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11 outubro 2024

"Tempestade Ácida" entrega abordagem superficial sobre crise climática

Uma família tenta se unir para escapar de uma chuva tóxica que está destruindo cidades na França e matando pessoas e animais (Fotos: Laurent Thurin)


Maristela Bretas


O longa francês "Tempestade Ácida" ("Acide"), de 2023, apresenta uma proposta promissora: explorar os impactos devastadores da crise climática em uma família comum. No entanto, a execução deixa a desejar. O enredo, fragmentado e repleto de incoerências, prejudica o envolvimento do espectador com a obra. 

A caracterização dos personagens é superficial, e suas reações diante da catástrofe soam infantis e pouco realistas. Além disso, a abordagem da crise climática é superficial, perdendo a oportunidade de promover uma reflexão mais profunda sobre o tema. 


Dirigido por Just Philippot, o filme começa de forma confusa e, entra, gradualmente na questão ambiental, a partir de uma forte onda de calor que atinge a França e outros países. A primeira a chamar a atenção para o problema é a mimada e rebelde Selma (Patience Muncehnbach), cujos pais estão divorciados. É ela quem tenta alertar a família para os riscos de uma chuva ácida que pode atingir sua cidade e o restante do país.

O pai Michal (Guillaume Canet, de “O Homem Que Elas Amavam Demais” - 2015) e a mãe da jovem, Elise (Laetitia Dosch) só se convencem de que as nuvens, mais escuras que o normal, estão trazendo uma chuva fatal quando esta começa a cair, provocando ferimentos e mortes de pessoas e animais. Inicia-se, então uma fuga da população para se proteger do líquido ácido.


Entre uma chuvarada e outra, "Tempestade Ácida" avança, com alguns efeitos especiais medianos e uma sucessão de decisões erradas da família que chegam a irritar o espectador. A filha dá chiliques e os pais passam a mão na cabeça dela, enquanto as opções de sobrevivência vão ficando cada vez mais escassas. 

Comparado a outros filmes do gênero catástrofe, como "Tempestade: Planeta em Fúria" (2017) ou "No Olho do Tornado" (2014), cujas histórias são clichês mas conseguem entreter, o longa de Just Philippot não apresenta elementos que aumentariam seu impacto e até desviariam a atenção do enredo fraco. 

Faltam grandes efeitos especiais e uma trilha sonora marcante. Até mesmo a questão da ética das pessoas nas tentativas de sobrevivência é mal explorada. Um bom exemplo de uma abordagem mais profunda do tema é o recente "Sobreviventes - Depois do Terremoto" (2024).


A ambientação ocorre principalmente no campo, com imagens mais escuras que reforçam o tempo fechado provocado pelas tempestades. Mais uma incoerência, uma vez que a chuva ácida (que ninguém explica porque se tornou assim) atravessa paredes. 

As pessoas também não podem consumir a água, especialmente a dos rios, que está contaminada, mas fogem para áreas alagadas. Semelhante ao que ocorre em alguns filmes de terror em que as pessoas entram numa casa mal-assombrada com as luzes todas apagadas.

Apesar dos pontos negativos, "Tempestade Ácida" foi produzido com práticas sustentáveis, o que rendeu reconhecimento com o Prix Ecoprod no Festival de Cannes. A equipe reduziu o uso de combustíveis fósseis e implementou soluções ecológicas para mobilidade e consumo de energia. 


Mas mesmo com propostas ecologicamente corretas e a boa intenção do diretor de abordar a destruição gradual do planeta, "Tempestade Ácida" deixa a desejar e entrega uma trama fraca do início ao fim. Nem o esforço do elenco, que conta com nomes de talento, consegue salvar. 

A produção é uma das 400 disponíveis do catálogo do streaming Adrenalina Pura, especializado nos gêneros ação, catástrofe, terror e suspense. Ela pode ser acessada pelos aplicativos Prime Vídeo, Apple TV e Claro TV+. ou no site www.adrenalinapura.com.


Ficha técnica
Direção: Just Philippot
Produção: Pathé Films, France 3 Cinéma, Bonne Pioche Cinéma
Exibição: Disponível no Prime Vídeo, Apple TV e Claro TV+ no site www.adrenalinapura.com
Duração: 1h40
Classificação: 16 anos
País: França
Gênero: drama

29 julho 2020

"Oferenda à Tempestade" chega à Netflix e completa a instigante "Trilogia do Baztán"

Terceiro filme e seus antecessores estão disponíveis somente na plataforma de streaming (Fotos: Netflix/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma das postagens que mais despertou interesse dos seguidores do blog @cinemanoescurinho nos últimos dias ganha uma sequência. Já está em exibição na @Netflix, "Oferenda à Tempestade" ("Ofrenda a la Tormenta"), filme que encerra a ótima "Trilogia do Baztán", adaptada dos best-sellers homônimos da escritora espanhola de sucesso, Dolores Redondo.

