19 outubro 2015

"Operações Especiais" é um "Tropa de Elite" com mocinha e bandidos

Cléo Pires, Fabrício Boliveira e Thiago Martins integram o grupo de elite da polícia contra a criminalidade (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma surpresa o filme "Operações Especiais". No primeiro momento parecia que seria apenas uma cópia piorada de "Tropa de Elite", com a mesma temática da violência e combate á corrupção e ao crime organizado no Rio de Janeiro. A diferença seria o rostinho bonito de Cléo Pires. A produção é mais fraca, mas consistente com a realidade.

Apesar de a atriz ter entrado na história para fazer apenas uma participação especial e acabar se tornando a personagem principal são Marcos Caruso (como o delegado Paulo Froes) e Fabrício Boliveira (como o inspetor Décio) que dão o recado e se destacam em seus papéis de polícias incorruptíveis, mas que não seguem as regras no combate ao crime organizado. Ótimas atuações.

Cléo Pires também amadureceu sua interpretação e convence como Francis, moça da periferia que resolve se tornar policial civil para enfrentar ex-namorado e achar que teria funções apenas burocráticas. Acaba jogada numa equipe de elite, com policiais machistas que não aceitam uma mulher no grupo. Seu personagem vai descobrindo a cada dia que para encarar a violência só mesmo se tornando parte dela. A moça cheia de sonhos, que seduzia a todos com charme e beleza, cuja única preocupação era cuidar do cabelo e das unhas terá de perder o medo da violência, subir o morro atrás de marginal e ainda algemar um grandalhão.

Outro que tem melhorado suas atuações é Thiago Martins, que se encaixou bem no papel do policial Roni, o mais machista do grupo e maior crítico da presença de Francis. Num todo a equipe convence como grupo especial.  Assim como Fabíula Nascimento como a manicure Rosa que vive entre criminosos, mas prefere fechar os olhos para a corrupção de sua cidade. Já Antonio Tabet é Toscano, a cara da corrupção, malando e violento que se faz passar por amigos de todos enquanto mata e trafica sob e as ordens dos "graúdos" da cidade.

Uma coisa não dá para disfarçar: lembra muito "Tropa de Elite", com o policial bonzinho e o corrupto, a criminalidade no morro, a postura das pessoas que fingem que não vêm nada e que tiram proveito da situação. A mesma sociedade que pede justiça, critica e exige que a polícia deixe o local quando sua atuação "atrapalha os negócios".

A história narra o trabalho de um grupo de policiais 100% honestos que é enviado a uma fictícia cidade do interior do Rio de Janeiro - São José do Livramento - que está sofrendo com o aumento da criminalidade após a criação das UPPs. O governo convoca Paulo Froes (Caruso), delegado com a ficha mais limpa da corporação, e reúne uma equipe especial para a campanha. 

Entre os agentes selecionados está Francis (Cléo), uma investigadora novata que precisa provar que tem valor. Em pouco tempo eles resolvem o problema e são aclamados pela opinião pública. Mas a “lua de mel” dura pouco. A aplicação do rigor da lei começa a incomodar a todos. A situação se torna insustentável e o governo se vê forçado a intervir novamente. Será que a população quer mesmo uma polícia honesta?


Mas "Operações Especiais" cumpre seu objetivo : é um filme de muita ação, vale para quem gosta do gênero policial, com palavrões e muitos tiros. Para a produção, o diretor Tomás Portela utilizou três cidades como cenários - Rio de Janeiro, Duque de Caxias (RJ) e Palmas (Tocantins). O filme não é ruim e vale como mais uma produção nacional .

Ficha Técnica
Direção: Tomás Portela
Produção: TC Filmes / Globo Filmes / Universal Pictures / Querosene/ Filmland / Formiga Filmes
Distribuição: Paris Filmes e Downtown Filmes
Duração: 1h30
Gêneros: Drama / Ação / Policial
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #OperaçoesEspeciais # CléoPires #MarcosCaruso #FabrícioBoliveira #ThiagoMartins #AntonioTabet #FabíulaNascimento #TomásPortela #DowntownFilmes #ParisFilmes #policial #Ação #filmenacional #CinemanoEscurinho

15 outubro 2015

Longo demais para uma ousada " A Travessia" de 40 metros


Na versão 3D a fotografia fica espetacular, principalmente nas cenas feitas no alto dos prédios (Fotos Sony Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


A história de "A Travessia" ("The Walk") é bem interessante e baseada em um fato real ocorrido em 7 de agosto de 1974 em Nova York e que ganhou repercussão na imprensa mundial. Sob a direção do premiado Robert Zemeckis ("O Voo", "Naufrágio", "Forrest Gump" e a trilogia "De Volta para o Futuro", só para relembrar algumas de suas famosas produções) tinha tudo para ser perfeito. 

Na versão 3D a fotografia fica espetacular, principalmente do alto dos prédios, e faz o público se sentir pendurado numa corda bamba, como o personagem, com cenas que dão a exata sensação de profundidade que o momento exige. Por essas cenas já valeria assistir o filme.

Mas a duração jogou um balde de água fria na produção. Há momentos tão monótonos (até dispensáveis) que chegam a ser chatos, arrastando a história sem necessidade. Ela ganha mais agilidade da metade para frente, quando o plano da grande travessia começa a ser colocado em prática pelo equilibrista francês Philippe Petit, interpretado pelo ator Joseph Gordon-Levitt, e seus amigos.

