04 maio 2017

"Guardiões da Galáxia Vol.2" é ação, emoção e boas risadas

Os guerreiros continuam unidos e brigando como uma família, agora com novos integrantes (Fotos: Walt Disney Studios/Divulgação)


Maristela Bretas

Pegue os heróis do primeiro filme (de 2014), reúna suas manias e transforme tudo isso numa grande família. Parece até a franquia "Velozes e Furiosos", cada um com seu jeito de enfrentar os inimigos e os sentimentos. Se "Guardiões da Galáxia" já foi muito bom, o segundo não tinha como ser ruim. E a Marvel acertou novamente em "Guardiões da Galáxia Vol.2" ("Guardians of the Galaxy Vol. 2"), repetindo o elenco da produção anterior e acrescentando nomes como Sylvester Stallone (no papel do saqueador Stakar), mesmo que em pequenas aparições que fazem diferença.

Um filme de ação, efeitos visuais fantásticos, os atores bem entrosados em seus papéis e diálogos muito divertidos. A grande diferença desta continuação é o lado emocional. O diretor James Gunn explorou os sentimentos por todos os lados e de todos os personagens. A começar por Peter Quill/Star-Lord (Chris Pratt) e a relação dele com seus dois pais - o biológico Ego (Kurt Russell), que o abandonou ainda menino, e o adotivo, Yondu (Michael Rooker), que lhe aplicava castigos e o ensinou a ser um saqueador.

Quill também tem uma paixão quase declarada por Gamora (Zoe Sandana), que passa o tempo todo descartando o belo mocinho. Ao mesmo tempo, ela vive uma relação de amor e ódio por sua irmã Nebula (Karen Gillan), filhas do cruel Thanos. O mais engraçado de todos do grupo e que não tem vergonha de assumir seus sentimentos é exatamente o grandalhão Drax (Dave Bautista). Partem dele as melhores frases e piadas do filme.

Se os humanos dão show de interpretação, não ficam atrás os dois integrantes diferentes dos Guardiões - o fofo e apaixonante Baby Groot (cuja voz original é de Vin Diesel), que faz a gente rir e chorar. E o mal-humorado e estressado Rocket Racoon (voz de Bradley Cooper), que está sempre provocando e brigando com os companheiros. 

Um time de defensores de primeira, que terá o apoio do atrapalhado e divertido Kraglin (Sean Gunn, irmão do diretor), fiel companheiro da equipe de Yondu, e Mantis (a atriz francesa Pom Klementieff), uma alienígena com poderes sensoriais que vai mexer com o coração e as partes baixas de Drax.

O diretor James Gunn acertou na medida em tudo, os atores estão bem entrosados, o roteiro está redondinho, o senso de humor predomina do início ao fim da produção e ainda relembra personagens nostálgicos como Pac Man e Mary Poppins (afinal, trata-se de uma produção dos Estúdios Disney). A maioria dos vilões entra para compor a história. O objetivo mesmo é explorar a emoção. É certo que "Guardiões da Galáxia Vol. 2" será um sucesso de bilheteria tão grande ou maior que seu antecessor.

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Também a trilha sonora é um destaque - afinal, Peter Quill tem um walkman e gosta de curtir músicas em fitas K7. Achei, no entanto, o repertório de "Guardiões da Galáxia" melhor que deste, apesar de a trilha sonora de Awesome Mix Vol. 2 apresentar canções que tocam o coração como "Father and Son" (Cat Stevens) - as lágrimas desceram nessa hora -, "My Sweet Lord" (George Harrison), "Brandy You're a Fine Girl", do Looking Glass (tema que faz a conexão entre Quill e Ego), "Bring It On Home To Me", de Sam Cooke, "The Chain", do Fleetwood Mac, "Mr. Blue Sky", da banda Electric Light Orchestra e, claro, "Fox on the Run", de Sweet, para as cenas de ação.

Na história, os guardiões da galáxia Quill, Gamora, Drax, Rocket e Baby Groot são contratados pelos Soberanos para resgatar poderosas baterias roubadas de seu planeta. Mas uma confusão provocada por Rocket acaba fazendo com que sejam perseguidos por seus contratantes. 

Durante a fuga, eles são salvos por um misterioso homem numa nave, que depois se revela pai de Quill. Ele quer levá-lo para viver em seu planeta. Mas Gamora e os amigos do guerreiro suspeitam das intenções de Ego e vão precisar se unir a velhos inimigos para descobrir a verdade.

Então, nada de esperar, "Guardiões da Galáxia Vol.2" merece ser visto mais de uma vez, de preferência em 3D, para aproveitar bem os efeitos visuais das paisagens do planeta de Ego e as batalhas. E não saia do cinema no final, pois o filme tem cinco cenas extras durante e após os créditos, chamando para uma possível terceira edição. Imperdível.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: James Gunn
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h16
Gêneros: Ação / Ficção Científica / Comédia
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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