Novamente, o diretor Fernando González Molina conduz de maneira envolvente este terceiro suspense policial, tão bom quanto seu antecessor, "Legado nos Ossos" (2019), apresentado na postagem do blog do dia 4 de junho, juntamente com o primeiro filme da trilogia, "O Guardião Invisível" (2017). As três produções estão disponíveis e merecem ser conferidas seguindo a sequência.


A estreia de "Oferenda à Tempestade" era aguardada desde meados de junho, mas somente no dia 24 de julho o filme foi colocado no catálogo da plataforma. Para surpresa de vários fãs, que esperavam ansiosamente o desfecho das investigações da inspetora Amaia Salazar (muito bem interpretada por Marta Etura) sobre os diversos assassinatos e suicídios ocorridos na província de Navarra, no norte da Espanha.

A história do terceiro filme se passa um mês após a policial ter solucionado os crimes de "Legado nos Ossos". Sem acreditar na morte da mãe Rosário (vivida por Susi Sánchez), cujo corpo nunca foi localizado, Amaia ainda está atrás dos integrantes de uma seita, da qual a mãe fazia parte, que sacrifica bebês em rituais macabros.


Enquanto tenta desvendar os casos, a inspetora precisa dividir as atenções dentro de casa com o filho bebê e o marido, e ainda evitar a aproximação, cada vez maior, do juiz Markina, papel de Leonardo Sharaglia. Repetindo a participação no elenco estão Carlos Librado (policial Jonan Etxaide), Patrícia Lopez Arnaiz (Rosaura Salazar), Elvira Minguez (Flora Salazar) e Paco Tous, como o médico forense Dr. San Martín.


"Oferenda à Tempestade" encerra muito bem a "Trilogia do Baztán", mantendo uma duração muito próxima de seus antecessores. Novamente as locações na cidade e redondezas de Elizondo são uma atração à parte, menos exploradas neste longa que em "O Guardião Invisível". O período chuvoso, mesclado com a neve do inverno e as matas fechadas rodeando as estradas completam o cenário ideal para a trama.



São poucos os momentos de menor suspense e mesmo dando dicas claras do desfecho, este thriller psicológico prende até o final e é tão bom quanto o segundo. Mas os três filmes merecem ser vistos. Para saber mais, confira a crítica e os trailers no post do blog. E tem mais: há informações de que "Oferenda à Tempestade" pode ter uma continuação. Mas só assistindo para saber o que ficou sem solução que merece mais investigações de Amaia Salazar.


Ficha técnica:
Direção: Fernando González Molina
Classificação: 16 anos
Duração: 2h19
País: Espanha
Gêneros: Policial / Suspense


Tags: #OferendaATempestade, #OGuardiãoInvisível, #LegadoNosOssos, #Netflix, #DoloresRedondo, #FernandoGonzálezMolina, #suspense, #policial, #TrilogiaDoBaztán, #cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

23 outubro 2017

"Tempestade: Planeta em Fúria" é um "puxadinho" de filmes-catástrofe

Produção com cenas absurdas de desastres climáticos e Gerard Butler como mocinho conquista liderança em estreia nas bilheterias brasileiras (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Muitas foram as formas encontradas pelos produtores e diretores para destruir a Terra e o espectador ainda verá outras centenas no cinema, pois a criatividade ainda é grande. Mas este não é o caso de "Tempestade: Planeta em Fúria" ("Geostorm"), primeiro longa dirigido, roteirizado e produzido por Dean Devlin, responsável pela produção de “Independence Day: O Ressurgimento” (2016). Devlin usa e abusa nos efeitos visuais nas cenas de desastres climáticos, o que era esperado para o gênero. 

Mas quando se trata de enredo, este é bem fraco. Nada de novo, pelo contrário, pega um pouquinho de outros antigos sucessos, como "2012" (2009) e "O Dia Depois de Amanhã" (2004) e amplia na destruição sem passar nenhuma mensagem clara. Se o objetivo era só mostrar o estrago que a natureza pode fazer, o diretor foi até além: mostra o Rio de Janeiro assolado por uma onda gelada, o Afeganistão vira uma calota polar, derruba um avião no centro de uma cidade, inicia inúmeros furacões na Ásia. Tudo em enormes proporções.


E esse exagero climático, apresentado no trailer de divulgação, funcionou bem com o público e já no primeiro final de semana de estreia levou o filme à liderança nos cinemas brasileiros. "Tempestade: Planeta em Fúria" foi assistido por quase 290 mil pessoas, com arrecadação de mais de R$ 5,3 milhões em bilheteria. Atingiu seu propósito, mas não quer dizer que seja uma ótima produção. Poderia ter um enredo melhor elaborado. 

