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11 dezembro 2019

Muita ação e um roteiro bem amarrado fazem de "Crime Sem Saída" um ótimo policial

Chadwick Boseman interpreta um policial que caça dois suspeitos de matarem policiais em Nova York (Fotos: Metropolitan Film/Divulgação)

Maristela Bretas


Policiais mortos, Nova York fechada, um assalto suspeito e uma caçada implacável comandada por Chadwick Boseman ("Pantera Negra" - 2018). Esse é o enredo do ótimo suspense policial "Crime Sem Saída" ("21 Bridges"), em cartaz nos cinemas. Com muita ação, do início ao fim, a produção, dirigida por Brian Kirk, conta com atuação marcante de Boseman, como o inspetor de polícia André Davis. Ele quer pegar dois assaltantes e desvendar o que há por trás do crime que deu errado e acabou numa chacina de policiais.



Boseman, além de atuar, é um dos produtores do filme, juntamente com os irmãos Joe e Anthony Russo, com quem trabalhou nos sucessos "Vingadores: Guerra Infinita" (2018) e "Vingadores: Ultimato" (2019). Ótimas perseguições, de carro e a pé, bons efeitos especiais, elenco coadjuvante entregando também boas atuações. É o caso do sempre muito bom J.K.Simmons ("Homem-Aranha: Longe de Casa" - 2019), como o capitão de polícia McKenna. E também, Stephan James (Michael), Taylor Kitsch (Ray) e Sienna Miller, no papel da agente da Divisão de Narcóticos, Frankie Burns.


A trama é ágil, vibrante e preenche bem seu tempo de duração de pouco mais de pouco de 1h41, sem ficar embromando. O policial interpretado por Boseman planeja cada passo que ele e seus suspeitos darão e vai puxando a história para si, sem deixar de dar a devida importância para os demais personagens, em especial Michael e Ray. Os crimes, as fraudes e irregularidades, mesmo que injustificáveis, têm suas justificativas na visão de cada um que os comete.


Após um assalto mal sucedido a um restaurante (que guardava drogas) e oito policiais mortos, dois rapazes passam a ser caçados pela cidade por toda a corporação, chefiada, pelo inspetor André Davis, conhecido por seus colegas por não deixar matador de polícia vivo. Em meio a isso, a cidade que nunca dorme é fechada durante a madrugada e todas as saídas - aeroportos, estações de metrô, de trens e de barcos - bloqueadas. O nome do filme em inglês vem deste bloqueio - "21 Bridges", ou seja, 21 pontes, que são exatamente as saídas por terra de Nova York. 


Com toda a polícia nas ruas para tentar capturar a dupla, o inspetor Davis, auxiliado pela agente Burns, só tem seis horas para capturar Michael e Ray e solucionar o crime, antes que a cidade seja reaberta. Mas as investigações vão revelando outras situações e a trama ganha rumos diferentes, interligando e o assunto é apenas uma cortina de fumaça. "Crime Sem Saída" é um ótimo filme, roteiro redondo, ação na medida certa e elenco bem escolhido que entregou boas interpretações. Merece ser assistido.


Ficha técnica:
Direção: Brian Kirk
Produção: STX Films /MWM Studios/Huayi Brothers
Distribuição: Galeria Distribuidora
Duração: 1h41
Gêneros: Policial / Suspense / Ação
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #CrimeSemSaida, #21Bridges, #ChadwickBoseman, #JKSimmons, #ação, #suspense, #policial, #GaleriaDistribuidora, #EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemaescurinho, #cinemanoescurinho

05 dezembro 2019

Jazz e atuação de Edward Norton são os destaques de "Brooklyn - Sem Pai Nem Mãe"

Filme é ambientado na Nova York de 1950 e aborda racismo e especulação imobiliária (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Com ótima atuação de Edward Norton, um belo figurino, boa reconstituição de época e uma irrepreensível trilha sonora entra em cartaz nesta quinta-feira o filme "Brooklyn - Sem Pai Nem Mãe" ("Motherless Brooklyn"). Além do papel principal, Norton dirigiu, roteirizou e produziu o filme, uma das boas estreias desta semana. O elenco conta ainda com Alec Baldwin, Willem Dafoe, Gugu Mbatha-Raw e uma rápida aparição de Bruce Willis que é importante para o enredo.


Ambientado em 1950, o filme é embalado pela sonoridade de trompetes e saxofones oferecendo uma atração à parte - um bom jazz, como era tocado nos bairros negros de Nova York naquela década. O compositor Daniel Pemberton foi o responsável pela excelente trilha sonora - talvez a melhor parte da produção. Ele faz um dueto com o trompetista Wynton Marsalis na bela "Woman in Blue". Thom Yorke (Radiohead) convidou Flea (Red Hot Chili Peppers) para interpretar com ele a música-tema "Daily Battles", que também ganhou uma versão instrumental com Marsalis.


Norton entrega um personagem solitário - Lionel Essrog, um dos integrantes da agência de detetives particulares chefiada por Frank Minna (Bruce Willis), que se envolve com pessoas erradas para faturar um dinheiro a mais e acaba morto. Lionel sofre de Síndrome de Tourette e passa o filme todo se explicando e pedindo desculpas pelos ataques e tiques nervosos incontroláveis que aparecem nos momentos mais inoportunos. No início os muitos "Se" e frases desconexas são até engraçadas, mas depois de um tempo se tornam cansativas, apesarem de fazer parte do personagem, o que não desmerece o trabalho do "faz tudo" Norton.


Solitário e obstinado, Lionel é considerado uma aberração pelos colegas. Apesar da doença, ele tem uma rara capacidade de guardar informações, nomes e rostos e sairá em busca dos assassinos de seu chefe e mentor. Só não esperava acabar envolvido numa sórdida trama política, que envolve troca de favores, racismo e especulação imobiliária, cujos principais alvos a serem exterminados ou expulsos de suas casas são os negros e imigrantes.


Alec Baldwin faz o papel do inescrupuloso Mose Randolph, um mafioso do colarinho branco que controla o prefeito e seus assessores e tudo o que acontece na cidade. É ele quem define o que será construído e o que será colocado abaixo para atender a seus interesses e a sua obsessão por poder. E para conseguir o quer, não se preocupa em eliminar quem atravessa seu caminho, sejam moradores, ativistas de direitos humanos, como a advogada Laura Rose (papel de Gugu Mbatha-Raw), ou de investigadores xeretas.


Baseado no romance homônimo escrito em 1999 por Jonathan Letherm, "Brooklyn - Sem Pai Nem Mãe" tem um ponto ruim: o ritmo, muitas vezes, é lento demais e leva a uma dispensável duração de 2h24. Esticou muito para correr e resolver tudo nos 40 minutos finais. Falha de um roteiro muito longo que se perde em algumas partes. 


Além da trilha sonora, destaque para a fotografia, que explora os ambientes escuros, assim como a iluminação. Uma cena chama a atenção pela beleza plástica - o mergulho de Norton induzido pela heroína que ele fumou. Os figurinos e a ambientação da Nova York daquela época também merecem aplausos e fecham bem o pacote da produção. Vale a pena conferir a produção em grande estilo, com o novo cardápio gastronômico da Sala 1 Premier do Net Cineart Ponteio.


Ficha técnica:
Direção, Roteiro e Produção: Edward Norton
Produção: Class 5 Films / Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h24
Gêneros: Drama / Policial
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #BrooklynSemPaiNemMãe, #EdwardNorton, #AlecBaldwin, #WillemDafoe, #NetCineartPonteio, #cineart_cinemas, #drama, #policial, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

19 janeiro 2019

Com atuação fascinante, Nicole Kidman salva "O Peso do Passado"

Drama policial explora o sentimento de culpa e seus reflexos até mesmo nos descendentes dos envolvidos (Fotos: Concorde Filmverleih/Divulgação)

Wallace Graciano


Ao longo da história da sétima arte, várias produções ficaram marcadas por atuações individuais que ultrapassaram a obra como um todo. E, certamente, os atos de Nicole Kidman frente às câmeras de "O Peso do Passado" ("Destroyer") entrarão para o hall de protagonistas que roubaram a cena.

