Mostrando postagens com marcador #ImagemFilms. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #ImagemFilms. Mostrar todas as postagens

07 fevereiro 2024

"Baghead: A Bruxa dos Mortos" decepciona em todos os quesitos

Terror de quase 90 minutos não assusta e deixa o estrago para  entidade maligna tentar consertar
(Fotos: Imagem Films)


Maristela Bretas


Apesar de a produtora Vertigo Entertainment ser a mesma de ótimos filmes de terror como "It: A Coisa" (2017) e "Noites Brutais" (2022), "Baghead: A Bruxa dos Mortos" deixa muito a desejar. O susto é quase zero e a duração de quase 90 minutos é sofrida e não se justifica para um roteiro com diálogos fracos e mal desenvolvidos que atrapalham até mesmo a atuação do elenco. 

Tudo se passa quando a jovem Íris Lark (Freya Allan, da série "The Witcher") herda um antigo bar que pertenceu a seu pai, Owen Lark (Peter Mullan), que teve uma morte violenta dentro do casarão onde ele morava e funcionava o bar. Mal ela assina a escritura e se torna dona do local, descobre que o porão abriga uma entidade capaz de incorporar os mortos.


Íris conta com sua melhor amiga Katie (Ruby Barker) para tentar explorar os poderes da criatura ajudando pessoas desesperadas em troca de dinheiro - dois mil dólares por dois minutos com a criatura. 

O primeiro a aparecer é o misterioso Neil (Jeremy Irvine). Mas elas vão descobrir que Baghead não pode ser controlada e precisa ser destruída antes que mate todos e escape do porão.

A estratégia do diretor Alberto Corredor de usar flashbacks em histórias passadas para explicar o surgimento da entidade maligna confunde e leva o público a perder o fio da meada. O final é previsível, sem reviravoltas e o elenco não tem nomes de destaque. 


Cabe a Baghead (Anne Müller) segurar a trama, se é que isso é possível. Um ponto positivo é a máscara da entidade, realmente assustadora. Na verdade, o único susto do filme é quando ela aparece sem o capuz. 

O filme é repleto de clichês já desgastados. Incomoda ver diretores de filmes de terror insistirem em situações mais que batidas para causarem pânico ou medo.  Como os ambientes escuros e sombrios onde as entidades do mal habitam. 


Há também das cenas das pessoas entrando e até dormindo nesses lugares, mesmo após serem atacadas ou sabendo que ele é amaldiçoado. Não faltam as repetitivas luzes apagando e acendendo, quadros que caem das paredes, ruídos atrás das portas ao som de uma música para criar um clima, que, de tão mal utilizadas não criam mais suspense. 


Em "Baghead" não é diferente. São poucas as cenas a céu aberto, apenas o tempo de sair do casarão e entrar em outro prédio, também escuro. O espectador fica sem saber o que está acontecendo no ambiente, cria apenas confusão. Os cortes são bruscos e não geram o suspense esperado em muitas cenas. 

Uma pena que "Baghead: A Bruxa dos Mortos" tenha ficado muito aquém do esperado. Infelizmente não foi uma boa estreia de Alberto Corredor como diretor. Boa sorte para quem for conferir no cinema.


Ficha técnica:
Direção: Alberto Corredor
Produção: StudioCanal, Vertigo Entertainment
Distribuição: Imagem Films
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h35
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: terror, suspense

18 maio 2018

Remake de "Desejo de Matar" é bom, mas repete fórmula e ator de "Duro de Matar"

Bruce Willis repete a famosa cena de Charles Bronson de apontar o dedo como uma arma (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


"Desejo de Matar" ("Death Wish") ficou um bom remake do famoso sucesso estrelado por Charles Bronson em 1974 e é indicado para quem curte muita ação, violência e o sorriso sedutor e simpático de Bruce Willis. E o ator repete o estilo que marcou sua franquia mais conhecida - "Duro de Matar" (que deve ganhar em breve um sexto filme). Quem assistiu algum dos cinco filmes vai associar de cara os dois filmes.

Mas isso não interfere, o que vale é que Bruce Willis respeitou o personagem iconizado por Charles Bronson e entregou um "Desejo de Matar" nos moldes do original, com muito tiro, porrada e um insano desejo de vingança. Algumas mudanças poderão ser notadas, sem que isso interfira muito no enredo. Do arquiteto sério de poucas palavras (características de Bronson), morador de Nova York, o personagem Paul Kersey de Willis agora é um médico cirurgião de Chicago, mais simpático, tranquilo que vive para a família e o trabalho.

Mas quando se transforma no vingador das ruas, a postura é a mesma de John McClaine, o policial da franquia "Duro de Matar". E ambos só querem defender sua mulher e filha e se vingar daqueles que fizeram mal a elas.

"Desejo de Matar" tem muita ação, bom efeitos visuais e uma trama bem trabalhada e atualizada, com a escolha certa de Bruce Willis para o papel principal, que nem precisou mudar sua forma de atuar em seus filmes policiais. Como se trata de um remake, a criatividade no roteiro não precisou ser muito grande, adaptando apenas as situações para a profissão do novo Paul Kersey. No entanto, Charles Bronson marcou uma geração que hoje está acima de 40 anos e curtia filmes policiais na época.

Sobre o filme de 1974, então dirigido por Michael Winner, além de Bronson o elenco contava também com Hope Lange como Joanna, esposa morta de Kersey, Vincent Gardenia, como o detetive Frank que investiga o caso e a atuação do Anjo da Morte, e Jeff Goldblum. A produção agradou tanto que originou outros três filmes. Herbie Hancock arrasou na trilha sonora.

Já no atual, Joanna vira Lucy e é interpretada por Elisabeth Shue, enquanto Camila Morrone faz o papel de Jordan, a bela filha de Paul. Dois detetives investigam o crime - Rains e Jackson, interpretados por Dean Norris e Kimberly Elise. Os roteiristas criaram mais um integrante para a trama, Frank Kersey, papel entregue a Vincent D´Onofrio, que não tem qualquer função e é totalmente dispensável.


E no final, toda a história gira em torno da vingança de Kersey contra o grupo de assaltantes que invadiu sua casa numa noite, matou sua mulher e feriu gravemente sua filha. Sem uma atuação muito eficaz da polícia Kersey resolve se armar e se torna o Anjo da Morte, que vai eliminando assassinos, traficantes e toda espécie de bandido que circula pelas ruas de Chicago enquanto procura os responsáveis pelo ataque a sua família. A polícia passa a caçar o misterioso vingador que usa moletom com capuz. 

Tudo isso ao som de "Back in Black", de AC/DC e de uma boa trilha sonora composta por Ludwig Goransson, que trabalhou em Pantera Negra (2018). Vale conferir o novo "Desejo de Matar" com Bruce Willis, que deu conta do recado e ainda repete a famosa pose de apontar com o dedo como se fosse uma arma. E se sobrar um tempinho assistir ao filme original para relembrar ou conhecer Charles Bronson.



Ficha técnica:
Direção: Eli Roth
Produção: Paramount Pictures / Metro Goldwyn Mayer (MGM)
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h49
Gênero: Ação
País: EUA
Classificação: 18 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #DesejoDeMatar, #DeathWish, #BruceWillis, #CharlesBronson, #ElisabethShue, #EliRoth, #ImagemFilms, #ParamountPictures, #MGM, #cinemas.cineart, #CinemanoEscurinho