Há ainda tem um ponto duvidoso: a escolha de Gerard Butler como protagonista: há momentos em que ele parece incorporar o personagem Milo Boyd, de "Caçador de Recompensas" (2010), e em outros, o agente da CIA Mike Banning, de "Invasão à Casa Branca" (2013) e "Invasão a Londres" (2016). Não combina muito, mas atrai público.

Andy Garcia (o vesguinho mais charmoso de Hollywood) é o presidente dos Estados Unidos, assessorado por Ed Harris, que sempre deixa a dúvida se está na pele de mocinho ou vilão. O elenco conta ainda com Jim Sturgess, Abbie Cornish, Alexandra Maria Lara, Eugenio Derbez e Daniel Wu.


Na história, um acordo entre líderes mundiais cria uma rede complexa de satélites que controla o clima no planeta, após uma série de desastres naturais. Porém, o sistema começa a apresentar falhas, atacando diversas cidades pelo mundo (incluindo o Rio de Janeiro), o que faz os pesquisadores iniciarem uma corrida contra o tempo, antes que o defeito provoque uma devastação total, que eles chamam de Geostorm. 


Para resolver o problema é convocado o criador do programa, o cientista Jake Lawson (Gerard Butler), um cara sarcástico, separado da mulher, que tenta viver bem com a filha adolescente, mas não se dá bem com o irmão Max (Jim Sturgess), funcionário do alto escalão do governo. No espaço, Jake vai ter como aliada a astronauta alemã Ute Fassbinder (Alexandra Lara) que comanda a Estação Internacional, que controla toda a rede.

Na Terra, Max vai precisar provar que os ataques são propositais e só poderá contar com o apoio do amigo e cientista Cheng Long (Daniel Wu) e da namorada e agente do serviço secreto Sarah Wilson (Abbie Cornish) para convencer o presidente Andrew Palma (Andy Garcia) e o secretário de Estado Leonard Dekkom (Ed Harris) sobre o perigo.

Entre explosões, carros voando, aviões e pássaros congelados caindo do céu, calotas polares derretendo, tsunamis gigantescos inundando e destruindo cidades inteiras, "Tempestade: Planeta em Fúria" é para quem gosta muito do gênero filme-catástrofe. Não espere uma boa história, apenas muitas cenas de desastres ambientais, do início ao fim, em proporções tão exageradas que algumas chegam a ser engraçadas.



Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção: Dean Devlin
Produção: Skydance
Distribuição: Warner Bros. Pictures Brasil
Duração: 1h49
Gêneros: Ação / Ficção científica
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #TempestadePlanetaemFuria, #Geostorm, @GerardButler, @JimSturgess, @EdHarris, @AndyGarcia, @AbbieCornish, #ficção, #ação, @Skydance, @WarnerBrosPictures, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

04 junho 2020

"Trilogia do Baztán" para quem curte suspenses policiais de roer as unhas

"O Guardião Invisível" e "Legado nos Ossos" são boas opções para assistir na Netflix (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Para quem ainda não teve oportunidade de ler a Trilogia do Baztán, da escritora espanhola Dolores Redondo, a Netflix disponibilizou para seus assinantes as produções cinematográficas "O Guardião Invisível" ("El Guardián Invisible"), de 2017 e "Legado nos Ossos" ("Legado en los Huesos"), de 2019, baseados nos famosos best-sellers homônimos. São duas boas opções para assistir em casa, o segundo ainda melhor, do tipo que deixa a gente roendo as unhas aguardando o desfecho. Fui conferir após indicação do meu amigo e editor do @jornaldebelo, Robhson Abreu.

O desfecho da obra no cinema, assim como na literatura, será com "Oferenda à Tempestade" ("Ofrenda a la Tormenta"), o terceiro e último filme, cujo lançamento na Espanha foi adiado por causa da pandemia do Covid-19 e agora está previsto para este mês. A autora conquistou com os três livros e outros na mesma linha de suspense policial mais de dois milhões de leitores, atingiu 193 edições e foi traduzida em mais de 30 países.


"Oferenda À Tempestade" (Divulgação)

A Trilogia do Baztán é ambientada em Elizondo e cidades vizinhas, na Província de Navarra, norte da Espanha. O local inclusive virou ponto turístico de leitores que querem conhecer os detalhes apresentados nas obras de Dolores Redondo e vividos pela personagem principal, a inspetora Amaia Salazar (vivida por Marta Etura). A policial tenta solucionar uma série de assassinatos cometidos nos arredores do Vale de Baztán ao longo dos três filmes.

O diretor Fernando González Molina foi fiel à trilogia literária, mesclando os mesmos elementos reais de uma investigação - crime bárbaro, tensão, suspense e perseguições - a fatos fantásticos, como bruxaria, e dramas pessoais. Ao retornar a sua cidade, a inspetora terá de rever parentes e velhos conhecidos que a fazem lembrar a todo o momento porque deixou Elizondo e nunca mais quis voltar, especialmente o contato com Rosário sua mãe, a personificação do mal.


