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05 abril 2023

"Super Mario Bros: O Filme" é uma divertida volta à infância para matar saudade

Um dos personagens mais famosos dos videogames ganha sua própria aventura no cinema ao lado do irmão (Créditos: Illumination e Universal Pictures)


Maristela Bretas


Até o momento, a mais divertida animação do ano. Acho que essa é a melhor definição para "Super Mario Bros - O Filme", que estreia nesta quinta-feira nos cinemas, nas versões dublada e legendada, inclusive no formato Imax. 

Merece ser assistida especialmente por aqueles que um dia jogaram os videogames deste baixinho invocado de bigode, macacão e boné vermelhos e sua turma. 

Uma ótima diversão para todas as idades. Dá vontade de chegar em casa e pegar o Nintendo para matar a saudade. Uma grande jogada de marketing da fabricante do game.


A produção tem a participação de Shigeru Miyamoto, criador do personagem, e Chris Meledandri, fundador da Illumination (estúdio responsável pela franquia "Meu Malvado Favorito - 1 a 3", "Minions"- 2015 e "Minions 2: A Origem de Gru" - 2022).
 
Com 92 minutos de duração, o filme apresenta bem os principais personagens dos jogos, especialmente Mario. Entrega uma história que permite, até mesmo quem nunca jogou os games do herói e suas variações, entender a importância de cada um.


Em "Super Mario Bros: O Filme" temos o protagonista, um ítalo-americano baixinho que nunca desiste de uma tarefa. Com ele são apresentados também o irmão Luigi, a princesa Peach, o pequeno cogumelo Toad, o gorilão marrento Donkey Kong e o vilão apaixonado Bowser.

Os irmãos montam seu próprio negócio de conserto de encanamento no bairro do Brooklyn, em Nova York, onde vivem com a família. Um acidente acaba levando os dois para um outro mundo, separando-os em reinos diferentes. 


Mario vai para o Reino dos Cogumelos (vegetal que ele detesta comer), um lugar muito colorido, cheio de criaturas fofinhas, comandado pela Princesa Peach. Lá ele conhece também o falante Toad. 

Luigi dá azar e cai no Reino das Sombras e acaba preso por Bowser. Com seu exército de Koopas, o vilão quer dominar todos os reinos, especialmente o de Peach. Para impedi-lo, a princesa se une a Mario e Toad e vai em busca de ajuda no Reino dos Gorilas, onde estão os maiores e mais fortes guerreiros.


Para quem jogou Mario, a história não tem nenhuma novidade. Mas quando colocada numa tela grande, especialmente em Imax, ela fica muito especial. Como se a plateia estivesse jogando Mario Kart ou outro videogame do herói. Uma viagem ao passado.

A trilha sonora é bem variada e adequada a cada momento completa a ação. Claro que as músicas e sons oficiais dos games estão lá, mas temos também A-Ha e AC/DC.


Na versão original, as vozes dos dubladores são tão famosas quanto seus personagens: Chris Pratt (Mario), Jack Black (Bowser), Anna Taylor-Joy (Princesa Peach), Charlie Day (Luigi), Seth Rogen (Donkey Kong) e Keegan-Michael Key (Toad).

Mas o elenco de dubladores brasileiros supera as vozes originais e encantou fãs e produtores. Raphael Rossatto faz a voz de Mario; Carina Eiras é Peach; Manolo Rey (Luigi); Marcio Dondi (Bowser); Eduardo Drummond (Toad); Pedro Azevedo (Donkey Kong); Leo Rabelo (Rei Cranky Kong) e Rodrigo Oliveira (o mágico Kamek).


Se já não bastasse a dublagem, ainda temos cenários perfeitos, como um grande game, seguindo fiel as artes da Nintendo. O diretor ainda insere personagens conhecidos de outros games, como Donkey Kong. E ainda brinca com easter eggs e referências a séries como "Round 6". 