Vivendo na corda bamba literalmente pelas ruas de Paris, o equilibrista francês Philippe Petit sonha em fazer uma grande apresentação e ter sua arte reconhecida no mundo todo. Até que um dia decide que seu destino será atravessar sobre um cabo de aço o vão de 40 metros de extensão que separa as torres do World Trade Center, as famosas Torres Gêmeas de Nova York, ainda em construção. 


Para isso irá contar com a ajuda da jovem Annie (Charlotte Le Bon) e do fotógrafo Jean-Louis (Clément Sibony), além de outros parceiros nos EUA e o tutor Papa Rudy (Ben Kinsgley) que lhe ensinou os macetes para realizar a façanha. O sucesso da façanha acabou se tornando uma biografia, escrita pelo próprio Petit - "To Reach The Clouds", que deu origem ao documentário "O Equilibrista" (2009). A ousadia de Petit entrou para a história das antigas Torres Gêmeas.

"A Travessia" é um filme bom, e Zemeckis explorou bem as imagens e os efeitos da travessia das torres, assim como o momento "rei do mundo" de Petit sobre o cabo de aço. Vale como distração para quem tem curiosidade de conhecer o caso e como o diretor explorou a ousadia, a determinação e a quase insanidade do personagem na busca por seu sonho.



O filme está em cartaz nas salas 4 do Boulevard Shopping (18h50 e 21h15) e 2 do Shopping Del Rey (18h30 e 21 horas - sessões 3D) em versões legendadas. 


Ficha técnica:
Direção: Robert Zemeckis
Produção: Columbia TriStar / Imagemovers / Sony Pictures Entertainment
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 2h03
Gêneros: Biografia / Drama / Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)


Tags: #ATravessia #JosephGordon-Levitt  #RobertZemeckis #PhilippePetit  #CharlotteLeBon  #BenKingsley  #SonyPictures  #equilibrista  #torresgêmeas #WorldTradeCenter #biografia #aventura #drama #CinemanoEscurinho

11 outubro 2015

"Peter Pan", o melhor filme de aventura/fantasia do ano

Hugh Jackman agora é um vilão dos contos de fada, como o terrível pirata Barba Negra (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Aos fãs de um bom filme de fantasia, "Peter Pan" é imperdível. A produção pode ter classificação livre, mas vai agradar muito marmanjo, principalmente se for visto em 3D - vale cada centavo do ingresso desta versão. Um ótimo programa para o feriado prolongado de Dia das Crianças. Os efeitos especiais são excelentes, principalmente nas cenas que exigem profundidade. Nota 10 para o diretor Joe Wright, que soube pegar uma história conhecida por todas e dar uma nova roupagem.

E se a produção não fosse o suficiente, o elenco tem nada menos que Hugh Jackman no papel principal. A capacidade de se adaptar a seus personagens - de Wolverine (franquia "X-Men") a Jean Vatjean ("Os Miseráveis"), é demais. Ele ainda canta e se apresenta como um verdadeiro roqueiro, com uma entrada triunfal digna de Nirvana - "SmellsLike Teen Spirit".

E a trilha sonora ainda conta com um sucesso da banda Ramones - "Blitzkrieg Bop". Tudo isso envolvido num mundo de cor, sombras e pura magia, com imagens e fotografia de encher os olhos - até mesmo quando as cenas em preto e branco remetem para o período de guerra. Acha que não combina? Então pague para ver.

Jackman agora é um vilão dos contos de fada, como o terrível pirata Barba Negra. E vai mostrar toda a sua tarimba contra Levi Miller, um estreante na telona, australiano como ele, que tem tudo para ser um grande ator. O garoto interpreta o jovem Peter, que terá toda a sua vida de órfão mudada para uma grande aventura na Terra do Nunca.

No elenco estão ainda Rooney Mara, como a princesa Tigrinha (também chamada de Tiger Lily), Garrett Hedlund, como James Hook (ainda com as duas mãos e antes de se tornar o malvado Capitão Gancho), Amanda Seyfried, como a mãe de Peter e, numa aparição rápida, Cara Delevingne, como uma sereia. Destaque ainda para Adeel Akhtar, que faz Smee, o famoso Barrica (que não tem nada de gordo), ajudante de Gancho.

Para quem acha que vai ver a história mais que conhecida do menino que se recusava a crescer, com direito a Wendy, Sininho e os garotos perdidos, pode refazer seus conceitos. Ao contrário de outras versões, algumas ótimas como "Hook - A Volta do Capitão Gancho" (1992), dirigido por Steven Spielberg, com Robin Williams no papel do jovem e Dustin Hoffman como o famoso pirata, "Peter Pan" começa bem antes, contando como tudo começou. Como Peter se tornou Pan, como surgiu o capitão Gancho, a amizade com o garoto e sua disputa com Barba Negra.

Nesta nova versão, Peter é um garoto de 12 anos que vive em um orfanato em Londres, no período da Segunda Guerra Mundial. Um dia, ele e várias crianças são sequestradas por piratas em um navio voador, que logo é perseguido por caças do exército britânico. O navio escapa e logo ruma para a Terra do Nunca, um lugar mágico e distante onde o capitão Barba Negra escraviza crianças e adultos para que encontrem pixum, uma pedra preciosa que concentra pó de fada. Em pleno garimpo, Peter conhece James Hook (Garreth Hedlund), que tem planos para fugir do local. Mas esta fuga pode colocar em perigo todo o reino das fadas.




