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15 agosto 2019

Tarantino declara seu amor ao cinema da década de 1960 em "Era Uma Vez Em... Hollywood"

Nono filme do diretor e roteirista tem Leonardo Di Caprio e Brad Pitt no elenco principal (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)


Pedro Santos


O diretor Quentin Tarantino nunca escondeu seu amor pela Sétima Arte. Está evidente em suas obras essa devoção e em diversas entrevistas dadas por ele declarando ser um grande cinéfilo. "Era Uma Vez Em... Hollywood" ("Once Upon A Time...in Hollywood") nada mais é que uma carta de amor ao cinema dos anos 1960. Não só às grandes produções, mas também ao espírito cultural e intelectual da época, principalmente às séries e seriados que se tornaram muito populares.


O diretor relembra o período neste que é seu nono longa, com direito a presença de figuras ilustres como Bruce Lee, Steve McQueen, Roman Polanski, Sharon Tate, dentre outros. E é o assassinato da atriz, um dos fatos mais marcantes dessa década, que leva o diretor a criar a grande tensão que atravessa o filme. Sem querer dar spoiler, é visceral e inesperado.


A mais nova produção do aclamado diretor conta a história de Rick Dalton (Leonardo Di Caprio), o astro de uma série famosa de faroeste nos anos 1950, mas que depois não consegue outro grande papel de destaque. Juntamente com seu dublê, Cliff Booth (Brad Pitt), Dalton está decidido a tornar seu nome relevante novamente, num período em que a Era de Ouro de Hollywood já começa mostrar sinais de decadência. A relação com pessoas influentes da indústria cinematográfica acaba levando o ator aos assassinatos cometidos por Charles Manson, entre eles o de Sharon Tate (Margot Robbie), que era casada com o diretor Roman Polanski (Rafal Zawierucha) e estava grávida.


O filme, porém, não possuí uma estrutura narrativa comum e algumas pessoas podem achá-lo chato. No primeiro ato parece ser apenas uma coletânea de momentos da vida de dois personagens, o que realmente é. Mas o ótimo roteiro e as atuações de Leonardo Di Caprio e Brad Pitt fazem a diferença e deixam a produção divertida. O elenco conta ainda com nomes famosos como Al Pacino, Bruce Dern, Dakota Fanning, Nicholas Hammond e Luke Perry, falecido recentemente.


"Era Uma Vez Em... Hollywood" também carece de algumas características clássicas de Tarantino, como a tensão constante e a violência verbal e física. A produção é menos eletrizante e com menos cenas de ação, o que pode não agradar aqueles que esperam estas marcas registradas do diretor em suas produções. A direção e a atuação estão no ponto, os atores são excelentes e não decepcionam. A trilha sonora, como é de praxe do consagrado diretor, está incrível. Tecnicamente o filme é impecável. O mais recente filme de Quentin Tarantino (responsável por sucessos como “Pulp Fiction” - 1994 e “Kill Bill” - 2003) não é, de maneira nenhuma, o seu melhor, mas não deixa de ser brilhante, excelente e divertido.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Quentin Tarantino
Produção: Heyday Films / Columbia Pictures / Sony Pictures Entertainment
Distribuição: Sony Pictures Brasil
Duração: 2h41
Gêneros: Drama / Comédia
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #EraUmaVezEmHollywood, @QuentinTarantino, @BradPitt, @LeonardoDiCaprio, @MargotRobbie, #ação, #drama, @EspacoZ, @SonyPictures, #cinemaescurinho, @CinemanoEscurinho

21 maio 2019

Estreia de "Era Uma Vez em... Hollywood" consagra Tarantino novamente em Cannes

Nona produção do diretor e roteirista tem Brad Pitt e Leonardo Di Caprio no elenco (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


"Era Uma Vez em... Hollywood", nona produção do diretor e roteirista Quentin Tarantino, estreou nesta terça-feira no Festival de Cinema de Cannes com ótimas críticas da imprensa especializada europeia e aplaudido de pé pelo público após a exibição. O filme do consagrado diretor de “Pulp Fiction” e “Kill Bill” é um forte candidato à Palma de Ouro. O longa estreia nos cinemas brasileiros no dia 15 de agosto.