É ação do início ao fim, com muita aventura e diálogos divertidos. Imperdível para quem curte videogames e também quer um bom programa em família ou com amigos. Agora é esperar a continuação, anunciada nas duas cenas pós-créditos. 


Ficha técnica:
Direção: Aaron Horvath e Michael Jelenic
Produção: Nintendo, Illumination Entertainment, Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h32
Classificação: livre
País: EUA
Gêneros: animação, família, aventura, comédia, ação

28 janeiro 2023

Cate Blanchett coloca “TÁR” na lista de indicados ao Oscar

Filme de Todd Field é bem editado, mas exige calma para lidar com as tensões da protagonista
(Fotos: Focus Features)


Eduardo Jr.


A chegada de “TÁR” aos cinemas brasileiros promete encantar e também incomodar. Durante as duas horas e 40 minutos do novo filme do diretor norte-americano Todd Field, o espectador experimenta o encanto, por meio da atuação de Cate Blanchett.

E também o incômodo, por conta da construção de uma personagem tão difícil - que carrega doses de genialidade, mas não se explica pelo clichê dos gênios excêntricos; que se masculiniza e ainda assim consegue expressar feminilidade; que poderia ser militante de uma causa, mas apresenta uma complexidade ainda maior. 


Tudo começa com a apresentação (‘beeem’ longa) da personagem central, Lydia Tár. Mas prepare-se para ser hipnotizado por Blanchett. É este o momento que nos permite conhecer a inteligência - e a agressividade - de uma mulher lésbica, que gosta de ser chamada de maestro, e que está à frente de uma das maiores orquestras do mundo. 


Quando Lydia fala, tudo é silêncio. E, se o que escuta não a convence, ela age, com força, e sem pestanejar. Mas além do silêncio, a edição do filme, que costura a música a momentos determinados para anunciar novas camadas (e, consequentemente, mexer com os sentimentos do público), só engrandece a produção.   


Lydia controla. É ela quem figura como organizadora da casa onde mora com a mulher e a filha. No mundo da música clássica, dominado por homens, ela é quem rege. Mas a mulher forte, no ápice da carreira, tem esqueletos no armário. E pra quem está no topo, só resta a queda. 


O diretor nos coloca dentro do ambiente para assistir como uma pessoa é capaz de certas atitudes em relação àqueles ao seu redor. O que nos deixa tensos e apreensivos sobre o que virá a seguir. Cada ameaça à projeção de Lydia vai dando mais força para o desfecho do filme.  


Ainda assim, vemos na protagonista não só um lado ‘monstro’, mas também um ser humano que erra. Imersa no universo da música clássica, Lydia tem dificuldades em aceitar a modernidade. 

Acostumada às obras requintadas, criadas por homens brancos forjados pelo machismo de décadas e décadas, autoridades oriundas do Youtube e julgamentos que viralizam nas redes sociais se tornam o inferno para a regente. 


Julgamentos morais parecem ser uma especialidade de Todd Field. É ele a mente por trás de “Pecados íntimos” (PlayArte, 2007). Mas agora, em “TÁR”, o diretor vai além e propõe um filme ‘de personagem’. 

A construção do roteiro associada à criação da personagem de Blanchett é impecável! Principalmente pelo final apresentado. 


Filme de arte! Um adjetivo que pode ser prejudicial na luta pela principal categoria do Oscar. Embora ainda concorra com outras indicações (melhor direção, melhor atriz, melhor roteiro original, melhor edição e melhor fotografia), “TÁR” e Cate Blanchett merecem passar à história como um exemplo do que é cinema de qualidade.  


