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14 agosto 2023

"Agente Stone" aposta em Gal Gadot, mas entrega roteiro superficial e previsível

Elenco feminino é o destaque da produção que foca em espionagem (Fotos: Netflix)


Jean Piter Miranda


Já está disponível no catálogo da Netflix o filme de ação e espionagem “Agente Stone” ("Heart of Stone"), com direção do britânico Tom Harper (da série de TV "Peaky Blinders"). O longa tem Gal Gadot (de "Mulher Maravilha" - 2017) como Rachel Stone, agente secreta de uma agência internacional que tem o nome de “A Carta”. 

A organização possui uma arma chamada “Coração”, que é uma inteligência artificial capaz de acessar e controlar qualquer sistema no planeta. Esse recurso é utilizado para combater o crime. Mas, se cair em mãos erradas, pode se tornar uma ameaça para a segurança de todo o mundo. 


O filme começa com Rachel em uma missão nos Alpes italianos para prender um contrabandista internacional de armas. Ela está infiltrada em uma equipe do serviço secreto de inteligência do Reino Unido, o MI6. 

Durante a operação, a hacker Keya Dhawan (Alia Bhatt) invade o sistema de comunicação dos agentes. É aí que eles percebem que estão sendo vigiados e que correm perigo. Nesse momento começa a ação. 

A princípio, parece uma boa sacada. Uma agente tão boa, de uma superagência, que foi capaz de se infiltrar no MI6, um dos serviços de inteligência mais respeitados do mundo. 


Seria a ponta de um roteiro aprofundado, cheio de mistérios e reviravoltas. Desses em que é preciso ficar atento a todos os detalhes, para ir ligando os pontos e juntar tudo no final. Mas não. É tudo superficial e fica só nisso mesmo. Uma mistura de "Missão Impossível" com "007" com destaque para o elenco feminino.

Stone usa um comunicador para falar com a sede da “Carta”, onde os outros agentes vão passando informações e instruções. Só que é meio confuso. A tal inteligência artificial chamada “Coração” tem recursos que não convencem. 

Por exemplo, conseguem saber quantas pessoas estão em um determinado lugar, que armas usam, distância em que estão, etc. Como fazem isso? Satélites? Câmeras? Drones? Nada é explicado. Parece mais magia que tecnologia. 


As cenas de ação também deixam muito a desejar. Perseguições na neve e em estradas, explosões, saltos de paraquedas, colisões de automóveis... Tudo com cenas curtas, muito rápidas e com cortes bruscos. Tiroteios em que os bandidos só acertam tiros no chão, nas paredes e nos carros. É tudo muito embolado, tumultuado e não consegue empolgar. 

Outro ponto negativo são as cenas de lutas. Falta beleza plástica nos movimentos, velocidade e técnica. Ingredientes que poderiam dar mais realismo aos combates. 

A boa atriz chinesa Jing Lusi (de "Podres de Ricos" - 2018), que interpreta a agente Yang, do MI6, tem pouco tempo de tela. Ela deveria ter sido melhor aproveitada, principalmente nesses casos. 


Jamie Dornan ("50 Tons de Cinza" - 2015), como Parker, outro agente do MI6, desempenha um papel importante na trama, mas falta carisma. E carisma é um problema da maior parte do elenco. Tirando Gal Gadot, Alia Bhatt e a pequena participação de Jing Lusi, do restante não salva ninguém. 

Não que sejam atores ruins. O roteiro é superficial, previsível e cheio de clichês. Repete tudo que já foi visto, uma mistura de "007" com "Missão: Impossível". Não inova em nada e até desperdiça as breves aparições da brilhante Glenn Close. 


Filmes de ação e de espionagem com mulheres protagonistas têm sido uma aposta dos estúdios nas últimas décadas. Jennifer Lawrence estrelou "Operação Red Sparrow" (2018), Angelina Jolie fez "Salt" (2010) e Charlize Theron protagonizou "Atômica" (2017). 

Recentemente tivemos Jessica Chastain em "Ava" (2020) e Ana de Armas, em "Ghosted: Sem Resposta" (2023). Grandes produções que só trocaram o protagonista homem por uma mulher, repetindo as mesmas tramas e os mesmo clichês. Por isso, não conseguiram emplacar. 

