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12 junho 2018

Cineart Boulevard e Sessão Azul exibem animação para crianças com autismo

Cineart Boulevard Shopping tem feito sessões especiais adaptadas a cada dois meses (Foto: Sessão Azul/Divulgação)

Maristela Bretas


Sábado é dia de cinema. O Cineart Boulevard Shopping, em parceria com o projeto Sessão Azul, vai dedicar a exibição das 11 horas da sala 1, no dia 16 de junho, a uma turma muito especial que vai poder curtir a divertida animação "Gnomeu e Julieta: Os Mistérios do Jardim", em versão dublada. Crianças com distúrbios sensoriais, especialmente as que sofrem com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), e suas famílias terão a sessão de cinema adaptada. Os ingressos devem ser adquiridos na bilheteria do cinema e a meia entrada vai valer para todos.

Cineart Boulevard Shopping
(Foto: Rede Cineart/Divulgação)
A proposta é possibilitar a ambientação de crianças com TEA no cinema, permitindo a este público frequentar sessões regulares ao longo do tempo. Na sessão não haverá trailers comerciais, a sala de cinema vai permanecer com luzes levemente acesas, o som ficará mais baixo e a plateia tem liberdade de circulação e expressão, como cantar, andar, dançar e gritar. Em Belo Horizonte, as sessões são realizadas com o apoio do Centro de Medicina Integrada Victus, Coordenação Motora Infantil, Coletivo Padecendo no Paraíso e Sair do Casulo.


Sessão passada no Cineart Boulevard Shopping
(Foto: Sessão Azul/Facebook)
“Cada sessão conta com profissionais devidamente capacitados, que fazem o acompanhamento e a orientação às famílias de forma que as sessões funcionem como uma espécie de treinamento para as crianças na adaptação ao ambiente do cinema. Também há orientações para os pais sobre como lidar com as dificuldades de adaptação da criança ao novo ambiente, de forma que auxiliem diretamente para realizar e facilitar esta ambientação”, detalha a psicóloga Carolina Salviano, uma das idealizadoras do projeto e fundadoras da CapaciTEAutismo.

Sessão passada no Cineart Boulevard Shopping
(Foto: Sessão Azul/Facebook)
A decisão de iniciar a realização destas sessões, segundo ela, ocorreu após a entidade observar vários casos em que as famílias de pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo deixavam de ter um convívio social maior por receio da reação do autista em locais com muitos estímulos – como ir ao shopping, restaurantes, frequentar festas ou ir ao cinema. Além das poucas as opções de entretenimentos especializados para estas famílias no Brasil.

Sessão passada no Cineart Boulevard Shopping
(Foto: Sessão Azul/Facebook)
“Entendemos que o cinema exerce um papel de inclusão extraordinário que não podemos deixar de fora. Promover atividades culturais é uma extensão do trabalho terapêutico e o cinema é, também, uma forma de engajar familiares neste processo. A Cineart tem investido em parcerias que viabilizem o acesso de crianças e adultos que têm algum tipo de limitação às salas de cinema e o projeto Sessão Azul é uma delas”, reforça o gerente geral da Rede Cineart, Lúcio Ottoni.

O projeto Sessão Azul é realizado a cada dois meses em Belo Horizonte, sempre no Cineart Boulevard Shopping. As próximas sessões estão planejadas para os dias 18 de agosto, 20 de outubro e 15 de dezembro (sábados). A escolha do filme fica a critério do público, por meio de votação no site http://www.sessaoazul.com.br.


"Gnomeu e Julieta: Os Mistérios do Jardim"
(Foto: Paramount Pictures/Divulgação)
Sobre o filme

Dirigido por John Stevenson, o filme conta a história dos gnomos Gnomeu e Julieta, que chegam à Inglaterra, preocupados em preparar o jardim para a primavera e rever os amigos britânicos. No entanto,a dupla começa a perceber que os gnomos estão sendo sequestrados em toda a cidade. Eles recrutam os famosos detetives Sherlock Gnomes e seu fiel parceiro Watson para investigar o mistério do desaparecimento dos gnomos do jardim de Londres. A comédia de animação é uma sequência de "Gnomeu e Julieta" (2011) e foi produzida pela Metro Goldwyn Mayer, Paramount Pictures e Rocket Pictures, com 1h27 de duração e classificação livre.

