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19 março 2015

“Mapa para as Estrelas” mostra uma Hollywood onde nem tudo são flores

O ponto forte do longa é o elenco feminino, principalmente Julianne Moore e Mia Wasikowska (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Jean Piter


A jovem e misteriosa Agatha Weiss (Mia Wasikowska) chega a Los Angeles sem dar pista do que quer na cidade. Ela conhece o motorista de limusine Jerome Fontana (Robert Pattinson). Ele é um rapaz que sonha em ser ator e espera conseguir uma oportunidade dirigindo para personalidades de Hollywood. Os dois se aproximam, começam a sair juntos e a flertar um com outro.

Agatha arruma um emprego de assistente de Havana Segrand (Julianne Moore), uma atriz decadente e desesperada com o peso da idade. Ela faz de tudo para conseguir o papel principal de uma refilmagem de grande sucesso estrelado por sua mãe, décadas atrás.

Enquanto isso, o garoto Benjie Weiss (Evan Bird), uma estrela mirim de uma série de TV, enfrenta os piores dias de sua curta carreira. O sucesso precoce subiu a cabeça e o levou ao mundo das drogas e do sexo. Ele chegou a ficar internado por um breve período de reabilitação. Sua mãe e seus empresários agora fazem de tudo para que a história não chegue à imprensa e se torne um escândalo. Mas, os problemas de ego do menino podem colocar tudo a perder.




Elenco salvador

“Mapa Para as Estrelas” tem um ar sombrio, com um pouco de suspense. Fotografia um tanto escura, que cai bem com a trama. O foco é a vida sem glamour das estrelas de Hollywood. E sobre o quanto as pessoas estão dispostas a sacrificar para terem sucesso, para se tornarem astros da sétima arte. É sobre o que não se vê nas telas. O que não chega a ser uma novidade já que há muitos filmes desse tipo por ai.

O ponto forte do longa é o elenco. Mia Wasikowska desenvolve bem os desequilíbrios de sua personagem. Mas é Julianne Moore que dá mais um show de interpretação (como aconteceu em "Para Sempre Alice" e "Sem Escalas". Ela é ansiedade, choro e obsessão. Tem momentos de euforia e depressão, mas não deixa nada disso transparecer quando está em locais públicos. Uma louca com autocontrole. 

O jovem Evan Bird coloca na tela uma arrogância natural que se encaixa bem no seu papel. Parece promissor. Por outro lado, John Cusack tem o mesmo rosto de praticamente todos os filmes que já fez. As mesmas expressões faciais e entonações de sempre. Dá a impressão de que é a continuação de outro longa. 

Robert Pattinson não brilha, mas também não deixa nada a desejar. Está mais maduro, com cara de homem. Faz até a gente se esquecer que ele é o mesmo rapaz da saga “Crepúsculo”. Os outros coadjuvantes, que são muitos, fazem um trabalho discreto - como deve ser – e de ótima qualidade.

Aposta errada

Filmes que retratam os bastidores de Hollywood quase sempre dão ênfase à vida de aparências dos grandes astros. “Mapa Para as Estrelas” se distancia um pouco disso ao mostrar mais de uma história ao mesmo tempo. Histórias de pessoas que, embora ligadas ao cinema, não gozam de tanto prestígio. Se tivesse ficado nisso, talvez o resultado fosse melhor.

O diretor David Cronenberg acrescentou visões, fantasmas, paranoia, brigas e mais brigas numa espécie de quebra-cabeça. Personagens complexos demais e ao mesmo tempo quase estereotipados. Eventos inesperados que acontecem rápido demais. Talvez ele tenha utilizado tudo isso para fugir dos clichês ou, ao menos, torná-los menores. Mas não deu certo. Ficou muita coisa para um filme só. Não encanta, não choca nem emociona.

Ficha técnica:
Direção: David Cronenberg
Produção: Prospero Pictures / Integral Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h51
Gênero: Drama
Países: Canadá / EUA / França / Alemanha
Classificação: 14 anos
Nota: 3,0 (0 a 5)

Tags: Mapa Para as Estrelas; David Cronenberg; Julianne Moore; Mia Wasikowska; Robert Pattinson; Paris Filmes; drama; Cinema no Escurinho

25 março 2015

“O Amor é Estranho” é um drama sobre união homoafetiva, família, igreja e preconceito

George e Ben, após viverem 40 anos juntos, terão de morar em casas separadas devido à crise (Fotos Pandora Films/Divulgação)

Jean Piter


Ben (John Lithgow) e George (Alfred Molina) decidem se casar, depois de estarem juntos há 40 anos. A cerimônia é simples e singela, com a presença de amigos e familiares. Um dia muito feliz. Realização. O dia seguinte é de crise. George perde o emprego de professor de música que tinha na igreja. Sem dinheiro para manter as despesas, o casal vai morar em casas separadas de amigos até conseguir vender o apartamento e comprar um novo imóvel mais barato. 