Gal Gadot tem carisma de sobra e agradou muito ao público no papel de Mulher Maravilha. Mesmo em filmes da DC considerados ruins ou fracos. Ela também protagonizou "Alerta Vermelho" (2021), da Netflix, ao lado Ryan Reynolds e Dwayne Johnson, uma boa combinação de comédia e ação que se tornou o maior sucesso de audiência da plataforma, mesmo com avaliações ruins da crítica especializada. 


Seguindo esta linha, a mesma plataforma de streaming fez "Agente Oculto" (2022) com Ryan Gosling e Chris Evans. Ação, comédia, rostos bonitos e muitos clichês. Fórmulas prontas que dão bons resultados de público e de arrecadação. E ao que tudo indica, outras produções desse tipo virão em breve. 

Mesmo sendo mais do mais mesmo, "Agente Stone" é o tipo de entretenimento que agrada ao público e, ao que tudo indica, terá boa aceitação. O filme termina com abertura para a criação de uma sequência. Se assim for, em breve, veremos Gal Gadot novamente como uma superagente secreta.   


Ficha técnica:
Direção: Tom Harper
Produção: Netflix e Skydance Productions
Exibição: Netflix
Duração: 2h02
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: ação, espionagem

01 maio 2023

"Power Rangers: Agora e Sempre" - franquia ganha homenagem no streaming em busca de novos fãs

Especial traz velhos integrantes ao grupo e apresenta novos com mensagem sobre bons valores (Fotos: Netflix)


Marcos Tadeu
Blog Narrativa Cinematográfica


O tão famoso especial de 30 anos da franquia "Power Rangers: Agora e Sempre" chegou ao catálogo da Netflix, se preocupando em fazer um bom fã service, atualizar a franquia e apresentá-la a uma nova geração.  

Na história temos uma Rita Repulsa (Barbara Goodson) robótica que foi responsável pela morte de Trini (Thuy Trang) no passado e o sequestro dos rangers Tommy, Jason e Kimberly. 


Os veteranos Billy (David Yost) e Zack (Walter Emanuel Jones) - o Ranger preto - que são responsáveis por contar a verdade a Mean (Charlie Kersh), filha de Trini. 

Eles também terão de buscar formas de trazer seus amigos de volta e construir uma nova equipe com veteranos que já vestiram o uniforme. 


Praticamente o líder da equipe agora é Billy. Achei muito inovador colocar o Ranger azul na liderança. Isso, sem dúvida, é a produtora reconhecendo que "pegou pesado" com o ator em relação a sua homossexualidade na época. Como um pedido de desculpas.

Em relação à nostalgia, temos a volta de Kat (Catherine Sutherland) - a Ranger rosa - e Rock (Steve Cardenas) - o Ranger vermelho. 

É preciso destacar que neste especial, Rock não é o líder, mas tem boas cenas. Talvez seja o momento em que ele consegue ser mais bem aproveitado de toda a franquia.


Vingança e justiça são os temas que rodeiam os dois lados do filme. Mean quer se tornar Power Rangers apenas para vingar sua mãe. 

Já a vilã quer libertar a Rita Repulsa clássica da série de TV para poder governar o mundo e destruir os Power Rangers. 

O enredo traz uma proposta mais original, que coloca a nova geração à prova sobre a importância e os verdadeiros motivos para se tornar um Power Ranger. 


A luta de zords, apesar de estar atualizada com o uso de CGI, deixa a desejar. Ainda parece muito mecanizada e pouco fluida. 

Existem alguns furos também no roteiro, como o sequestro de rangers sem nenhuma explicação. Ou o por quê de heróis clássicos como Jason, Tommy e Kimberly não estarem nessa comemoração. 


Para outros ex-integrantes há explicações: Austin St. John foi acusado de fraude nos EUA. 

Já Amy Jo Jonhson afirma que não se sente mais a vontade para usar um collant aos 50 anos e nem ir para Nova Zelândia, local onde foi a gravação. 


Jason David Frank (o Ranger verde) na época do especial, recebeu até o convite, mas recusou devido a problemas de depressão e, infelizmente sua morte. 

Ele e a atriz Thuy Trang (a Ranger amarela) também falecida, são homenageados na produção.