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Todd Field
Produção: Focus Features / Standard Films
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h38
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: drama / musical

24 janeiro 2023

Conheça as indicações ao Oscar 2023

(Fotomontagem: Marcos Tadeu)


Silvana Monteiro


No próximo dia 12 de março, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas apresenta os vencedores do Oscar 2023. A 95ª edição da cerimônia de entrega dos Academy Awards será no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia. Nesta terça-feira foram anunciados os indicados aos prêmios em todas as categorias. Veja abaixo:

MELHOR FILME
- Elvis
- Entre Mulheres
- Nada de Novo no Front
- Os Fabelmans
- Os Banshees de Inisherin
- Tár
- Top Gun: Maverick
- Triângulo da Tristeza
- Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR DIREÇÃO
- Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Martin McDonagh, por "Os Banshees de Inisherin"
- Ruben Östlund, por "Triângulo da Tristeza"
- Steven Spielberg, por "Os Fabelmans"
- Todd Field, por "Tár"

"Os Fabelmans" (Universal Pictures)

MELHOR ATOR
- Austin Butler, por "Elvis"
- Brendan Fraser, por "A Baleia"
- Bill Nighy, por "Living"
- Colin Farrell, por "Os Banshees de Inisherin"
- Paul Mescal, por "Aftersun"

MELHOR ATRIZ
- Ana de Armas, por "Blonde"
- Andrea Riseborough, por "To Leslie"
- Cate Blanchett, por "Tár"
- Michelle Williams, por "Os Fabelmans"
- Michelle Yeoh, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"


"Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo
Tempo" (Foto: A24)


MELHOR ATOR COADJUVANTE
- Berry Keoghan, por "Os Banshees de Inisherin"
- Brian Tyree Henry, em "Causeway"
- Brendan Gleeson, por "Os Banshees de Inisherin"
- Judd Hirsch, em "Os Fabelmans"
- Ke Huy Quan, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
- Angela Bassett, por "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre"
- Hong Chau, por "A Baleia"
- Jamie Lee Curtis, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Kerry Condon, por "Os Banshees de Inisherin"
- Stephanie Hsu, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

"Os Banshees de Inisherin" (Foto: Film4 Productions)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
- Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Martin McDonagh, por "Os Banshees de Inisherin"
- Ruben Östlund, por "Triângulo da Tristeza"
- Steven Spielberg & Tony Kushner, por "Os Fabelmans"
- Todd Field, por "Tár"

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
- Edward Berger, Lesley Paterson & Ian Stokell, por "Nada de Novo no Front"
- Ehren Kruger, Eric Warren Singer & Christopher McQuarrie, por "Top Gun: Maverick"
- Kazuo Ishiguro, por "Living"
- Rian Johnson, por "Glass Onion: Um Mistério Knives Out"
- Sarah Polley, por "Entre Mulheres"


Top Gun:Maverick (Foto: Paramount Pictures)

MELHOR TRILHA SONORA
- Carter Burwell, por "Os Banshees de Inisherin"
- John Williams, por "Os Fabelmans"
- Justin Hurwitz, por "Babilônia"
- Son Lux, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Volker Bertelmann, por "Nada de Novo no Front"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
- Lady Gaga - "Hold My Hand" (de "Top Gun: Maverick")
- M. M. Keeravani - "Naatu Naatu" (de 'RRR")
- David Byrne/Mitski/Son Lux - "This is a Life" (de "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo")
- Sofia Carson - "Applause" (de "Tell it Like a Woman")
- Rihanna - "Lift Me Up" (de "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre")


"Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" (Foto: Marvel)

MELHOR FOTOGRAFIA
- Darius Khondji, por "Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades"
- Florian Hoffmeister, por "Tár"
- James Friend, por "Nada de Novo no Front"
- Mandy Walker, por "Elvis"
- Roger Deakins, por "Império da Luz"

MELHOR EDIÇÃO
- Eddie Hamilton, por "Top Gun: Maverick"
- Mikkel E.G. Nielsen, por "Os Banshees de Inisherin"
- Matt Villa & Jonathan Redmond, por "Elvis"
- Monika Willi, por "Tár"
- Paul Rogers, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

"Elvis" (Foto: Warner Bros. Pictures)