Este deverá ser o primeiro filme de uma possível trilogia - a bilheteria vai definir os rumos das próximas produções, que deverão explicar alguns pontos que ficaram  no ar: como Pan e Gancho passaram de grandes amigos a inimigos mortais, como será a vida de Pan e seus amigos na terra do nunca, que fim levou Smee, como Hook perde sua mão comida pelo crocodilo Tic-Tac.


GALERIA DE FOTOS


Enfim, ainda tem muita história para contar. Mas esta produção já é um grande começo e merece ser visto. "Peter Pan" está em exibição em 34 salas de 19 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada, em 2D e 3D.

Ficha técnica:
Direção: Joe Wright
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h51
Gêneros: Aventura/Fantasia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #PeterPan  #HughJackman  #LeviMiller #RonneyMara  #GarrettHedlund  #AmandaSeyfried  #CaraDelevingne  #JoeWright #fantasia #aventura #contosdefadas #terradonunca #capitaogancho #barbanegra #WarnerBrosPictures #CinemanoEscurinho

08 outubro 2015

"Horas de Desespero" é sufoco demais para uma só família

Owen Wilson faz o papel de um pai que tenta a todo custo salvar sua família de rebeldes assassinos num país em guerra (Fotos: Diamond Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Poderia ser mais um filme de guerra civil, golpe de estado ou qualquer conflito do gênero. Mas "Horas de Desespero" ("No Escape"), do diretor John Erick Dowdle, usa o assunto como pano de fundo para contar a história de uma família que viveu horas de pânico e terror para tentar escapar de um conflito armado e até onde vai a insanidade humana e o fanatismo numa situação destas.

E Owen Wilson conseguiu dar a dramaticidade esperada a seu personagem Jack Dwyer na condução das cenas. Ele ainda contou com a ajuda do ex-James Bond, Pierce Brosnan em sua fuga alucinada. Brosnan, por sinal, não perdeu o "jeitinho" e deixa sua marca de agente secreto nas cenas que divide com Wilson.

"Horas de Desespero" é ação do início ao fim de tirar o fôlego. O filme conta ainda com a participação de Lake Bell, que interpreta Annie Dwyer, esposa de Jack. Ela mostra o que é uma mãe é capaz de fazer quando sua família corre perigo. Outro destaque é a Sterling Jerins, que faz Lucy, filha mais velha do casal. A garotinha tem futuro.

Jack Dwyer (Wilson) recebe uma ótima proposta de trabalho e se muda com a mulher e duas filhas pequenas para um país não identificado no continente asiático. No dia da chegada explode uma guerra civil e os americanos são considerados pelos rebeldes seus maiores inimigos e precisam ser exterminados como os demais estrangeiros. 

Jack e a família vão viver momentos de tensão e desespero para e conseguirem fugir antes de serem executados. E vão precisar conta com a ajuda de Hammond (Brosnan), um simpático negociante britânico.




Apesar de xenofóbico em alguns diálogos, a produção é uma das boas estreias desta quinta-feira (8) nos cinemas de BH, nas versões dublada e legendada.

Ficha técnica:
Direção: John Erick Dowdle
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h43
Gêneros: Suspense / Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3,0 (0 a 5)

Tags: #HorasdeDesespero  #OwenWilson #PierceBrosnan #LakeBell  #JohnErickDowdle #ação #suspense #DiamondFilms #CinemanoEscurinho

05 outubro 2015

"Bata Antes de Entrar" apresenta um Keanu Reeves "juninho" demais para convencer

Maristela Bretas


A frase "É isso que acontece quando você quebra as regras, Evan. Teremos que te punir" já conta toda a história, assim como o trailer de "Bata Antes de Entrar" ("Knock, knock"). Novo filme do diretor Eli Roth traz três atores principais: Keanu Reeves (com cara de Matrix) e as belas Lorenza Izzo e Ana de Armas. Fora isso, uma produção dispensável, esquecível, tão fraca quanto a primeira versão "Death Game" (1977), que serviu de inspiração para este filme.

Reeves não convence como pai, como marido fiel e menos ainda um quarentão bombado que acaba preso, amarrado e torturado pelas duas garotas. "Bata Antes de Entrar" é um filme de médio para fraco, com muita ação insana, pouco sexo e muita sacanagem que as mocinhas aprontam com o "inocente" arquiteto, pai de família que se deixa levar pelo desejo de transar com as jovens gostosas, achando que não ia dar em nada. Ana de Armas (no papel de Bel) e Lorenza Izzo (interpretando Genesis) estão ótimas como as assassinas e depravadas visitantes. E garantem a história mais do que Reeves.

Durante um fim de semana no qual sua família viajou, a vida de Evan Webber (Keanu Reeves), é interrompida pelas atraentes Genesis (Lorenza Izzo) e Bel (Ana de Armas), que chegam à sua porta buscando refúgio da tempestade. O que parecia uma breve visita termina se transformando em um inferno, quando as duas garotas seduzem o dono da casa e o tomam como refém para brincadeiras pouco confortáveis e torturas, enquanto a família não volta.

O personagem é "juninho" demais. Tá certo que o mundo está muito doido, mas uma história que mostra um homem com a experiência de Evan, que se deixa levar pela conversa das duas que chegam do nada, molhadas pela chuva e sem celular pedindo para usar o telefone e começam a perguntar tudo sobre a vida dele? No mínimo suspeito. E depois de transarem ele achar que era só mandar as duas embora e tudo bem, ninguém iria ficar sabendo?

