23 fevereiro 2023

"As Múmias e o Anel Perdido" - Uma aventura no tempo dos faraós

Animação espanhola tem ótima qualidade e enredo simples, com linguagem para crianças pequenas (Fotos: Warner Bros. Pictures)


Maristela Bretas


Londres nunca mais será a mesma depois que um trio de múmias e um crocodilo bebê se aventurarem por suas ruas e ainda se tornarem pop star das paradas musicais. Impossível? 

Então confira nos cinemas a animação "As Múmias e o Anel Perdido", do diretor espanhol Juan Jesús García Galocha.


Na sessão em exibição no Cineart Boulevard, a criançada vibrou muito com os heróis de séculos passados. Especialmente o simpático bebê crocodilo, que adora seu porquinho rosa de pelúcia. 

Não faltaram comentários e risadas (inclusive de adultos), apesar de ser uma produção totalmente voltada para crianças de até 7 anos. 

Um ponto positivo é que, em algumas salas, a produção tem versões acessíveis.


O enredo não tem novidades, com final esperado, mas a qualidade da animação e a simpatia dos personagens seguram a produção e agradam. 

O longa tem ação do início ao fim, com corrida de bigas e de ônibus, além de bons exemplos de amizade e companheirismo entre irmãos e animais. 


Também aborda costumes passados, que impõem o casamento às filhas, sem deixar que elas escolham qual destino querem seguir. 

Já no caso de Thut, o trauma de uma corrida é o ponto-chave que passa a definir a vida do jovem. Até mesmo o vilão sofre com o controle da mãe.

Personagens

Os caminhos dessa dupla de múmias vão se cruzar por uma obra do destino (ou melhor, de um bumerangue). Thut (na voz de Joe Thomas) é um campeão de corridas de bigas que se aposenta prematuramente. Passa a viver da fama do passado e dos livros autografados que vende. 

Ele tem um irmão, o simpático e super antenado Sekhem (Santiago Winder), que nunca se separa de seu bichinho de estimação, um crocodilo bebê. O bichinho é tão fofo e divertido que dá vontade de levar pra casa.



Para formar o par não tão romântico temos a princesa Nefer (Elanor Tomlison), herdeira do trono do Faraó (Sean Bean). A jovem acha a vida no reino entediante e sonha em ser cantora. E como Thut, tem aversão a casamento.

Por azar (ou sorte) do destino, o piloto de bigas é acidentalmente escolhido para ser marido de Nefer. Mas até o dia do casamento, ele terá de tomar conta de um anel ancestral, de propriedade da Família Real das Múmias.


Só não contava com a aparição do ambicioso arqueólogo Lorde Carnaby (Hugh Bonneville), que está de olho nesta e em outras relíquias históricas. 

O vilão descobre, sob as pirâmides do Egito, uma passagem para o reino escondido das múmias e rouba a preciosa peça.

Agora o quarteto (claro que o pet conta) terá de deixar seu mundo seguro no subterrâneo e conhecer as belezas e perigos do mundo atual dos humanos. 


O local escolhido onde eles vão tentar recuperar o Anel de noivado é Londres, com seus ônibus de dois andares, teatros, museus e turistas.

Destaque para a ótima reprodução de locações, tanto da cidade subterrânea dos faraós, quanto da Londres moderna, com direito à famosa roda gigante. 


Fernando Velazquez, também vencedor do Prêmio Goya, compôs a trilha sonora. O filme traz três canções originais: “I Am Today” ("Nefer Song") e "New Song", com música e letra dele. E “Ring Song”, com música de Velázquez e letra de Jordi Gasull. 

O roteiro de "As Múmias e o Anel Perdido" foi coescrito por Jordi Gasull, também produtor do filme. Ele é vencedor de três prêmios Goya (o mais importante do cinema espanhol) de Melhor Animação (“As Aventuras de Tadeo” - 2012, “No Mundo da Lua” - 2016 e “As Aventuras de Tadeo 2: O Segredo do Rei Midas” - 2017). Boa pedida para conferir com os pequenos.


Ficha técnica:
Direção: Juan Jesús García Galocha
Produção: C.O.R.E. Feature Animation, 4Cats Pictures, Anangu Grup SLU e Moomios Movie AIE
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h29
Classificação: Livre
País: Espanha
Gêneros: animação, família, comédia, aventura

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