Mostrando postagens com marcador @EspaçoZ. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador @EspaçoZ. Mostrar todas as postagens

12 novembro 2017

"Um Perfil Para Dois", um triângulo amoroso simpático e bem diferente

Pierre e Alex dividem a paixão pela mesma mulher - Flora - descoberta num site de relacionamento (Fotos: La Belle Company/Divulgação)

Maristela Bretas


Um é viúvo, aposentado, inconformado com a morte da esposa e que se isolou do mundo há dois anos. O outro, um jovem sem perspectiva que tenta ser escritor. No meio desta dupla, uma linda jovem, também sozinha, descoberta pelo primeiro num site de relacionamento da internet. O que poderia dar errado? Tudo. A começar pela quantidade de mentiras envolvendo todos eles, cada um com seu motivo.

É nesta troca de mensagens e perfis falsos que se desenrola a simpática comédia romântica francesa "Um Perfil Para Dois" ("Un Profil Pour Deux"), dirigida e roteirizada por Stéphane Robelin. Belas locações, ótima interpretação de Pierre Richard como o viúvo Pierre, e de Fanny Valette, no papel de Flora.

A trilha sonora não é marcante, mas proporciona alguns momentos especiais, principalmente as cenas de Pierre, com sua forma de amar à moda antiga, "do tipo que ainda manda flores". E como ele trata com carinho e filmes antigos as lembranças de seu grande amor do passado. 

Ao mesmo tempo, sofre com a solidão da velhice e o abandono da família, exceto da filha Sylvie (Stéphane Bissot, muito engraçada no papel), que tenta controlá-lo. Já Yaniss Lespert, que faz Alex, está médio pra morto, sem sal e sem gás, nem parece um homem apaixonado. Até Stéphanie Crayencour, que faz Juliette, uma de suas namoradas e neta de Pierre, tem interpretação melhor. Mas não chega a comprometer a comédia.

Na história, Pierre, após passar dois anos em isolamento, é convencido pela filha a contratar um professor para lhe ensinar como navegar na internet. Sylvie sugere Alex, namorado frustrado de sua filha que Pierre detesta mas não conhece. 
Os dois se entendem e após o viúvo aprender a arte da navegação, entra num site de relacionamento e usa a foto de Alex em seu perfil. E é por essa foto, o perfil romântico e solitário e o dom da palavra de Pierre que Flora se apaixona. Agora, Alex terá de se passar pelo aluno para conhecer pessoalmente a jovem.

Um filme feito para distrair, bem conduzido, divertido e simpático que aborda, mesmo aprofundando pouco a questão da velhice (talvez pelo gênero escolhido). "Um Perfil Para Dois" também não é monótono ou cheio de mensagens de autoajuda e coisas do tipo. Vale a pena ser conferido.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Stéphane Robelin
Produção: Detailfilm / Panache Productions
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h41
Gêneros: Comédia / Romance
Países: França / Alemanha / Bélgica
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #UmPerfilparaDois, @PierreRichard, @YanissLespert, @FannyValette, #comedia, #romance, #relacionamentonainternet, @ParisFilmes, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

09 novembro 2017

Comédia "Gosto se Discute", com Kéfera, estreia nos cinemas de BH

A história se desenrola entre um preparo e outro de pratos da alta gastronomia (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Em sua segunda investida no cinema (a primeira foi "É Fada", de 2016), a atriz, vlogueira, apresentadora e escritora Kéfera Buchmann volta às telas com mais uma comédia, desta vez ao lado do veterano ator de novelas Cássio Gabus Mendes. A famosa vlogueira veio a Belo Horizonte na última terça-feira para o lançamento em sessão especial do filme "Gosto se Discute", que conta a história de uma auditora, Cristina Falcão (papel de Kéfera), enviada por um banco para salvar da falência o restaurante do chef Augusto (Cássio Gabus Mendes). Mas a presença dela desagrada tanto ao empresário quanto a seus funcionários.


A produção gastronômica é um deleite para os olhos, apresentando pratos maravilhosos e requintados, dignos de um restaurante de luxo que não abre mão da classe, da qualidade e do sabor. E são de dar água na boca, exceto para em clientes xucros que insistem em estragar a comida acrescentando uma porção de batata frita (que eu adoro mas não combina) e litros de ketchup.


Entre um jantar e outro, o restaurante vai perdendo sua freguesia para a comida rápida vendida no food truck estacionado em frente. O clima vai ficando pesado, com muitas brigas e cortes para equilibrar o orçamento. Cristina passa a cobrar de Augusto mais criatividade e cardápio novo para não fechar as portas. Para piorar as coisas, o estresse leva o chef a perder o paladar. Em compensação, à medida que passam mais tempo juntos, o envolvimento entre ele e Cristina vai crescendo.