Fica a dúvida durante todo o filme se elas vão apenas torturá-lo ou matá-lo ao amanhecer, se as duas, além de sádicas são mesmo assassinas e se a intenção é destruir também a casa e tudo o que está ligado ao arquiteto. A falta de malícia de Evan (além da falta de expressão de Reeves) chega a irritar em algumas cenas, como a que ele expulsa as duas, enquanto espera do lado de fora da casa que elas troquem de roupa no seu banheiro, achando que "está tudo bem". Ou a cena que ele tenta se comunicar com a mulher pelo iPad. Tanta estupidez depois de tudo que as loucas aprontaram com ele? É abusar demais da inteligência do público.

E para justificar uma história fraca, a culpa no final é das redes sociais, que são usadas como vitrines do mundo para as pessoas exporem suas vidas para todos. "Bata Antes de Entrar" é um suspense com ação, um final que até surpreende, mas falha muito, a começar pela escolha de Keanu Reeves que não se encaixa no papel. Vai atrair os fãs que gostam de seus filmes. Mas o público masculino ficará mais interessado em ver as cenas com Ana e Lorenza. Conselho: Não espere muito desta produção, que entra em cartaz nos cinemas de BH nesta quinta-feira (8).




Ficha técnica:
Direção: Eli Roth
Produção: Lionsgate / Dragonfly Entertainment / Sobras International Pictures / Camp Grey Productions
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h39
Gênero: Suspense
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #BataAntesdeEntrar  #Knockknock #KeanuReeves #EliRoth #AnadeArmas #LorenzaIzzo #suspense #Lionsgate #ParisFilmes #CinemanoEscurinho

04 outubro 2015

Ridley Scott e Matt Damon, uma dupla afinada em "Perdido em Marte"

A solidão do planeta Marte é a maior inimiga do astronauta/biólogo Mark Watney (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Ótimo filme, boa condução e direção e uma excelente atuação de Matt Damon sob a batuta do mestre da ficção Ridley Scott ("Alien - o 8º passageiro", "Blade Runner - O Caçador de Androides" e "Prometheus"). Assim pode ser definido o filme "Perdido em Marte", um dos mais aguardados do ano. Damon está ótimo no papel, apesar de bancar o super-herói americano em um planeta onde ele e suas batatas são as únicas coisas vivas. E a situação de solidão e abandono no planeta vermelho é tratada por ele com ironia e sarcasmo, mas sempre mantendo a esperança de que tudo irá se resolver da melhor forma. Nem que seja fazendo uma mini-horta dentro de uma base espacial.

E toda a saga do astronauta levou a um excesso de detalhes do diretor Scott, o que deixou a produção com mais de 2h20 . Poderia ter uma duração um pouco menor. Mas isso não atrapalha tanto. Assim como outros filmes recentes do gênero - "Gravidade" (2013) e "Interestelar" (2014) -, que tratam de viagens espaciais, "Perdido em Marte" ("The Martian") explora a solidão do astronauta na isolada e seca superfície do planeta vermelho. Uma solidão só quebrada pelos registros diários em vídeo de Mark Watney (Damon) e a ótima trilha sonora dos anos 70/80, com direito a Donna Summer e ABBA que ele escuta mesmo não gostando.

O elenco também está muito bom e dá a dramaticidade necessária à produção. Destaque para Jessica Chastain ("Interestelar"), como a comandante Melissa Lewis que chefia a equipe de astronautas, Chiwetel Ejiofor ("12 Anos de Escravidão") como Venkat Kapoor, responsável da Nasa pelo resgate do astronauta, Jeff Daniels ("Debi & Lóide"), no papel do chefão da Nasa Teddy Sanders, e Kristen Wing ("Ela"), como Annie Montrose, a assessora de imprensa que tem de dar nó em pingo d´água para justificar as falhas da agência espacial. Também participam Sean Bean, Michael Peña, Kata Mara, Sebastian Stan (estes três últimos como integrantes da tripulação).

No filme, Mark Watney é um dos integrantes da equipe de exploração de Marte, a Ares III, comandada por Lewis (Chastian). A chegada de uma forte tempestade na superfície obriga a tripulação a abortar a missão, mas durante a retirada, Mark é atingido por destroços e se perde. Ele é dado como morto pelo grupo e pela Nasa e abandonado no planeta. 

Mas seus conhecimentos de botânica, aliado à criatividade e a vontade de viver e retornar à Terra serão seus maiores aliados para sobreviver até que o socorro chegue. A milhões de quilômetros de distância, a NASA e uma equipe de cientistas internacionais trabalham incansavelmente para trazer "o marciano" de volta enquanto seus colegas de tripulação tentam uma ousada missão de resgate.



"Perdido em Marte" é uma adaptação do livro escrito por Andy Weir. E indico para aqueles que gostam de um filme bem produzido e dirigido, com diálogos (muitas vezes monólogos) usando linguagem clara e simples. Também os efeitos especiais em nada deixam a dever, na medida certa. Mas um dos destaques está na fotografia - de encher os olhos. Ridley Scott arrasou de novo, o filme é imperdível.