MELHOR FIGURINO
- Catherine Martin, por "Elvis"
- Jenny Beavan, por "Sra. Harris Vai a Paris"
- Mary Zophres, por "Babilônia"
- Ruth E. Carter, por "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre"
- Shirley Kurata, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
- Avatar: O Caminho da Água
- Babilônia
- Elvis
- Nada de Novo no Front
- Os Fabelmans

MELHOR CABELO & MAQUIAGEM
- A Baleia
- Batman
- Elvis
- Nada de Novo no Front
- Pantera Negra: Wakanda Para Sempre


Babilônia (Foto: Paramount Pictures)

MELHOR SOM
- Avatar: O Caminho da Água
- Batman
- Elvis
- Nada de Novo no Front
- Top Gun: Maverick

MELHORES EFEITOS VISUAIS
- Avatar: O Caminho da Água
- Batman
- Nada de Novo no Front
- Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
- Top Gun: Maverick

"Avatar: O Caminho da Água" (Foto: 20th
Century Studios)

MELHOR ANIMAÇÃO EM LONGA METRAGEM
- A Fera do Mar
- Gato de Botas 2: O Último Pedido
- Marcel the Shell with Shoes On
- Pinóquio, de Guillermo del Toro
- Red - Crescer é uma Fera

MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA METRAGEM
- An Ostrich Told Me the World is Fake and I Think I Believe It
- Ice Merchants
- My Year of Dicks
- The Boy, the Mole, the Fox and the Horse
- The Flying Sailor

MELHOR CURTA METRAGEM EM LIVE-ACTION
- An Irish Goodbye
- Ivalu
- Le Pupille
- Night Ride
- The Red Suitcase

"Pinóquio", de Guillermo del Toro (Foto: Netflix)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
- Argentina, 1985 (Argentina)
- Close (Bélgica)
- EO (Polônia)
- Nada de Novo no Front (Alemanha)
- The Quiet Girl (Irlanda)

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA METRAGEM
- A House Made of Splinters
- All That Breathes
- All The Beauty and the Bloodshed
- Fire of Love
- Navalny

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA METRAGEM
- Haulout
- How do You Measure a Year?
- The Elephant Whisperers
- The Martha Mitchell Effect
- Stranger at the Gate

"Argentina, 1985" (Foto: Amazon Prime Vídeo)


19 janeiro 2023

"M3gan" - aquele parente que é melhor não ter na família

A atriz-mirim Amie Donald interpreta a boneca robô com cara de assassina que tem vida infinita (Fotos: Universal Pictures)


Maristela Bretas


A roupa lembra uma professora primária, mas não se engane com esse novo brinquedo de 10 mil dólares que entrou em cartaz nos cinemas. Ela é "M3gan", uma boneca desenvolvida para ter vida infinita e ser a melhor amiga e protetora de sua dona. O que sua criadora não esperava é que ela também se tornasse seu maior pesadelo.

A produção não chega a ser um terror pesado. Os ataques da boneca começam mesmo a acontecer do meio do filme para frente. Antes disso, o roteiro é comum e segue explicando os dramas da criança amiga da boneca e sua relação com a família e o brinquedo. 


Só a cara e o olhar macabro de M3gan já causam pânico em qualquer um. Tudo indica que coisa boa não vai sair dali. A mesma sensação provocada por outros brinquedos do mal. 

Como Chucky (2019), na nova versão robotizada, ao contrário do original em pano e resina de 1998, como Annabelle (2014). Ambos assustam pela aparência. Não é normal um pai querer que algo bizarro assim passe longas horas com o filho.


Mas é exatamente isso o que acontece. Mesmo sendo um filme de terror, o roteiro tenta mostrar que a pequena órfã Cady (Violet McGraw, de "Doutor Sono" - 2019) só se liga na boneca porque a tia Gemma (Allison Williams, de "Corra" - 2017), roboticista de uma empresa high-tech de brinquedos para crianças, não lhe dá a atenção necessária. 