No elenco, nomes como Brad Pitt, Leonardo DiCaprio, Margot Robbie, Al Pacino, Kurt Russell e Dakota Fanning. O filme é ambientado em Los Angeles, nos anos 1969. Rick Dalton (DiCaprio) e Cliff Booth (Pitt) são, respectivamente, um ex-astro de TV e seu dublê, lutando para chegarem e se manterem no estrelato numa Hollywood que já começa a mostrar os sinais de decadência. Paralelamente vão sendo contadas histórias dos momentos finais da era de ouro de Hollywood. Confira o trailer legendado:


Tags #EraUmaVezEmHollywood, @QuentinTarantino, @BradPitt, @LeonardoDiCaprio, @MargotRobbie, #ação, #drama, @SonyPictures, #cinemaescurinho, @CinemanoEscurinho

13 maio 2019

"Kardec", uma produção bem conduzida para contar a trajetória do maior nome do espiritismo

Leonardo Medeiros é o protagonista desta biografia ambientada em Paris a partir de 1857 (Fotos: Daniel Behr / Conspiração Filmes)

Maristela Bretas


Ótima fotografia, cenários e figurinos bem elaborados e uma reconstituição de época muito bem feita, além da interpretação sob medida de Leonardo Medeiros garantem a "Kardec" uma boa recomendação. O filme explora a vida do grande codificador do espiritismo, Allan Kardec, focando mais a partir de 1857, quando Hypolite Leon Denizard Rivail já estava com 53 anos, atuando como educador de um Liceu em Paris para depois se tornar Allan Kardec. Em muitos momentos a produção se torna monótona, mas também tem pressa em contar como o protagonista se tornou Allan Kardec, abraçando a doutrina espírita.


Do professor descrente, que só aceitava as situações que a ciência podia provar, ao homem que dedicou o resto de sua vida a escrever e explicar o espiritismo, o filme pincela alguns detalhes, como a perseguição da Igreja Católica, a maior inimiga da doutrina na época. Ou a caça às bruxas incentivada por bispos após a publicação de seu maior sucesso "O Livro dos Espíritos". Pregar a doutrina significou para Kardec conquistar seguidores e ferrenhos inimigos, despertou inveja, ganância, medo e também admiração e respeito.


Leonardo Medeiros é Allan Kardec e Sandra Corveloni faz o papel da esposa Amélie-Gabrielle Boudet, uma mulher que amava o marido e abraçou sua causa. Eles dividem o elenco com nomes como Guilherme Piva (Didier), Genézio de Barros (Padre Boutin), Guida Vianna (Madame De Plainemaison), Julia Konrad (Ruth-Celine), Charles Fricks (Charles Baudin), Licurgo Espinola (Sr. Babinet), Letícia Braga (Julie), Julia Svacina (Caroline), Dalton Vigh (Sr. Dufaux) e Louise D’Tuani (Ermance Dufaux).


Com roteiro de L.G. Bayão (“Irmã Dulce”, “Heleno” e “Minha Fama de Mau”) e direção de Wagner de Assis, o longa  acompanha a trajetória de Kardec desde o período em que atuava como educador, com mais de 20 livros didáticos publicados, passando pela investigação dos fenômenos, pelo processo de codificação da doutrina espírita, até a publicação e repercussão de “O Livro dos Espíritos”, quando adotou o nome de Allan Kardec, que também é explicado no enredo.


O tempo de projeção é pouco para abordar a vida e obra deste grande homem, que foi perseguido, desacreditado, mas que soube ser ouvido e respeitado por gerações até os dias de hoje. A narrativa é leve, permite ao mais leigo entender o filme, baseado em fatos reais. Apresentar as médiuns Ermance De La Jonchére Dufaux e as jovens irmãs Caroline e Julie Boudin, que ajudaram Kardec em seu primeiro livro também foi um dos pontos positivos do drama de Wagner de Assis. Ajudou a entender o que fez aquele professor tão cético se voltar para um mundo espiritual.


"Kardec" é uma produção nacional muito bem feita, os atores cumprem bem seus papéis e a condução permite entender um pouco a história do protagonista, sem aprofundar muito. Fica a desejar na explicação do que realmente é o espiritismo e o que prega a obra literária. Os ambientes iluminados por velas (como na época), ajudam a criar o clima ideal para as manifestações dos espíritos, dando um gás na narração, que também ficava arrastada, assim como algumas cenas.