Serviço:
Cineart e projeto Sessão Azul para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo
Data: 16/06 (sábado)
Horário: 11 horas
Local: Sala 1 - Cineart Boulevard Shopping - Avenida dos Andradas, 3000 - 3ª piso - Santa Efigênia
Ingressos: na bilheteria, ao preço único de R$ 12,80 (meia para todos)
Versão: Dublada
Duração: 1h27
Classificação: Livre


Tags: #sessaoazul, #TranstornoDoEspectroDoAutismo, #TEA, #autismo, #CineartBoulevardShopping, #cinemas.cineart, #sessaoadaptada, #familia, #animação, #GnomeuEJulietaOsMistériosdoJardim, #ParamountPictures, #CinemaNoEscurinho

07 dezembro 2017

"Extraordinário", uma lição de vida que sacode os sentimentos

Depois de "O Quarto de Jack", o jovem Jacob Tremblay brilha novamente no papel do cativante Auggie Pulmann (Fotos: Lionsgate Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Poderia ser simplesmente mais um filme meloso, sobre uma criança com uma deformidade facial que sofre bullying na escola. Mas "Extraordinário" ("Wonder") foi muito além e dá uma sacudida nas emoções. Ele faz a gente rir, chorar, ficar com raiva quando o garoto é ameaçado e ao mesmo tempo sentir orgulho, pela forma como ele enfrenta o mundo preconceituoso. O filme estreia nesta quinta-feira nos cinemas e vale muito a pena ser visto. por pais e filhos juntos. 

O filme é baseado no best-seller mundial homônimo, da escritora R.J. Palacio. O livro narra, com algumas alterações a história verdadeira do menino August Pullman, que nasceu com uma síndrome genética que lhe causou deformidade facial. Mesmo após passar por 27 cirurgias plásticas que lhe permitiram ouvir, enxergar e falar melhor, ele ainda sofre com o preconceito. Para muitos, essa história já faria desistir de ver o filme ou ler o livro. 

Grande engano. O resultado dessa jornada de superações é capaz de mexer com a emoção de muita gente. E a escolha do jovem Jacob Tremblay, de "O Quarto de Jack", foi muito acertada para o papel de Auggie (como August era chamado pelos pais e amigos), que contou com uma maquiagem surpreendente. Ele está excelente e conta ainda com pais de renome ao seu lado - Julia Roberts (sempre ótima, como Isabel, a mãe superprotetora que não quer ver o filho sofrer) e Owen Wilson (no papel de Nate, o pai alegre, boa praça, divertido e que sempre tenta mostrar o lado bom da vida para o filho).

A jovem Izabela Vidovic, que interpreta Via, irmã de Auggie também entrega uma boa interpretação, como a adolescente que ama o irmão, mas sofre por receber menos atenção dos pais por causa da doença dele. Sônia Braga, apesar de constar no cartaz brasileiro como forma de atrair público, faz apenas uma ponta como avó de Auggie e Via. O elenco mirim também cumpre bem o seu papel tanto os que criticam e humilham Auggie quanto os que se tornam seus amigos, especialmente Jack Will, interpretado por Noah Jupe. Até a cachorrinha Dayse merece destaque.

Auggie é um menino especial em todos os sentidos: divertido, sensível, inteligente, amoroso, criativo e fã de "Star Wars". Os personagens da saga são seus maiores aliados nos momentos difíceis do mundo real, principalmente Chewbacca, o defensor das horas de aperto. O capacete de astronauta é sua armadura para enfrentar o mundo, já que impede que as pessoas vejam seu rosto coberto de cicatrizes . Assim elas não podem criticar nem zombar dele.


