01 julho 2017

"A Múmia" abre saga de clássicos do terror com muita ação, pouco susto e enredo confuso

 Sofia Boutella é a estrela do primeiro filme do Universo Escuro da Universal que vai reviver monstros e personagens famosos do passado (Fotos: Universal Pictures do Brasil/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma mistura que na maior parte do tempo ficou sem pé nem cabeça, reunindo Dr. Jekyll e Mr. Hyde com lobisomem, múmias, templários, feiticeiras, caçadores de relíquias. E o espectador tendo que entender esta doideira em menos de duas horas. A ideia da Universal de começar seu universo escuro de personagens e monstros (Dark Universe) com "A Múmia" ("The Mummy") parece que não deu muito certo.

O que se vê são críticas da maior parte do público que foi ao cinema achando que iria assistir uma refilmagem das aventura cômicas com Brendan Fraser - "A Múmia" e "O Retorno da Múmia". E acabaram encontrando um Tom Cruise dividido numa produção que mistura aventura, terror fraco e fantasia. O roteiro ficou confuso e para aqueles que não conhecem clássicos como "O Médico e o Monstro", a dúvida sobre o que está acontecendo é ainda maior. Tom Cruise vive o caçador de relíquias Nick Morton, que se envolve com a arqueóloga Jenny Halsey, interpretada por Annabelle Wallis. 


Ela está à procura de uma peça egípcia, mas os dois acabam despertando a princesa Ahmanet (Sofia Boutella, muito bem no papel), punida pelos sacerdotes por tentar reviver Set, o deus da morte. Ao retornar ao mundo dos vivos, ela escolhe Nick para ser seu novo companheiro.

Para dar os primeiros indícios da saga de monstros famosos da Universal entra em cena Russell Crowe como o médico Dr. Jekyll (nas horas boas) e Mr. Hyde (quando está de mau humor). O pesquisador usa a desculpa de que "o mal tem cura" para justificar suas experiências. Colocar tantos personagens numa história foi bem complicado e a possibilidade de tornar o primeiro filme compreensível para poucos era grande.

"A Múmia" foi a tentativa do diretor Alex Kurtzman, mas não deu muito certo como roteiro de uma saga que deveria ter o terror como seu principal gênero. Não lembra produções clássicas como as de Boris Karloff ou Vincent Price, nem as versões cômicas de Brendan Fraser. A bilheteria desta versão vai ditar os ajustes no roteiro (que não são poucos) dos próximos filmes, mais do que em muitas continuações famosas.

Em compensação, as cenas de ação são ótimas, principalmente a da queda do avião e do ataque de Ahmanet à cidade de Londres. Os esqueletos também dão sua contribuição, mas ficou muito esquisito misturá-los com zumbis. 


Maquiagem e efeitos visuais muito bons e bem explorados. E claro, Tom Cruise, que apesar de não funcionar muito bem como Indiana Jones, é sempre uma presença especial e dá seu recado. Assim como Russell Crowe, que deu outra cara ao Médico e Monstro. Não espere muito deste primeiro episódio do Dark Universe. O importante é ficar atento aos primeiros sinais indicando quais poderão ser os vilões dos próximos filmes.



Ficha técnica:
Direção e produção: Alex Kurtzman
Produção: Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures do Brasil
Duração: 1h51
Gêneros: Fantasia / Terror / Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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