Ficha técnica:
Direção: Wagner de Assis
Produção: Conspiração Films
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h50
Gêneros: Drama / Biografia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #KerdecOFilme, #AllanKardec, #espiritismo, #kardecismo, #drama, #OLivroDosEspíritos, #biografia, #LeonardoMedeiros, #WagnerDeAssis, @ConspiraçãoFilmes, @SonyPictures, @cinemanoescurinho

28 março 2019

"Gloria Bell" - o drama de uma mulher de 50 anos feito sob medida para Julianne Moore

Mars Films/Divulgação
Inteligente, de bem com a vida, a protagonista se vê envolvida por um homem que transforma sua maneira de ser (Foros: Mars Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Julianne Moore foi a escolha certa para ser a protagonista de "Gloria Bell", uma mulher que aos 50 anos se sente realizada, independente, de bem com a vida. A proposta do filme era reforçar esta imagem. Mas pouco depois do início já parte para o estilo "mulher solteira procura", como se estivesse indo a caça de uma companhia, jogando charme para os homens nos bares de solteiros adultos, se envolvendo com alguns deles e até se deixando levar por aquele que é mais romântico. Passa a ser então uma mulher carente, solitária, que se sente dispensável até pelos filhos, interpretados por Caren Pistorius e Michael Cera.

Foto: Mars Films/Divulgação

Graças a Julianne Moore, o filme não se transforma em mais uma produção que só quer mostrar que as mulheres de meia idade são carentes e precisam de um homem para se sustentar. A atriz é a força da personagem e entrega uma excelente interpretação, saltando de um perfil de mulher para outro e retornando mais forte ao final.

Foto: Mars Films/Divulgação

E é na busca pela noite que ela conhece Arnold, papel muito bem interpretado por John Turturro. A dupla é a força do o filme - duas pessoas solitárias em busca de um "chinelinho confortável para descansar os pés". Aos poucos, os personagens vão mostrando suas virtudes e fraquezas, dividindo momentos românticos, cômicos e dramáticos. Arnold é um homem também de meia idade e divorciado, mas controlado pela ex-mulher e filhas. O retrato da insegurança, do tipo "pouca conversa" que vê em Glória sua tábua de salvação para tentar ter uma vida independente e ser feliz com a mulher que ama.

Foto: Mars Films/Divulgação

Se para Gloria Bell, a vida já tem sentido e os problemas podem ser contornados, para Arnold a situação é totalmente diferente. Carente, submisso e cheio de mistérios, ele prefere as mentiras e segredos, que o público não terá dificuldade em descobrir já no início (só Gloria não percebe, ou não quer). Os momentos felizes e as decepções fazem com ela ganhe mais força pra seguir em frente.

Além das atuações, destaque também para a excelente trilha sonora dos anos 70/80, com sucessos como "Love Is in The Air" (com John Paul Young) e "Gloria" (na voz de Laura Branigan). Uma pena que a ótima atuação fique um pouco prejudicada pelo final fraco e óbvio, de muita Glória e pouca surpresa.



Ficha técnica:
Direção: Sebastian Lelio
Produção: Fabula Productions / FilmNation Entertainment
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h41
Gêneros: Romance / Comédia / Drama
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #GloriaBell, #JulianneMoore, #JohnTurturro, #drama, #comédia, #romance, @SonyPictures, @cinemanoescurinho

28 fevereiro 2019

"A Caminho de Casa" - mais uma história de cachorro para fazer chorar e derreter corações

Bella é uma dócil pitbull que tem uma linda e forte relação de amizade e fidelidade com seu dono Lucas (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

O nome dela é Bella (não é Jennifer), tem quatro patas e vai derreter corações em "A Caminho de Casa" ("A Dog's Way Home"), que entra em cartaz nos cinemas nesta quinta-feira. Ela é uma filhote de pitbull muito fofa, que vai contar sua história, feita de momentos tristes, alegres e de muitas aventuras, em 96 minutos de produção que devem provocar lágrimas em muitos durões. Mas não se preocupe, o final é feliz (desculpe pelo spoiler).

A partir de um trauma difícil de esquecer, Bella irá descobrir novos caminhos e amigos que serão muito importantes nas horas de aperto. O maior e mais importante, que faz com que nunca desista é Lucas (Jonah Hauer-King), um jovem estudante voluntário num hospital de veteranos que salva Bella de um terreno abandonado onde vivia com uma família de gatos. Com novo lar, a doce pitbull só conhece e proporciona alegrias, a seu dono e a todos a sua volta, inclusive a mãe de Lucas (papel de Ashley Judd), uma veterana de Guerra.

Enquanto vai narrando sua história - na versão original a voz é de Bryce Dallas Howard ("Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" - 2015 e "Jurassic World: Reino Ameaçado" - 2018), Bella vai crescendo e descobrindo que há pessoas más, como o fiscal do Departamento de Controle Animal que pretende prendê-la a qualquer custo. Temendo ficar sem seu cão, Lucas concorda em mandá-la para uma cidade a 600 quilômetros de distância. Bella não entende a separação e decide que só será feliz ao lado de sua família. 

