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30 maio 2019

"Rocketman", a ópera rock épica de um ícone chamado Elton John

Longa é uma biografia musical do canto e compositor, desde a infância de pianista prodígio ao estrelato (Fotos: David Appleby/Paramount Pictures)

Maristela Bretas

Um Elton John exposto. Este é o foco de "Rocketman", filme em cartaz nos cinemas, mostrando um dos períodos mais produtivos da carreira musical deste ícone internacional. Sem medo de se expor, ele fala dos medos, carências e vícios, todos em grande escala. Cocaína, bebida, sexo e consumismo marcaram a vida do cantor e compositor britânico nos anos 1970 e são mostrados no filme dirigido por Dexter Fletcher como uma ópera rock com características que lembram "Tommy", feita pela banda The Who em 1969, que contou com participação de Elton John, mas não é citada no filme.


Em "Rocketman", o cantor é interpretado brilhantemente pelo também britânico Taron Egerton (de "Kingsman: Serviço Secreto" - 2015). Foi na continuação - "Kingsman 2: O Círculo Dourado" (2017) que o ator teve a oportunidade de contracenar com o cantor. Taron incorporou o personagem e também canta muito bem, dispensando dublagem. Ele é a alma do filme e ainda contou com um figurino impecável


Criado pelo figurinista Julian Day a partir dos modelos usados pelo astro ao longo de sua trajetória. "Eu amei o figurino de “Yellow Brick Road”. E obviamente me inspirei em “O Mágico de Oz”. Por isso, o terno azul com sapatos de pedras vermelhas feitos com cristais Swarovski. A camisa é feita de tecido prateado, assim como o Homem de Lata, e tem um chapéu de palha assim como o espantalho. O casaco de pele falsa representa o leão", revela Day em entrevista no vídeo abaixo.



Elton John é um dos produtores executivos do filme, juntamente com seu marido, David Furnish. A trilha sonora marcante foi entregue a Matthew Margeson que fez um ótimo trabalho. Emocionante relembrar hits como "Rocket Man", "Daniel", "Crocodile Rock", "Your Song", "Goodbye Yellow Brick Road", "Don't Go Breaking My Heart", "Pinball Wizard" e "Don't Let The Sun Go Down On Me". Cada uma dessas canções representa um momento importante na transformação do grande astro.


Mas apesar de todo o brilho e sucesso, o cantor carregou grandes fantasmas por um longo período de sua vida, especialmente quando fez mais sucesso, nos anos de 1970. A falta de amor do pai homofóbico, o descaso da mãe e a ligação com o empresário e ex-amante John Reid teriam sido os maiores problemas enfrentados por Elton, que o levaram às drogas, alcoolismo, sexo desenfreado e consumismo exagerado. A produção mostra tudo isso, desde a infância do tímido garoto do interior e pianista prodígio Reginald Dwight à transformação no superstar internacional.


Foi também neste período que Elton John e conheceu seu parceiro de composições e nasceu dai a amizade de uma vida inteira - Bernie Taupin, que recebeu a devida lembrança com uma ótima interpretação de Jamie Bell. O elenco conta ainda com Richard Madden, como John Reid, Bryce Dallas Howard ("Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros" - 2015 e "Jurassic World: Reino Ameaçado" - 2018), como Sheila Farebrother, mãe de Elton; Steven Mackintosh, no papel do pai, e Gemma Jones. como a avó materna Ivy,  única pessoa que o apoiou na família.

Depressão, carência de amor e decepções são apresentadas em meio a uma explosão de cores, rock´n roll e lindas baladas. Não espere uma biografia convencional. Elton John nunca foi assim e mostra isso com "Rocketman", um filme que vale disputar Oscar pelo conjunto da obra.


Ficha técnica:
Direção: Dexter Fletcher
Produção: Marv Films / Rocket Pictures / New Republic Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 2h01
Gêneros: Biografia / Drama
País: Reino Unido
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #RocketmanOFilme, #EltonJohn, #TaronEgerton, #Rocketman, @ParamountBrasil, #musical, @cineart_oficial, #biografia, #cinemaescurinho, #EspacoZ, #drama, @cinemanoescurinho

09 maio 2019

O medo da morte conduz "Cemitério Maldito", do mestre do terror Stephen King

Um cemitério de animais nos fundos de uma casa guarda um segredo que afeta toda a comunidade local (Fotos: Kerry Hayes/Paramount Pictures)

Maristela Bretas


Após ter sua estreia adiada de 4 de abril, "Cemitério Maldito" ("Pet Sematary") entre em cartaz nesta quinta-feira (9) nos cinemas brasileiros provocando um impacto menor que o esperado. Baseado no livro "O Cemitério", do mestre do terror e suspense, Stephen King, e dirigido por Kevin Kölsch e Dennis Widmyer, o filme é menos assustador que a obra original, mas desperta um sentimento mais profundo - o medo da morte. Até que ponto iria um pai para recuperar seu filho ou protegê-lo do mal? Esta é a grande pergunta do filme, que apresenta ao espectador um terror diferente do convencional, que mexe com o emocional.