Amor e outros conflitos

É difícil imaginar uma situação assim. Dividir a casa com uma pessoa por quatro décadas e, de uma hora pra outra, ter que se separar por dificuldades financeiras. O amor continua o mesmo; carinho, cuidado, amizade, afinidade... Esse é o maior drama do filme, contado de forma linear e com um ar bastante melancólico.

Embora ainda seja polêmica a união de pessoas do mesmo sexo, esse não é o único tema abordado na história. As dificuldades financeiras apontam para a fragilidade do modo de vida americano. Onde as pessoas gastam tudo ganham para manter um bom padrão de vida. Sem direitos trabalhistas, como no Brasil, a vida fica bastante complicada quando se perde o emprego. Coisas do capitalismo de países liberais. 

Há também uma crítica à igreja, que, assim como o povo de Minas Gerais, permite tudo, menos um escândalo. Todo mundo sempre soube que George era gay e que morava com outro homem. Mas, ao se casar e tornar isso público, ele se torna indigno de trabalhar em uma instituição religiosa tradicional. Nessa hora, deixar os alunos que viu crescer é como ver os filhos serem tomados à força. 

Sobram críticas também para a família e para os amigos. Há os que estão dispostos a ajudar de bom coração e os que viram as costas nos momentos de dificuldade. Mesmo os que estendem a mão, por vezes são insensíveis. Principalmente os mais jovens. O que não chega a ser incompreensível. É difícil morar de favor e não ter privacidade. Ao mesmo tempo, é incômodo mudar a rotina da casa por conta de um hospede. 

Vale o ingresso

Não há beijos calorosos dos protagonistas, nem cenas sexo. A história se concentra na cumplicidade e na falta que faz a pessoa amada, quando está distante. É um filme sobre preconceito e aprendizado. Emociona sem forçar a barra. E ainda tem Marisa Tomei, bonita como sempre e atuando com primor. O amor é mesmo estranho, mas, em meio a tantos pequenos conflitos nossos de cada dia, a gente nem se dá conta disso.




Ficha técnica:
Direção: Ira Sachs
Produção: Parts and Labor / Charlie Guidance
Distribuição: Pandora Filmes 
Duração: 1h35
Gênero: Drama
Países: EUA, França
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: O Amor é Estranho; John Lithgow, Alfred Molina, Marisa Tomei; Pandora Filmes; drama; Cinema no Escurinho

03 novembro 2019

Sem versão legendada em cinemas de BH, "A Família Addams" vale pela música-tema

Gomez, Mortícia, Wandinha, Feioso, Mãozinha, Tropeço, tio Chico e Vovó Addams estão de volta, agora em animação (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Não tem como não negar: o estalar de dedos da música tema é o principal atrativo da animação "A Família Addams" ("The Addams Family"), ao contrário de outras versões sobre a mais famosa e simpática família de monstros do cinema. Gomez, Mortícia, Wandinha, Feioso, Mãozinha, o mordomo Tropeço (que mais parece Frankenstein), tio Chico e Vovó Addams são inesquecíveis.


E para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer, estes estranhos vizinhos surgiram com força na série de TV exibida entre os anos de 1964 e 1966, baseada em personagens criados pelo cartunista americano Charles Addams na década de 1930 E foi composta para a série a famosa música-tema, com o estalar de dedos que dá o compasso.


Como não foi possível assistir a versão legendada da animação, uma vez que os cinemas de BH exibiram apenas a dublada, fica difícil dizer se as dublagens de atores famosos ficaram boas. Charlize Theron emprestou a voz para Mortícia, Oscar Isaac fez Gomez, Chloë Grace Moretz dublou Wandinha e Fin Wolfhard deu vida a feioso. 

Na versão em português, os dubladores entregaram um trabalho bom, dentro do texto que receberam, com diálogos pouco criativos e engraçados. Wandinha está mais para uma jovem vivendo a fase adolescente que uma figura sombria, ao contrário do personagem da série, e quer apenas conhecer e conviver com gente de sua idade, mesmo que sejam humanos normais.


Mortícia está uma mãe comum, sem nada de especial, exceto as roupas e o sarcasmo. Gomez mantém a graça e o ar bonachão, sempre de bem com a vida. Feioso dá o tom "explosivo" à família, enquanto Tio Chico, Mãozinha e Tropeço são os personagens mais divertidos da animação. Isso sem contar a menção a filmes de terror famosos, como "It - A Coisa". A vilã, se é que se pode chamar assim, é Margaux Needler e recebeu a voz da atriz Allisson Janney. Ele á uma "perua" de voz estridente que ninguém, não só os Addams, gostaria de ter como vizinha. Até Snoop Dogg e Bette Midler entraram no elenco de dubladores.


