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13 julho 2023

“Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1” mostra que a franquia está mais viva do que nunca

Tom Cruise volta ao papel de Ethan Hunt em filme com roteiro atual e cenas de tirar o fôlego
(Fotos: Paramount Pictures)


Eduardo Jr.


Pense em um filme que não te dá 20 segundos de paz pra relaxar na poltrona. Assim é “Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1”, que estreia nesta quinta-feira (13) nos cinemas. A experiência é ainda maior e melhor se assistido na sala Imax, do Cineart.

O sétimo filme da franquia encabeçada pelo astro Tom Cruise é o terceiro dirigido por Christopher McQuarrie e distribuído pela Paramount Pictures. E chega às telonas com as credenciais de ser o mais longo da franquia, o mais caro da série, e provavelmente um dos mais bem realizados - eu juro! Palavra de fã!


A despeito dos clichês de promover a busca de um objeto que pode salvar a humanidade, levar o protagonista a tomar medidas que podem torná-lo um inimigo do seu próprio governo e colocar frente a frente os laços de amizade e a necessidade de desapegar das emoções pra fazer o que precisa ser feito, o longa ganha frescor ao se antenar com pautas da atualidade. 


Se nós, meros mortais, que não temos Aston-Martin’s com metralhadoras já estamos aqui discutindo sobre Chat GPT, por que o mundo da espionagem não há de enfrentar uma ameaça sem rosto, adaptável, como uma inteligência artificial que ganha consciência?  

Esta é a grande sacada do filme: discutir algo que é ficção, mas que é muito real e crível a todos nós. Mesmo sendo apenas a primeira parte (a continuação está prevista para junho de 2024), o espectador sai do cinema sem a sensação de que a trama foi cortada ao meio. 


O longa é bem feito, mas não perfeito, pois há uma cena ou outra que dura mais do que o necessário. O thriller une espionagem e ação, e dá pra dizer que homenageia os capítulos anteriores. 

As cenas de perseguição estão lá, os flashbacks do passado também. No entanto, mesmo com tudo bem explicadinho, talvez alguns desses resgates tenham sido guardados para o desfecho, no ano que vem. 


E o elenco de “Acerto de Contas Parte 1” está garantido para a continuação. Ving Rhames (Luther) e Simon Pegg (Benji) seguem com o entrosamento e apoio necessário ao incansável Ethan Hunt (Tom Cruise). 

Esai Morales é o vilão Gabriel, e apresenta aquilo que se espera. Tem seu charme, falta de limites e poucas expressões, sem muitas nuances. 

Destaque para o time feminino: a Viúva Branca (Vanessa Kirby) e a misteriosa espiã Ilsa Faust (Rebecca Ferguson) estão de volta. A novidade é a personagem Grace (Hayley Atwell), que brilha na tela. Parece fazer parte da franquia desde o início, de tão natural e bem ambientada. 


Enquanto algumas sequências sofrem com o estigma de que "deveriam ter acabado no terceiro filme", a equipe da IMF (Impossible Mission Force) parece se renovar na energia do protagonista. A franquia "Missão: Impossível" está aí desde 1996. 

E Tom Cruise segue dispensando dublês e executando cenas de ação de tirar o fôlego (eu já disse que nesse filme a gente não tem nem 20 segundos de sossego?). Confira neste link algumas cenas de bastidores da gravação em Roma.


Aliado a isso, o posicionamento das câmeras coloca o espectador dentro da cena - e a gente prende a respiração junto. Talvez por isso tenham sido gastos 290 milhões de dólares na produção, gravada durante a pandemia de Covid-19. Veja como foi feita a gravação do voo de velocidade de Tom Cruise clicando aqui.

São duas horas e meia de um filme que se recusa a ser um monte de sequências de perseguição, tiros e bombas. Tem emoção, tensão, alívio cômico e a gente nem percebe o tempo passar. 


Falando em tempo, vale entregar aqui um pouquinho do filme pra melhorar a experiência do espectador. Se na telona a ameaça é digital e a saída é se apoiar em ferramentas analógicas, recomendo que, ao assistir “Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1”, você também se desligue das tecnologias. Vale cada segundo ligar o modo Tom Cruise e saltar de cabeça nessa experiência audiovisual. 


Ficha técnica:
Direção: Christopher McQuarrie
Produção: Paramount Pictures e Skydance
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h35
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: ação, aventura, suspense

27 maio 2022

“Top Gun: Maverick” - Um ótimo filme com muita ação e nostalgia

Tom Cruise retorna 36 anos depois com continuação de sucesso que marcou sua carreira (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


A volta ao passado com o mesmo sorriso que enche a tela. “Top Gun: Maverick” é a consagração de Tom Cruise para um de seus maiores sucessos no início da carreira. Com um forte apelo ao filme original de 1986 – “Top Gun: Ases Indomáveis” – que marcou uma geração, da qual faço parte, o ator reforça na nova produção, em cartaz nos cinemas, seu estilo de filmes no gênero muita ação. Mas desta vez, deixou a nostalgia representar um importante papel.