"Cemitério Maldito" não tem uma entidade sobrenatural que sai vagando pelos aposentos da casa ou cortando pessoas ao meio. Existe sim, algo maligno, que se apossa das pessoas, criando situações tensas e até certo suspense que fica a dever à obra literária. Tudo isso está ligado a um antigo cemitério de animais de estimação nos fundos de uma casa. O imóvel passa a ser ocupado por uma família que deixou a cidade de Boston em busca de um local tranquilo no campo. 


Jason Clarke, que faz o papel do pai e médico Louis Creed, e John Lithgow como seu estranho vizinho Jud Crandall, entregam boas interpretações. Destaque também parra a jovem Jeté Laurence, como a filha Ellie, que desencadeia a maioria das ações tensas do filme, juntamente com seu gato.


Em ambientes escuros, como todo filme do gênero, o longa conta a história do médico Louis Creed, que, depois de mudar com a esposa Rachel (Amy Seimetz) e os dois filhos, Ellie e o pequeno Gage (Hugo Lavoie) para uma área rural do Maine, descobre um misterioso cemitério escondido dentro do bosque no terreno da nova casa. Eles terão também que conviver com os caminhões em alta velocidade que trafegam pela rodovia em frente ao portão da casa. Quando uma tragédia acontece, Louis pede ajuda a Jud, dando início a uma reação em cadeia perigosa que liberta um mal imprevisível com consequências assustadoras.


"Cemitério Maldito" é uma obra que assombrou até mesmo o editor de Stephen King. O autor demorou três anos para entregar o livro. Em entrevista, o produtor do filme Lorenzo di Bonaventura disse que estava fazendo o filme baseado no livro porque não era terror, mas uma ligação emocional entre um adulto e seu filho. "Eu ainda acho o livro profundamente assustador nos dias de hoje. Ele é primordial”, afirmou.

Passados 30 anos da primeira versão para o cinema, marcado pela expressão "Às vezes, morto é melhor", "Cemitério Maldito" ganhou efeitos melhores, um elenco com boas interpretações, mas cenas de suspense bem previsíveis desde o início bem previsíveis, tirando a força desta grande obra literária de King.


Ficha técnica:
Direção: Kevin Kölsch e Dennis Widmyer
Produção: Di Bonaventura Pictures / Paramount Pictures / Alphaville Films
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h41
Gênero: Terror 
País: EUA 
Classificação: 16 anos
Nota: 3  (0 a 5)

Tags: #CemiterioMaldito, #PetSematary, #StephenKing, #JasonClarke, #EspacoZ, #JohnLithgow, @ParamountPictures, #cinemanoescurinho

18 abril 2019

"A Maldição da Chorona" ousa fugir do comum e fascina ao explorar o sensorial

Trabalhando luz e som, o diretor Michael Chaves aumenta o impacto das aparições da Chorona (Fotos: Scott Patrick Green/Warner Bros. Pictures)

Wallace Graciano


Poucos gêneros são tão previsíveis como o terror. A capacidade de explorar o psicológico dos espectadores parece ter uma limitação cada vez mais evidente, o que impede os amantes do estilo de acompanharem com afinco as novidades. Nos últimos anos, porém, há uma tentativa de romper com o comum e algumas surpresas, como “Annabelle 2”, trouxeram um alento aos cinéfilos. E uma das que pode seguir esse rumo é a “Maldição da Chorona” ("The Curse of La Llorona"), que estreia nesta quinta-feira (18) nos cinemas de todo país.


O filme é ambientado em Los Angeles, nos Estados Unidos, no início da década de 1970. Nele, Anna (Linda Cardellini), uma assistente social nada idealizada, cria seus filhos após a morte de seu marido. Porém, ao trabalhar em um caso de uma mãe que tentava esconder seus filhos, começa a ser atormentada por uma entidade sobrenatural: “La Llorona" (a Chorona).


Segundo o folclore popular mexicano, a Chorona, em vida, afogou seus filhos após ser traída pelo marido. Após perceber seu erro, jogou-se em um rio, se debulhando em lágrimas. Porém, sua alma ficou presa ao plano terreno e ela busca outras crianças para reparar seu mal. É aí que você deve estar pensando: “Poxa, mais um clichê que explora o vínculo intrínseco do espiritual com o carnal. Que falta de originalidade”. Sim, esse é um pecado da película. Talvez um dos poucos. Se por um lado não houve a busca por um personagem com um arquétipo menos estereotipado, por outro, a trama se desenrola sem prender-se aos recursos tradicionais do gênero.