Com roteiro e direção de André Pellenz. "Gosto se Discute" é uma comédia sem um público definido, mas recebeu classificação para 12 anos, o que torna a cena de sexo na bancada da cozinha dispensável, apesar de não ficar atrás de muitas que são oferecidas diariamente nas telenovelas. O elenco conta ainda com as participações de Paulo Miklos, Gabriel Godoy e Zéu Britto.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: André Pellenz
Produção: Damasco Filmes
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h20
Gênero: Comédia 
País: Brasil
Classificação: 12 anos

Tags: #gostosediscute, @KeferaBuchmann, @CassioGabusMendes, @AndrePellenz #comedianacional, #gastronomia, @ImagemFilmes, @cinemas.cineart, @EspaçoZ, @CinemanoEscurinho

06 novembro 2017

Belo em fotografia e locações, mas faltou química ao par romântico de "Depois Daquela Montanha"


 Produção tem grande elenco formado por Idris Elba, Kate Winslet e Beau Bridges (Fotos: Fox Film/ Divulgação)


Maristela Bretas


Uma fotografia belíssima, locações bem escolhidas entre geleiras e uma dupla de atores premiada e com público garantido. "Depois Daquela Montanha" ("The Mountain Between Us") seria um dos grandes romances do ano. A história é interessante e as cenas de ação bem feitas, principalmente a do acidente aéreo, com a câmera alternando a posição de visualização da frente para a traseira do avião e vice-versa. Kate Winslet e Idris Elba fazem ótima interpretação de seus personagens, como era esperado, mas a química entre os dois não funcionou, "não tem pegada", é morna, sem calor, quase dois estranhos do início ao fim. 

Se fossem papéis isolados, sem formarem o par romântico vivendo uma situação de risco, com certeza a produção daria muito mais certo. A história é boa, vale ir ao cinema só pela presença dos dois atores, que ainda contam com o apoio de Beau Bridges e Dermot Mulroney no elenco.  Mas o diretor não conseguiu extrair bem o lado emotivo do enredo. Quando estão juntos, a emoção não convence, menos ainda ao romântico.

Num aeroporto, a fotógrafa Alex (Kate Winslet) fica conhecendo o neurocirurgião Ben (Idris Elba) e ambos precisam chegar a seus destinos - ela vai se casar e ele está voltando de um congresso médico -, mas todos os voos estão cancelados devido a uma forte tempestade. A dupla aluga um pequeno avião, pilotado por Walter (Beau Bridges), que sofre uma parada cardíaca e acaba derrubando a aeronave numa região montanhosa deserta, coberta de neve. Feridos, Alex e Ben terão de se unir para sobreviverem e escaparem do local e seus perigos. Ao mesmo tempo começam a se interessar um pelo outro. 

Além dos três atores, destaque para um participante muito simpático e essencial à história, o cachorro (sem nome definido), da raça Labrador (tipicamente americano). Pode neve, tempestade, avião, e ele se mantém lá, sobrevivendo, firme, forte e protetor. 

Fora a questão amorosa, "Depois Daquela Montanha" oferece um visual invejável, de montanhas cobertas de neve, uma imensidão branca que chega a dar medo. Mas ao mesmo tempo atrai, principalmente nas cenas em que Idris Elba está no alto de um dos rochedos procurando ajuda. A trilha sonora também atende bem. Não foi dos melhores filmes de Idris Elba e Kate Winslet, esperava mais, mas não decepciona de todo.



Ficha técnica:
Direção:  Hany Abu-Assad
Produção: Fox 2000 Pictures / Chernin Entertainment
Distribuição:  Fox Film do Brasil
Duração: 1h47
Gêneros: Drama / Ação / Romance 
País: EUA
Classificação: 12 anos 
Nota: 3 (0 a 5) 

Tags: #DepoisDaquelaMontanha, @KateWinslet, @IdrisElba, @BeauBridges, #ação, #romance, #drama, @20thCenturyFox, #FoxFilmdoBrasi, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

03 novembro 2017

"A Noiva" é um terror russo fraco que errou do início ao fim

Produção seria baseada em fatos reais de um ritual praticado no século XIX (Fotos: Splendid Film GmbH/Divulgação)

Maristela Bretas


Fraco, sem enredo, atores de atuação questionável, pobre de imagens (uma delas é usada três vezes e não representa nada em nenhuma delas). Enfim, o filme de terror russo "A Noiva" ("Nevesta") é esquecível e marca um início muito ruim do diretor e roteirista Svyatoslav Podgayevskiy. Isso sem falar na dublagem de um filme russo para o inglês com legendas em português, um desencontro total. Pior que telenovela venezuelana.