"Legado nos Ossos" (Divulgação)

O Guardião Invisível


Em "O Guardião Invisível", a fotografia é o destaque, explorando bem as belezas naturais da região cercada por rios, matas, montanhas e estradas margeadas de muito verde. Um cenário atraente, mas ao mesmo tempo sombrio por causa da chuva e da neblina. 

'O Guardião Invisível (Foto: Manolo Pavón /Divulgação)

O filme peca pela narrativa arrastada, que chega a ser cansativa em algumas partes. Mas não a ponto de tirar o interesse na trama, que ganha mais agilidade da segunda metade pra frente, oferecendo um bom desfecho, que faz querer ver a sequência - "Legado nos Ossos".

No filme, assim como no livro homônimo que vendeu mais de um milhão de cópias, a inspetora Amaia é apresentada ao espectador. Ela tem de voltar a sua terra natal para desvendar as mortes de várias adolescentes na região cometidas por um serial killer. As vítimas sempre são encontradas da mesma maneira: asfixiadas, nuas e com um doce típico da região pousado na região do púbis.


Legado nos Ossos

Dando sequência, encontramos Amaia Salazar, um ano depois de solucionar os crimes em Elizondo e prestes a dar a luz a um bebê. Mas um novo mistério ligado à trama anterior fará com que ela retorne ao Vale de Baztán para investigar outra série de assassinatos e suicídios. As vítimas são encontradas com bilhetes apontando para uma figura do folclore da região basca - o Tartalo.

Com o nascimento do filho, a inspetora e o marido decidem ir morar na cidade natal dela. No entanto, cada vez mais os crimes parecem estar relacionados à sua família. O filme é tenso, com um bom suspense que prende na cadeira, mesmo  não se preocupando em apontar quem são os mocinhos e os vilões e o que esperar de cada um deles. 

Misticismo e rituais de bruxaria estão entre os destaques, mas o roteiro não deixa de lado assuntos polêmicos como a violência contra a mulher e a dificuldade de conciliar o trabalho e maternidade. Não é a toa que a produção chegou a ficar entre os dez conteúdos mais procurados na Netflix.



Oferenda à Tempestade

Para encerrar a Trilogia do Baztán temos o aguardado "Oferenda à Tempestade", sequências direta de "Legado nos Ossos". A história se passa um mês após a inspetora ter solucionado os crimes dos ossos. A morte de um bebê dá início a uma nova investigação e Amaia Salazar vai enfrentar as origens de seus pesadelos, enquanto desvenda segredos obscuros do vale de Baztán. Ela tem certeza que tudo está relacionado com sua mãe Rosário, interpretada por Susi Sánchez.

O elenco, além de Marta Etura, conta também nos três filmes com Leonardo Sharaglia, como o juiz Markina, Carlos Librado (policial Jonan Etxaide), Patrícia Lopez Arnaiz (Rosaura Salazar), Elvira Minguez (Flora Salazar) e Paco Tous, como o médico forense dr. San Martín. A expectativa agora é de que esta produção encerre tão bem a trilogia como aconteceu na obra literária.


Ficha técnica:
Direção: Fernando González Molina
Classificação: 16 anos
Duração: O Guardião Invisível: 2h09 // Legado nos Ossos: 2h01
Países: Espanha / Alemanha
Gêneros: Policial / Suspense

Tags: #OGuardiãoInvisível, #LegadoNosOssos, @Netflix, #OferendaATempestade, @DoloresRedondo, @FernandoGonzálezMolina, #suspense, #policial, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

06 novembro 2017

Belo em fotografia e locações, mas faltou química ao par romântico de "Depois Daquela Montanha"


 Produção tem grande elenco formado por Idris Elba, Kate Winslet e Beau Bridges (Fotos: Fox Film/ Divulgação)


Maristela Bretas


Uma fotografia belíssima, locações bem escolhidas entre geleiras e uma dupla de atores premiada e com público garantido. "Depois Daquela Montanha" ("The Mountain Between Us") seria um dos grandes romances do ano. A história é interessante e as cenas de ação bem feitas, principalmente a do acidente aéreo, com a câmera alternando a posição de visualização da frente para a traseira do avião e vice-versa. Kate Winslet e Idris Elba fazem ótima interpretação de seus personagens, como era esperado, mas a química entre os dois não funcionou, "não tem pegada", é morna, sem calor, quase dois estranhos do início ao fim. 

Se fossem papéis isolados, sem formarem o par romântico vivendo uma situação de risco, com certeza a produção daria muito mais certo. A história é boa, vale ir ao cinema só pela presença dos dois atores, que ainda contam com o apoio de Beau Bridges e Dermot Mulroney no elenco.  Mas o diretor não conseguiu extrair bem o lado emotivo do enredo. Quando estão juntos, a emoção não convence, menos ainda ao romântico.