Um exemplo é o corte das cenas. Michael Chaves, o diretor, não abusa de planos em que a antagonista esteja evidenciada para levar temor ao espectador. O sensorial é bem trabalhado durante a trama, sendo que o pânico não surge apenas do visual. A edição de som, por exemplo, conseguiu fazer com que o barulho de uma fechadura em determinada cena seja impactante e relevante à película.

Para além, há a exploração de variações de sons e imagens dentro de um mesmo plano-sequência, o que impede o expectador se preparar para o susto. Em um deles, por exemplo, crianças correm por um corredor esverdeado, com ruídos clamando pelo pior. Quando ele vem, a tensão ganha cores com a falta de som e luz.


O subjetivo da Chorona é outro ponto alto. Sua figura malévola ganha cor em diversos cenários, causando temor também pelas aparições metafísicas. O roteiro também foi bem desenrolado, com apresentação e desenvolvimento rápido e bem construído dos personagens. Até mesmo o Padre Perez dá seu "pitaco" no longa, nos convidando para "Annabelle 3", que deve estrear em julho. Ou seja, “A Maldição da Chorona” é muito além do comum que o gênero foi tomado, trazendo respiração presa e tensão aos amantes do terror.


Ficha técnica:
Direção: Michael Chaves
Produção: New Line Cinema
Distribuição: Warner Bros Pictures
Duração: 1h34
Gênero: Terror
Países: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #AMaldiçãoDaChorona, #terror, @WarnerBros, #EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho, #cinemaescurinho

17 abril 2019

Keanu Reeves brinca de Deus e clona mentes humanas em "Cópias - De Volta à Vida"

Suspense conta história de neurocientista obsecado que usa a própria como cobaia de suas experiências (Fotos: Replicas Holdings/Divulgação)

Maristela Bretas


Keanu Reeves ataca de neurocientista nada convincente que clona mentes de seres humanos mortos em "Cópias - De Volta à Vida" ("Réplicas"), filme que estreia nos cinemas nesta quinta-feira. Tirando algumas locações paradisíacas no início e no fim em Porto Rico, pouca coisa se aproveita desta produção confusa, cheia de buracos no roteiro e facilmente esquecível.


O elenco é tão fraco quanto a história, inclusive o "vilão", interpretado por John Ortiz (de "A Justiceira" e "Bumblebee", ambos de 2018), que teve o talento desperdiçado. Thomas Middleditch, como o assistente de Will Foster (papel de Reeves) serve de alavanca para jogar o foco para o protagonista (que se sai bem melhor em "John Wick - Um Novo Dia Para Matar" - 2017). O restante é só para compor cenário e apresentar a família.


Na história Will Foster é um neurocientista que desenvolve um projeto tecnológico para clonar a mente de humanos mortos para robôs. Após várias tentativas frustradas, uma tragédia vai mudar sua vida e fazer com que desafie todas as leis da natureza e do homem. Num grave acidente de trânsito ele perde toda a sua família e não aceita o destino. Ameaçado de ter sua pesquisa encerrada devido aos resultados ruins e obcecado em trazer de volta à vida sua família, ele brinca de Deus e usa a mulher e os filhos mortos de cobaias. A situação, no entanto, foge do controle e Will terá de fazer escolhas que vão mudar a vida de todos.


O tema de "Cópias - De Volta à Vida" até que não é ruim, só não foi bem trabalhado, Reeves parece deslocado do papel de marido, pai e cientista louco. Como se tivesse que fazer tudo rapidinho para acabar logo o filme e ir pra casa arrependido de ter dado um tiro no pé com esta produção. Falta carisma em todo o elenco. As cenas de ação são poucas, mas muito boas, assim como a trilha sonora. O final clichê e totalmente esperado é típico de romance de Nicholas Sparks. Fora isso, a produção é daquelas que você mal se lembra dos detalhes ao sair do cinema. Para os fãs do ator, não foi dos seus melhores trabalhos, mas distrai numa sessão da tarde.