Se o trabalho do chefe não foi bom, mesmo tendo bom material para explorar, uma vez que foi baseado em fatos reais ocorridos na Rússia, imagine o do elenco, que deixou muito a desejar em interpretação, principalmente o casal principal - Vyacheslav Chepurchenko (que faz o noivo Ivan) e Victoria Agalakova, no papel de Nastya, a noiva escolhida.



Que sofrência ficar no cinema até o final. O que era para ser um terror, se tornou um martírio de lentidão, com pouco suspense e história sem sentido. Nem mesmo o ambiente sombrio ajudou nos sustos, que não acontecem. Só aumentou o sono. Num ano em que o gênero terror apresentou ótimas produções como "It - A Coisa" e "Annabelle 2", colocar nas telas um longa como "A Noiva" é uma estratégia decepcionante. Há até uma expectativa de que o final possa trazer surpresas, mas nada acontece.


Com história confusa, sem impacto e sem ritmo, o filme trata de um ritual macabro praticado no século XIX. Na época acreditava-se que fazendo a fotografia da pessoa morta, a alma seria preservada. E que bastaria usar o corpo de uma virgem num ritual macabro para que a falecida voltasse. Foi pensando nisso que o fotógrafo de mortos resolveu seguir os costumes para tentar reviver sua falecida esposa.

Mas no lugar da morta veio uma entidade que passou a perseguir por várias gerações a família do tal fotógrafo. Na última, já nos dias atuais, um dos herdeiros se recusa a ceder a noiva para hospedar a tal entidade do mal, o que desagrada à família que teme ser punida por não entregar uma vítima para o sacrifício (isso me lembra "King Kong" e "A Múmia"). E só, é essa água morna até o final dos 93 minutos de duração.



Como gosto não se discute, o diretor com certeza ficou feliz por "A Noiva" ter atingido um ótimo público na Rússia. E ainda poderá ganhar uma versão americana sob a direção dos irmãos Chad e Carey Hayes, os mesmos dos dois filmes de "Invocação do Mal". Tomara que este remake seja bem melhor que o original e contar a história como deve. Ou pelo menos oferecer bons efeitos visuais para compensar.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Svyatoslav Podgayevskiy
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h33
Gênero: Terror
País: Rússia
Classificação: 16 anos
Nota: 1,5 (0 a 5)

Tags: #ANoiva, #terrorrusso #terror, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

23 outubro 2017

"Tempestade: Planeta em Fúria" é um "puxadinho" de filmes-catástrofe

Produção com cenas absurdas de desastres climáticos e Gerard Butler como mocinho conquista liderança em estreia nas bilheterias brasileiras (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Muitas foram as formas encontradas pelos produtores e diretores para destruir a Terra e o espectador ainda verá outras centenas no cinema, pois a criatividade ainda é grande. Mas este não é o caso de "Tempestade: Planeta em Fúria" ("Geostorm"), primeiro longa dirigido, roteirizado e produzido por Dean Devlin, responsável pela produção de “Independence Day: O Ressurgimento” (2016). Devlin usa e abusa nos efeitos visuais nas cenas de desastres climáticos, o que era esperado para o gênero. 

Mas quando se trata de enredo, este é bem fraco. Nada de novo, pelo contrário, pega um pouquinho de outros antigos sucessos, como "2012" (2009) e "O Dia Depois de Amanhã" (2004) e amplia na destruição sem passar nenhuma mensagem clara. Se o objetivo era só mostrar o estrago que a natureza pode fazer, o diretor foi até além: mostra o Rio de Janeiro assolado por uma onda gelada, o Afeganistão vira uma calota polar, derruba um avião no centro de uma cidade, inicia inúmeros furacões na Ásia. Tudo em enormes proporções.


E esse exagero climático, apresentado no trailer de divulgação, funcionou bem com o público e já no primeiro final de semana de estreia levou o filme à liderança nos cinemas brasileiros. "Tempestade: Planeta em Fúria" foi assistido por quase 290 mil pessoas, com arrecadação de mais de R$ 5,3 milhões em bilheteria. Atingiu seu propósito, mas não quer dizer que seja uma ótima produção. Poderia ter um enredo melhor elaborado. 

Há ainda tem um ponto duvidoso: a escolha de Gerard Butler como protagonista: há momentos em que ele parece incorporar o personagem Milo Boyd, de "Caçador de Recompensas" (2010), e em outros, o agente da CIA Mike Banning, de "Invasão à Casa Branca" (2013) e "Invasão a Londres" (2016). Não combina muito, mas atrai público.

Andy Garcia (o vesguinho mais charmoso de Hollywood) é o presidente dos Estados Unidos, assessorado por Ed Harris, que sempre deixa a dúvida se está na pele de mocinho ou vilão. O elenco conta ainda com Jim Sturgess, Abbie Cornish, Alexandra Maria Lara, Eugenio Derbez e Daniel Wu.