Num aeroporto, a fotógrafa Alex (Kate Winslet) fica conhecendo o neurocirurgião Ben (Idris Elba) e ambos precisam chegar a seus destinos - ela vai se casar e ele está voltando de um congresso médico -, mas todos os voos estão cancelados devido a uma forte tempestade. A dupla aluga um pequeno avião, pilotado por Walter (Beau Bridges), que sofre uma parada cardíaca e acaba derrubando a aeronave numa região montanhosa deserta, coberta de neve. Feridos, Alex e Ben terão de se unir para sobreviverem e escaparem do local e seus perigos. Ao mesmo tempo começam a se interessar um pelo outro. 

Além dos três atores, destaque para um participante muito simpático e essencial à história, o cachorro (sem nome definido), da raça Labrador (tipicamente americano). Pode neve, tempestade, avião, e ele se mantém lá, sobrevivendo, firme, forte e protetor. 

Fora a questão amorosa, "Depois Daquela Montanha" oferece um visual invejável, de montanhas cobertas de neve, uma imensidão branca que chega a dar medo. Mas ao mesmo tempo atrai, principalmente nas cenas em que Idris Elba está no alto de um dos rochedos procurando ajuda. A trilha sonora também atende bem. Não foi dos melhores filmes de Idris Elba e Kate Winslet, esperava mais, mas não decepciona de todo.



Ficha técnica:
Direção:  Hany Abu-Assad
Produção: Fox 2000 Pictures / Chernin Entertainment
Distribuição:  Fox Film do Brasil
Duração: 1h47
Gêneros: Drama / Ação / Romance 
País: EUA
Classificação: 12 anos 
Nota: 3 (0 a 5) 

Tags: #DepoisDaquelaMontanha, @KateWinslet, @IdrisElba, @BeauBridges, #ação, #romance, #drama, @20thCenturyFox, #FoxFilmdoBrasi, @EspaçoZ, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

14 setembro 2023

“A Noite das Bruxas” traz o sobrenatural para o universo do detetive Hercule Poirot

Filme com clima fantasmagórico refresca obra de Agatha Christie com algumas liberdades artísticas (Fotos: 20th Century Studios)


Eduardo Jr.


As adaptações de livros para as telonas ganharam mais um capítulo. A obra da vez leva a assinatura de uma velha conhecida de muitos leitores - e cinéfilos: Agatha Christie. Estreia nesta quinta-feira nos cinemas, “A Noite das Bruxas” (“A Haunting in Venice”), distribuído pela 20th Century Studios. 

O filme é dirigido e protagonizado por Kenneth Branagh ("Assassinato no Expresso do Oriente", 2017), e se veste de certas liberdades sobre as páginas da escritora britânica.    


Como não poderia deixar de ser, o longa traz a tradicional pergunta “quem matou?”. Mas esta é uma das poucas características mantidas em relação ao livro “Hallowe’en Party”, lançado em 1969. 

Autorizados por James Prichard, bisneto de Agatha Christie e produtor executivo do longa, Branagh e o roteirista Michael Green deixaram de lado a história original, em que uma garota conhecida por revelar assassinatos é encontrada morta em uma bacia com maçãs durante uma festa de Halloween. 


Em “A Noite das Bruxas”, a direção optou por apresentar essa morte como uma queda do alto de um casarão amaldiçoado. O evento pode ter sido motivado por fantasmas ou por alguém do mundo dos vivos. Outra mudança foi a de levar para a Itália a história que originalmente se passa na Inglaterra. 

Na trama, o detetive Hercule Poirot está aposentado e vive em Veneza, se esquivando dos pedidos dos moradores para solucionar casos complexos. Até que ele é convidado pela amiga e escritora Ariadne Oliver, personagem de Tina Fey (da série do Star+ "Only Murders in the Building", 2022) para uma sessão espírita.


A sessão será conduzida pela famosa médium Joyce Reynolds, vivida por Michelle Yeoh ("Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo", 2022). E o que era uma missão para desmascarar uma médium, se transforma em uma investigação de assassinato com pitadas de thriller fantasmagórico.  

São apenas pitadas porque, embora o título “A Noite das Bruxas” evoque algum terror, o filme apresenta poucas cenas de susto. E o ceticismo do detetive também colabora para desafiar a possibilidade de o sobrenatural interferir no mundo dos vivos. Até que as crenças dele começam a ser desafiadas, mexendo com a cabeça do espectador.  


O longa inicia com uma determinada atmosfera e depois vai se transformando. Isso porque as cenas iniciais são mais solares e o protagonista é apresentado como figura metódica (quase cômica, eu diria) com suas manias e atração por doces. 

A música clássica também traz um clima de suspense, que dura pouco, por causa da encenação infantil preparada para a festa das bruxas. Mas não se engane, embora seja um teatrinho pra crianças, esta é só uma deixa do que está por vir. 