M3gan (com excelente interpretação da atriz-mirim, dublê e dançarina Amie Donald) é um protótipo de boneca realista, ainda em fase experimental, que usa Inteligência Artificial. 

No vídeo com conteúdos especiais, divulgado dia 18 nas redes sociais da Universal Pictures Brasil, elenco e produtores afirmam que a companheira de Cady é "a melhor amiga", "radiante como um raio de luz', até surtar. 


Programada para ser uma aliada dos pais e a maior companheira das crianças, ela é dada por Gemma à sobrinha Cady como teste para que aprenda a interagir com os humanos. Só que M3gan passa a assumir responsabilidades que deveriam ser da tia e suprir a carência da menina.

Mas a boneca vai além e se torna independente e possessiva com relação à Cady, não permitindo que nada nem ninguém lhe cause dor ou sofrimento. A partir daí, o pânico e as mortes passam a fazer parte da vida de Gemma e daqueles ao seu redor. 


M3gan não tem dó em usar um martelo, uma chave de fenda, ácido ou sua própria força para eliminar aqueles que ela não gosta ou que tentam afastá-la de Cady. 

As cenas de ataques não são explícitas, não se vê cabeças cortadas e corpos mutilados, mas o suspense é conduzido de maneira satisfatória e o sangue corre pela parede. 


Uma das melhores cenas é a "dancinha" que ela faz no corredor. Outro ponto positivo é a ótima trilha sonora de Anthony Willis, escolhida a dedo para compor as ações da personagem do mal. Destaque para “Titanium”, de Rihanna, interpretada por Jenna Davis, que também faz a voz da boneca. Clique aqui para conferir. 


O longa foi criado a partir do roteiro de Akela Cooper, com história de James Wan, que também é um dos produtores e tem em sua filmografia sucessos do terror como "Maligno" (2021), "Invocação do Mal 2" (2016), "Invocação do Mal "(2013), "Gritos Mortais" (2007) e "Jogos Mortais" (2004).


Apesar de ser um terror mediano, "M3gan" agrada e o público não sai insatisfeito do cinema. A boneca, apesar de ter uma cara que provoca arrepios, é com certeza a estrela do filme, sem passar uma aspecto fake

Pelo contrário, parece bem real e pode tirar o sono de muita criancinha. Entra para a minha lista dos bonecos assassinos que cumprem o que prometem. 


Ficha técnica:
Direção: Gerard Johnstone
Produção: Blumhouse Productions e Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h42
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: terror, suspense

12 janeiro 2023

"Os Fabelmans" é uma declaração de amor de Steven Spielberg à família e ao cinema

Gabriel LaBelle entrega ótima interpretação do personagem Sam, quando começou a fazer filmes (Fotos: Universal Pictures)


Maristela Bretas


Um gênio, tanto na criatividade para criar uma das maiores sagas de ficção do cinema, quanto na sensibilidade ao abordar dramas que nos fazem chorar. Esse é Steven Spielberg, que agora conta sua história na produção "Os Fabelmans", em cartaz a partir desta quinta-feira (12), nos cinemas.


Em cada detalhe do filme, que além de dirigir ele roteirizou em parceria com Tony Kushner, é possível ver a marca do diretor, sempre preocupado com os detalhes. Seja com a luz da locação, a poeira de uma explosão, o brilho de um tiro durante a filmagem de um western caseiro ou no olhar de uma criança ao assistir seu primeiro filme na tela de cinema. 

Essa é a história de "Os Fabelmans", contada com pureza e encantamento, que leva o público a conhecer um pouco mais da vida de Spielberg. Um menino sensível, filho de judeus, que tem boa relação com os pais, irmãs, avós e amigos da família e da escola. 


Foi com uma filmadora, muita criatividade e apoio dos pais (especialmente da mãe) que Spielberg começou a encantar as pessoas desde pequeno. Já adolescente quebrou a timidez usando seus projetos cinematográficos para se expressar e colocar para fora seu amor, frustrações, traumas e sonhos. O cinema se tornou sua vida, coração, mãos e olhos. 