Na obra dirigida por Karyn Kusama, Kidman dá vida a Erin Bell, uma detetive de polícia que vive à sombra do passado, no qual encarou parte de um plano perigoso para conseguir, ao lado do seu parceiro, desmantelar uma gangue de criminosos. O que não esperava é que sua infiltração no mundo do crime organizado traria à tona uma dura chaga que não seria curada ao longo do tempo.

E é nesse momento que Kidman consegue encarnar com um talento incrível a protagonista. Com esplendor, a talentosa atriz leva o espectador à catarse com sua atuação, expondo os fantasmas do passado e o enrijecimento do espírito humano em suas feições.

Porém, infelizmente, o roteiro fica distante do talento da atriz que o interpreta. Frágil, com vários buracos, sem clímax ou plot twist relevante, o enredo apenas vira um mero script de uma atuação maravilhosa.

Em suma, Kidman dá a "O Peso do Passado" uma atuação magnífica, mostrando o quão devastador é o sentimento de culpa e seus reflexos até mesmo nos descendentes. Na película, a atriz consegue levar ao espectador a sensação de como é sobreviver sem viver.
Classificação: 16 anos
Duração: 2h03
Distribuição: Diamond Films



Tags: OPesoDoPassado, #Destroyer, @NicoleKidman, @DiamondFilms, #drama, #suspense, #policial, @cinemanoescurinho

14 outubro 2018

Anna Kendrick e Blake Lively garantem bom suspense em "Um Pequeno Favor"

Trama aborda a amizade entre duas mulheres totalmente diferentes e o desaparecimento de uma delas sem deixar vestígios (Fotos: Peter Lovino/Lionsgate)

Maristela Bretas


Um competente elenco feminino, com boas interpretações que garantem um suspense policial de qualidade. Esse é "Um Pequeno Favor" ("A Simple Favor"), produção que tem como protagonistas as atrizes Blake Lively e Anna Kendrick. Uma trama que leva o espectador a achar que descobriu o final logo no início do filme, mas que se surpreende com o desenrolar do roteiro a partir da metade da projeção.

"Um Pequeno Favor" é bem conduzido, apesar de apresentar alguns momentos de lentidão que poderiam ser reduzidos para dar maior agilidade à história que foca na relação de amizade e interesse das personagens Stephanie (Anna Kendrick) e Emily (Blake Lively). Uma ligação que começou do nada, entre duas pessoas totalmente opostas que se unem com a desculpa de que os filhos são colegas de sala, mas na realidade buscam alguma forma de tirar proveito mútuo. Tudo isso regado a Dry Martini mexido não batido, ao contrário de James Bond, que gostava da bebida batida, não mexida.

Kendrick e Lively estão muito bem e formam uma boa dupla, com química, proporcionando tanto cenas tensas quanto cômicas, com certo sarcasmo. Esta parte graças Stephanie, uma vlogueira de gastronomia classe média, que cria sozinha o filho pequeno e luta para pagar as contas no fim do mês. Ela resolve dar uma de detetive e vai contando no seu canal todo o processo de investigação para descobrir o paradeiro de sua mais nova amiga, a executiva bem sucedida e elegante Emily, desaparecida do nada.

Enquanto isso, Stephanie precisa conviver com um trio de pais de coleguinhas do filho que não perde a chance de lembrá-la que está sendo usada como uma babá gratuita. Além de tomar conta do filho da desaparecida e cuidar da casa e do marido da "amiga". Sem notícias, ele passa a ser um quase viúvo. Como a polícia não encontra pistas, a vlogueira parte em busca de respostas por conta própria e vai descobrindo aos poucos que a nova amiga não era nada do que ela pensava.

Além das interpretações, "Um Pequeno Favor" se destaca também pela boa trilha sonora com sucessos franceses da década de 60 para contar o passado de Emily e ajudar a desvendar o mistério. Um bom filme que vale conferir pela atuação, principalmente, de Anna Kendrick, e pela direção de Paul Feig.


Ficha técnica:
Direção: Paul Feig
Produção: Lionsgate
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h57
Gêneros: Suspense / Policial
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #UmPequenoFavor, #ASimpleFavor, #AnnaKendrick, #BlakeLively, #Lionsgate, #drama, #suspense, #policial, #cinemas.cineart, #CinemaNoEscurinho