Apesar dessas percepções, este é o longa que melhor apresenta o clima das obras de Agatha Christie e o detetive Hercule Poirot na trilogia feita por Branagh. Explico: esta é a terceira vez que o ator e diretor irlandês adapta uma obra da escritora britânica. 

Além de “Assassinato no Expresso Oriente”, ele também adaptou e dirigiu “Morte no Nilo” em 2022, ambos no catálogo da Star+. Agora, a escolha de filmar em um casarão sombrio durante uma tempestade, com câmeras posicionadas de forma a reforçar que ali as coisas estão fora do normal, tira o público do estado de relaxamento. 


Soma-se a isso o jogo de investigação, a dúvida sobre a ocorrência ou não de eventos sobrenaturais, o questionamento da própria sanidade mental e o incômodo de suspeitar de todas as personagens - eu disse TODAS, sem exceção. 

Pode não ser a melhor adaptação de Agatha Christie, mas a diversão é garantida - e o final guarda surpresas. 


Ficha técnica:
Direção: Kenneth Branagh
Produção: Scott Free Productions, 20th Century Studios
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h43
Classificação: 12 anos
País: Estados Unidos
Gêneros: suspense, policial, drama

04 outubro 2015

Ridley Scott e Matt Damon, uma dupla afinada em "Perdido em Marte"

A solidão do planeta Marte é a maior inimiga do astronauta/biólogo Mark Watney (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Ótimo filme, boa condução e direção e uma excelente atuação de Matt Damon sob a batuta do mestre da ficção Ridley Scott ("Alien - o 8º passageiro", "Blade Runner - O Caçador de Androides" e "Prometheus"). Assim pode ser definido o filme "Perdido em Marte", um dos mais aguardados do ano. Damon está ótimo no papel, apesar de bancar o super-herói americano em um planeta onde ele e suas batatas são as únicas coisas vivas. E a situação de solidão e abandono no planeta vermelho é tratada por ele com ironia e sarcasmo, mas sempre mantendo a esperança de que tudo irá se resolver da melhor forma. Nem que seja fazendo uma mini-horta dentro de uma base espacial.

E toda a saga do astronauta levou a um excesso de detalhes do diretor Scott, o que deixou a produção com mais de 2h20 . Poderia ter uma duração um pouco menor. Mas isso não atrapalha tanto. Assim como outros filmes recentes do gênero - "Gravidade" (2013) e "Interestelar" (2014) -, que tratam de viagens espaciais, "Perdido em Marte" ("The Martian") explora a solidão do astronauta na isolada e seca superfície do planeta vermelho. Uma solidão só quebrada pelos registros diários em vídeo de Mark Watney (Damon) e a ótima trilha sonora dos anos 70/80, com direito a Donna Summer e ABBA que ele escuta mesmo não gostando.

O elenco também está muito bom e dá a dramaticidade necessária à produção. Destaque para Jessica Chastain ("Interestelar"), como a comandante Melissa Lewis que chefia a equipe de astronautas, Chiwetel Ejiofor ("12 Anos de Escravidão") como Venkat Kapoor, responsável da Nasa pelo resgate do astronauta, Jeff Daniels ("Debi & Lóide"), no papel do chefão da Nasa Teddy Sanders, e Kristen Wing ("Ela"), como Annie Montrose, a assessora de imprensa que tem de dar nó em pingo d´água para justificar as falhas da agência espacial. Também participam Sean Bean, Michael Peña, Kata Mara, Sebastian Stan (estes três últimos como integrantes da tripulação).

No filme, Mark Watney é um dos integrantes da equipe de exploração de Marte, a Ares III, comandada por Lewis (Chastian). A chegada de uma forte tempestade na superfície obriga a tripulação a abortar a missão, mas durante a retirada, Mark é atingido por destroços e se perde. Ele é dado como morto pelo grupo e pela Nasa e abandonado no planeta. 

Mas seus conhecimentos de botânica, aliado à criatividade e a vontade de viver e retornar à Terra serão seus maiores aliados para sobreviver até que o socorro chegue. A milhões de quilômetros de distância, a NASA e uma equipe de cientistas internacionais trabalham incansavelmente para trazer "o marciano" de volta enquanto seus colegas de tripulação tentam uma ousada missão de resgate.



"Perdido em Marte" é uma adaptação do livro escrito por Andy Weir. E indico para aqueles que gostam de um filme bem produzido e dirigido, com diálogos (muitas vezes monólogos) usando linguagem clara e simples. Também os efeitos especiais em nada deixam a dever, na medida certa. Mas um dos destaques está na fotografia - de encher os olhos. Ridley Scott arrasou de novo, o filme é imperdível.

Ficha técnica:
Direção: Ridley Scott
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 2h21
Gênero: Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

Tags: #PerdidoemMarte #MattDamon #RidleyScott #JessicaChastain #JeffDaniels #Chiwetel Ejiofor #ficção #FoxFilms #20thCenturyFox #CinemanoEscurinho

10 dezembro 2015

A baleia é a grande estrela em "No Coração do Mar"


Filme revela as terríveis consequências do encontro entre a tripulação de um navio e a gigantesca baleia Moby-Dick (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Chris Hemsworth sem dúvida é a presença marcante deste filme. Mas a grande estrela (e põe grande nisso!) é branca, tem mais de 30 metros e uma persistência maior que a de qualquer ser humano. E esta gigantesca baleia é a razão de toda a história de "No Coração do Mar" ("In The Heart of The Sea"), um filme que se destaca pelas imagens da batalha entre homem e animal, ambos com a mesma sede de vingança.

As cenas mais extraordinárias, claro, não poderiam ser outras que não as filmadas no mar, numa caçada insana do imediato Owen Chase (Hemsworth) àquela que se tornaria a personagem de um dos grandes livros de aventura do mundo - Moby-Dick.


Além das duas estrelas, estão no elenco em ótimos papéis, Benjamin Walker ("Abraham Lincoln: Caçados de Vampiros"), Cillian Murphy ("Trancendence - A Revolução"), Ben Whishaw ("007 Contra Spectre"), Tom Holland ("O Impossível") e o irlandês Brendan Gleeson ("No Limite do Amanhã").

"No Coração do Mar" é uma grande aventura que merece ser conferida em 3D, principalmente por causa das cenas aéreas quando a gigantesca baleia ataca o navio e quando a tripulação enfrenta uma forte tempestade em alto mar. 

Também a maquiagem ficou excelente, chegando a deixar alguns atores com aspecto de verdadeiros náufragos. Como aconteceu com Cillian Murphy e Chris Hemsworth. Destaque ainda para as atuações de Tom Holland, como o jovem aprendiz de marinheiro Thomas Nickerson, e Brendan Gleeson, no papel do mesmo personagem mais velho. 


E é ele quem dá início a toda a história, quando decide contar ao escritor Herman Melville (Whishaw) o que realmente aconteceu no inverno de 1820 com o navio Essex, que naufragou de forma estranha na costa da América do Sul, matando a maior parte da tripulação.

Trabalhando para uma empresa pesqueira britânica, Owen Chase (Hemsworth) é convocado para ser o 1ª imediato do inexperiente capitão George Pollard (Walker) numa viagem para caçar baleias e conseguir o máximo de óleo, fonte de energia da época. O baleeiro é o Essex, que vai enfrentar muitas dificuldades até chegar a mares desconhecidos onde estão os grandes cardumes de baleias.


O que a tripulação e seu comandante não esperavam é que conheceriam seu maior pesadelo - uma gigantesca baleia branca de mais de 30 metros que vai fazer o possível para destruir o barco e seus ocupantes. E se já não bastasse a perseguição, os sobreviventes ainda terão de enfrentar tempestades, fome e desespero que os levarão a fazer de tudo para permanecerem vivos.

O premiado diretor Ron Howard ("Apolo 13" e "Uma Mente Brilhante") soube explorar bem a situação em que a caça vira caçador e seus inimigos se tornam o principal alvo. Um filme imperdível. E se a grana não estiver curta, os efeitos especiais justificam investir na versão 3D. 




"No Coração do Mar" está em 19 cinemas de Belo Horizonte, Betim e Contagem, nas versões 2D e 3D, dubladas e legendadas.

Ficha técnica:

Direção: Ron Howard
Produção: Village Roadshow Pictures e Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h02
Gêneros: Aventura / Ação / Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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03 agosto 2015

Grandes estreias no segundo semestre prometem arrastar o público para as salas de cinema.



"Entourage – Fama e Amizade"

O longa, com estreia prevista para 20 de agosto, é a aguardada versão para os cinemas da premiada série de sucesso da HBO, que reúne o elenco original do programa, liderados por Kevin Connolly, Adrian Grenier, Kevin Dillon, Jerry Ferrara e Jeremy Piven. O astro de cinema Vicent Chase (Grenier) está de volta, junto com suas crias, Eric (Connolly), Turtle (Ferrara) e Johnny (Dillon)... e de volta aos negócios com seu "super agente" e mentor Ari Golden (Piven). Algumas das suas ambições mudaram, mas o vínculo entre eles continua enquanto navegam pelo mundo caprichoso e muitas vezes cruel de Hollywood.




Também estão no elenco Billy Bob Thornton e Haley Joel Osment como o pai e filho Larsen e Travis McCredle. Retornando ao elenco da série, aparecem Perrey Reeves como “Sra. Ari”, a esposa de Ari Gold; Emmanuelle Chriqui como Sloan, o caso amoroso de “idas e vindas” de Eric; Debi Mazar como Shauna, assessora de imprensa de Vince; Rex Lee como o sempre fiel Lloyd; e Constance Zimmer como Dana Gordon, a colega de trabalho de Ari. Emily Ratajkowski e a lutadora campeã do UFC Ronda Rousey aparecem como elas mesmas no filme.