Ficha técnica:
Direção: Jeffrey Nachmanoff
Produção: Lotus Entertainment / Fundamental Films / Di Bonaventura Pictures / Company Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h48
Gêneros: Suspense / Ficção científica
Países: EUA, Reino Unido, China, Porto Rico
Classificação: 14 anos
Nota: 2 (0 a 5)

Tags: #CopiasDeVoltaAVida, #KeanuReeves, #suspense #ficção, #EspacoZ, @ParisFilmes, @cinemanoescurinho, #cinemaescurinho

14 abril 2019

"Superação - O Milagre da Fé" - um filme emocionante e sensível sobre o poder de Deus

Chrissy Metz interpreta Joyce Smith, autora do livro que conta seu drama após o acidente com o único filho e como o poder da oração ajudou a salvá-lo (Fotos: Allen Fraser/Fox Film)


Maristela Bretas


O produtor DeVon Franklin está se especializando em filmes religiosos e após "Milagres do Paraíso" (2016), que teve Jennifer Garner como protagonista e a animação "A Estrela de Belém" (2017), aposta agora suas fichas em "Superação - O Milagre da Fé" ("Breakthrough") escolhendo um elenco que têm à frente a atriz Chrissy Metz. Conhecida do público brasileiro por seu papel como Kate Pearson na série de TV “This is Us”, ela é a alma do filme e entrega uma interpretação forte, envolvente, emocionante e sensível de Joyce Smith, a mãe cujo amor e a fé em Deus salvaram o filho John, dado como morto após um acidente.


Poderia ser mais um filme religioso, como muitos que inundam as telas de cinema, mas "Superação - O Milagre da Fé" é diferente, sem pieguismo, sem louvar essa ou aquela religião. Baseado em fatos reais, a história foi extraída do livro escrito por Joyce Smith - “The Impossible” (“O Impossível”) - sobre o drama vivido por ela em janeiro de 2015 quando John cai em um lago congelado no Missouri (EUA). Após quase uma hora de tentativas para ressuscitá-lo, o garoto é dado como morto, mas ela se recusa a aceitar e se apega à fé e ao poder da oração a Deus para salvá-lo. 



Mas não basta apenas John voltar a respirar, ele terá de enfrentar uma luta diária de recuperação. E Joyce estará sempre a seu lado, passando força e o amor de mãe. Ela terá de viver um milagre a cada dia e sua fé e esperança vão inspirar todos a sua volta, mesmo com as previsões médicas apontando o contrário.


Chrissy Metz, que conviveu com Joyce Smith conta que ela é uma pessoa que adora conversar e contar sobre o que a fé fez por sua família. Para as pessoas que duvidam do poder da fé, ela diz: "Não deixe o senso comum e a lógica ditarem sua fé". Para contar esta história no cinema, a escolha do elenco foi essencial principalmente Chrissy Metz, que está excepcional. DeVon Franklin conta como foi a seleção dos atores no trailer abaixo.



Também a trilha sonora foi bem acertada e envolvente, com sucessos conhecidos do público como "Uptown Funk" (Bruno Mars e Mark Ronson) e a emocionante "Oceans" (Hillsong United), além de canções religiosas que ajudam a criar o clima religioso necessário para a produção dirigida por Roxann Dawson.


Uma coisa é certa: "Superação - O Milagre da Fé" faz chorar muito, do início ao fim. No cinemas, homens e mulheres deixaram rolar muitas lágrimas. O filme ajuda a lavar a alma e reforçar a crença no poder da fé, representada por uma mãe devotada que esquece tudo (até mesmo de da própria doença), em busca de uma salvação do filho, papel vivido pelo ótimo Marcel Ruiz. A experiência dramática faz Joyce rever sua pos

Expõe também o lado egoísta das pessoas que não têm fé e ao mesmo tempo acham injusto Deus dar uma segunda chance a uns e deixar outros morrerem. Somente a fé de Joyce continua inabalável e será capaz de mudar sua comunidade. Um excelente filme sobre superação, milagre e o poder de Deus que vale muito a pena assistir.


Ficha técnica:
Direção: Roxann Dawson
Produção: Fox 2000 Pictures
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h56
Gêneros: Drama / Biografia
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #SuperaçãoOMilagreDaFé, #Breakthrough, #ChrissyMetz, #drama, #biografia, #superação, #fé, #milagre, @FoxFilmBrasil, #EspacoZ, @cinemanoescurinho

14 fevereiro 2019

"Alita: Anjo de Combate" tem efeitos visuais arrasadores e muita ação no estilo James Cameron

A atriz Rosa Salazar interpreta a ciborgue remontada por um cientista e que busca justiça (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


James Cameron deixa novamente sua marca ao produzir "Alita: Anjo de Combate", em cartaz a partir desta quinta-feira nos cinemas. Oferecendo ao público muita ação, efeitos visuais espetaculares (como fez com "Avatar" - 2009), o produtor conduziu o longa bem ao seu estilo, dividindo os louros com o diretor Robert Rodriguez (de "Sin City - A Cidade do Pecado", de 2005). O resultado desta união é um live-action de qualidade técnica excelente, que fica ainda melhor quando assistido em 3D e, principalmente Imax. 