Na história, novamente a Família Addams enfrenta problemas com vizinhos que não aceitam morar ao lado e monstros estranhos e sombrios. A narrativa conta como surgiu a família de Gomez, a escolha da mansão assombrada, a vida pouco comum da família, que apesar de tudo tenta conviver bem com todos a sua volta. Uma grande festa reunindo todos os parentes vai colocar a vizinhança em pânico, com a possibilidade de chegada de mais monstros.


Muitas versões

Desde a série dos anos de 1960 foram muitas as versões para as telas de cinema e TV. Algumas contaram com a presença de atores famosos como a de 1991 com Anjelica Huston (Mortícia), Raúl Julia (Gomez), Christopher Lloyd (tio Chico) e Christina Ricci (Wandinha). A Família Addams fez tanto sucesso que ganhou também desenhos animados e videogames. Como diversão para todas as idades e para matar a saudade da música, vale a pena assistir a nova animação, que está em cartaz nos cinemas.


Ficha técnica:
Direção: Conrad Vernon e Greg Tiernan
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h27
Gêneros: Animação / Família
Nacionalidade: EUA
Classificação: Livre
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #AFamíliaAddams, #animação, #família, #Mortícia, #mãozinha, @UniversalPictures, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

19 maio 2021

"Amor, Casamento e Outros Desastres" é um bolo de festa recheado de romances e clichês

 Maggie Grace é Jessie, uma organizadora de eventos desastrada que acredita no amor (Fotos: Califórnia Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


O que pode dar errado num casamento dos sonhos quando a organização é entregue a uma paraquedista que acaba de ser dispensada pelo namorado em pleno ar? Tudo. A partir daí, começam as histórias paralelas de "Amor, Casamento e Outros Desastres" ("Love, Weddings & Other Disasters"), comédia romântica que reúne um elenco de renome e outros nem tanto, repetindo uma infinidade de clichês. 

O longa, dirigido por Dennis Dugan (“Gente Grande 2”) estreia nesta quinta-feira (20) nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Niterói, Ribeirão Preto, Campinas e Barueri. A Califórnia Filmes não informou quando será disponibilizado em plataformas de streaming.


A paraquedista que resolve fazer um salto com o namorado, famoso apresentador de telejornal é Jessie English (Maggie Grace). Além de soltar o paraquedas do agora "ex" durante o salto, ela viraliza nas redes sociais ao aterrissar sobre o altar de uma cerimônia de casamento, estragando a celebração.

Sem sorte no amor, ela vai tentar melhorar sua má fama aceitando organizar o casamento de Liz Rafferty (Caroline Portu) com Robert Barton (Denis Staroselsky) futuro prefeito de Boston. Mas a todo o momento Jessie se envolve em situações desastrosas.


Entre uma trapalhada e outra e os arranjos do casório, ela também consegue conhecer um "carinha legal".  Afinal o filme é sobre romances e amor. Nada melhor que o manjado guitarrista clichê que ganha a vida tocando em clube noturno, bonitinho e cheio de charme. O papel coube ao cantor mexicano Diego Boneta (“O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” - 2019), que interpreta Mack. Casal simpático, estilo água com açúcar.

Outros romances e situações que tentam, mas não conseguem ser engraçadas vão correndo paralelamente - um show de TV que vai entregar um milhão de dólares a um casal de estranhos que conseguir ficar mais tempo acorrentado. O casal de destaque é o desempregado Jimmy (Andy Goldenberg), irmão do futuro prefeito e a dançarina de boate Svetlana (Melinda Hill). Essa história poderia ser mais bem explorada, mas ficou muito, muito fraca. Nem com ajuda da máfia russa ajudou. Você chega a esquecer da história durante a exibição.


Tem também uma versão americana sem glamour de Cinderela pelas ruas de Boston. Capitão Ritchie (Andrew Bachelor) é um guia que transporta turistas pela cidade em um ônibus anfíbio. Numa de suas viagens ele conhece uma simpática passageira que ele batiza de Cinderela por ter um sapatinho de cristal tatuado no pescoço. Passa então a procurá-la por todos os lugares, despertando a curiosidade até mesmo da imprensa que vai ajudá-lo a encontrar o grande amor.


Para fechar o pacote, temos a bela voz e o charme de Jeremy Irons e a simpatia de Diane Keaton, que dão um suspiro diferente a essa comédia romântica. Ele é Lawrence Phillips, um viúvo sistemático e arrogante organizador de banquetes. Ela vive Sara, uma mulher cega independente e desastrada. Desde o pôster do filme já se sabe que vão ficar juntos. Não é spoiler, é clichê. Os dois premiados atores são os figurões globais colocados no elenco para atrair público.

"Amor, Casamento e Outros Desastres" é um filme sem grandes pretensões, que se propõe a falar de amor, romance e desencontros. Desde os primeiros minutos de exibição já se sabe quem vai ficar com quem. Um longa feito apenas para distrair. Ideal para assistir numa tarde fria, enrolada numa manta e com uma xícara de chá na mão (pode ser chocolate quente também)


Ficha técnica
Direção e roteiro: Dennis Dugan
Exibição: Nos cinemas (exceto BH)
Distribuição: Califórnia Filmes
País: EUA
Duração: 1h36
Gênero: Comédia romântica

18 agosto 2017

Melhor que o primeiro, "Annabelle 2 - A Criação do Mal" é terror assustadoramente bom

Filme conta a origem da temida boneca do mal que aterroriza os moradores de uma casa (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Muito melhor que o primeiro, até mesmo nas cenas de terror previsíveis. "Annabelle 2 - A Criação do Mal" ("Annabelle: Creation") explica como surgiu a famosa boneca demoníaca que aterrorizou três filmes - "Invocação do Mal", "Invocação do Mal 2" (2016) e "Annabelle" (2014). Este último veio na rabeira do sucesso dos outros dois e acabou faturando US$ 257 milhões nas bilheterias de todo o mundo, mas continuou deixando no ar a origem da personagem que dá medo de tanta feiura.

Foi preciso um segundo filme, produzido por James Wan ("Invocação do Mal 2") e bem dirigido por David F. Sandberg (o mesmo de "Quando as Luzes se Apagam") para que Annabelle tivesse finalmente sua história contada. O filme tem clichês, claro, como todos do gênero terror. Mas vi muito marmanjo dando pulo na cadeira do cinema e fingindo de bobo.


A boneca Annabelle é o centro das atenções, e o diretor usa e abusa de sua cara medonha para criar os momentos mais tensos e violentos do filme. A tensão causada pela expectativa de seu aparecimento nas mais diversas situações domina a trama e envolve todos os demais personagens, que estão à sua mercê.

Muitos vão dizer que "Annabelle 2 - A Criação do Mal" é somente mais um filme de terror, sem grandes novidades. Não é bem assim. O enredo prende do início ao fim, os sustos são constantes e o que não faltam são aquelas situações que dá vontade de bater nos personagens por serem tão burros e entrarem sempre onde não deve. Não tenha vergonha de adivinhar algumas cenas bem clichês - são nelas que acontecem os melhores sustos.

Uma tragédia ocorrida há 12 anos faz um casal abrir sua casa para abrigar a freira Charlotte (Stephahie Sigman, da série "Narcos") e seis meninas desalojadas de um orfanato - Janice (Talitha Bateman, de “A 5ª Onda”), Linda (Lulu Wilson, de “Livrai-nos do Mal”), Nancy (Philippa Coulthard, de “Jogos do Apocalipse”), Carol (Grace Fulton, de “Badland”), Tierney (Lou Lou Safran, de “A Escolha”) e Kate (Tayler Buck, da série "American Crime Story").


O pai Samuel Mullins (Anthony La Paglia, da série "Without a Trace"), um habilidoso artesão de bonecas agora é um homem de pouca conversa e a esposa Esther (Miranda Otto, de "Homeland") sempre está trancada em seu quarto. O que as novas moradoras não sabem é que eles escondem um terrível segredo do passado que vai colocar suas vidas em perigo. Esse segredo tem nome e uma cara ameaçadora e se chama Annabelle, uma boneca criada por Samuel.

Sem dúvida, muito melhor que o primeiro. Um terror de verdade, que foca na boneca demoníaca, dispensando a necessidade de atores caros - a maioria é conhecida por trabalhos em séries de TV americanas. Além do produtor e do diretor, diversos integrantes da equipe estão familiarizados com o gênero, o que garante o ótimo resultado. Destaque para o roteiro, escrito por Gary Dauberman, responsável pela nova versão de "It - A Coisa", que estreia em breve.

O filme utiliza poucos e ótimos efeitos visuais e explora bem os "cantos escuros" da casa e dos medos dos personagens, garantindo muita tensão, bons sustos e cenas de arrepiar. Sem risco de decepção por quem curte o gênero terror, "Annabelle 2" merece ser visto.



Ficha técnica:
Direção: David F. Sandberg
Produção: New Line Cinema / Atomic Monster / Safran Company
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h50
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #Annabelle2ACriacaodoMal #AnnabelleCreation #DavidFSandberg #JamesWan #InvocacaodoMal #Annnabelle #StephaneSigman #AnthonyLaPaglia #MirandaOtto #terror #EspaçoZ #Cineart #WarnerBorsPictures #NewLineCinema #CinemanoEscurinho

09 setembro 2016

"Um Namorado para Minha Mulher" é refilmagem divertida de comédia argentina


Caco Ciocler e Ingrid Guimarães formam o par romântico de comédia nacional (Fotos: Paris Filmes/Distribuição)

Maristela Bretas


Fazer refilmagem de filmes passados não é nenhuma novidade no cinema nacional. E "Um Namorado para Minha Mulher" (um filme de 2014, mas lançado somente agora) não fugiu à regra: é cópia da também comédia romântica argentina (tinha que ser dos "hermanos"?), "Um Namorado para Minha Esposa" (2008), que é muito divertido. Mas o nosso não ficou para trás. Ingrid Guimarães está ótima no papel de Nena, uma profissional desempregada cheia de neuras e desagradavelmente mal-humorada, para desespero de seu marido Chico, vivido por Caco Ciocler.

A história é exatamente a mesma, inclusive com o diálogo sobre os signos, um dos mais ácidos de Nena e Chico. E é toda esta acidez que faz o maridão, até então um apaixonado pela mulher com quem vive há 15 anos, pensar em se separar dela. Quanto mais amarga e desagradável Nena vai se tornando, maior é a vontade de Chico de pular fora do casamento.


Incentivado pelos amigos do futebol e sem coragem de pedir o divórcio, ele resolve contratar um amante profissional para conquistar sua mulher. É nessa hora que entra em cena Corvo, interpretado pelo sem graça Domingos Montagner, um sedutor com cara de pinga com torresmo, um cabelinho cheio de cachos e uma roupas bem bregas que não convence a mais burra das mulheres.

A história se passa dentro desse estranho triângulo amoroso, com situações bem divertidas, a maioria delas graças a Ingrid, que vem se destacando a cada comédia - um bom exemplo é "De Pernas pro Ar 1 e 2". Ela está ótima como a rabugenta Nena, que inferniza o bobalhão Chico, de Ciocler, que não precisava ter uma cara e uma postura tão idiota para fazer o papel.

Ainda no elenco estão Paulo Vilhena, como Gastão, chefe de Nena que vai dar corda para suas críticas duras ao cotidiano e às pessoas, Miá Mello, como Graça, melhor amiga da neurótica, e Marcos Veras, o amigo de Chico que não suporta Nena.

No mais, "Um Namorado para Minha Mulher" é divertido, tem cara de especial de TV, e apresenta Ingrid Guimarães como uma comediante cada vez melhor. O filme, dirigido por Julia Rezende (a mesma das comédias e "De Pernas pro Ar 2" e "Meu Passado Me Condena 1 e 2") tem atraído milhares de fãs pelo Brasil desde a sua estreia nos cinema. Vale a pena conferir. Em exibição em 21 salas de 18 shoppings de BH, Betim e Contagem.

P. S. - Por falar em crítica, endosso a opinião de alguns seguidores do Youtube. Os trailers estão ficando tão longos e mostrando tanto que acabam tirando a graça dos filmes. "Um Namorado para Minha Mulher" fez isso e ouvi muitos comentários de pessoas que falaram que estavam desistindo de ir ao cinema, pois já tinham visto a história quase toda no trailer. Acho que as distribuidoras deveriam rever esta estratégia de divulgação.




Ficha técnica:
Direção: Júlia Rezende
Produção: Paris Produções / Downtown Filmes / Globo Filmes / Miravista / Telecine Productions
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h40
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #umnamoradoparaminhamulher, #ingridGuimaraes, #CacoCiocler, #DomingosMontagner, #PauloVilhena, #MiaMello, #Comedia, #ParisFilmes, #DowntownFilmes, #CinemanoEscurinho

05 fevereiro 2019

"No Portal da Eternidade" é mais um belo e luminoso filme sobre Van Gogh

Mirtes Helena Scalioni


Pelo jeito, ainda não foi desta vez que alguém retratou a biografia definitiva de Vincent Van Gogh. "No Portal da Eternidade" é mais um filme sobre o mítico pintor entre os quase dez que já foram feitos sobre sua vida atribulada. Embora não seja prudente fazer comparações, não há como não se lembrar de "Com Amor, Van Gogh", de 2017, de Dorota Kobiela e Hugh Welchman, que encantou espectadores do mundo todo ao falar sobre o artista mesclando cinema e animação, em que cada frame foi pintado a óleo no mesmo estilo do holandês. Uma pequena obra-prima.

Mas há pelo menos três diferenciais que chamam a atenção em "No Portal da Eternidade". Uma delas, que fica explicitada logo no início do longa, é a intenção do diretor Julian Schnabel de colocar o espectador como participante da mente, das razões e dos sentimentos do pintor. Os movimentos da câmera, nem sempre sutis, levam o público a longos passeios pelos bosques e campos de Arles, no Sul da França, para onde Gogh foi em 1888, depois que se sentiu rejeitado em Paris. Em busca de uma luz que só ele saberia enxergar, são muitas e longas as caminhadas do artista, sempre reveladas por solavancos, pisadas fortes e mudanças bruscas de ângulos de filmagem.


O segundo detalhe que impõe enorme diferença ao filme de Schnabel é Willem Dafoe no papel do protagonista. Como o diretor quer levar o espectador a compreender a alma atormentada e confusa de Van Gogh, é por meio dos olhares, sorrisos e gestos do ator que o público tenta fazer isso. E Dafoe está magistral, sem cair, em nenhum momento, na tentação de caricaturar a loucura do pintor. Não é por acaso que ele ganhou prêmio Volpi Cup do Festival de Veneza de 2018 e concorre ao Oscar de Melhor Ator este ano.


Por fim, Schnabel mexeu também na parte mais polêmica da biografia de Van Gogh: sua morte. Em "No Portal da Eternidade" fica evidente que o artista não se suicidou. Foi morto por um garoto que participava de uma briga, enquanto pintava ao ar livre, à beira de um lago, como fazia sempre. E o diretor banca essa ideia com todas as letras e argumentos, assim como aposta também no lado mais positivo da amizade entre o holandês e Paul Gauguin (Oscar Isaac).


Por se tratar de um artista sui generis que, em seus últimos 80 dias de vida, na aldeia de Auvers-sur-Oise, próximo de Paris, pintou 75 telas, cujas obras e biografia são até hoje estudadas, "No Portal da Eternidade" não será, com certeza, o último filme sobre Van Gogh. Mas é, sem dúvida, um filme luminoso e atrevido. 
Duração: 1h50
Classificação: 14 anos
Distribuição: Diamond Films


Tags: #NoPortalDaEternidade, #VanGogh, #WillemDafoe, #OscarIsaac, #pintura, #Oscar2019, #drama, #biografia, #Impressionismo, @DiamondFilms, @cinemanoescurinho

20 março 2019

"Chorar de Rir" - a piada de Leandro Hassum que não deu certo

Humorista tenta mudar de carreira e passa a se dedicar ao drama para provar seu valor (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Sem graça nenhuma, roteiro confuso, atuações forçadas (dava a impressão de que alguns atores estavam ali só para compor o cenário), humoristas que são bons em seus programas, mas que ficaram bobos e repetitivos em seus papéis, não acrescentando muito à história. Esse é "Chorar de Rir", a última investida do ator Leandro Hassum, que esteve ótimo em "O Candidato Honesto" (2014), mas errou feio nesta produção que estreia nesta quinta-feira (21) nos cinemas.  Chorar de rir, nem pensar, no máximo um risinho de canto de boca por alguma piada ou situação engraçada.

Na história, Hassum interpreta o comediante Nilo Perequê, que tem um programa de sucesso na TV, o "Chorar de Rir". Inconformado em ser conhecido somente como um cara engraçado, que só sabe fazer rir com suas piadas, ele resolve mudar sua carreira e investe no teatro para provar que também pode ser um ator dramático. E escolhe para interpretar "Hamlet", de Shakespeare. A mudança radical, no entanto, apavora seus pais e empresário, que temem perder tudo o que conquistaram. 

Como em "O Candidato Honesto", temos também feitiço em "Chorar de Rir", mas que não funcionou tão bem como na produção passada. Foi só mais um retalho de uma colcha sem fim de tentativas para fazer uma abordagem séria de um roteiro que tinha tudo para ser uma excelente comédia, especialmente pelo elenco de humoristas como Rafael Portugal ("Porta dos Fundos") e Caito Mainier ("Choque de Cultura").  


Além deles, estão presentes os atores Monique Alfradique, Natália Lage, Otávio Müller (muito bom), Fúlvio Stefanini  e as participações especiais de Sidney Magal, que deixa sua marca, e Carol Portes, do programa "Tá no Ar". Até Sérgio Mallandro, Ingrid Guimarães e Fábio Porchat dão as caras no filme. Todo o elenco até tenta, mas não salva a produção.

Mantendo as mesmas caras e bocas que são sua característica no humor, Leandro Hassum só consegue fazer o público rir quando fala que "todo gordinho é feliz e engraçado". Fora isso, a comédia é ruim, esquecível e definitivamente, não vale o ingresso e nem tempo perdido.


Ficha técnica:
Direção: Toniko Melo
Produção: Coração da Selva / Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h43
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 1,5 (0 a 5)

Tags: #ChorarDeRir, #comedia, #LeandroHassum, @WarnerBrosPictures, @cinemanoescurinho

31 maio 2019

"Aladdin" será exibido em sessão CineMaterna no Cineart Minas Shopping

Foto: Walt Disney Studios

Da Redação


Na próxima quarta-feira (5), às 14 horas, mamães e bebês de até 18 meses poderão assistir ao filme “Aladdin”, escolhido para a sessão CineMaterna no Cineart do Minas Shopping. A exibição será realizada em um ambiente preparado especialmente para as necessidades das mulheres e de suas crianças. As 10 primeiras mães que chegarem à sessão com seus bebês terão entrada gratuita. 

“Aladdin” foi o filme escolhido pelo público por meio de enquete no site da ONG CineMaterna (www.cinematerna.org.br). No longa-metragem, um jovem humilde descobre uma lâmpada mágica, ocupada por um gênio que pode realizar seus desejos. Com o objeto poderoso em mãos, o rapaz tenta conquistar a moça dos seus sonhos, sem saber que ela é uma princesa prestes a se casar. Fantasia, aventura, belos cenários e um Aladdin idêntico ao personagem do desenho da Disney fazem deste live-action uma das boas dicas de cinema para aproveitar com toda a família.

As sessões do CineMaterna ocorrem em salas de cinema adaptadas, com ar-condicionado e som reduzidos, baixa iluminação, trocadores abastecidos com fraldas, pomadas e lenços umedecidos (que podem ser usados gratuitamente), tapete emborrachado para os bebês engatinharem em segurança e um “estacionamento” de carrinhos de bebês. Mães voluntárias recepcionam o público.


Sessão CineMaterna (Fotos: Cineart/Divulgação)
Irene Nagashima, fundadora da ONG, explica que o CineMaterna é um espaço em que a mãe pode se divertir, relaxar, mas sempre em companhia de seu bebê, sem precisar deixá-lo com terceiros. “Além disso, ela pode também conhecer outras mulheres, no mesmo momento de vida, para trocar experiências", enfatiza.

“O CineMaterna é uma forma de proporcionar a interação entre as mães e seus bebês. Nosso objetivo é sempre ser uma referência para a convivência entre as famílias”, afirma a gerente de Marketing do Minas Shopping, Ana Paula Alkmim.



Serviço:
Sessão CineMaterna
Local: Cineart do Minas Shopping - Avenida Cristiano Machado, 4000 – bairro União – Belo Horizonte
Data: 5 de junho
Horário: 14 horas
Direção do filme: Guy Ritchie
Duração: 2h08
Preços dos ingressos: www.minasshopping.com.br.
Telefone: (31) 3429-3500


Tags: #Aladdin, #WIllSmith, #fantasia, #aventura, @WaltDisneyStudio, @cinear_oficial, #liveaction, #cinematerna, #cinemaescurinho, #MinasShopping

17 abril 2014

"Copa de Elite", uma comédia fraca feita por famosos

Marcos Veras e Julia Rabello nos papéis principais de "Copa de Elite" (Fotos: Fox Filmes do Brasil)

Maristela Bretas

Basta os produtores colocarem "jovens comediantes" de sucesso na internet e na TV nos papéis principais de um filme que ele cai nas graças dos jovens. É o caso de "Copa de Elite", que estreou nesta quinta-feira (17) nos cinemas e tem atraído esta faixa de público

No elenco, famosos do Youtube como Julia Rabello e Marcos Veras, do "Porta nos Fundos", e o apresentador do programa "Agora é Tarde", Rafinha Bastos. Para piorar, P R E P A R A! Tem até Anitta interpretando uma repórter de TV. Oh profissão desrespeitada!

E não para por aí: Bento Ribeiro (ex-MTV), faz o papel do médium Chico Xavier, Thammy Miranda (filha de Gretchen), é um presidiário (ela até ficou engraçada no papel), o canastrão Alexandre Frota como a mãe de Jorge Capitão, interpretado por Veras, e o também apresentador de TV, Bruno de Luca. E a moçada ainda acredita que a produção é boa. Ouvi vários adolescentes na faixa de 14 a 17 anos, na saída do cinema elogiando o filme.

Como comédia, "Copa de Elite" passa longe. O filme é fraco, com alusões sem graça a várias cenas e personagens de outras produções nacionais como "Tropa de Elite", "Se Eu Fosse Você", "Bruna Surfistinha", "A Mulher Invisível" e "De Pernas Para o Ar". Não convence mesmo.Veja o trailer abaixo.



O filme conta a história de faz Jorge Capitão, alusão ao capitão Nascimento, de "Tropa de Elite" que comanda o Bop (não está errado, é sem o "E" mesmo). Ele cai em desgraça ao salvar o artilheiro da Argentina de um sequestro às vésperas da final da Copa do Mundo contra o Brasil.

Além de tentar provar sua inocência, Capitão precisa salvar o papa durante o jogo no Rio de Janeiro. 
Nesse trabalho ele conta com a ajuda de Bia Capitão vai contar com a ajuda de Alpinistinha (interpretada por Rabello), na luta contra o vilão Renê Rodrigues, papel de Rafinha Bastos, que insiste em piadas de baixo nível (para não dizer pior).

As aparições do grupo Molejo são alguns dos bons momentos engraçados, assim como uma ou outra tirada de Jorge Capitão. No mais, dinheiro de ingresso jogado fora, com tantos filmes melhores nos cinemas.

Ficha técnica:
Direção: Vitor Brandt 
Produção: Glaz Entretenimento
Distribuição: Fox Filmes do Brasil
Duração: 1h39
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 2 (0 a 5)

Tags: Copa de Elite, Marcos Veras, Julia Rabello, Rafinha Bastos, Fox Filmes do Brasil, comédia

21 julho 2016

"A Lenda de Tarzan" - as estrelas são os efeitos digitais

Alexander Skarsgard é Tarzan, o homem macaco que volta à selva para salvar seus amigos (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Conhecido e reproduzido em revistas, livros, cinema e TV ao longo de mais de 80 anos, o famoso homem macaco criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs ganha nova versão recheada de efeitos visuais. "A Lenda de Tarzan" ("The Legend of Tarzan") que estreia nesta quinta-feira nos cinemas de BH é filme para agradar aos fãs do personagem e conquistar boa bilheteria pelo mundo. 