Reprodução

"Power Rangers: Agora e Sempre" funciona em sua atualização, coloca novos personagens e constrói um novo capítulo da franquia, tanto para uma velha geração como a nova. 

Resta saber o que será daqui para frente e se outras temporadas também ganharão seu especial.   


Ficha técnica:
Direção:
Charlie Kaskell
Produção: Hasbro Inc. / Entertainment One
Distribuição: Netflix
Exibição: Netflix
Duração: 55 minutos
Classificação: 10 anos
País: EUA
Gêneros: ficção, aventura, ação, família

03 abril 2023

"A Elefanta do Mágico" é uma animação digna de sessão da tarde em família

Peter e sua amiga criam um profundo laço de carinho e confiança que contagia uma cidade (Fotos: Netflix)


Marcos Tadeu 
Blog Narrativa Cinematográfica


Do livro para a tela. O sucesso "A Elefanta do Mágico" ("The Magician’s Elephant"), da escritora Kate DiCamillo, é a mais nova animação produzida e exibida pela Netflix. Dirigida por Wendy Rogers, a obra está no ranking de top 10 da plataforma.

A produção tem entre seus destaques o elenco estelar de dubladores, entre eles, Noah Jupe ("Um Lugar Silencioso" - 2021), Brian Tyree Henry ("Trem-Bala" - 2022), Benedict Wong ("Doutor Estranho" - 2016), Mandy Patinkin ("Extraordinário" - 2017) Sian Clifford (série "Fleabag" - 2016 e 2019) e Miranda Richardson ("Malévola" - 2014).


Na obra conhecemos Peter (Jupe), um garoto que sonha reencontrar a irmã, que todo mundo diz que morreu há muito tempo. Um dia ele visita uma vidente que avisa que, por uma moeda, ela poderá responder apenas uma pergunta. 

Peter faz seu pedido e é avisado pela vidente que será preciso achar uma elefanta, algo que ninguém nunca viu no reino de Baltese, onde se passa a história, e que ela o levará a seu destino.


Enquanto isso, do outro lado da cidade, um mágico (Wong) se apresenta para uma plateia sonolenta. Sem querer, provoca um acidente ao fazer uma mágica e uma elefanta cai sobre uma idosa, Madame LaVaughn (Richardson). 

Peter fica sabendo da existência do animal e que ele está ameaçado de ser sacrificado pelo rei. O garoto fará de tudo para mantê-lo vivo para encontrar sua irmã, como garantiu a vidente. 


Para isso terá de cumprir três tarefas impossíveis impostas pelo monarca: lutar contra o melhor soldado, voar e fazer a condessa que deixou de sorrir, dar uma gargalhada sincera. 

O filme tem até uma proposta interessante, mas que pouco inova. Tudo é muito rápido e com pouco desenvolvimento. 

Como o drama do ex-soldado Vilna Lutz (Patinkin) aposentado que salvou Peter da guerra e o adotou, mas o obriga a se comportar como um soldado. 


Um ponto negativo é a falta de antagonismo. O rei (voz de Aasif Mandvi), que propõe desafios totalmente fúteis, que até podem soar encorajadores e bonitos, mas ele não convence como vilão. 

É uma pessoa preocupada somente em se divertir, curtir a vida e ter ideias absurdas. Está mais para bobo da Corte, que acha que está agradando aos súditos com suas bobagens. Só que não.


A personagem da elefanta também foi pouco explorada. Por ela não falar e só se comunicar como um animal normal, sem exageros, deu seu recado apenas no olhar e na confiança em Peter. Pouco sabemos sobre seu mundo e de onde veio, apenas que deseja rever sua família.

Como em outras animações, há também a mensagem filosófica e bonita: "é preciso ter esperança e acreditar que é possível". 

Mas os desafios soam fracos no decorrer da história e, em nenhum momento, conseguimos ver mudanças no protagonista.


Mesmo não tendo a profundidade e o desenvolvimento de "Pinóquio", de Guillermo del Toro, "A Elefanta do Mágico" é uma animação ótima para uma tarde em família, especialmente com filhos pequenos.

Tem final bonito, colorido, com os clichês comuns de um conto de fadas e sem reviravoltas. Agora é aguardar as próximas produções da diretora Wendy Rogers.