"Alita: Anjo de Combate" lembra em alguns momentos a história de "Elysium" (2013), com Matt Damon, em que os habitantes pobres e sem recursos precisam viver num planeta destruído, enquanto os ricos vivem numa estação espacial. Em "Alita", a ação se passa no ano de 2563 e os pobres vivem na Cidade de Ferro, um gueto multirracial marginalizado destruído, superpovoado e dominado por Nova, comandante de Zalem, a única cidade voadora remanescente após A Queda, a guerra intergaláctica. É lá que vivem os mais abastados e escolhidos, esbanjando recursos. Claro que quem está embaixo não se conforma e é capaz de qualquer coisa para conquistar seu direito de subir à estação voadora.

Nesse ambiente, uma ciborgue semidestruída é encontrada por um cientista no lixão da cidade e reconstruída por ele, recebendo o nome de Alita. Aos poucos ela vai recuperando sua memória e descobre que uma máquina extremamente avançada de combate com grande conhecimento de artes marciais e pode representar um perigo aos dominadores dos dois reinos. 


Enquanto busca informações sobre seu passado, trabalha como caçadora de recompensas e se envolve com um dos colaboradores do cientista. A atuação de Rose Salazar como Alita é perfeita, chega a dar dúvida entre a máquina e a atriz que a interpreta. O filme é baseado na série de mangás homônima de Yukito Kishiro. Veja abaixo como foi a gravação do personagem e a captura dos 



No elenco estão também Christoph Waltz, como o cientista Dr. Ido (muito bem no papel); Jennifer Connelly; como a cirurgiã Chiren; Mahershala Ali, como Vector , que comanda a Cidade de Ferro; Keean Johnson, como o jovem Hugo; Jackie Earle Haley, como o gigantesco meio ciborgue Grewishka e Ed Skrein, como o caçador de recompensas Zapan.

Apesar de ser uma história comum já contada em outras produções, "Alita: Anjo de Combate" é diferente por prender o espectador com uma ação constante que empolga, com muitos efeitos e uma personagem de tecnologia avançada mas com um lado humano bem carismático. Só isso já vale o ingresso. Uma boa opção para quem gosta deste tipo de filme.


Ficha técnica:
Direção: Robert Rodriguez
Produção: 20th Century Fox / Lighstorm Entertainment
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h02
Gêneros: Ação / Ficção científica
Países: EUA / Argentina / Canadá
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #AlitaAnjoDeCombate, #AlitaBattleAngel, #JamesCameron, #ChristophWaltz, #RosaSalazar, #JenniferConnelly, #acao, #ficcao, @20thCenturyFox, #EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

13 fevereiro 2019

Endividado, Clint Eastwood vira "A Mula" do tráfico para pagar as contas

Biografia de traficante conta, de maneira aliviada, como ele usava a desculpa de que os fins justificavam para transportar drogas pelos EUA (Fotos: Warner Bros. Pictures)

Maristela Bretas


"A Mula" ("The Mule") trata-se de uma história comum, nada de excepcional, talvez pelo fato de ter sido aliviada na produção pelo produtor, diretor e ator principal Clint Eastwood. A versão cinematográfica se preocupou mais em apresentar o então octogenário Leo Earl Sharp como um bom e inicialmente inocente velhinho, que começa a traficar drogas somente para pagar as contas e ajudar os amigos. Até o nome dele foi usado de outra forma no filme para ficar mais leve - ele é chamado apenas de Earl Stone.

El Tata (esquerda) e Clint Eastwood (Montagem)
"El Tata", como era conhecido o traficante Leo Sharp, antes de ganhar fama no mundo do crime, cultivava flores ornamentais, em especial lírios, e conseguiu criar espécies híbridas de variadas cores. Chegou a plantar flores no jardim da casa do presidente George W. Bush. Como veterano da Segunda Guerra Mundial foi condecorado com a Medalha de Bronze por seus serviços. Mas problemas financeiros teriam levado o idoso, então com 90 anos, amigo de todos, respeitado na comunidade e acima de qualquer suspeita a se envolver com o Sinaloa, cartel de drogas mexicano, onde acabou se tornando uma lenda como a mula mais velha e mais bem sucedida do tráfico, tendo transportado milhares de quilos de cocaína para os Estados Unidos.

No filme, Clint Eastwood deu uma aliviada em vários pontos da vida de Sharp, quase levando as pessoas a torcerem por ele de tão bonzinho ficou o personagem, esquecendo que era um criminoso. Não poderia ser diferente do homem que também viveu alheio à própria família por anos a fio, só se preocupava com as farras com os amigos e a boa vida que o dinheiro do tráfico passou a lhe proporcionar. Earl Stone tem uma postura humana, que demonstra arrependimento de muitas coisas e a necessidade de tentar consertar as relações com as pessoas que ama.

