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04 dezembro 2025

“Five Nights at Freddy’s 2” tenta se aproximar do game, mas repete as falhas de roteiro do primeiro filme

Os animatrônicos estão de volta, mais cruéis e vingativos, comandados por uma entidade do mal 
(Fotos: Blumhouse)
 
 

Maristela Bretas

 
Dirigido novamente por Emma Tammi, "Five Nights at Freddy’s 2" chega aos cinemas nesta quinta-feira (4) prometendo revisitar os traumas deixados pelo primeiro longa, "Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim", de 2023.

A premissa é instigante: 20 anos após a morte misteriosa de uma menina na Freddy Fazbear’s Pizza, Mike Schmidt (Josh Hutcherson), sua irmã Abby (Piper Rubio) e sua ex-namorada Vanessa (Elizabeth Lail) ainda lidam com cicatrizes emocionais do dia do crime — lembranças que insistem em não desaparecer.


Eles agora tentam encontrar uma maneira de sobreviver por cinco dias ao novo grupo de animatrônicos que promete provocar o caos na cidade. 

Os antigos robôs, que deveriam ter sido destruídos, ressurgem durante um festival que relembra a antiga pizzaria e seus personagens. E estão mais fortes e dominados por uma entidade vingativa.

Mas, se a história sugere um mergulho mais profundo nesses personagens, o filme não entrega a intensidade que poderia. Freddy, Chica, Foxy, Bonnie e até o Cupcake deixam de ser criaturas fofinhas e adoradas pelas crianças e se tornam instrumentos de um mal que persegue Mike e quem quer que se aproxime dele. No papel, parece assustador. Na tela, nem tanto.


Apesar do potencial, “Five Nights at Freddy’s 2” é visivelmente mais fraco que o primeiro. Os sustos são escassos e previsíveis; a tensão, quase inexistente. Há momentos em que o ritmo lento não apenas prejudica o suspense, mas ameaça entediar o espectador. 

A sensação é de que o longa evita arriscar — e acaba não oferecendo nada realmente novo ou memorável. Apenas um conjunto de animatrônicos, sets e personagens que são ícones do jogo e eram aguardados pelos fãs.


Assim como o filme original, esta continuação não faz jus ao universo rico e enigmático criado por Scott Cawthon em 2014, cuja popularidade foi determinante para levar quase 3 milhões de espectadores aos cinemas em 2023. 

A adaptação, mais uma vez, falha em capturar a atmosfera sinistra e a sensação de perigo constante que os games proporcionam.

Além de Josh Hutcherson e Elizabeth Lail estão de volta Matthew Lillard, retomando o papel de William Afton/Springtrap, e Theodus Crano, como Jeremiah, amigo de Mike. A novidade é a presença de Freddy Carter, interpretando Jeremy Fitzgerald, um personagem aguardado que remete aos jogos.


O elenco faz o possível com o material que tem, mas o roteiro não oferece profundidade suficiente para que o drama familiar ou o terror realmente se destaquem. 

No fim, "Five Nights at Freddy’s 2" parece funcionar mais como um fan service protocolar do que como um filme de terror sólido. Falta ousadia, falta tensão e falta, sobretudo, o espírito inquietante que tornou a franquia dos games um fenômeno mundial. 


Ficha técnica:
Direção: Emma Tammi
Roteiro: Emma Tammi e Scott Cawthon
Produção: Blumhouse
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h33
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gênero: terror
Nota: 2,5 (0 a 5)