Ficha técnica:
Direção: Wendy Rogers
Produção: Netflix e Animal Logic
Exibição: Netflix
Duração: 1h43
Classificação: 10 anos
País: EUA
Gêneros: animação, fantasia, aventura, família

13 março 2023

Oscar 2023 - "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo" leva sete estatuetas

(Divulgação)


Maristela Bretas


"Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo" ("Everything Everywhere All at Once") foi o grande vencedor da 95ª edição do Oscar como Melhor Filme.

Com sete estatuetas conquistadas das 11 indicações recebidas, a obra mistura comédia, multiversos e relacionamentos familiares de uma imigrante chinesa, interpretada por Michelle Yeoh.

Além de Melhor Filme, a obra levou os prêmios de Melhor Direção, Atriz, Ator e Atriz Coadjuvantes, Montagem e Roteiro Original.

A produção vencedora, dirigida por Daniel Scheinert e Daniel Kwan, foi anunciada por Harrison Ford, que abriu falando sobre a importância da volta ao cinema.

"Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
(Crédito: A24)

A cerimônia de entrega dos Academy Awards ocorreu no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia, e contou, pela terceira vez, com apresentação de Jimmy Kimmel.

Ele desceu de paraquedas no palco, após uma montagem em que ele se ejeta do avião de Tom Cruise, em "Top Gun - Maverick".

Outra boa surpresa da noite foi a conquista de quatro estatuetas pela produção alemã "Nada de Novo no Front”.

"Nada de Novo no Front” (Crédito: Netflix)

Confirmando as apostas, Jessica Chastain e Halle Berry anunciaram Brendan Fraser como vencedor do prêmio de Melhor Ator por "A Baleia". Muito emocionado, ele agradeceu a oportunidade que ajudou a salvar sua vida, depois de um período difícil.

Elas também anunciaram a categoria de Melhor Atriz, prêmio entregue a Michelle Yeoh por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo". Ela é a primeira atriz asiática a ganhar um Oscar e ofereceu o prêmio à mãe, de 84 anos, que mora na Malásia, e à família, em Hong Kong.

Brendan Fraser - "A Baleia" (Crédito: Califórnia Filmes)

Premiação

O primeiro prêmio entregue na noite foi para Melhor Animação, que ficou para "Pinóquio", de Guillermo del Toro, confirmando a preferência da produção.

Para Melhor Ator Coadjuvante, Ke Huy Quan, iniciado no cinema com produções como "Os Goonies" (1985) e "Indiana Jones - A Última Cruzada" (1989) abriu as premiações para "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo".

O filme levou, na sequência, sua segunda estatueta, com a escolha de Jamie Lee Curtis como Melhor Atriz Coadjuvante. Ela agradeceu à família e disse que o prêmio é de toda a equipe. Este é o primeiro Oscar da atriz.

Jamie Lee Curtis "Tudo em Todo o Lugar
ao Mesmo Tempo" (Crédito: A24)

Curiosidades

Um momento emocionante da cerimônia foi o Parabéns para você entoado por toda a equipe e platéia ao ator de "An Irish Goodbye", filme que ficou com a estatueta de Melhor Curta-Metragem.

Jennifer Connelly e Samuel L. Jackson apresentaram o vencedor da categoria de Melhor Cabelo e Maquiagem, agradecendo aos profissionais que sempre ajudaram os atores a entrarem em seus papéis. "A Baleia" levou a estatueta, segunda da produção.

Jimmy Kimmel voltou ao palco trazendo Jenny, a burrinha do filme "Os Banshees de Inisherin". Apesar do sucesso com o público presente, não ajudou o filme a conquistar premiações.

"Avatar: O Caminho da Água"
(Crédito: 20th Century Studios)

Elizabeth Banks e o urso do filme "O Urso do Pó Branco" apresentaram "Avatar: O Caminho da Água" como vencedor de Melhores Efeitos Visuais.  

E foi a dançante "Naatu Naatu" (do indiano "RRR") , composta por M. M. Keeravani, a escolhida como Melhor Canção Original. Ela superou "Hold My Hand", do filme "Top Gun: Maverick", interpretada por Lady Gaga, e "Lift Me Up", música-tema de "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre", cantada por Rihanna.