Para isso deverá enfrentar uma longa jornada, cheia de perigos, aventura e aprendizado. Ou seja, tire o lencinho e prepare para curtir mais um filme de cachorro feito a partir da obra literária de W. Bruce Cameron, autor do best-seller "Quatro Vidas de um Cachorro" (2017), que está aproveitando o filão dos filmes de cães com humanos. Cameron é também o roteirista e produtor do filme. 

A afinidade entre Lucas e Bella deixam as cenas ainda mais emocionantes, apesar de serem vários animais interpretando a protagonista canina. "A Caminho de Casa" é um filme de sessão da tarde, feito pra família, mas que vai agradar o público dos 8 aos 80. Tem uma bela trilha sonora e paisagens bem interessantes de diferentes locais no sul dos Estados Unidos por onde Bella passa em seu trajeto. Vale o ingresso e o balde de pipoca.


Ficha técnica
Direção: Charles Martin Smith
Produção: Columbia Pictures / Bona Film Group
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h36
Gêneros: Aventura / Drama / Família
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #ACaminhoDeCasa, #ADogsWayHome, #AshleyJudd, JonahHauer-King, #drama, #aventura, #familia, @SonyPictures, #ColumbiaPictures, @EspaçoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho, #cinemaescurinho

10 janeiro 2019

"Homem-Aranha no Aranhaverso" é animação imperdível do herói dos quadrinhos

Super-herói Marvel vai contar com a ajuda de outros como ele, vindos de dimensões paralelas, para combater o crime em Nova York (Fotos: Sony Pictures Entertainment)

Maristela Bretas


Depois de laçar a estatueta de Melhor Filme de Animação do Globo de Ouro 2019, "Homem-Aranha no Aranhaverso" ("Spider-Man: Into the Spider-Verse") solta sua teia a partir desta quinta-feira nos cinemas brasileiros com a promessa de prender o público que curte uma super história em quadrinhos. A produção da Marvel Studios com distribuição da Sony Pictures também está disputa outros prêmios importantes de Hollywood, inclusive o Oscar deste ano na categoria.



A história do jovem que adquire superpoderes após ser picado por uma aranha geneticamente modificada já é conhecida por todos. Mas agora ganha as telas com outras roupagens. A começar pela escolha de um jovem negro do Brooklin para vestir a fantasia azul e vermelha do herói que circula pela cidade combatendo o crime pendurado numa teia. Uma escolha politicamente correta e excelente.


Miles Morales é um garoto simpático, que conquista o público de imediato por ser um fã do Homem-Aranha como muitos de nós. Para ele, Peter Parker, agora já conhecido por todos como o aracnídeo do bem, é seu modelo de super-herói. O adolescente admira a forma como ele combate o crime na cidade e atrai seguidores por onde passa. Até que o Homem-Aranha é dado como morto e a criminalidade toma conta de Nova York.


A população agora precisa de um novo protetor. Miles só não esperava que fosse ele, inspirado no legado de Parker e vivendo a mesma situação - ser picado por uma aranha e adquirir poderes. Ao visitar o túmulo de seu ídolo em uma noite chuvosa, o jovem é surpreendido com a presença do próprio Parker, vestindo o traje do herói coberto por um sobretudo. Vindo de uma dimensão paralela, ele será o mentor de Miles para que se torne o novo "amigo da vizinhança". 

Se o garoto já está vibrando com a chance de lutar ao lado de seu herói, imagina com outras quatro versões, vindas de universos diferentes. Todos eles precisarão se unir para vencer Wilson Fisk - O Rei do Crime - e seus parceiros: Dra. Octopus, Duende Verde e Scorpion. Só depois poderão retornar a seus mundos.


"Homem-Aranha no Aranhaverso" é ótimo, tem muita cor, ação, aventura e diálogos engraçados, com direito a "balões" de pensamentos dos personagens, como nas HQs. Este é inclusive um dos grandes diferenciais desta produção, que mescla computação gráfica e traços clássicos do formato 2D. Merece cada prêmio que faturar neste ano na categoria de Filme de Animação, apesar da forte concorrência com "Os Incríveis 2", outra excelente produção que arrasou bilheterias.


Os diretores de "Aranhaverso" também se preocuparam em passar boas mensagens, o que coloca o filme também no gênero família. Além de precisar aprender o mais rápido possível como se tornar um herói, Miles Morales também vive os dramas da adolescência, o bullying na escola, a família que o trata como criança, o pai policial amoroso, mas que não aceita a presença de um Homem-Aranha fazendo a segurança da cidade, e o tio boa-praça mas ligado à criminalidade.


