. Ela é a mega foda no comando de um caça e de uma nave espacial. Quem disse que mulher não pode pilotar um caça? Ou brigar muito e ser uma superpoderosa Vingadora? Natasha Romanoff, a Viúva Negra interpretada por Scarlett Johansson, prova isso há cinco filmes da franquia, desde "Vingadores" (2012) e vai reforçar sua importância como super-heroína em "Ultimato".

No elenco masculino de "Capitã Marvel", além de Jude Law, a presença de Samuel L. Jackson, como Nick Fury, é sempre um diferencial. E é dele a maioria das frases e situações engraçadas do filme, especialmente as cenas com a "fofíssima gatinha" Goose, personagem que terá grande importância na história. Jackson quebra a seriedade de Larson com diálogos divertidos, deixando a produção mais leve. No filme também é revelada a forma como Fury perdeu o olho esquerdo. É hilária!

A produção também o agente Phil Coulson (Clark Gregg,), parceiro de Fury e que também irá comandar a S.H.I.E.L.D. no futuro (série de TV "Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D."). Ben Mendelsohn, que trabalhou com a dupla de diretores em "Parceiros de Jogo" (2015) também entrega uma boa atuação do líder Skrull, Talos. Já Lee Pace retoma o personagem Ronan, interpretado em "Guardiões da Galáxia" (2014). Outra estrela que já não brilha tanto como antes, mas tem papel importante na aventura é Annette Bening, como uma cientista que quer salvar a terra dos alienígenas.

"Capitã Marvel" conta a história de Carol Danvers, ex-piloto da Força Aérea norte-americana, que, sem se lembrar de sua vida na Terra, é recrutada pelos Kree para fazer parte do exército de elite do planeta deles. Inimiga dos metamorfos Skrull, ela acaba voltando ao seu planeta de origem para impedir uma invasão e acaba descobrindo sua verdadeira história com a ajuda do agente Nick Fury, antes de se tornar o chefe da S.H.I.E.L.D.

O filme tem de tudo - ação, diversão, ótimos efeitos visuais e apresenta bem a personagem dos quadrinhos. Além de uma linda homenagem, logo na abertura, ao eterno criador da Marvel, Stan Lee. A trilha sonora, com sucessos dos anos 90, ajuda a completar bem o clima. A ação se passa em 1995, com direito a internet discada hiper-lenta, PCs dinossáuricos, locadora de vídeo Blockbuster, o buscador era o Alta Vista, e por ai vai. Vai agradar ao público em geral, merece ser conferido.

ATENÇÃO: "Capitã Marvel" tem duas cenas extras, uma antes dos créditos muito importante e outra bem bobinha que serve como distração.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Anna Boden / Ryan Fleck
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Buena Vista
Duração: 2h04
Gêneros: Ação / Fantasia / Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #CapitaMarvel, #CaptainMarvel, #BrieLarson, #SamuelLJackson, #JudeLaw, #AnnetteBening, #BenMendelsohn, #StanLee, #ficcao, #aventura, MarvelStudios, @cinemanoescurinho

15 novembro 2018

Muito flashback e confusão em "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald"

Newt Scamander (Eddie Redmayne) terá de viajar novamente aos EUA atrás de um bruxo do mal, interpretado por Johnny Depp (Fotos: Jaap Buitendijk/Warner Bros. Pictures)

Wallace Graciano


Goste ou não da saga “Harry Potter”, é impossível negar a importância de J. K. Rowling na história da literatura (não somente a infanto-juvenil). Porém, o mesmo talento que a elevou ao panteão dos grandes nomes que nos contaram as mais doces fábulas não parece florescer em outro tipo de narrativa: a de roteirista cinematográfica. 

Em “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” ("Fantastic Beasts: The Crimes Of Grindelwald"), que estreia nesta quinta-feira (15) nos cinemas de todo planeta, a autora (que além de roteirista é uma das produtoras do filme) não consegue dar a mesma vivacidade dos livros às telonas, tal qual no precursor do spin-off.

Na sequência de “Animais Fantásticos”, que se passa 70 anos antes de Harry chegar a Hogwarts, Gellert Grindelwald (Johnny Depp) é transportado dos Estados Unidos, onde fora preso, até a Londres. Porém, o bruxo consegue escapar em uma batalha sufocante, digna dos grandes embates da saga canônica. Agora livre, ele vai em busca de Credence (Ezra Miller), o que norteará toda a história.

Paralelamente, Newt Scamander (Eddie Redmayne) está proibido de viajar ao exterior por causa do trabalho que deu ao mundo bruxo durante sua estada em Nova York. Sem ter muito o que fazer, cuida dos bichos em sua maleta e tenta escapar dos flertes do Ministério da Magia, que quer tê-lo como auror para recapturar Grindelwald. Quem consegue seduzi-lo é Alvo Dumbledore (Jude Law). 

Aproveitando que Scamander viaja escondido a Paris para tentar se reaproximar de sua paixão, Tina Goldstein (Katherine Waterston), o professor de Hogwarts lhe dá a missão de proteger Credence das mãos do bruxo das trevas, tudo isso em meio aos avanços do Ministério da Magia. É nesse ponto que a película chega ao seu ápice. 

Ao mesmo tempo em que traz o tom de naftalina aos saudosos amantes da saga, com a presença de personagens icônicos e do próprio castelo de Hogwarts, a trama oferece as batalhas, efeitos especiais e conspirações de “Harry Potter” que encantaram toda uma geração. Porém, ao contrário dos livros e filmes de outrora, este peca ao desenvolver os personagens justamente quando o clímax está estabelecido.

O roteiro tem grandes buracos e não consegue sequer encaixar os segredos agora revelados por J. K. Rowling do mundo bruxo antes de Harry. Assim como no precursor, “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” volta a ter cenários maravilhosos, batalhas intensas e personagens nostálgicos que se perdem em meio a um roteiro confuso. A magia da saga Harry Potter ficou mesmo por lá.


Ficha técnica:
Direção: David Yates
Produção: Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h14
Gêneros: Aventura / Fantasia
Países: Reino Unido / EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #AnimaisFantásticosOsCrimesdeGrindelwald, #HarryPotter, #JKRowling, #Fantasia, #Aventura, #EddieRedmayne, #JudeLaw, #Johnny Depp, #EzraMiller, #WarnerBrosPictures, #espaçoZ, #cinemas.cineart, #CinemaNoEscurinho