07 outubro 2016

"O Bebê de Bridget Jones" segue o divertido estilo britânico de fazer comédia

Comédia romântica tem o trio amoroso formado por Renée Zellweger, Patrick Dempsey e Colin Firth (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


O que deveria ser o último filme da personagem Bridget Jones acabou se tornando uma chamada para uma provável quarta produção, que vai ter trabalho para superar "O Bebê de Bridget Jones" ("Bridget Jones's Baby"), tão bom ou até melhor que o primeiro, de 2001. A diretora Sharon Maguire acertou novamente a mão no humor e Renée Zellweger é a personificação de Bridget Jones. Impossível imaginar a personagem sendo interpretada por outra atriz. Diretora e atriz estão juntas, como no primeiro filme, e a química funcionou muito bem.

O que muda no novo filme é a saída do britânico Hugh Grant, que dá lugar ao charmoso americano Patrick Dempsey (o único no elenco principal), no papel de Jack Qwant. Ele irá disputar o amor de Bridget com o "ficante" que nunca assume nada Mark Darcy, interpretado por Colin Firth. Dempsey entra de sola na briga, bem ao estilo príncipe Charmain, com direito a flores, bota que serve no pé da não tão donzela, no lugar do sapatinho de cristal, e até carrega a moça no colo.

Jack é o oposto de Mark, advogado tipicamente britânico, de modos comedidos, que nunca fala sobre seu amor sempre enrustido por Bridget. E acaba sempre perdendo a amada para o primeiro boa pinta que aparece, como aconteceu nos filmes anteriores. Apesar de tudo indicar que ele iria ficar com Bridget, os dois acabam se separando, o que adia os planos da solteirona de realizar seu sonho de "felizes para sempre".

Agora, aos 40 anos, a personagem já atingiu sua independência profissional, tem novos e velhos amigos - o trio que a acompanha desde o primeiro filme. Mas estes seguiram suas vidas e conquistaram seus pares. Novamente solteirona, ela se vê comemorando sozinha o aniversário apenas com um bolo e ao som de "All By Myself". E resolve partir para o "vamo vê" e cai na farra, ficando com quem ama e com quem lhe interessa.

O que a solteirona não esperava era que o resultado de ficar com dois em um curto espaço de tempo iria acabar em gravidez. E o pior, sem saber quem é o pai - Jack ou Mark. A trama se passa toda em cima deste dilema, com os dois inicialmente sem saber um do outro e depois disputando o amor, a atenção e a paternidade da criança. As cenas mais engraçadas são as consultas com a ginecologista, a não menos divertida Emma Thompson, que também é uma das roteiristas do filme. Ela dá o toque especial ao "estado delicado" da situação.

Mas a grande estrela, como não poderia deixar de ser, é Renée Zellweger, que está ainda mais hilária e melhor neste terceiro filme. Após 15 anos, desde "O Diário de Bridget Jones", que abriu a série de filmes, ela só veio melhorando. O segundo, "Bridget Jones - No Limite da Razão" não obteve o sucesso esperado. Mais madura e quase como se ela e Bridget fosse a mesma pessoa, a atriz recupera o clássico humor britânico e garante bons momentos de diversão.

E, mesmo sem ter participado desta produção, Hugh Grant deixou sua marca e a hipótese de um quarto filme, que pode mexer novamente com a vida de todos. "O Bebê de Bridget Jones" é uma ótima comédia romântica, daquelas que você sai leve do cinema. Vale a pena conferir.




Ficha técnica:
Direção: Sharon Maguire
Produção: Miramax / Studio Canal / Universal Pictures / Working Title Films
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 2h03
Gêneros: Comédia / Romance
Países: Reino Unido / Irlanda / França / EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

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