O longa repete cenas que marcaram o primeiro filme, especialmente as do ator “voando” em sua motocicleta. Fora os closes no rosto de Cruise, realçando seu sorriso encantador. O homem é conservado em formol, não envelhece e não perde o charme. 

Em “Top Gun: Maverick” é o passado que conduz a trama, formando um ótimo equilíbrio com as cenas de ação. O diretor Joseph Kosinski não economizou nesse quesito, principalmente as que mostram o treinamento dos pilotos e os ataques. Trabalho excelente. Só isso já vale o filme. 


Tom Cruise, o ator de 1001 aptidões, é um dos produtores do filme, junto novamente com o premiado Jerry Bruckheimer, das franquias "Piratas do Caribe" (2003 a 2017) e "Bad Boys" (1995 a 2020) e séries de TV como "Lúcifer" (2016 a 2021) e todas as franquias C.S.I. (desde 2000). Não tinha como não dar certo. Cruise, que também é piloto, desenvolveu um programa de voo para os demais atores que interpretaram os pilotos. 


Eles tiveram meses de treinamento de fundamentos e mecânica de voo e de Força G. Se há 36 anos, Cruise filmou no cockpit de um F-14 Tomcat, desta vez foi na cabine de um caça F/A-18E/F Super Hornet, onde foram feitas as tomadas de toda a equipe, em pleno voo. A aeronave foi emprestada ao estúdio pela Marinha por uma "bagatela" de pouco mais de US$ 11,3 mil a hora de voo. Mas o resultado foi excelente e deu maior autenticidade às cenas.


Bem saudosista essa continuação de Top Gun traz, além do protagonista Pete “Maverick” Mitchell, vivido por Cruise, o ator Val Kilmer interpretando o ex-piloto e agora almirante Tom “Iceman” Kazanski, amigo de Maverick. E Ed Harris, como o almirante Rear, que detesta o indomável piloto. 

No entanto, deixa de lado personagens importantes do passado, como Kelly McGillis (a instrutora Charlotte “Charlie” Blackwood), que formou par romântico com o “mocinho” no primeiro filme. Para esta sequência foi convidada a bela Jennifer Connelly ("Anita - Anjo de Combate" - 2019), muito bem no papel de Penny Benjamin, dona de um bar que teve um romance com o piloto no passado. 


Nesta continuação, temos Maverick, um piloto à moda antiga da Marinha que coleciona muitas condecorações, medalhas de combate e grande reconhecimento pela quantidade de aviões inimigos abatidos. Mas mantém a fama de rebelde, que rompe limites, desafia a morte e não acata ordens, o que o torna um oficial pouco querido no alto escalão. 

Rebaixado a instrutor e de volta à Academia Top Gun, ele terá de treinar os novos melhores pilotos da Marinha para uma missão quase suicida e provar que o fator humano ainda é fundamental no mundo das guerras tecnológicas.


“Top Gun: Maverick” apresenta rostos novos que vão compor a equipe dos melhores pilotos de caça da Força Aérea dos EUA. Destaque para Miles Teller (da franquia “Divergente” – 2014 a 2016, e "Whiplash - Em Busca da Perfeição" - 2014), como Bradley “Rooster” Bradshaw, filho de Nick “Goose” Bradshaw (Anthony Edwards), ex-parceiro de Maverick. 

Destaque também para Glen Powell (“Os Mercenários 3”), como o arrogante Hangman, além de Monica Barbaro (Phoenix), Lewis Pulmann (Bob), Jay Ellis (Payback) e Danny Ramirez (Fanboy), além de Jon Hamm, como Cyclone, comandante da Academia Top Gun e do simpático Bashie Salahuddin, como o mecânico Coleman, amigo do Maverick.


A trilha sonora é um dos destaques do novo longa. Está de arrepiar. Se em 1987 "Take My Breath Away", interpretada por Berlin e composta por Giorgio Moroder faturou um Oscar de Melhor Canção Original para "Ases Indomáveis", agora é a vez de Lady Gaga entrar na corrida da estatueta com a belíssima "Hold My Hand", ao lado do premiadíssimo Hans Zimmer.


Também chama a atenção a música-tema "You've Been Called Back to Top Gun", com a participação de Harold Faltermeyer e Lorne Balfe, em duas versões, tocadas no início e no final do filme. Tem ainda One Republic com "I Ain't Worried" e o ator Miles Teller mostrando seu lado cantor ao interpretar "Great Balls of Fire". 

Até "The Who", com "Won't Get Fooled Again" está entre as tocadas no longa, possivelmente uma contribuição de Jerry Bruckheimer, que utilizou a mesma música como tema de abertura da série C.S.I. Miami, produzida por ele de 2002 a 2012.  A trilha sonora está de arrasar, assim como todo o filme. Vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção: Joseph Kosinski
Produção: Paramount Pictures / Don Simpson/Jerry Bruckheimer Films / Skydance Productions
Distribuição: Paramount Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h11
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gênero: Ação