Vencedores da 95ª edição do Oscar:

MELHOR FILME
- Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (em exibição no Prime Vídeo)

MELHOR DIREÇÃO
- Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

Michelle Yeoh - "Tudo em Todo o Lugar
ao Mesmo Tempo" (Crédito: A24)

MELHOR ATOR
- Brendan Fraser, por "A Baleia" (em exibição nos cinemas)

MELHOR ATRIZ
- Michelle Yeoh, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR ATOR COADJUVANTE
- Ke Huy Quan, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
- Jamie Lee Curtis, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
- Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

"Entre Mulheres" (Crédito: Orion Releasing)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
- Sarah Polley, por "Entre Mulheres" (em exibição nos cinemas)

MELHOR FOTOGRAFIA
- James Friend, por "Nada de Novo no Front" (em exibição na Netflix)

MELHOR TRILHA SONORA
- Volker Bertelmann, por "Nada de Novo no Front"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
- M. M. Keeravani - "Naatu Naatu" (de 'RRR")

MELHOR EDIÇÃO/MONTAGEM
- Paul Rogers, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

"Pantera Negra: Wakanda Para Sempre"
(Crédito: Disney)

MELHOR FIGURINO
- Ruth E. Carter, por "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" (em exibição no Disney+)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
- Nada de Novo no Front

MELHOR CABELO & MAQUIAGEM
- A Baleia

MELHOR SOM
- Top Gun: Maverick (em exibição no Telecine e Paramount+)

"Top Gun: Maverick" (Crédito: Paramount Pictures)

MELHORES EFEITOS VISUAIS

MELHOR ANIMAÇÃO EM LONGA METRAGEM
- Pinóquio, de Guillermo Del Toro (em exibição na Netflix)

MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA METRAGEM
- "O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo" (em exibição na AppleTV+)

MELHOR CURTA METRAGEM EM LIVE-ACTION
- An Irish Goodbye

"Nada de Novo no Front" (Crédito: Netflix)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
- Nada de Novo no Front (Alemanha)

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA METRAGEM
- Navalny

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
- "Como Cuidar de um Bebê Elefante" (em exibição na Netflix)

26 janeiro 2023

“A Lenda de Shahmaran”, um drama psicológico de amor, traição, mistério e uma deusa serpente

Burak Deniz e Serenay Sarıkaya protagonizam história baseada no folclore curdo (Fotos: Netflix Turquia)


Silvana Monteiro


Mitologia do Oriente Médio. Drama psicológico. Romance. Sonambulismo. Autoconhecimento e ancestralidade. Essas são as bases da produção da Netflix turca “A Lenda de Shahmaran” ("Sahmaran"), uma espécie de “Cidade Invisível”, contextualizada no folclore curdo do ser mítico, metade mulher, metade cobra. 

Entre as mais vistas da Netflix, a história diz respeito a seres ofídicos e humanos, envoltos por amor e traição e imortalizados nas culturas populares da Turquia, Curdistão e até da Índia. 


Para contar essa história sobre a traição de um homem a uma divindade serpente, o enredo explora a trajetória de uma solitária jovem órfã. A psicóloga e doutoranda Shahsu (Serenay Sarıkaya) viaja da cosmopolita Istambul à província de Adana para palestrar na universidade local. 

Ela aproveita a oportunidade para visitar, pela primeira vez, o desconhecido avô Davut (Mustafa Ugurlu), o homem que abandonara sua mãe ainda criança.


Após conhecer o vilarejo Mar, onde seu avô vive, a jovem deixa o hotel e passa a viver na casa dele de forma inesperada, sem relação socioafetiva e sem perspectivas. Mas quem é aquele homem calado, de olhar fixo e corpo frágil?

Além de não conhecer quem é seu avô e, nem mesmo, as histórias deixadas por sua mãe em cartas enviadas a ele, a jovem vai se esbarrar com outro estranho, Maran (Burak Deniz), que vai mexer com sua mente e seu corpo. 


Maran vive com o pai e três irmãs. Eles são os únicos vizinhos próximos do avô de Shahsu. O jovem é, também, um homem sério, monossilábico e arredio, integrante de uma família com comportamentos bastante insociáveis. Quem são eles? Quais segredos guardam? 

Aos poucos, Shahsu começa a se relacionar com Maran. Na medida em que se conecta ao lugar e ao povo, a jovem passa a desenvolver ainda mais seu sonambulismo e a sentir fenômenos psicológicos que acabam afetando seu corpo e sua mente. 


