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18 maio 2023

"Velozes e Furiosos 10" aposta em elenco milionário e mais ação para retornar com o mais do mesmo

Vin Diesel retorna com seus carros possantes em perseguições e acidentes cinematográficos  (Fotos: Universal Studios)


Marcos Tadeu
Blog Narrativa Cinematográfica


Sem perder o estilo do absurdo que marcou a franquia desde o primeiro filme em 2001, onde tudo o improvável é possível, “Velozes e Furiosos 10” ("Fast X") estreia nos cinemas nesta quinta-feira (18) com um elenco milionário. 

A missão agora é conquistar uma bilheteria superior a de seus antecessores. Especialmente por deixar pontas soltas para todos os personagens, exigindo uma continuação que pode desagradar até mesmo os fãs.


O novo capítulo é dirigido por Louis Leterrier, após a saída repentina de Justin Lin por causa de decisões criativas no roteiro. Além das perseguições de carro, que são de encher os olhos, outro grande atrativo do filme é o elenco. 

Temos a equipe quase completa de Vin Diesel (Dominic Toretto), que ele chama de família - Michelle Rodriguez (Letty Toretto), Tyrese Gibson (Roman), Ludacris (Tej), Nathalie Emmanuel (Megan), Jordana Brewster (Mia) e Sung Kang (Han).


Mas as novidades caras do longa são atores como Jason Momoa (Dante Reyes), Jason Statham (Deckard Shaw), Charlize Theron (Cipher), Brie Larson (Tess), Helen Mirren (Magdalene, mãe de Deckard), Scott Eastwood (Little Nobody), John Cena (Jakob Toretto) e outros que são surpresas.

A premissa do 10º filme parte dos acontecimentos de "Velozes e Furiosos 5: Operação Rio” (2011), quando descobrimos que o famoso traficante do Rio de Janeiro, Hernan Reyes, que morreu naquele filme, tem um filho chamado Dante. 


Ele quer vingança contra Toretto, fazendo com que sua família e todos a seu redor sofram pela morte do pai dele e a perda da fortuna que estava no cofre roubado por Dom e Brian (Paul Walker) no Rio de Janeiro. 

Dante vai caçar Dom em diversos locais - Los Angeles, Londres, Brasil, Portugal, Roma e até na Antártida -, usando tecnologia de ponta e mercenários bem pagos.


Pontos positivos

Um dos pontos positivos do longa é apostar em personagens isolados, vindos de filmes passados da saga. O próprio Dante teve passagem relâmpago no capítulo 5 e agora é o vilão na disputa com Dom. Temos também caras novas, como Isabel (Daniela Melchior), ligada ao mesmo longa. 

Mas quem rouba a cena quando aparece é Deckard Shaw que, além de transformar seus inimigos em sacos de pancada (literalmente), entra na briga quando o vilão resolve mexer com sua família. Ele logo busca um jeito de resolver o problema.


As cenas de ação são boas e cumprem o que prometem, mas são praticamente reproduções do que já vimos nos filmes anteriores. Destaco a sequência da bomba gigantesca em forma de bola, rolando pelas ruas de Roma e causando destruição - excelente mesmo sendo bem exagerada. 

As demais, comparadas a outros filmes, são mais do mesmo, com grandes efeitos visuais, muito tiro, porrada e bomba para manter o padrão, incluindo carros e crianças voando, capotamentos e perseguições cinematográficas.


Até a trilha sonora foi bem menor que a dos filmes anteriores. A novidade é uma das canções da cantora Ludmilla, que também faz uma breve ponta no filme. Não acrescenta em nada, poderia ser qualquer pessoa, mas vale pela participação da brasileira.

O filme parece que quer viver de fan service o tempo todo. Até os “pegas de rua” com aposta são colocados para causar nostalgia ao relembra a origem da franquia. No entanto, parece que o diretor esqueceu que o formato mudou, e situações como essas ficam só na lembrança, algo bem passageiro.


Defeitos graves

“Velozes e Furiosos 10” tem dois grandes defeitos. O primeiro é sobre Brian’ O Conner (Paul Walker). Se ele foi contextualizado na cena inicial que é o grande mote do filme em relação ao vilão, esperava- se que o personagem fosse estar junto de sua família, nos dias atuais. Porém, só temos pequenas homenagens com cenas passadas. 

Até sua esposa Mia volta para o grupo, mas Brian é citado apenas como o cara que cuida dos filhos, enquanto a mulher pula de um país para outro com o time de Dom. É bem deprimente ver um personagem de tamanha importância para toda a franquia, ser resumido a uma bábá. 


Muito se fala sobre o irmão mais novo de Paul Walker, Cody, entrar na franquia e continuar o legado, só que isso não aconteceu neste longa. Será que vão colocar mais pra frente? 

A participação especial foi da filha do ator falecido, a modelo Meadow Walker, que fez uma aparição rápida como a aeromoça do voo de John Cena. O certo é que o personagem Brian continua vivo na franquia, porém completamente apagado.


O segundo defeito do longa é o vilão Dante Reyes. De todos que já apareceram na franquia é o que mais destoa, com Jason Momoa entregando um personagem com muitas expressões caricatas. 