Ficha técnica:
Direção: Ridley Scott
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 2h21
Gênero: Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

Tags: #PerdidoemMarte #MattDamon #RidleyScott #JessicaChastain #JeffDaniels #Chiwetel Ejiofor #ficção #FoxFilms #20thCenturyFox #CinemanoEscurinho

28 setembro 2015

"Hotel Transilvânia 2", uma bela lição de amor e família

Drácula agora é avô e terá a difícil tarefa, junto com os amigos, de transformar seu neto numa vampirinho (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Aceitar Jonathan (ou Johnny), o genro folgado e, principalmente, normal, já foi um sacrifício para o o todo poderoso e absoluto Conde Drácula. Mas tudo valeu, no primeiro filme - "Hotel Transilvânia" - para ver a filha Mavis feliz. Agora os dois vão se casar e, como qualquer pai, até mesmo o rei dos vampiros, é capaz de se emocionar na cerimônia com a felicidade da filha. O casal continua morando no assustador hotel, já que Drácula ofereceu um emprego ao genro. Ele na verdade quer que a filha permaneça ao seu lado.

Mas a alegria de Drácula será ainda maior com a chegada de um neto. Será que ele vai ser vampiro ou normal como o pai e seus familiares? Para descobrir só assistindo "Hotel Transilvânia 2", que já está em cartaz e promete fazer o mesmo sucesso do primeiro. A animação da Sony Pictures é ótima, divertida e, acima de tudo, ensina o valor que representa a família. Não importa se formada por monstros ou seres humanos "quase" normais.

E quem vai dividir o estrelado do Hotel Transilvânia com Drácula é o pequeno Dennis, um netinho de cabelos ruivos encaracolados, muito tímido e amado por todos. Ele quer seguir os passos do avô, mas que tem um probleminha a ser resolvido - aos cinco anos de idade ainda não tem presas e não sabe voar. Será que ele é só uma criança normal? O vovô Drac vai fazer o possível para mudar isso.

Mas seus planos estão ameaçados, pois Mavis e Johnny planejam se mudar para a Califórnia. O que vai ser da vida do vampiro babão sem seus maiores amores por perto? Ele precisará contar com a ajuda dos amigos monstros para fazer a filha permanecer na Transilvânia e transformar o neto num vampiro. E ainda terá de enfrentar seu pai, o temido, rabugento e conservador Vlad, que nem sonha ter alguém normal na família.

As vozes na versão original são dos mesmos atores do primeiro filme: Adam Sandler (Drácula), Selena Gomez (Mavis), Andy Samberg (Johnny), Kevin James (Frankenstein), David Spade (Griffin, o homem invisível), Steve Buscemi (o lobisomen Wayne), Cee-Lo Greeen (Múmia), Molly Shannon (Wanda) e Keegan-Michael Key (Murray). Além de dublador, Sandler também é corroteirista e produtor de set. 


As novidades na continuação do longa são Mel Brooks, que faz a voz do do bisavô Vlad, e Asher Brinkoff (o fofo netinho Dannis) que estreia no cinema. Em português, Alexandre Moreno faz a voz de Drácula e Mário Monjardim dubla Vlad.

"Hotel Transilvânia 2" tem de tudo, desde planos mirabolantes que sempre dão errado, acampamento de férias numa escolinha de monstros a personagens esquisitos em situações que garantem boas risadas. E ainda conta com um ingrediente bem interessante: a trilha sonora com grandes estrelas atuais, como  Fifth Harmony, que gravou as canções "I'm In Love With a Monster" e "Worth It" , e Flo Rida, com GDFR.




Uma animação para todas as idades, que pode ser conferida em versões legendada e dublada (ainda melhor), 2D e 3D, em 32 salas de cinema de 17 shoppings de BH, Contagem e Betim.

Ficha técnica:
Direção: Genndy Tartakovsky
Produção: Sony Pictures Animation / Columbia Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h29
Gêneros: Animação / Comédia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #HotelTransilvania2; #Drácula ; #AdamSandler ; #SelenaGomez ; #AndySamberg ; #animação ; #comédia; #SonyPicturesAnimation ; #CinemanoEscurinho

25 setembro 2015

"Evereste" é muito bom, mas provoca incômoda sensação de falta de ar

Josh Brolin, Jake Gyllenhall e Jason Clarke são as estrelas de esta adaptação de fatos reais (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Não é de hoje que o pico Evereste é um dos maiores desafios de montanhistas do mundo inteiro, que se dirigem para o local na tentativa de vencer seus perigosos desafios e chegar ao topo. Mas o ano de 1996 ficou tragicamente marcado na história da famosa montanha gelada mais alta do mundo, localizada no Nepal, na Ásia.

Essa história virou um livro, que causou polêmica quando foi lançado e agora transformada em um longa-metragem. "Evereste", dirigido por Baltasar Komákur, mostra de forma clara e tensa, mas sem pieguismo, até que ponto chega a obstinação do ser humano ao se arriscar no sonho de atingir o chamado "topo do mundo".

Cada um dos integrantes do grupo que vai escalar o pico tem o seu motivo e poucos desistem de ir até o final. Um destes grupos é guiado pelo neozelandês Rob Hall (grande interpretação de Jason Clarke), um experiente montanhista e dono da empresa de expedição Adventure Consultants, que leva amadores para esta perigosa aventura ao preço de US$ 65 mil.

Ele é casado com Jan Hall, papel entregue a Keira Knightley, que faz um papel fraco, somente um rosto bonito, sem a dramaticidade necessária. O casal espera a chegada do primeiro filho. Profundo conhecedor das armadilhas do Evereste, ele faz da segurança dos integrantes de sua expedição, alguns velhos conhecidos, a prioridade da jornada. De novato ele recebe o médico Beck Weathers (Josh Brolin, muito bem em seu papel), que quer fazer a escalada contrariando a esposa e os filhos. 

