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17 junho 2025

“Prédio Vazio” tenta desbravar o campo do terror urbano no cinema brasileiro

Longa ambientado na cidade de Guarapari mescla o horror com o folclore (Fotos: Retrato Filmes)
 
 

Eduardo Jr.

 
Primeira história de Rodrigo Aragão a se passar em ambiente urbano, “Prédio Vazio”, distribuído pela Retrato Filmes que está em exibição no Centro Cultural Unimed-BH Minas, é uma tentativa de colocar uma obra como referência do gênero terror-ficção no cinema nacional.  

O diretor capixaba é conhecido pelas produções “Mangue Negro”, “A Noite do Chupacabras” e “O Cemitério das Almas Perdidas", todas ambientadas longe das grandes cidades. 

Aragão também é renomado por mesclar o horror com o folclore, criando narrativas que destacam a cultura e a identidade regional do Espírito Santo.


Neste longa de terror, uma jovem embarca de Belo Horizonte para Guarapari (ES) para procurar a mãe desaparecida no último dia de carnaval. Ao encontrar o prédio onde ela morava, a garota é envolvida pelo perigo, pois o sobrenatural habita o edifício que parecia vazio após o término do feriado.  

O que o espectador pode perceber, no geral, é ousadia. Embora no início seja algo morno, que flerta com o trash em razão da luz estourada e das cenas apresentadas, o filme é, na verdade, uma identidade assumida - uma identidade composta de exagero. 


Grandes quantidades de sangue não demoram a ocupar a tela, e a sensação de que o mal é, também, humano, fica clara na boa atuação de Gilda Nomacce, que dá vida a uma zeladora digna de toda a nossa desconfiança. 

E ela se confirma como uma aliada dos espíritos malignos que promovem o terror no assustador edifício. E mais que isso, é executante de atos brutais. Mas não se trata de um banho de sangue sem motivo. O diretor traz uma explicação e um final interessante para a trama. 


Para o espectador, vale destacar que não encontrar neste longa uma cópia da estética hollywoodiana é algo positivo. O sangue, os cenários, os efeitos criados artesanalmente e a violência executada por corpos reais, é sinal de coragem do cineasta - e pode acabar ganhando o público. 

Um sinal do valor deste filme está no reconhecimento obtido até aqui, como o Prêmio Retrato Filmes, na 28ª Mostra de Tiradentes, que garantiu investimento e contrato de distribuição para o longa. 


Ficha técnica:
Direção, roteiro e efeitos especiais: Rodrigo Aragão
Produção: Fábula Filmes
Distribuição: Retrato Filmes
Exibição: Centro Cultural Unimed-BH Minas
Duração: 1h20
Classificação: 16 anos
País: Brasil
Gêneros: terror, ficção