19 setembro 2022

"Dragon Ball Super: Super Hero" é o verdadeiro protagonismo de Gohan e Piccolo

Tratamento na coreografia das lutas e nas cores mais saturadas faz a diferença para o telespectador (Fotos: Bird Studio-Shueisha/Divulgação)


Marcos Tadeu
Blog Narrativa cinematográfica 


Para quem curte a franquia Dragon Ball, uma ótima oportunidade é conferir a nova produção "Dragon Ball Super: Super Hero" que está entre os filmes da Semana do Cinema, com ingressos a preço único de R$ 10,00 até quarta-feira (21). O longa animado da Tôei Animation Company vem agradando aos fãs da franquia, trazendo uma nova temática e novos traços para alegrar o coração dos otakus brasileiros.

Na história somos apresentados à antiga corporação Red Ribbon que ficou debaixo dos panos usando uma farmácia como fachada para conseguir continuar operando. Conhecemos então o comandante Magenta, atual presidente da empresa, que tem como objetivo dominar o mundo e acabar com quem destruiu sua corporação tempos atrás. 


Ele vai atrás do Dr. Hedo, neto do vilão Dr. Maki Gero para construir androides fortes o suficiente para fazerem este trabalho. Hedo, um grande fã de super-heróis, é convencido por Magenta que Goku e sua turma são verdadeiros vilões e precisam ser eliminados.

O mais interessante aqui é que a trama faz questão de deixar Goku, Brolly e Vegeta de lado. Eles aparecem e são reverenciados, mas estão em treinamento no Planeta de Beerus, o deus da destruição O trio até faz parte do alívio cômico, mas não são o todo da obra. É aí que vemos Gohan na Terra estudando e focando em seus projetos, enquanto Piccolo ainda treina com Pan para que um dia ela seja tão forte como seu pai. 


Temos que destacar aqui como Piccolo tem função vital na narrativa e ganha um protagonismo enorme. É ele quem descobre a ameaça dos androides e começa a armar um plano para frustrar o ataque de Magenta e Hedo. Tanto que até alerta Gohan sobre a importância de treinar. 

Para ter força suficiente para vencer Gamma 1 e Gamma 2, Piccolo consegue reunir as Esferas do Dragão e o seu principal pedido é ter o poder do Velho Kaioshin. Só que Shenlong coloca um "extra" na história. 


Gohan é um pai excelente e faz tudo pela filha Pan. O grande diferencial aqui é vê-lo em batalha, sério e responsável. Interessante também é saber quais os objetivos dos androides, especialmente quando Gohan atinge sua nova transformação. Sem dúvida, seu protagonismo nesse longa encanta. 

Pan também é outro personagem que se destaca em meio a cenas pontuais. Ela é a chave para toda essa batalha acontecer e, de alguma forma, interfere para que Gohan desperte todo o seu poder.


Talvez o que deixe a desejar é a conclusão dada aos vilões. Achei uma alternativa muito cômoda, apesar de o Dr. Hedo, mesmo sendo uma boa pessoa ter sofrido um desvio de caráter momentâneo. 

Ele poderia ter atingido mais de sua maldade como um vilão muito inteligente. No fritar dos ovos, acabou tornando-se apenas um vilão fraco, que mesmo com motivações coerentes elas não se sustentaram por muito tempo.


Nos aspectos técnicos aqui temos uma animação mais polida e totalmente em 3D fazendo com que as cenas de ação se destaquem, principalmente pelo cuidado e zelo com cada cena. Existe toda uma direção nas coreografias e nas cores mais saturadas que fazem diferença para o telespectador.

"Dragon Ball Super: Super Hero" é o merecido tratamento a Gohan após anos de esquecimento pelo estúdio e pelos próprios fãs. E, sem dúvida, Piccolo consegue ser a ponte entre os vilões e pai, tudo com muito equilíbrio.


Ficha técnica:
Criador e roteirista: Akira Toriyama
Produção: Tôei Animation Company
Distribuição: Sony Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h39
Classificação: 12 anos
País: Japão
Gêneros: animação, ação, fantasia, artes marciais

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