Comandando outro grupo e amigo de Rob está Scoth Fischer, vivido por Jake Gyllenhall, que também pode ser conferido no cinema em "Nocaute", filme em que ele interpreta um boxeador rico que perde tudo. Scoth é um cara pouco preocupado com a própria saúde, mas assim como Rob, sabe os riscos que o Evereste prepara para quem resolve enfrentá-lo.

"Evereste" é um ótimo filme e por ser a adaptação de uma história verídica que chamou a atenção do noticiário no mundo inteiro à época, consegue dar a medida quase certa da tensão e do sofrimento vivido pelos escaladores. Chega a provocar uma sensação de falta de ar em alguns momentos, como a dos personagens quando ficam sem oxigênio no alto da montanha.

Grupo original da expedição de 1996 (Reprodução)
O drama é ambientado no ano de 1996 e acompanha a história de dois grupos de alpinistas liderados por Rob (Clarke) e Scott (Gyllenhall), que unem suas expedições para tentar escapar com vida da maior montanha da Terra durante uma forte nevasca. Aos poucos o Evereste vai mostrando aos grupos todo o seu poder de destruição e morte. 

O elenco conta ainda com John Hawkes, Robin Wright, Elizabeth Debicki, Sam Worthington e Emily Watson. Esta por sinal faz a melhor interpretação do elenco feminino, com o papel de Helen Wilton, parceira de Rob na empresa. O ator Michael Kelly ficou com o papel do escritor e montanhista Jon Krakauer, que subiu a montanha no grupo de Rob para fazer uma matéria sobre os escaladores que seria publicada na Revista Outside. A trágica experiência ele transformou no livro "No Ar Rarefeito", que originou o filme.





"Evereste" pode ser conferido em 13 salas dos shoppings Cidade, Del Rey, Boulevard, Ponteio Lar Shopping, Estação BH, Diamond Mall, BH Shopping, Pampulha Mall, Pátio Savassi e Metropolitan Shopping Betim.

Ficha técnica:
Direção: Baltasar Kormákur
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 2h30
Gênero: Drama
País: EUA / Reino Unido / Islândia
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #Evereste, #JasonClarke, #JoshBrolin, #JakeGyllenhall, #KeiraKnightly, #BaltasarKormákur, #drama, #UniversalPictures, #CinemanoEscurinho

23 setembro 2015

"Um Senhor Estagiário", para assistir com um balde de pipoca no colo

Robert De Niro é um aposentado que se torna estagiário numa empresa de comércio virtual de roupas criada por Anne Hathaway (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Poderia ser mais uma comédia com história comum. Mas com uma dupla de ganhadores de Oscar como Robert De Niro e Anne Hathaway dificilmente não valeria a pena conferir. Mas "Um Senhor Estagiário"  ("The Intern") é um filme muito gostoso de ver, sem grandes pretensões. Apenas uma história de dia a dia, da batalha de uma bela e hiperativa mulher para tocar seu negócio num mundo machista e a relação dela com seu estagiário da Terceira Idade, que volta a trabalhar para preencher o tempo e acabar com a solidão. 

O enredo é bem simples, com desfecho esperado, mas o que conta em "Um Senhor Estagiário" é a atuação da dupla principal. De Niro está um setentão bem interessante, que mesmo sem fazer força, apenas com seu charme e cabelos grisalhos, conquista as mulheres ao seu redor. Um verdadeiro gentleman à moda antiga. 

Ele é o viúvo Ben Whittaker, um viúvo que cansou de ficar a toa em casa após a aposentadoria. Aproveitando um programa de incentivo para contratação de idosos com mais de 60 anos, ele se inscreve e conquista a vaga como estagiário sênior de um site de moda criado e administrado por Jules Ostin (Hathaway).

A bem-sucedida empresária inicialmente não gosta de ter um "coroa" como seu estagiário direto. Mas aos poucos o simpático e discreto funcionário vai quebrando as barreiras e se aproximando da jovem patroa e de sua vida pessoal. Hathaway lembra, em muitos momentos, a personagem Miranda Priestly, a diretora implacável da Revista Vogue interpretada por Meryl Streep em "O Diabo Veste Prada". No filme, Hathaway era a secretária que tentava atender todas as exigências da poderosa chefona. Agora a bela atriz está do outro lado da mesa e, apesar de ser uma executiva querida por todos, tem uma fiel secretária que ela sobrecarrega de serviço e mal conhece.

Além da dupla principal, destaque para Rene Russo, que sempre chama atenção nas produções que participa. Interpretando a massagista Fiona, ela é responsável por algumas das divertidas cenas com De Niro. Os demais novos "estagiários" da empresa são uma diversão à parte - Jason (Adam DeVine) e Davis (Zack Pearlman), com suas participações "nerds", aprendendo com Ben como é aproveitar a vida offline enquanto ensinam a ele como sobreviver no mundo virtual.

"Um Senhor Estagiário" é daquelas produções para entrar no cinema com um baldão de pipoca e um refrigerante grande, sentar e assistir sem pressa. E no final, você se sente mais leve, sem estresse e satisfeito com a parceria que deu certo de dois grandes atores. Procurando um filme para se distrair? Então confira "Um Senhor Estagiário", em cartaz nos cinemas de BH e Região Metropolitana nos cinemas a partir desta quinta-feira (24).