Na história, um acordo entre líderes mundiais cria uma rede complexa de satélites que controla o clima no planeta, após uma série de desastres naturais. Porém, o sistema começa a apresentar falhas, atacando diversas cidades pelo mundo (incluindo o Rio de Janeiro), o que faz os pesquisadores iniciarem uma corrida contra o tempo, antes que o defeito provoque uma devastação total, que eles chamam de Geostorm. 


Para resolver o problema é convocado o criador do programa, o cientista Jake Lawson (Gerard Butler), um cara sarcástico, separado da mulher, que tenta viver bem com a filha adolescente, mas não se dá bem com o irmão Max (Jim Sturgess), funcionário do alto escalão do governo. No espaço, Jake vai ter como aliada a astronauta alemã Ute Fassbinder (Alexandra Lara) que comanda a Estação Internacional, que controla toda a rede.

Na Terra, Max vai precisar provar que os ataques são propositais e só poderá contar com o apoio do amigo e cientista Cheng Long (Daniel Wu) e da namorada e agente do serviço secreto Sarah Wilson (Abbie Cornish) para convencer o presidente Andrew Palma (Andy Garcia) e o secretário de Estado Leonard Dekkom (Ed Harris) sobre o perigo.

Entre explosões, carros voando, aviões e pássaros congelados caindo do céu, calotas polares derretendo, tsunamis gigantescos inundando e destruindo cidades inteiras, "Tempestade: Planeta em Fúria" é para quem gosta muito do gênero filme-catástrofe. Não espere uma boa história, apenas muitas cenas de desastres ambientais, do início ao fim, em proporções tão exageradas que algumas chegam a ser engraçadas.



Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção: Dean Devlin
Produção: Skydance
Distribuição: Warner Bros. Pictures Brasil
Duração: 1h49
Gêneros: Ação / Ficção científica
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #TempestadePlanetaemFuria, #Geostorm, @GerardButler, @JimSturgess, @EdHarris, @AndyGarcia, @AbbieCornish, #ficção, #ação, @Skydance, @WarnerBrosPictures, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

17 outubro 2017

"A Morte Te Dá Parabéns" é terror leve no estilo "déjà vu"

Jessica Rothe convence nos momentos em que é atacada pelo assassino mascarado (Fotos: Patti Perret/Universal Pictures)

Maristela Bretas


Os próprios atores citam a semelhança com a comédia "clássica" Feitiço do Tempo (1993), com Bill Murray e Andy MacDowell. Mas para os dias de hoje, "A Morte Te Dá Parabéns" ("Happy Death Day") está mais para o drama "Antes que Eu Vá" (2017), em que uma jovem vive repetidamente o fatídico dia de sua trágica morte, enquanto tenta descobrir o que precisa consertar na sua vida cada vez que acorda.

Para dar uma animada no filme, o diretor Christopher Landon transformou o que seria mais um romance de adolescentes em um terror leve, que não chega a ser "Premonição" nem "Pânico", mas que apresenta um novo personagem do mal. O  assassino em questão usa roupa preta e uma máscara horrorosa de gordinho tarado, carrega uma faca gigantesca e mata dia após dia a jovem Tree, vivida por Jessica Rothe, que foi coadjuvante em "La La Land". Ela é uma estudante arrogante que trata mal os rapazes, as colegas de fraternidade e não dá atenção ao pai, mesmo no dia do aniversário dela.

Até que é morta pela primeira vez, exatamente nesta data, pelo mascarado bochechudo. Ao acordar, ela descobre que está revivendo o dia anterior, numa sensação de "déjà vu" de sua morte. E ela terá de reviver esse momento, dia após dia, com pequenas variações de armas e locais. Só assim conseguirá descobrir quem é seu assassino e o porquê de ele querer tanto matá-la. Nesse meio tempo, vai conhecer Carter (Israel Broussard), o nerd que vai tentar ajudá-la a desvendar o mistério cada vez que ela despertar e lhe contar a história novamente.

Jessica Rothe está bem no papel, convence nos momentos de suspense e dá credibilidade a seu personagem. Israel Broussard faz o tipo de rapaz de filmes de adolescentes que nunca pegou uma garota e se sai bem. Se o espectador prestar atenção em alguns detalhes, poderá descobrir o assassino bem antes do final. Mesmo com Tree tendo deixado um rastro de inimigos em sua vida escolar, do tipo entra na fila pra me matar.