“Extraordinário” conta a emocionante história de August Pullman, um menino de 10 anos que sempre estudou em casa por causa de uma deficiência facial. Agora ele terá de deixar a segurança de sua casa, onde é um herói e sonha se tornar um astronauta, para frequentar a 5ª série de uma escola convencional, com todos os desafios e preconceitos desta faixa de idade, extremamente cruel. E para vencer esta jornada ela vai precisar contar ainda mais com sua família, professores e novos amigos.

Claro, não poderiam faltar as frases de efeito, comuns em um drama como este, mas nada que comprometa o enredo, muito bem conduzido pelo diretor Stephen Chbosky ("As Vantagens de Ser Invisível"). É pra chorar? Com certeza e sem vergonha de levar um lencinho para o cinema. A história é linda, emocionante e a atuação de todo o elenco contribui para ser um filme "Extraordinário". Além de ter uma boa trilha sonora. O filme é uma lição de vida, para adultos e crianças, mostrando a importância de aceitar e respeitar as pessoas como elas são.



Ficha Técnica
Direção e roteiro: Stephen Chbosky
Produção: Lionsgate / Mandeville Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h53
Gêneros: Família / Drama
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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10 outubro 2017

"Pica-Pau" perde a graça e o sarcasmo que marcaram os desenhos

Filme com o famoso personagem tem história bem simples e elenco fraco (Fotos; Universal Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Era para ser uma boa lembrança de um tempo em que os desenhos eram divertidos, mesmo recheados de sarcasmo e não tão "politicamente corretos", que provocavam risadas e não precisavam de tantos recursos técnicos para fazer um personagem marcar a infância de várias gerações. Esse era o "Pica-Pau", que agora ganhou uma versão em animação computadorizada com live-action, voltado para crianças a partir de seis anos, mas que não consegue ter a mesma simpatia que o original.

Em "Pica-Pau: O Filme", o pássaro falante e multicolorido voa de um lado para outro, apronta com todos, mas é sem graça. Vai divertir algumas crianças desta faixa, que possivelmente nunca viram o desenho, mas os próprios pais, que tiveram a oportunidade de ver o verdadeiro Pica-Pau, vão sentir uma diferença enorme. Além do personagem principal feito em computação gráfica, também os atores reais que contracenam com ele são bem fraquinhos. Timothy Omundson (que tem uma trajetória em séries de TV) faz o papel do arquiteto que Lance Walters, que quer desmatar a floresta onde vive o insano passarinho.

Para atrair o público brasileiro, onde o desenho ainda tem um público fiel que garante audiência, foi chamada a inexpressiva atriz Thaila Ayala (de "Mais Forte que o Mundo - A História de José Aldo" - 2016) para o papel de Vanessa, namorada de Lance. No elenco ainda temos Graham Verchere, como Tommy, filho de Lance, Scott McNeil e Adrian Glynn McMorran, que fazem os irmãos trapalhões Nate e Ottis Grimes.

A história é bem simples, sem mistério, ideal para criança pequena entender sem esforço: Lance quer construir uma mansão no meio de floresta e leva para o lugar sua namorada esnobe e o filho com quem não convive bem. Ao começar o desmatamento, provoca a revolta do travesso Pica-Pau, que parte para o ataque, usando as armas que tem, infernizando tanto os operários quanto os donos da casa. Ao mesmo que trava uma batalha com os desmatadores, a insana ave se torna amiga e defensora de Tommy e juntos vão tentar impedir a destruição do local.

Sem aprofundar muito na questão ambiental e até mesmo no lado de relacionamento entre pai e filho, o filme serve como distração para uma tarde com os pequenos. Eles podem se divertir com as aprontações da famosa ave, as falas e situações engraçadas com muitos tombos na lama, explosões sem ferimentos, picadas na cabeça e mensagens do tipo - "Não faça isso em casa". "Pica-Pau: O Filme" não chega aos pés do personagem louco criado por Walter Lantz em 1940 e único desenho animado a ter uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Alex Zamm
Produção: Universal Animation Studios
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h24
Gêneros: Animação / Comédia / Família
País: EUA
Classificação: 6 anos
Nota: 2 (0 a 5)

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