Na faculdade, o amigo Cihan (Mert Ramazan Demir), assistente de departamento e a professora titular, parecem ser as únicas pessoas com as quais ela pode contar. Mas será possível confiar neles? 

Shahsu se sente observada em todos os locais que frequenta, até mesmo em uma feira popular da província. Depois de adquirir um colar com uma feirante local, a acadêmica verá sua vida envolta em um incidente misterioso, sofrerá mudanças psíquicas e estará sempre se indagando em quem confiar. 


Às suas costas, os rumores são de que a presença da jovem e o envolvimento com Maran farão com que uma profecia mítica se cumpra. O que irá acabar ou piorar a relação entre homens e serpentes ao acordar, de vez, uma criatura aprisionada por séculos. 

Quem faz parte dos Basílicos e quem é apenas humano? Para responder a essas perguntas a série capricha na fotografia, explorando as florestas, as serras e as planícies de Adana. 


Entre picadas e perseguições, a obra provoca no telespectador muitos questionamentos sobre a exploração da natureza e o papel do ser humano frente à destruição. A todo o tempo, uma narração feminina rememora: “o mundo não é só dos humanos”. 

Destaque para os modestos, mas efetivos efeitos especiais e para a atuação dos protagonistas, já bastante conhecidos dos telespectadores da Turquia por suas atuações em novelas e séries locais. 


Por ser uma série turca, o diretor investiu de forma incomum na nudez dos personagens, sempre cercados por ambientes relacionados ao habitat das serpentes, tais como telhados, rios, lagos, pedras e florestas. 

Um importante aviso: se você tem ofidiofobia (pavor e fobia a cobras), não assista a série. Se não for o caso, aproveite. Você vai se prender ao poderoso veneno de Shahmaran.


Ficha técnica:
Direção:
Umur Turagay
Produção: Netflix Turquia
Exibição: Netflix
Duração: série com 8 episódios (média de 50 minutos cada)
Classificação: 16 anos
País: Turquia
Gêneros: aventura, drama, fantasia

24 janeiro 2023

Conheça as indicações ao Oscar 2023

(Fotomontagem: Marcos Tadeu)


Silvana Monteiro


No próximo dia 12 de março, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas apresenta os vencedores do Oscar 2023. A 95ª edição da cerimônia de entrega dos Academy Awards será no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia. Nesta terça-feira foram anunciados os indicados aos prêmios em todas as categorias. Veja abaixo:

MELHOR FILME
- Elvis
- Entre Mulheres
- Nada de Novo no Front
- Os Fabelmans
- Os Banshees de Inisherin
- Tár
- Top Gun: Maverick
- Triângulo da Tristeza
- Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR DIREÇÃO
- Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Martin McDonagh, por "Os Banshees de Inisherin"
- Ruben Östlund, por "Triângulo da Tristeza"
- Steven Spielberg, por "Os Fabelmans"
- Todd Field, por "Tár"

"Os Fabelmans" (Universal Pictures)

MELHOR ATOR
- Austin Butler, por "Elvis"
- Brendan Fraser, por "A Baleia"
- Bill Nighy, por "Living"
- Colin Farrell, por "Os Banshees de Inisherin"
- Paul Mescal, por "Aftersun"

MELHOR ATRIZ
- Ana de Armas, por "Blonde"
- Andrea Riseborough, por "To Leslie"
- Cate Blanchett, por "Tár"
- Michelle Williams, por "Os Fabelmans"
- Michelle Yeoh, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"


"Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo
Tempo" (Foto: A24)


MELHOR ATOR COADJUVANTE
- Berry Keoghan, por "Os Banshees de Inisherin"
- Brian Tyree Henry, em "Causeway"
- Brendan Gleeson, por "Os Banshees de Inisherin"
- Judd Hirsch, em "Os Fabelmans"
- Ke Huy Quan, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
- Angela Bassett, por "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre"
- Hong Chau, por "A Baleia"
- Jamie Lee Curtis, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Kerry Condon, por "Os Banshees de Inisherin"
- Stephanie Hsu, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

"Os Banshees de Inisherin" (Foto: Film4 Productions)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
- Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Martin McDonagh, por "Os Banshees de Inisherin"
- Ruben Östlund, por "Triângulo da Tristeza"
- Steven Spielberg & Tony Kushner, por "Os Fabelmans"
- Todd Field, por "Tár"

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
- Edward Berger, Lesley Paterson & Ian Stokell, por "Nada de Novo no Front"
- Ehren Kruger, Eric Warren Singer & Christopher McQuarrie, por "Top Gun: Maverick"
- Kazuo Ishiguro, por "Living"
- Rian Johnson, por "Glass Onion: Um Mistério Knives Out"
- Sarah Polley, por "Entre Mulheres"


Top Gun:Maverick (Foto: Paramount Pictures)

MELHOR TRILHA SONORA
- Carter Burwell, por "Os Banshees de Inisherin"
- John Williams, por "Os Fabelmans"
- Justin Hurwitz, por "Babilônia"
- Son Lux, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Volker Bertelmann, por "Nada de Novo no Front"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
- Lady Gaga - "Hold My Hand" (de "Top Gun: Maverick")
- M. M. Keeravani - "Naatu Naatu" (de 'RRR")
- David Byrne/Mitski/Son Lux - "This is a Life" (de "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo")
- Sofia Carson - "Applause" (de "Tell it Like a Woman")
- Rihanna - "Lift Me Up" (de "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre")


"Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" (Foto: Marvel)

MELHOR FOTOGRAFIA
- Darius Khondji, por "Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades"
- Florian Hoffmeister, por "Tár"
- James Friend, por "Nada de Novo no Front"
- Mandy Walker, por "Elvis"
- Roger Deakins, por "Império da Luz"

MELHOR EDIÇÃO
- Eddie Hamilton, por "Top Gun: Maverick"
- Mikkel E.G. Nielsen, por "Os Banshees de Inisherin"
- Matt Villa & Jonathan Redmond, por "Elvis"
- Monika Willi, por "Tár"
- Paul Rogers, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

"Elvis" (Foto: Warner Bros. Pictures)

MELHOR FIGURINO
- Catherine Martin, por "Elvis"
- Jenny Beavan, por "Sra. Harris Vai a Paris"
- Mary Zophres, por "Babilônia"
- Ruth E. Carter, por "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre"
- Shirley Kurata, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
- Avatar: O Caminho da Água
- Babilônia
- Elvis
- Nada de Novo no Front
- Os Fabelmans

MELHOR CABELO & MAQUIAGEM
- A Baleia
- Batman
- Elvis
- Nada de Novo no Front
- Pantera Negra: Wakanda Para Sempre


Babilônia (Foto: Paramount Pictures)

MELHOR SOM
- Avatar: O Caminho da Água
- Batman
- Elvis
- Nada de Novo no Front
- Top Gun: Maverick

MELHORES EFEITOS VISUAIS
- Avatar: O Caminho da Água
- Batman
- Nada de Novo no Front
- Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
- Top Gun: Maverick

"Avatar: O Caminho da Água" (Foto: 20th
Century Studios)

MELHOR ANIMAÇÃO EM LONGA METRAGEM
- A Fera do Mar
- Gato de Botas 2: O Último Pedido
- Marcel the Shell with Shoes On
- Pinóquio, de Guillermo del Toro
- Red - Crescer é uma Fera

MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA METRAGEM
- An Ostrich Told Me the World is Fake and I Think I Believe It
- Ice Merchants
- My Year of Dicks
- The Boy, the Mole, the Fox and the Horse
- The Flying Sailor

MELHOR CURTA METRAGEM EM LIVE-ACTION
- An Irish Goodbye
- Ivalu
- Le Pupille
- Night Ride
- The Red Suitcase

"Pinóquio", de Guillermo del Toro (Foto: Netflix)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
- Argentina, 1985 (Argentina)
- Close (Bélgica)
- EO (Polônia)
- Nada de Novo no Front (Alemanha)
- The Quiet Girl (Irlanda)

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA METRAGEM
- A House Made of Splinters
- All That Breathes
- All The Beauty and the Bloodshed
- Fire of Love
- Navalny

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA METRAGEM
- Haulout
- How do You Measure a Year?
- The Elephant Whisperers
- The Martha Mitchell Effect
- Stranger at the Gate

"Argentina, 1985" (Foto: Amazon Prime Vídeo)