Ficha técnica:
Direção, Roteiro e Produção: Nancy Meyers
Produção: Waverly Films
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h01
Gênero: Comédia romântica
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #UmSenhorEstagiário; #RobertDeNiro; #AnneHathaway; #ReneRusso; #NancyMeyers; #comédiaromântica; #WarnerBrosPictures; #Cinema no Escurinho

19 setembro 2015

"Maze Runner - Prova de Fogo" é adrenalina do início ao fim

Depois do labirinto, o grupo de sobreviventes terá de enfrentar um deserto de onde ninguém escapa (Fotos: Fox Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Os fãs da série "Maze Runner" aguardavam ansiosamente a estreia de "Prova de Fogo", adaptação não tão fiel do segundo livro da coleção literária escrita por James Dashner. Mas o diretor Wes Ball acertou a mão nas locações e nos efeitos especiais, assim como no primeiro. Só que este está ainda melhor e voltado tanto para o público juvenil quanto adulto.

Se em "Maze Runner - Correr ou Morrer" (2014) a história se passa o tempo todo dentro de um mortífero labirinto criado pela misteriosa organização C.R.U.E.L., em "Maze Runner - Prova de Fogo" ("Maze Runner: The Scorch Trials") os cenários são variados e ainda mais perigosos. Aventura, ação e suspense do início ao fim. A história é retomada a partir da retirada de Thomas (Dylan O'Brien) e seus amigos sobreviventes do labirinto por uma equipe de resgate. Eles são levados para uma base militar, mas são surpreendidos por uma reviravolta em suas vidas. E se unem a novos sobreviventes para tentar uma fuga.

Como a própria chamada do filme, o labirinto foi só o começo. E esta continuação não deixa por menos. Thomas, Minho (Ki Hong Lee), Teresa (Kaya Scodelario), Newt (Thomas Brodie-Sangster) e outros novos integrantes terão de atravessar o deserto, enfrentar de criaturas mutantes chamadas Cranks que se alimentam de seres vivos, mercenários drogados, rebeldes contrários à C.R.U.E.L.. Além de Ava Paige (Patricia Clarkson, que não convence muito como vilã), a chefona da organização que precisa do sangue dos jovens para suas experiências. A única saída do grupo é encontrar um misterioso rebelde conhecido como "Braço Direito", que ajuda crianças e jovens a escapar de Paige.




"Prova de Fogo" é bem conduzido, ótimos efeitos especiais e o elenco jovem se garante em seus papéis, principalmente Dylan O'Brien, que está mais maduro e seguro como Thomas. Outro destaque é Rosa Salazar, que entra nesta segunda fase como a rebelde Brenda, e Jacob Lofland, que faz o jovem Aris Jones, primeiro a entrar na base militar. Os dois vão se unir ao grupo dos sobreviventes.

Vale a pena ver. Para quem não conhece a saga, recomendo ver o primeiro filme para entender a história, pois este é uma continuação, anunciando o terceiro como desfecho da saga , com Thomas jurando vingança contra os integrantes da C.R.U.E.L.. Que venha o próximo - "A Cura Mortal" ("The Death Cure") - , cuja história vai se passar um ano depois do que ocorreu em "Prova de Fogo". A previsão de estreia no Brasil é fevereiro de 2017. Uma grande batalha é esperada.

"Maze Runner - Prova de Fogo" pode ser visto em 22 salas de 14 cinemas de BH, Contagem e Betim, nas versões dublada e legendada, em 2D e 3D.

Ficha técnica:
Direção: Wes Ball
Distribuição: Fox Films
Duração: 2h13
Gênero: Ação. Ficção / Aventura
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: "Maze Runner - Prova de Fogo"; Dylan O'Brien; Kaya Scodelario; Thomas Brodie-Sangster; Ki Hong Lee; Rosa Salazar; Wes Ball; aventura; ação; ficção; Fox Films; Cinema no Escurinho

18 setembro 2015

"O Último Caçador de Bruxas", com Vin Diesel, estreia no Brasil em 29 de outubro


Maristela Bretas


Vin Diesel deixa as corridas de lado por um tempo para se tornar "O Último Caçador de Bruxas", filme previsto para estrear no Brasil em 29 de outubro com distribuição Paris Filmes. Diesel é Kaulder, um  guerreiro que conseguiu derrotar a poderosa Rainha Bruxa e dizimar seus seguidores.

Pouco antes de sua morte, a Rainha amaldiçoa Kaulder com a imortalidade, separando-o para sempre da mulher e da filha. Como vingança, Kaulder passa os séculos seguintes caçando bruxas do mal e sentindo saudades de sua familia.

Entretanto, Kaulder não sabe que a Rainha ressuscitou e busca vingança, causando uma batalha épica que ira determinar a sobrevivência da raça humana.


Com direção de Breck Eisner, o elenco conta ainda com Elijah Wood, Rose Leslie, Ólafur Darri Ólafsson, Joulie Engelbrecht e o experiente Michael Caine.