Apesar de terror, "A Morte Te Dá Parabéns" vale como diversão, é bem conduzido, diálogos simples, alguns sustos e poucas risadas. Diferente de algumas produções da Blumhouse, que se especializou em filmes do gênero, do tipo "Corra!" (2017), "Fragmentado" (2017), "12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição" (2016), "A Visita" (2015) ou "O Presente" (2015). Nada de muito novo, exceto a máscara do gordinho assassino, que deve disputar com a de "Pânico" e a  do palhaço "Pennywise", de "It - A Coisa" (2017) a preferência dos amantes do terror.



Ficha técnica:
Direção: Christopher Landon
Produção: Blumhouse Productions
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Duração: 1h36
Gêneros: Terror / Suspense
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #AMorteTeDaParabens, #dejavu, @JessicaRothe, #terror, #suspense, #reviverapropriamorte, @UniversalPicturesBrasil, @BlumhouseProductions, @cinemas.cineart, @EspaçoZ, @CinemanoEscurinho

13 outubro 2017

Fotografia, figurinos e atuações são os destaques do emocionante "Entre Irmãs"

Marjorie Estiano e Nanda Costa formam uma dupla bem entrosada e conquista o público como as irmãs separadas pelo destino (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Uma é Emília, a outra Luzia. Duas irmãs inseparáveis vivendo com a tia, exímia costureira que lhes ensina o ofício. Duas personalidades com desejos diferentes - uma quer ganhar o mundo, se mudar para a capital; a outra, deficiente física desde a infância, deseja apenas manter a pequena família unida. Mesmo com seus caminhos separados, as jovens permanecem ligadas pelo amor de uma pela outra. Esta é a bela história de "Entre Irmãs", filme dirigido por Breno Silveira, o mesmo de "Dois Filhos de Francisco", que volta a investir na relação de família, e na ambientação regional de um Brasil que poucos conhecem.

Desta vez, os locais escolhidos foram o sertão pernambucano, com sua seca e pobreza, e Recife, com sua sociedade rica e preconceituosa. O diretor entrega ao público outro ótimo trabalho na escolha das locações e das protagonistas, além da fotografia impecável. Erra no entanto no enredo detalhista demais, o que deixou a produção longa e desnecessária - 2h40. Talvez porque ela deva ser adaptada para minissérie de TV, como aconteceu com outro trabalho de Breno Silveira - "Gonzaga - De Pai Pra Filho", de 2011, que contou também com as atuações de Nanda Costa e Cyria Coentro.

No longa, Nanda Costa interpreta Luzia, irmã de Emília, papel de Marjorie Estiano. As duas estão excelentes e mostram maturidade e grande sensibilidade que cativa e comove o público. Cyria Coentro, que faz a tia Sofia, merece também destaque, compondo o trio da primeira parte do filme. A chegada de Carcará (vivido por Júlio Machado, de "Joaquim" - 2017) vai mudar a vida das três mulheres para sempre, ao levar Luzia com ele. Baseado no livro "O Cangaceiro e a Costureira", de Frances de Pontes Peebles, "Entre Irmãs" transforma essa união numa versão romanceada da dupla de cangaceiros mais famosa do Nordeste - Lampião e Maria Bonita.

A história está bem distribuída entre a vida das duas irmãs, seus dramas e a relação com as pessoas que as cercam. Com a separação de Luzia, Emília também vai atrás de seu tão desejado sonho de morar na capital, onde irá descobrir que nem sempre o príncipe encantado é tudo aquilo que esperava. A partir da segunda parte do filme, outros bons atores são incorporados à trama, como a bela Letícia Colin, interpretando Lindalva, a amiga confidente de Emília, Rômulo Estrela, como Degas, Claudio Jaborandy e Rita Assemany, pais de Degas, Ângelo Antonio, como Dr. Eronildes, e Fábio Lago, o cangaceiro Orelha, do bando de Carcará.

Passado na década de 1930, o filme faz uma bela reconstituição de época, com figurinos impecáveis. A abordagem de alguns temas são bem atuais, especialmente o preconceito contra a mulher, o maior problema enfrentado por Emília e Luzia. Também a homossexualidade escondida ou vista como uma doença que ser tratada em clínica psiquiátrica bate com a discussão que hoje toma conta do país com a absurda "cura gay". Ou a tragédia na infância, que joga uma criança no mundo do crime e quando adulto age com crueldade contra seus inimigos, mas defende os injustiçados. Algo semelhante ao que acontece com alguns criminosos que controlam comunidades carentes.

"Entre Irmãs" é um belo filme, merece ser visto, apreciado e discutido. Breno Silveira acertou em quase todos os detalhes, errou apenas na duração, o que não compromete a qualidade desta produção nacional. Apesar de ser ambientado no século passado, é bem atual e contra com excelentes interpretações, principalmente de Marjorie Estiano e Nanda Costa, as irmãs costureiras, marcadas pela pobreza do sertão, que ganham o mundo e precisam impor suas personalidades, uma como dama da hipócrita sociedade da capital, e a outra como a mulher que não se dobra ao machismo do cangaço.