O traficante foi preso em outubro de 2011 no Estado de Michigan durante uma operação da Divisão de Narcóticos e permaneceu por três anos numa prisão federal, sendo libertado por uma questão humanitária (idade avançada). E mesmo a história confirmando que ele sempre usou sua velha caminhonete para o transporte da carga, o que não despertava a atenção da polícia, no filme, ao contrário, uma das primeiras coisas que Stone faz ao receber o primeiro pagamento é trocar a velha companheira de estrada por uma picape novinha preta extremamente chamativa.

O elenco desperdiça atores de peso como Bradley Cooper, que foi dirigido por Eastwood em "Sniper Americano" (2015) - ele faz o agente Colin Bates, da Divisão de Narcóticos que persegue Stone; Laurence Fishburne, como o chefe de Bates; Andy Garcia é Laton, chefão do tráfico (e pensar que ele já foi um sonho de consumo); Michael Peña, o agente Treviño, parceiro de Bates na polícia; Dianne Wiest é Mary, esposa de Earl Stone; Taissa Farmiga, como Ginny, neta de Earl, e Alison Eastwood no papel de Íris, única filha de Earl (ela é filha na vida real de Clint). Mas todos estão lá somente para compor a história, deixando o brilho para o protagonista.

As "adaptações" para o cinema da vida real do traficante levam a história mais para o lado dramático, quebrada por algumas situações de aperto, como os encontros com a polícia durante as viagens e a relação com os narcotraficantes, que respeitavam Stone por sua idade e sagacidade. "A Mula" é um bom filme, com alguns diálogos interessantes, mas nada de extraordinário, belas locações proporcionadas pelas viagens pelo interior dos EUA, trilha sonora bem escolhida, boa direção e ótima atuação de Clint Eastwood, que volta para a frente das câmeras após seis anos somente como diretor. Aos 88 anos, ele domina toda a trama com grande carisma, de dentro e de fora. Mas falta emoção à produção. Com certeza é dispensável o lencinho para assistir "A Mula".


Ficha técnica:
Direção e produção: Clint Eastwood
Produção: Malpaso Productions / Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h56
Gêneros: Drama / Biografia
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #AMula, #TheMule, #ClintEastwood, #BradleyCooper, #AndyGarcia, #drama, #biografia, #narcotráfico, #ElTata, #EarlSharp, #WarnerBrosPictures, #EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

31 janeiro 2019

"O Menino que Queria Ser Rei" - produção britânica recria rei Arthur nos dias de hoje

Alex é um adolescente tímido que encontra a famosa espada Excalibur, que pertenceu ao rei Arthur (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Fantasia, aventura e humor são os principais pontos explorados na produção britânica "O Menino que Queria Ser Rei" ("The Kid Who Would Be King"), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. O filme é indicado para quem procura uma distração para os filhos na faixa de 8 a 12 anos que gostam de histórias de reis, bruxas, magos, cavaleiros e heróis de armadura.

O filme é uma boa distração, trazendo para os dias de hoje os conflitos do período em que o rei Arthur governava a Inglaterra e lutava contra sua maior inimiga, a meia-irmã Morgana. Na nova história, os personagens lutam contra o mal da fantasia e seus próprios temores. Rebecca Ferguson (sempre com boa interpretação, como Morgana) e Patrick Stewart (mago Merlin velho) são os chamarizes do filme, mas um desperdício de talento.


Os demais atores são jovens e estreantes, exceto Louis Serkis, que está em seu segundo filme e interpreta Alex, o novo rei Arthur. Dois deles se destacam por entregarem os momentos divertidos do filme: Angus Imrie, como Merlin jovem, que vai divertir as crianças com seus truques de mágica e trapalhadas, e Dean Chaumoo, como Bedders, o amigo medroso mas fiel de Alex.

Em "O Menino que Queria Ser Rei", Alex é um adolescente britânico estudioso mas muito tímido, de poucos amigos que, como muitos de sua idade, sofrem com a perseguição diária e o bullying dos alunos mais velhos da escola. Seu único e fiel amigo é Bedders, que enfrenta os mesmos problemas que ele, mas nenhum dos dois tem coragem de entregar os autores das agressões e constrangimentos - a dupla Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris).

Certo dia, ele encontra uma misteriosa espada cravada numa pedra e descobre tratar-se de Excalibur, que pertenceu ao rei Arthur. Acreditando no poder da arma, Alex e Bedders ganham mais confiança para enfrentar seus inimigos e convencê-los a se tornarem seus aliados na luta contra Morgana, a meia-irmã de Arthur, presa por ele, mas se liberta da prisão após a espada ter sido tirada da pedra. Aos poucos, os jovens vão vendo seus conflitos e medos se misturarem com os trazidos pela fantasia e Alex terá de assumir as responsabilidades que a espada traz com ela.


A aventura mescla ingredientes do passado e do presente numa aventura que poderia ser melhor e menos confusa. Todas as vezes que Morgana aparece dá a impressão que se trata de outro filme e somente quando começa o conflito com Alex e sua turma é que a história toma pé. Apesar de Morgana ser a vilã ela aparece pouco, mas os efeitos gráficos das batalhas entre seus soldados de ossos e os heróis são muito bons e conseguem dar um ótimo ritmo à trama. Valores como amizade, confiança e união são bem reforçados pelos personagens. Vale como uma diversão de sessão da tarde.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Joe Cornish
Produção: 20th Century Fox / Working Title Films / Big Talk Productions
Distribuição: Fox Film
Duração: 2 horas
Gêneros: Fantasia / Aventura / Família
País: Reino Unido
Classificação: A partir de 6 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #OMeninoQueQueriaSerRei, #20thCenturyFox, @Fox, #RebeccaFerguson, #PatrickStewart, #ReiArthur, #fantasia, #aventura, #EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

10 janeiro 2019

"Assunto de Família" mostra por que mereceu a Palma de Ouro em Cannes

Pequena obra-prima do cinema japonês é dirigida de maneira sutil e perfeita por Hirokasu Kore-eda (Fotos: Wild Bunch Distribution)

Mirtes Helena Scalioni


O que determina a formação de um grupo que possa ser chamado de família? Seriam os laços de sangue os imperativos formadores desse grupo? Que personagens, afinal, cabem e estão moralmente aptos a formar uma família? O debate, além de oportuno nesse Brasil de hoje, é o mote principal de "Assunto de Família" ("Manbiki Kazoku"), produção japonesa dirigida e roteirizada por Hirokasu Kore-eda que, segundo consta, tem esse tema como uma constante em sua obra. 

E foi com "Assunto de Família" que o diretor conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2018. O drama também foi indicado ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro do Globo de Ouro 2019 e é o representante do Japão no Oscar deste ano na mesma categoria.

Estranhamente, o filme começa com Osamu Shibata (Lily Franky) ensinando a um menino que parece ser seu filho a praticar pequenos furtos num mercado. Para o espectador, fica claro, logo no início, que o adolescente Shota (Jyo Kairi) tem grande admiração pelo pai/mestre quando os dois saem comemorando o sucesso do roubo, na verdade praticado devido a uma perfeita e bem orquestrada cumplicidade da dupla.

De volta para casa, enquanto caminham por bairros pobres de alguma cidade do Japão, eles se deparam com uma cena que, ao que parece, já conhecem: uma menina de uns três/quatro anos está abandonada, com frio e machucada na porta de casa. Sem muitos questionamentos, como se tudo fosse muito natural, eles levam a menina Yuri (Miyu Sasak) para casa deles com o objetivo de cuidar dela.

"Assunto de Família" surpreende mais ainda quando, ao chegar à casa que parece estar numa favela, os três são recebidos por um estranhíssimo grupo composto por uma senhora que todos chamam de avó (Kiki Kirin), duas mulheres adultas, que o público vai aos poucos identificando como Nobuyo Shibata (Sakura Andô) e Aki Shibata (Mayu Matsuoba).

E é também aos poucos, ao longo dos 120 minutos do filme, que o espectador descobre que aquela é uma família particularíssima, onde vivem numa harmonia possível, ladrões, prostitutas e trambiqueiros. O pequeno espaço, quase claustrofóbico, permite que os conluios e cumplicidades despertem e floresçam. Assim como os afetos.

Filmes sobre famílias costumam ser sempre ricos. Mas esse é particularmente rico porque tem um roteiro hábil. E o diretor, sem nenhum julgamento moral, envolve o público numa trama que, depois, se revela misteriosa, policialesca. Não dá pra saber exatamente quanto tempo aquelas pessoas estão ali, à margem da sociedade.

Mas é possível imaginar que não se trata de pouco tempo porque os moradores enfrentam a neve, a chuva, o calor do verão. Enquanto segredos são revelados, o espectador tem a chance de refletir sobre o encanto de criar e reforçar laços e sobre todos os conceitos a respeito da amizade, o amor e os afetos.
Duração: 2h01
Classificação: 14 anos
Distribuição: Imovision


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"Homem-Aranha no Aranhaverso" é animação imperdível do herói dos quadrinhos

Super-herói Marvel vai contar com a ajuda de outros como ele, vindos de dimensões paralelas, para combater o crime em Nova York (Fotos: Sony Pictures Entertainment)

Maristela Bretas


Depois de laçar a estatueta de Melhor Filme de Animação do Globo de Ouro 2019, "Homem-Aranha no Aranhaverso" ("Spider-Man: Into the Spider-Verse") solta sua teia a partir desta quinta-feira nos cinemas brasileiros com a promessa de prender o público que curte uma super história em quadrinhos. A produção da Marvel Studios com distribuição da Sony Pictures também está disputa outros prêmios importantes de Hollywood, inclusive o Oscar deste ano na categoria.



A história do jovem que adquire superpoderes após ser picado por uma aranha geneticamente modificada já é conhecida por todos. Mas agora ganha as telas com outras roupagens. A começar pela escolha de um jovem negro do Brooklin para vestir a fantasia azul e vermelha do herói que circula pela cidade combatendo o crime pendurado numa teia. Uma escolha politicamente correta e excelente.


Miles Morales é um garoto simpático, que conquista o público de imediato por ser um fã do Homem-Aranha como muitos de nós. Para ele, Peter Parker, agora já conhecido por todos como o aracnídeo do bem, é seu modelo de super-herói. O adolescente admira a forma como ele combate o crime na cidade e atrai seguidores por onde passa. Até que o Homem-Aranha é dado como morto e a criminalidade toma conta de Nova York.


A população agora precisa de um novo protetor. Miles só não esperava que fosse ele, inspirado no legado de Parker e vivendo a mesma situação - ser picado por uma aranha e adquirir poderes. Ao visitar o túmulo de seu ídolo em uma noite chuvosa, o jovem é surpreendido com a presença do próprio Parker, vestindo o traje do herói coberto por um sobretudo. Vindo de uma dimensão paralela, ele será o mentor de Miles para que se torne o novo "amigo da vizinhança". 

Se o garoto já está vibrando com a chance de lutar ao lado de seu herói, imagina com outras quatro versões, vindas de universos diferentes. Todos eles precisarão se unir para vencer Wilson Fisk - O Rei do Crime - e seus parceiros: Dra. Octopus, Duende Verde e Scorpion. Só depois poderão retornar a seus mundos.


"Homem-Aranha no Aranhaverso" é ótimo, tem muita cor, ação, aventura e diálogos engraçados, com direito a "balões" de pensamentos dos personagens, como nas HQs. Este é inclusive um dos grandes diferenciais desta produção, que mescla computação gráfica e traços clássicos do formato 2D. Merece cada prêmio que faturar neste ano na categoria de Filme de Animação, apesar da forte concorrência com "Os Incríveis 2", outra excelente produção que arrasou bilheterias.


Os diretores de "Aranhaverso" também se preocuparam em passar boas mensagens, o que coloca o filme também no gênero família. Além de precisar aprender o mais rápido possível como se tornar um herói, Miles Morales também vive os dramas da adolescência, o bullying na escola, a família que o trata como criança, o pai policial amoroso, mas que não aceita a presença de um Homem-Aranha fazendo a segurança da cidade, e o tio boa-praça mas ligado à criminalidade.


A Marvel também mostra nesta produção uma preocupação com a inclusão ao inserir um jovem negro no papel de um de seus mais icônicos super-heróis. E de imediato ele conquista o público por sua simplicidade e simpatia. A desmistificação continua com a escolha dos personagens das demais versões - Gwen Stacy é a Mulher-Aranha, Homem-Aranha Noir, o Porco-Aranha e Peni Parker, uma menina que parece ter saído de um anime e que tem um robozinho como parceiro.


Na versão legendada um grande atrativo é o elenco de peso que fez a dublagem: Jake Johnson ("Te Peguei! - 2018), como Peter Parker/Homem-Aranha, Mahershala Ali (prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Globo de Ouro 2019 pelo filme "Green Book: O Guia", que estreia neste mês) como o tio Aaron, Shameik Moore (Miles Morales), Hailee Steinfeld (de "Bumblebee" - 2018), como Gwen Stacy, Nicholas Cage (Homem-Aranha Noir), Lily Tomlin (tia May), John Mulaney (Porco-Aranha), Liev Schreiber (Rei do Crime) e Chris Pine, como o Homem-Aranha idolatrado por Morales.


Stan Lee, que junto com Steve Ditko criou os quadrinhos dos super-heróis da Marvel, recebeu uma participação ainda maior que nos filmes, mantendo o humor, mas passando uma boa mensagem ao jovem Miles. "Homem-Aranha no Aranhaverso" é uma animação imperdível, ideal para assistir com um baldão de pipoca no colo e um copo grande de refrigerante.


Ficha técnica:
Direção: Bob Persichetti / Peter Ramsey / Rodney Rothman
Produção: Sony Pictures Animation / Marvel Animation /Columbia Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h57
Gêneros: Animação / Ação / Família
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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