Tags: O Último Cacador de Bruxas; Vin Diesel; Michael Caine; aventura; Paris Filmes; Cinema no Escurinho

17 setembro 2015

"Férias Frustradas 2" garante boas risadas e situações bizarras

A família Griswold está de volta e não mudou nem o roteiro da próxima viagem (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

Quarenta anos se passaram e a comédia de sucesso de 1983 -"Férias Frustradas" - ganha seu sexto filme e recupera o humor e as situações hilárias do primeiro filme, estrelado por Chevy Chase e Beverly D'Angelo, que retomam os papéis de Clark e Ellen Griswold. Em "Férias Frustradas 2" ("Vacation") o destaque é para as atuações de outros bons comediantes - Ed Helms (“Se Beber, Não Case”) e Christina Applegate (“O Âncora”), que não fazem feio e garantem boas risadas.

Helms interpreta Rusty Griswold, filho de Clark. Casado com Debbie (Applegate), eles têm dois filhos - o pestinha Kevin (Steele Stebbins) que agride e esculacha com frequência o mais velho e bobão James (Skyler Gisondo).

O enredo não foge muito do primeiro. Num belo dia Helms resolve fazer uma viagem de carro semelhante a que fez quando criança com os pais e a irmã até um parque temático do outro lado dos Estados Unidos. Apesar dos protestos dos filhos e do desejo da mulher de viajar para Paris, Rusty aluga um carro (se é que se pode chamar assim o veículo) pega a família Griswold e cai na estrada, rumo ao parque Walley World.

E como na primeira, as aventuras e situações esquisitas acontecem o tempo todo, com diálogos e cenas engraçadas que provocam boas risadas. Como as cenas no lago e a da estrada com a garota da Ferrari. Para piorar a situação, Rusty ainda vai conhecer "o lado negro" do passado de Debbie dos tempos de estudante.

Chevy Chase reaparece, faz a sua parte cômica, mas não tão boa quanto antes, o que é uma pena. Talvez por causa de sua aparência um pouco decadente, que tirou a graça do comediante.

O filme marca também o reencontro de Ed Helms, Charlie Dale e os diretores Jonathan Goldstein e John Francis Daley (da série de Tv Bones"), com quem trabalharam nos filmes "Se Beber Não Case".



Completando o elenco estão Leslie Mann no papel de Audrey, irmã de Rusty e casada com Stone Crandall, papel vivido por Chris Hemsworth, o cunhado irritantemente bem sucedido de Rusty que desfila pela casa seu corpo tanquinho e um membro avantajado (conseguido por meio de uma prótese peniana). Comédia bem pastelão, ideal para uma sessão da tarde e para desopilar o fígado. Vale conferir numa das 17 salas de shoppings de BH, Contagem e Betim.

Ficha técnica:
Direção: John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein
Produção: New Line Cinema / David Dobkin Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h39
Gêneros: Aventura / Comédia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: "Férias Frustradas 2"; Ed Helms; Christina Applegate; Chevy Chase; Beverly D'Angelo; Leslie Mann; Chris Hemsworth; comédia; Warner Bros Pictures; Cinema no Escurinho

14 setembro 2015

"Nocaute" - Um filme de luta em meio a muito drama

Jake Gyllenhaal é um boxeador que foi criado em orfanato e se torna campeão na sua categoria (Fotos: Diamond Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Mais um filme de luta. Com certeza, mas "Nocaute" ("Southpaw") explora além da pancadaria, muito suor e lágrimas. Um dramalhão disfarçado em esporte, do tipo "Rocky, um lutador" (1976, com Sylvester Stallone). Desta vez, a estrela é Jake Gyllenhaal, que fez uma mudança radical em seu corpo para adquirir a forma e o preparo físico de um verdadeiro lutador de boxe.

Dividindo as atenções do público masculino está a bela e talentosa Rachel McAdams, no papel de Maureen Hope, como sua mulher. O elenco já indica uma boa produção e é completado pelo excelente Forest Whitaker, interpretando o dono de uma academia de boxe Titus Willis.

Tudo para ser um dos melhores filmes do ano no gênero. Mas a necessidade excessiva do diretor Antoine Fuqua em mostrar sangue e lágrimas quase dá um nocaute no filme. Mas isso não desmerece a produção. Boas tomadas, com algumas cenas de luta fortes demais por serem bem detalhistas.

Jake Gyllenhaal está excelente como "Billy The Great" Hope um lutador, que sair do orfanato, descobre sua vocação e vai trilhando seu caminho até alcançar o título de campeão em sua categoria por diversas vezes. 

Mas a vida do lutador, agora um milionário, com uma bela esposa e uma linda filha vai voltar a passar por tragédias. E somente na luta ele irá encontrar a única forma de vencer sua decadência e recuperar o respeito próprio e o amor de sua família.


Muito "chororô", muito sangue escorrendo, traição de amigos e parceiros e a ajuda de pessoas que nunca fizeram parte de sua vida, uma delas interpretada por Naomie Harris. Essa é a nova realidade de Billy Hope que ele terá de enfrentar

"Nocaute" é um bom filme, merece ser visito, o elenco está muito bem e vai agradar tanto quem gosta de boxe (com cenas bem reais) quanto quem procura um drama família, morte e traição. O filme pode ser conferido em versão legendada nas salas 5 do Shopping Paragem, 2 do Boulevard Shopping, 3 do Ponteiro Lar Shopping e 2 do Diamond Mall.




Ficha técnica:
Direção: Antoine Fuqua
Produção: Escape Artists / Riche-Ludwig Productions
Distribuição: Diamond Films
Duração: 2h04
Gênero: Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: "Nocaute"; Jake_Gyllenhaal; Rachel_McAdams; Forest_Whitaker; Antoine_Fuqua; drama; Diamond_Films; Cinema_no_Escurinho