Ficha técnica:
Direção: Breno Silveira
Produção: H2O Films / Globo Filmes / Conspiração Filmes
Distribuição: Sony Pictures Brasil
Duração: 2h40
Gêneros: Drama / Nacional
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #EntreIrmas, @BrenoSilveira, @NandaCosta, @MarjorieEstiano, @CyriaCoentro, @JulioMachado, #drama, #nacional, @H2OFilms, @GloboFilmes,  @SonyPicturesBrasil, @cinemas.cineart, @EspaçoZ, @CinemanoEscurinho

10 outubro 2017

"Pica-Pau" perde a graça e o sarcasmo que marcaram os desenhos

Filme com o famoso personagem tem história bem simples e elenco fraco (Fotos; Universal Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Era para ser uma boa lembrança de um tempo em que os desenhos eram divertidos, mesmo recheados de sarcasmo e não tão "politicamente corretos", que provocavam risadas e não precisavam de tantos recursos técnicos para fazer um personagem marcar a infância de várias gerações. Esse era o "Pica-Pau", que agora ganhou uma versão em animação computadorizada com live-action, voltado para crianças a partir de seis anos, mas que não consegue ter a mesma simpatia que o original.

Em "Pica-Pau: O Filme", o pássaro falante e multicolorido voa de um lado para outro, apronta com todos, mas é sem graça. Vai divertir algumas crianças desta faixa, que possivelmente nunca viram o desenho, mas os próprios pais, que tiveram a oportunidade de ver o verdadeiro Pica-Pau, vão sentir uma diferença enorme. Além do personagem principal feito em computação gráfica, também os atores reais que contracenam com ele são bem fraquinhos. Timothy Omundson (que tem uma trajetória em séries de TV) faz o papel do arquiteto que Lance Walters, que quer desmatar a floresta onde vive o insano passarinho.

Para atrair o público brasileiro, onde o desenho ainda tem um público fiel que garante audiência, foi chamada a inexpressiva atriz Thaila Ayala (de "Mais Forte que o Mundo - A História de José Aldo" - 2016) para o papel de Vanessa, namorada de Lance. No elenco ainda temos Graham Verchere, como Tommy, filho de Lance, Scott McNeil e Adrian Glynn McMorran, que fazem os irmãos trapalhões Nate e Ottis Grimes.

A história é bem simples, sem mistério, ideal para criança pequena entender sem esforço: Lance quer construir uma mansão no meio de floresta e leva para o lugar sua namorada esnobe e o filho com quem não convive bem. Ao começar o desmatamento, provoca a revolta do travesso Pica-Pau, que parte para o ataque, usando as armas que tem, infernizando tanto os operários quanto os donos da casa. Ao mesmo que trava uma batalha com os desmatadores, a insana ave se torna amiga e defensora de Tommy e juntos vão tentar impedir a destruição do local.

Sem aprofundar muito na questão ambiental e até mesmo no lado de relacionamento entre pai e filho, o filme serve como distração para uma tarde com os pequenos. Eles podem se divertir com as aprontações da famosa ave, as falas e situações engraçadas com muitos tombos na lama, explosões sem ferimentos, picadas na cabeça e mensagens do tipo - "Não faça isso em casa". "Pica-Pau: O Filme" não chega aos pés do personagem louco criado por Walter Lantz em 1940 e único desenho animado a ter uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Alex Zamm
Produção: Universal Animation Studios
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h24
Gêneros: Animação / Comédia / Família
País: EUA
Classificação: 6 anos
Nota: 2 (0 a 5)

Tags: #PicaPauOFilme, #WoodyWoodpecker, @ThailaAyala, @TimothyOmundson, #animação, #comédia, #família, @UniversalPictures, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

07 outubro 2017

"Chocante", comédia dramática para lembrar as "boys bands" da década de 1990

Filme conta com elenco conhecido de bons humoristas, com direito a histeria de fãs e flashbacks (Fotos: Imagem Filmes / Divulgação)


Maristela Bretas


Os atores são bons humoristas, conhecidos de novelas e shows na TV e produções para o cinema, mas o filme desaponta. O enredo tenta mostrar como era (e ainda é) a reação histérica dos fãs adolescentes diante de seus ídolos, e, principalmente, como eles caem no esquecimento depois que o sucesso acaba e as novas gerações nem sabem que eles existiram. Essa é a história de "Chocante", comédia brasileira com Bruno Mazzeo, Marcus Majella, Lúcio Mauro Filho e Bruno Garcia. O elenco conta ainda com a participação de Tony Ramos, Débora Lamm e Pedro Neschling. 