A nova superprodução da Warner Bros. Pictures traz Alexander Skarsgard no papel principal, ao lado de Margot Robbie como sua companheira Jane. No elenco, para quebrar o clima romântico, Samuel L. Jackson faz a parte engraçada, enquanto Christoph Waltz interpreta novamente o papel do vilão (pegou gosto pelo estilo, pelo visto).

Mas as grandes estrelas são os animais, mesmo que produzidos em computador. As cenas com os leões, gorilas e estouros de manadas são excelentes e já valem pelo filme. O grito do Tarzan pode ter ficado mais fraco (a gente sempre espera ouvir a voz de Johnny Weismüller), mas o rugido dos gorilas chega a dar medo. Palmas para a equipe de efeitos especiais que criou os gigantescos primatas.


O diretor David Yates não economizou ação, voos de cipó e lutas entre Tarzan e os gorilas (mesmo que digitalizados), assim como nas batalhas, que mais parecem filmes épicos. Se a história não foge muito da obra original, o avanço tecnológico em "A Lenda de Tarzan" fez toda a diferença. Tarzan divide seu tempo entre um passeio aéreo pela floresta e o amor por Jane, sua fiel companheira, papel que Margot Robbie soube garantir. Skarsgard e Robbie estão bem entrosados e mostram que Tarzan e Jane têm uma relação de cumplicidade muito forte. 

Alexander também está muito bem no papel (e põe bem nisso, com um físico invejável), passando simpatia ao público apesar do semblante sempre sério, até mesmo nas cenas românticas e no reencontro com velhos amigos. Ele vive um homem perdido entre mundos opostos - o lorde inglês Clayton Greystoke que não consegue esquecer o selvagem Tarzan das florestas, cujo passado é mostrado em flashbacks. Pena que no lugar de um dublê pulando de um lado para outro num cipó temos uma versão digitalizada do ator.

Christoph Waltz é o capitão Rom, um vilão irônico, sarcástico e almofadinha, que veste terno branco para andar na selva. Ele é o braço direito do rei da Bélgica, que domina boa parte da África, principalmente o Congo, cuja maior riqueza são os diamantes. Sem escrúpulos, Rom trama a captura de Tarzan, defensor dos nativos e da selva. Faltou mais maldade ao personagem, como o papel exigia, o que não aconteceu por causa da classificação do filme para 12 anos. Mas Waltz convence.

Já o soldado dos EUA, George Washington Williams, papel de Samuel L. Jackson e a garantia dos momentos divertidos do filme. Como sempre, o ator está impecável, tentando acompanhar Tarzan na aventura pela selva.

Reprodução
Muitas versões

Em todos estes anos foram feitas inúmeras versões de Tarzan, desde filmes a animações infantis. O intérprete mais famoso do personagem no cinema foi o ator Johnny Weismüller (foto ao lado), a partir de 1932. Muitos outros vieram depois, como Gordon Scott (um pouquinho mais cheinho, mas bom de serviço) e Christopher Lambert ("Greystoke - A Lenda de Tarzan, o Rei da Selva" - 1984). O meu preferido foi Ron Ely (o mais bonito e simpático de todos), que marcou a história do herói no seriado de TV que foi ao ar de 1966 a 1968.

Em todos esses anos, a trajetória de Tarzan foi ganhando mais e mais recursos, acompanhando os avanços tecnológicos até chegar a esta grande produção, sem nunca perder seus fãs. Até mesmo quem não conhece a história do homem macaco vai poder entender bem tudo o que aconteceu com ele, como se tornou o rei da selva, como conheceu Jane, seus inimigos e amigos.


"A Lenda de Tarzan" é um filme com meio, começo e fim, exatamente nesta ordem. Passado na década de 30, ele se inicia com o personagem agora lorde britânico, morando no castelo da família em Londres ao lado de Jane. Ele aceita o convite do parlamento britânico para uma missão no Congo junto com Jane e o soldado Williams onde estaria nativos estariam sendo capturados para trabalho escravo. Mas o que Tarzan não sabe é que o capitão Rom (Waltz) trama aprisioná-lo e entregá-lo a seu maior inimigo, chefe Mbonga (Djimon Hounsou) em troca dos diamantes da região.

O filme é muito bom, vale inclusive até mesmo o ingresso para as salas 3D por causa dos efeitos visuais. "A Lenda de Tarzan" está em cartaz também em formato 2D nas versões dublada e legendada, e pode ser visto em 35 salas de 19 shoppings de BH, Betim e Contagem.



Ficha técnica:
Direção e produção: David Yates
Produção: Village Roadshow Productions
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h50
Gêneros: Aventura / Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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