Perde feio se comparado, por exemplo, com Cipher e Deckard Shaw, vilões que conseguiram passar motivação, sem serem exagerados, se apresentando no tom certo. 


Fiquei com a impressão de que Momoa estava em outra frequência, completamente diferente de toda a galeria de vilões já vista na saga. Será que a proposta seria a de não se levar a sério o capítulo 10? Ele seria uma grande piada em que o vilão é quase um humorista?

“Velozes e Furiosos 10” diverte como um bom filme de ação que não pode ser levado a sério. Mas o número excessivo de continuações coloca em xeque a qualidade de cada nova produção e a paciência do público.


O novo longa é uma colcha de retalhos de tudo o que já foi apresentado nos antecessores. Recupera cenas, personagens e dramas para explicar o roteiro modificado com a troca do diretor e que acabou ficando um pouco confuso. 

Ao final, o filme deixa várias interrogações, o retorno de personagens nos minutos finais que podem agradar (ou revoltar), além da cena pós-crédito. Nada que não se resolva com mais dois capítulos. Haja criatividade!


Ficha técnica:
Direção: Louis Leterrier
Produção: Universal Pictures / One Race Films
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h21
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gênero: ação

10 abril 2023

"Dungeons & Dragons - Honra entre Rebeldes" acerta na adaptação do melhor RPG para o cinema

Longa tem ação, aventura e diversão garantidas em meio a batalhas com monstros, dragões e heróis medievais (Fotos: Paramount Pictures)


Maristela Bretas


Mais uma investida em um famoso jogo. Desta vez, a aposta acertada é "Dungeons & Dragons - Honra entre Rebeldes" ("Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves"), adaptação do famoso RPG de mesa que foi sucesso nos anos de 1970. 

Depois de "Super Mario Bros - O Filme", que está liderando as bilheterias de cinemas, “D&D”, como é mais conhecido, estreia nesta quinta-feira (13) com um elenco de peso e a reprodução fiel ao game, com muita ação, aventura e diversão.


Alguns fãs do jogo estão considerando o longa como o retorno ao RPG raiz. Uma aventura hilária e repleta de monstros, dragões, elfos, anões e criaturas fantásticas características do RPG. 

Até mesmo personagens de "Caverna do Dragão" aparecem no filme. Sem contar Bradley Cooper fazendo uma ponta como um anão.


A parte cômica fica para o protagonista Chris Pine ("Star Trek: Sem Fronteiras" - 2016 e "Mulher Maravilha 1984" - 2020,) como o bardo Edgin. Ele é um trapaceiro cheio de grandes e desastrosos planos que tem em Holga (Michelle Rodriguez, da franquia "Velozes e Furiosos") sua fiel aliada e guerreira boa de briga.

Como bons trambiqueiros, eles se metem numa grande encrenca após aceitarem um serviço com o antigo parceiro, Forge (Hugh Grant ("Glass Onion: Um Mistério Knives Out" - 2022). E acabam caindo numa cilada. 


Agora precisam juntar um grupo de aventureiros para recuperarem uma relíquia mágica, capaz de ressuscitar a esposa de Edgin e resgatar a filha dele, Kira (Chloe Coleman). 

Ambos estão em poder do agora lorde Forge, que domina o reino com seu exército e a ajuda da poderosa feiticeira Sofina (Daisy Head). 


Pelo caminho, a dupla recruta o mago Simon (Justice Smith, de "Jurassic World: Domínio" - 2022) e a druidesa Doric (Sophia Lillis, de "It - A Coisa" - 2017 e "It - Capítulo 2" - 2019). Não podia faltar o paladino Xenk, interpretado por Regé-Jean Page (série "Bridgerton" - 2021). 

Para quem nunca jogou, "Dungeons & Dragons" é um RPG com características da época medieval. Nas batalhas temos cavaleiros, espadas, lanças e exércitos de mortais e monstros.  

Mas também há uma poderosa disputa de magia quando entram em cena o mago e os feiticeiros do mal. Tudo isso com muito uso de CGI e efeitos visuais, que ajudam a entregar uma ótima produção.


Além da parte técnica temos diálogos divertidos, tanto entre Edgin e Xenk, membros de grupos inimigos, quanto entre o trapaceiro e Forge. O filme garante boas risadas, até pelas situações criadas, mesmo quando nossos aventureiros estão em perigo.

A boa trilha sonora, entregue ao compositor Lorne Balfe, responsável pelas músicas de filmes como "Missão Impossível: Efeito Fallout" (2018) e "Adão Negro" (2022), completa o conjunto da obra.


"Dungeons & Dragons - Honra entre Rebeldes" vai despertar o saudosismo nos antigos jogadores de RPG. E pode atrair novos fãs, mesmo que por meio do cinema e possíveis continuações. 

É diversão garantida para quem gosta de um bom blockbuster de ação e aventura. Até mesmo para quem nunca jogou o mais famoso game de contação de histórias.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Jonathan Goldstein (XII) e John Francis Daley
Produção: Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures Brasil
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h14
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: fantasia, aventura, ação