A parte da comédia fica por conta de Marcus Majella, no papel de Clay, que durante o sucesso da banda sempre passar a imagem de garanhão e só depois de mais velho assume que é gay. Para seus amigos ele conta ele diz ser responsável pelo marketing de uma grande rede - não passa de anunciante de produtos de um supermercado. Outro também que proporciona algumas risadas é Bruno Garcia, como Toni, que ainda acredita que Clay é "o pegador" e fala para todos que trabalha com transporte executivo, quando na verdade é um motorista de aplicativo. 

Bruno Mazzeo é Téo, na época o líder da banda Chocante, e que faz o lado dramático da comédia. Um cara que nunca aceitou bem a separação da mulher, tem uma filha que o adora mas que ele tem pouco tempo para ela e finge para os amigos que é um diretor de cinema independente, enquanto faz filmagens de casamento e batizados. 


O papel mais sem graça ficou para Lúcio Mauro Filho, como Tim, irmão de Téo, um cara chato, com uma família chata, que trabalha como oftalmologista do Detran. Ele nunca se conformou com o fim da banda e não perdoa o irmão por ter causado a separação do grupo quando eles estavam no auge do sucesso e poderiam se tornar um fenômeno como os Menudos.

Todos vivem de lembranças e rancores, até que a morte do quinto integrante, Tarcísio, os une no velório e os coloca em contato com Quézia, a líder do fã clube, ainda fanática. Do tipo que tem a casa decorada com pôsters e objetos da Chocante mesmo passados 20 anos de seu fim, ela incentiva os quatro a se juntarem, pelo menos mais uma vez, para um show, em nome dos velhos tempos, apresentando seu hit mais famoso - "Choque de Amor". A música embala 90% do filme e é do tipo chiclete - fica grudada na sua cabeça horas depois.

O antigo empresário Lessa (interpretado por um espalhafatoso e cafona Tony Ramos) é procurado e este exige que a banda Chocante tenha os cinco integrantes como a original. Para isso, inclui Rod (Pedro Neschling), um jovem geração ultra conectado que acaba de vencer um decadente reality show e só pensa nos "likes" e compartilhamentos que vai ganha ao se unir aos "feras das antigas", como ele chama os quatro. E entre ensaios e discussões, o filme vai se desenrolando, contando o drama de cada um e a vontade de recuperar o tempo perdido da banda Chocante. Tudo muito esperado, sem nenhum impacto, uma risada aqui, um momento emocionante ali, mas não vale mais que um especial de TV de fim de ano, o que acredito deverá acontecer bem breve. 

O projeto de "Chocante", segundo seus produtores, foi criado em conjunto, a partir da ideia original de Pedro Henrique Neschling, que escreveu o argumento do longa em parceria com Luciana Fregolente, "Chocante" tem roteiro assinado por Bruno Mazzeo, Neschling, Fregolente e Rosana Ferrão. Em entrevista, Neschling explicou que se trata de um filme sobre reencontro de amigos, lembranças de um passado de sucesso, relacionamento familiar e um acerto de contas com a vida. Realmente, a produção aborda tudo isso, mas não é nada excepcional. Como está na própria chamada do filme, "Ninguém pediu, mas eles voltaram!" e com certeza vai atrair o público por causa do elenco.


Ficha técnica:
Direção: Johnny Araújo e Gustavo Bonafé
Produção: Globo Filmes / Orion Pictures / Casé Filmes / Rio Filme / Telecine
Distribuição: Imagem Filmes
Duração:  1h34
Gêneros: Comédia / Drama
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2.5 (0 a 5)

Tags: #Chocante, # BrunoMazzeo, @MarcusMajella,@LúcioMauroFilho, @BrunoGarcia,@TonyRamos, #drama, #comedia, @ImagemFilmes, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

05 outubro 2017

"Blade Runner 2049" uma continuação digna do clássico

Ryan Gosling ocupa o lugar de caçador de androides que foi de Harrison Ford, que está de volta ao papel após 35 anos (Fotos: Sony Pictures / Warner Bros. Pictures /Divulgação)

Maristela Bretas


O clássico "Blade Runner: O Caçador de Androides" ("Blade Runner" - 1982) ganha sua continuação 35 anos depois de sua estreia, agora sob a direção de Denis Villeneuve com produção executiva de Ridley Scott, diretor do primeiro. Com dois renomados diretores e um elenco de primeira, estreia nesta quinta-feira nos cinemas "Blade Runner 2049", uma grande produção que faz jus ao filme original em vários aspectos, a começar pelo aumento da degradação ambiental e a evolução dos robôs nos 30 anos da história, a partir de 2019.