A Marvel também mostra nesta produção uma preocupação com a inclusão ao inserir um jovem negro no papel de um de seus mais icônicos super-heróis. E de imediato ele conquista o público por sua simplicidade e simpatia. A desmistificação continua com a escolha dos personagens das demais versões - Gwen Stacy é a Mulher-Aranha, Homem-Aranha Noir, o Porco-Aranha e Peni Parker, uma menina que parece ter saído de um anime e que tem um robozinho como parceiro.


Na versão legendada um grande atrativo é o elenco de peso que fez a dublagem: Jake Johnson ("Te Peguei! - 2018), como Peter Parker/Homem-Aranha, Mahershala Ali (prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Globo de Ouro 2019 pelo filme "Green Book: O Guia", que estreia neste mês) como o tio Aaron, Shameik Moore (Miles Morales), Hailee Steinfeld (de "Bumblebee" - 2018), como Gwen Stacy, Nicholas Cage (Homem-Aranha Noir), Lily Tomlin (tia May), John Mulaney (Porco-Aranha), Liev Schreiber (Rei do Crime) e Chris Pine, como o Homem-Aranha idolatrado por Morales.


Stan Lee, que junto com Steve Ditko criou os quadrinhos dos super-heróis da Marvel, recebeu uma participação ainda maior que nos filmes, mantendo o humor, mas passando uma boa mensagem ao jovem Miles. "Homem-Aranha no Aranhaverso" é uma animação imperdível, ideal para assistir com um baldão de pipoca no colo e um copo grande de refrigerante.


Ficha técnica:
Direção: Bob Persichetti / Peter Ramsey / Rodney Rothman
Produção: Sony Pictures Animation / Marvel Animation /Columbia Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h57
Gêneros: Animação / Ação / Família
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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28 janeiro 2018

"Me Chame Pelo Seu Nome" é essencialmente belo


O Norte da Itália foi o cenário escolhido para o romance arrebatador entre Timothée Chalamet e Armie Hammer (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Se fosse possível reduzir "Me Chame Pelo Seu Nome" em uma única palavra, bem que essa palavra poderia ser naturalidade. Muito já se falou que não se trata aqui de "mais um filme de trama gay" e essa é a mais pura verdade. E talvez o que o diferencie de outros longas, nos quais personagens vivem romances homoafetivos, seja exatamente a forma absolutamente espontânea e natural como as coisas acontecem. Um menino de 17 anos vive uma paixão por um jovem, de seus 24, 25 anos, mas poderia vivê-la por uma mulher de sua idade ou mais velha. Não há questionamentos. Não é isso que está em pauta.

Outra palavra que também poderia definir o filme dirigido por Luca Guadagnino é beleza. Como a história se passa no Norte da Itália, as paisagens insistentemente exploradas são deslumbrantes. Muito verde, muitos lagos. Tudo, aliás, é esteticamente perfeito. A casa de verão onde passam temporada o adolescente Elio (Timothée Chalamet) e seus pais - vividos por Michael Stuhlbarg e Amira Casar -, as meninas com as quais ele passeia, as comidas, as visitas constantes que o casal recebe, os temas das conversas sempre voltados para a arte e a literatura, tudo remete à perfeição, ao encaixe, ao equilíbrio.

Enquanto curte passeios e uma certa preguiça num daqueles verões da década de 1980, Elio se sente fortemente atraído por Oliver, mais um acadêmico que vem passar uma temporada com a família para ajudar o pai na sua pesquisa sobre a cultura greco-romana. Interpretado por Armie Hammer, Oliver chama a atenção exatamente pela beleza. Seu rosto apolíneo e seu porte elegante chegam para complementar e aguçar a beleza do filme. Armie está tão deslumbrantemente belo no longa que alguns chegaram a falar que sua interpretação esbarrou na canastrice. Um exagero.

Sutil e delicado, "Me Chame Pelo Seu Nome" torna-se levemente arrastado do meio para o final, como se não estivessem sabendo como terminá-lo. Mas nada que comprometesse o filme, que permanece sendo uma apologia à beleza e ao amor - seja ele em qualquer forma. O ator franco-americano Timothée Chalamet está presente também em um dos fortes candidatos ao Oscar de Melhor Filme - "Lady Bird - A Hora de Voar".
Classificação: 14 anos // Duração: 2h13


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