De forma simples, sem abusar de efeitos visuais, "Os Fabelmans" é um retrato pessoal da infância dele na década de 1950 até a adolescência, quando se entrega totalmente ao amor pela Sétima Arte. 


Sam Fabelman (em ótima interpretação de Gabriel LaBelle, que seria Spielberg), é um jovem que descobre um segredo familiar devastador. Isso vai mudar sua forma de encarar o mundo e as pessoas ao seu redor, usando a magia e o poder do cinema. 

A preocupação com cenários e personagens é muito grande por parte de toda a equipe. Um dos exemplos é a casa da família Fabelman, uma reprodução perfeita da residência da infância de Spielberg. 


Mesmo com o excesso de detalhes, o filme não se torna monótono, especialmente porque os fãs vão reconhecer nas cenas situações que podem ter levado o diretor a criar algumas de suas grandes obras.

Novamente sob a batuta de John Williams, parceiro de Spielberg em grande parte de suas produções para o cinema, a trilha sonora, sem nenhuma novidade, é perfeita e envolvente. Além do roteiro, "Os Fabelmans" também brilha no figurino de época, iluminação e locações. 


No elenco do filme estão também Michelle Williams ("Manchester à Beira-Mar" - 2017), que interpreta a mãe de Sam; Paul Dano ("Batman" - 2022), no papel do pai; Seth Rogen ("Jobs" - 2016), como o amigo da família; Julia Butters ("Era Uma Vez... em Hollywood" - 2019), irmã de Sam; Robin Bartlett (avó materna), Jeannie Berlin (avó paterna) e Judd Hirsch (tio Boris).

Sobre a escalação do elenco, Steven Spielberg comenta que quando começou a pensar em quem poderia interpretar sua mãe, “algumas pessoas surgiram na minha cabeça de imediato”.


Steven Spielberg

O olhar sempre atento aos detalhes explica como nasceu a saga "Star Wars", feita com poucos recursos, maquetes e muita imaginação e ser referência até hoje no mundo geek. 

Com uma invejável lista de produções de sucesso, Spielberg soube explorar quase todos os gêneros, como a ficção com grandes produções como "E.T. - O Extraterrestre" (1982), "Poltergeist" (1982) e "Contatos Imediatos do Terceiro Grau" (1977). 


A aventura e o suspense não ficaram de fora - "Encurralado" (1971), "Tubarão" (1975), a trilogia "Indiana Jones" (de 1981 a 2022) e "Jurassic Park - Parque dos Dinossauros" (1993 e 1987) são bons exemplos da investida do diretor nestas categorias. 

Mas um dos temas preferidos, ainda jovem, foi a guerra, por causa do pai que lutou na 2ª Guerra Mundial - "A Lista de Schindler" (1993), "Império do Sol" (1987) e "O Resgate do Soldado Ryan" (1998) comprovam isso. 


Elogiado pelos principais sites de críticas internacionais, "Os Fabelmans" já conquistou dois prêmios importantes até o momento - Melhor Filme de Drama e Melhor Diretor, do 80º Globo de Ouro, e Melhor Filme do Ano pelo American Film Institute Awards (AFI) 2022. Sem contar que é um forte candidato ao Oscar 2023. 


Uma produção para ser vista, revista e admirada por sua sensibilidade ao mostrar como o diretor capturou com sua câmera a vida e as pessoas ao seu redor. E transformou tudo em magia e arte, mesmo quando as imagens não mostravam o melhor da humanidade.


Ficha técnica:
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Spielberg e Tony Kushner
Produção e distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h31
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: drama, biografia
Nota: 4,5 (em 5)

05 janeiro 2023

"Gato de Botas 2 - O Último Pedido" é aventura, emoção e um olhar de derreter coração

Novamente dublado por Antônio Banderas, o famoso felino enfrenta seu pior inimigo (Fotos: Universal Pictures)


Maristela Bretas


Junte coragem, astúcia, um olhar carente de um felino e temos "Gato de Botas 2: O Último Pedido" ("Puss in Boots: The Last Wish"), que estreou em dezenas de salas de cinemas do país. 