Destaque para a fotografia do filme, que supera até mesma a longa duração - 2h43, contra a 1h57 do original -, o que o deixa cansativo em alguns momentos. O roteiro foi muito bem conduzido e levanta a hipótese, em várias cenas e diálogos, para um possível terceiro filme, algo na linha de "O Exterminador do Futuro - A Rebelião das Máquinas" (2003), uma vez que os dois lados estão montando seus exércitos para um conflito final.

"Blade Runner 2049" mantém o visual sombrio, reforçado pela chuva constante, prédios enfileirados como blocos, locais escuros e abandonados e a iluminação da rua vinda de enormes letreiros de neon - por sinal, um grande merchandising, como no primeiro. Também as imagens da cidade vistas durante os voos das aeronaves, continuam sendo um espetáculo à parte. Para a área afetada por um colapso nuclear que mudou todo o ecossistema, o diretor escolheu tons mais amarelados, intensificados por uma névoa. As filmagens de "Blade Runner 2049" foram inteiramente realizadas na Hungria, com locações em todo o país e ocupando todos os seis platôs, além de gravações e montagens feitas em estúdios em Budapeste e Etyek.


O diretor pegou uma tarefa bem complicada: dar sequência a um clássico que marcou época e ainda é referência na união da ficção ao filme noir. E conseguiu fazer um belo trabalho, contando com nomes famosos e premiados na produção, como Ryan Gosling, Jared Leto, Robin Wright, Ana de Armas, Sylvia Hoeks e Dave Bautista, além de trazer de volta para o novo longa-metragem Harrison Ford, Edward James Olmos e Sean Young, que participaram do filme de 1982.


Gosling está ótimo no papel de K, um replicante consciente de sua origem que tenta ser insensível ao trabalho de eliminar a própria raça. Ele, no entanto, é apaixonado por uma imagem holográfica, a quem chama de Joi, bem interpretada também pela bela atriz Ana de Armas. Jared Leto tem um papel importante, mas foi pouco aproveitado. Harrison Ford, mesmo bem envelhecido, é a parte mais esperada pelo público e responsável pelas cenas de ação. O encontro dele com Gosling é um momento marcante do filme.


Assim como em "O Caçador de Androides", a história discute principalmente sentimentos, identidade e relação. A forma como é abordada a questão do trabalho escravo dos replicantes, não importando a idade, faz a gente refletir sobre uma realidade que vemos acontecer hoje em alguns países. Mais um motivo para humanos e replicantes conviverem se odiando.

No primeiro filme, os super androides Nexus 6 quase perfeitos foram considerados descartáveis e caçados até sua quase extinção. Em "Blade Runner 2049", eles estão "mais perfeitos que humanos", mas continuam sendo desprezados. K é o novo Blade Runner da Polícia de Los Angeles, sob o comando da tenente Joshi (Robin Wright). Ele deve eliminar remanescentes da nova geração de Nexus 8, função que no passado foi do humano Harrison Ford. O policial começa a ter dúvidas sobre sua origem e trabalho após encontrar o fazendeiro de proteína Sapper Morton (Dave Bautista).

K passa a investigar a empresa de Niander Wallace (Jared Leto) que encara os replicantes como necessários à sobrevivência da humanidade e tenta ampliar o número deles na Terra e nas colônias. Wallace é auxiliado por Luv (Sylvia Hoeks), uma androide que deixa cadáveres por onde passa. A investigação de K o leva a descobrir um segredo que poderá mudar os rumos da civilização. Para isso terá de encontrar Rick Deckard (Harrison Ford), um ex-policial Blade Runner desaparecido há três décadas. Entre lutas e perseguições, K ainda encontra tempo para o prazer virtual com a imagem de Joi, a quem ama mas não pode tocar.

Efeitos visuais excelentes, sem exageros, com destaque para as cenas em que a imagem de Joi é intercalada com a da garota de programa Mariette (Mackenzie Davis), além dos sobrevoos sobre a Los Angeles degradada do futuro. Trilha sonora sob a batuta de Hans Zimmer também muito boa, mas foge do estilo do Vangellis, responsável pelo original. "Blade Runner 2049" é um ótimo filme, deve ser visto e, apesar de os diretores dizerem que não é necessário assistir ao primeiro, acho essencial para entender vários pontos da nova produção. E também porque "Blade Runner: O Caçador de Androides" é considerado um dos melhores e mais importantes filmes de todos os tempos no gênero.




Ficha técnica:
Direção: Denis Villeneuve
Produção: Warner Bros. Pictures / Alcon Entertainment / Columbia pictures
Distribuição: Sony Pictures Brasil
Duração: 2h43
Gêneros: Ficção científica / Suspense
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #BladeRunner2049, #ficçao, #suspense, @DenisVilleneuve, @RyanGosling, @HarrisonFord, @JaredLeto, @SonyPicturesBrasil, @WarnerBrosPictures, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho