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05 fevereiro 2020

"Bad Boys Para Sempre" soube amadurecer junto com a dupla principal sem perder o pique

Os policiais Mike Lowrey (Will Smith) e Marcus Burnett (Martin Lawrence) estão agora cinquentões e retornam para uma última missão (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Dezessete anos depois, a barulhenta dupla Will Smith (também um dos produtores) e Martin Lawrence está de volta e surpreende novamente em "Bad Boys Para Sempre" ("Bad Boys For Life"). O filme, em cartaz nos cinemas, é o terceiro episódio da franquia e traz os policiais para uma última missão, que mais parece um trampolim para futuras produções. Talvez não com os dois astros cinquentões, que mostram que a química entre eles ainda funciona muito bem, mas pode perder a graça se não contar com Lawrence, responsável pelos momentos divertidos.



A franquia soube amadurecer bem com a dupla e deixou o estilo de Michael Bay, que dirigiu "Bad Boys" (1995) e "Bad Boys II" (2003). Os diretores belgas de origem marroquina Adil El Arbi e Bilall Fallah deram uma nova roupagem, mais emotiva sem perder as principais características de muita ação da série. Os cabelos brancos e uma barriguinha mais saliente já são parte da realidade de Mike Lowrey (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence). Apesar de amigos inseparáveis, eles querem destinos diferentes. O primeiro não se vê fora da ação policial e não aceita a aposentadoria do amigo, que agora só quer curtir o neto e a família, um sofá macio e o controle remoto da TV. 



Lawrence está ótimo, ainda mais divertido, tentando ser mais zen e contra a violência. Apesar de já ter uma postura de "aposentado de chinelinho", ele se recusa a usar óculos para conseguir ter pontaria, enquanto Smith pinta a barba para não parecer mais velho. A agilidade também não é mais o forte do policial Mike, que agora apanha mais que bate. "Bad Boys Para Sempre" explora este "envelhecimento", mas de uma forma bem tranquila e emotiva, criando situações corriqueiras. Mostra que os heróis dos filmes de ação também ficam velhos, desejam parar de correr perigo, querem descansar junto à família, se aposentar e encontrar alguém para uma nova vida. 


Na nova trama, os policiais Mike Lowery e Marcus Burnett partem para uma última missão na tentativa de prender um traficante e assassino que está eliminando em Miami todos aqueles que foram responsáveis pela morte do pai dele. Mike está nesta lista e precisará contar com o leal amigo e também aprender a trabalhar com um novo grupo de elite do Departamento de Polícia, que usa a tecnologia no combate ao crime, usando métodos bem diferentes aos dele.


Além da dupla principal, o elenco conta com a ótima atuação de Joe Pantoliano, como o capitão Howard, chefe de Mike e Marcus, Vanessa Hudgens (ex-High School Musical), Alexander Ludwig, Charles Melton e Paola Nünez, que formam o grupo de elite. Na turma dos vilões estão Jacob Scipio, como o traficante Armando Armas, e Kate Del Castilho, como a mãe dele que comanda o cartel mexicano que atua em Miami. Até Michael Bay faz uma ponta. Destaque também para a ótima trilha sonora, a cargo de Lorne Balfe, responsável por sucessos como "13 Horas: Os Soldados Secretos" - 2016, "Lego Batman: O Filme" - 2017, "Missão Impossível - Efeito Fallout" - 2018 e "Projeto Gemini" - 2019.


Por enquanto, para quem gosta da  do estilo dos bad boys Will Smith e Martin Lawrence de atuar, vale conferir a nova produção, que abriu com R$ 7 milhões no primeiro final de semana no Brasil desde a sua estreia. O filme já é a maior bilheteria da franquia, acumulando mais de US$ 290 milhões e, apesar de seguir a mesma linha dos anteriores, tem uma pegada mais emotiva que agrada bastante e oferece uma boa diversão. Ao mesmo tempo, coloca a Sony Pictures no topo do ranking pela terceira semana consecutiva. As outras duas foram lideradas por “Jumanji: Próxima Fase” que já tem acumulado mais de R$ 45 milhões.


Ficha técnica:
Direção: Adil El Arbi e Bilall Fallah
Produção: Sony Pictures
Distribuição: Sony Pictures Brasil
Duração: 2h04
Gêneros: Ação / Comédia
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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