E não é a toa que a mais recente produção da Dreamworks Animation tomou o espaço de vários outros lançamentos. A animação é divertida, emociona, tem aventura, romance, saudosismo e um roteiro que prende do início ao fim, com uma bela mensagem, como deve ser um bom conto de fadas.


Apesar de ser uma continuação, "Gato de Botas 2: O Último Pedido" não requer que o primeiro filme tenha sido assistido. Mas vale a pena conferir o anterior, de 2011, que foi indicado ao Oscar. 

Também vale rever "Shrek 2 e 3", quando o personagem fez sua primeira aparição e ganhou uma legião de fãs. Estas três animações com a presença do Gato de Botas arrecadaram juntas mais de US$ 3,5 bilhões em todo o mundo.


Fanfarrão, destemido, louco por leite, capaz de derreter o mais gélido dos corações, o Gato de Botas usa todas as suas armas para vencer os inimigos, conquistar seguidores e recuperar um grande amor perdido.

Mas tantas aventuras também cobram seu preço (e vidas). Agora, o Gato de Botas (novamente dublado por Antônio Banderas na versão original e Alexandre Moreno, em português) terá que enfrentar seu maior inimigo: a morte. 


E será ela que fará com que o herói reveja tudo o que passou e perdeu em suas andanças. Como todo felino, ele tem nove vidas, mas oito delas já foram perdidas (ou aproveitadas, depende do ponto de vista).  

E é esta última que ele precisa fazer de tudo para preservar, nem que seja se aposentando e virando um gato doméstico. Ou procurando a Estrela do Desejo, escondida na Floresta Sombria. 


Para isso, o destemido fora-da-lei terá de pedir ajuda a novos e velhos amigos, como o tagarela, incansavelmente otimista, Perrito (Harvey Guillen e ótima dublagem em português de Marcos Veras). 

Ele é o mais divertido e mais fofo (mesmo não sendo o mais bonito) da história. Além da ex-parceira e sedutora gata Kitty Pata Mansa (Salma Hayek/Miriam Ficher). 


Mas a Estrela do Desejo também é procurada por antigos inimigos de nosso espadachim de quatro patas e isso vai tornar a jornada bem mais perigosa e emocionante. 

Ótimas lutas, muita cor e adrenalina, a trajetória deste herói é relembrada em flashes de animações passadas que ele participou. Não poderia ser diferente em sua última vida. 

A ótima trilha sonora completa a produção e foi composta pelo brasileiro Heitor Pereira, responsável por sucessos como "Minions" (2015) e "Meu Malvado Favorito 3” (2017). 


Entre os inimigos estão Cachinhos Dourados (Florence Pugh/Giovanna Ewbank), uma engraçada versão dos Três Ursos - Mamãe (Olivia Colman/Isabela Quadros), Papai (Ray Winstone/Ricardo Rossatto) e Bebê Urso (Samson Kayo/Sérgio Malheiros), o gigantesco João Trombeta (Bernardo Legrand) e Lobo Mau (Wagner Moura), um caçador de recompensas.


A animação usa situações engraçadas, com personagens e objetos marcantes de contos de fadas famosos, que fazem o público relembrar a infância, como um certo sapatinho de cristal e um grilo falante.

Mas cuidado, o Gato de Botas tem uma arma capaz de destruir o pior dos inimigos: o arrasador olhar de gatinho pidão, difícil de resistir. Quer saber como? Vá ao cinema e confira esta  emocionante aventura. Uma excelente opção de lazer para a família nestas férias.


Ficha técnica:
Direção: Joel Crawford
Produção: DreamWorks Animation
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h42
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, aventura, família, comédia