"Maze Runner – Prova de Fogo”

Sequência do sucesso “ Maze Runner - Correr ou Morrer”, dirigido por Wes Ball, chega em setembro pela Fox Film do Brasil o filme “Maze Runner – Prova de Fogo”, Neste próximo capitulo da saga épica, Thomas (Dylan O’Brien) e seus companheiros Clareanos vão encarar seus maiores desafios até agora: procurar por pistas sobre a misteriosa e poderosa organização conhecida como C.R.U.E.L.



 Sua jornada os leva até O Deserto, um cenário desolado repleto de obstáculos inimagináveis. Unindo-se com lutadores da resistência, os Clareanos desafiam as forças superiores da C.R.U.E.L e descobrem seus terríveis planos para todos eles.

Férias Frustradas

Ed Helms(filmes “Se Beber, Não Case”) e Christina Applegate (filmes “O Âncora”) estão no elenco do longa que tem estreia prevista para 10 de setembro pela Warner Bros. Produzido pela New Line Cinema, o filme marca a estreia de Jonathan Goldstein e John Francis Daley na direção.

Seguindo os passos de seu pai e esperando enriquecer a relação familiar, Rusty Griswold (Helms) já adulto surpreende sua esposa, Debbie (Applegate), e seus dois filhos com uma viagem de carro cruzando o país com destino ao parque de diversão em família favorito da América: Walley World.




Completando o elenco estão Leslie Mann (“Mulheres ao Ataque”) no papel de Audrey, irmã de Rusty; Chris Hemsworth (filmes “Thor”) no papel de Stone Crandall, o cunhado irritantemente bem sucedido de Rusty; e Skyler Gisondo (“Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba”, “Hard Sell”) e Steele Stebbins (“Inatividade Paranormal 2”), que interpretam os filhos de Rusty, James e Kevin.  Chevy Chase e Beverly D’Angelo retornam aos seus papéis de Clark e Ellen Griswold da clássica comédia “Férias Frustradas”.


Peter Pan

Do diretor Joe Wright (“Desejo e Reparação”, “Orgulho e Preconceito”) chega aos cinemas no dia 8 de outubro "Peter Pan", uma aventura totalmente original sobre a origem dos amados personagens criados por J.M. Barrie, que contará no elenco com Hugh Jackman e Amanda Seyfried.

Peter Pan (Levi Miller) é um garoto travesso de 12 anos com uma característica rebelde irreprimível, mas no sombrio orfanato de Londres onde passou toda a sua vida, essas qualidades certamente não evoluem e muito menos “voam”. Então, em uma noite incrível, Peter Pan é levado para longe do orfanato e transportado para um mundo fantástico de piratas, guerreiros e fadas chamado Terra do Nunca. Lá, ele encontra extraordinárias aventuras e batalhas de vida ou morte, enquanto tenta descobrir o segredo de sua mãe, que o deixou no orfanato há muito tempo, e seu lugar de direito nesta terra mágica.



Juntando-se com a guerreira Princesa Tigrinha (Rooney Mara) e um novo amigo chamado James Gancho (Garrett Hedlund), Peter Pan tem que derrotar o cruel pirata Barba Negra (Hugh Jackman) para salvar a Terra do Nunca e descobrir seu verdadeiro destino - se tornar o herói que será conhecido para sempre como Peter Pan.


“Perdido Em Marte”

Dirigido pelo premiado Ridley Scott e baseado no livro homônimo de Andy Weir, "Perdido em Marte tem estreia prevista para novembro pela Fox Film do Brasil. Durante uma missão a Marte, o astronauta Mark Watney (Matt Damon) é dado como morto após uma feroz tempestade e é deixado para trás por sua tripulação. Mas Watney sobrevive e encontra-se sem recursos e sozinho no planeta hostil. 



Apenas com suprimentos escassos, Watney deve contar com a sua criatividade, engenho e espírito para subsistir e encontrar uma maneira de sinalizar à Terra que está vivo. A milhões de quilômetros de distância, a NASA e uma equipe de cientistas internacionais trabalham incansavelmente para trazer "o marciano" de volta enquanto seus colegas de tripulação simultaneamente traçam uma ousada, se não impossível, missão de resgate.


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21 maio 2016

"X-Men: Apocalipse" é fraco em vilão, mas grandioso em efeitos especiais e destruição

Apocalipse é o primeiro e mais poderoso dos mutantes que os X-Men terão de enfrentar (Fotos: Fox Films/Divulgação)

Maristela Bretas


O último dos filmes da nova trilogia X-Men foi feito para os fãs e não vai desagradar. Os heróis e vilões, exceto Apocalipse (vivido por Oscar Isaac, de "Star Wars - O Despertar da Força"), estão bem de acordo com os quadrinhos. Em "X-Men: Apocalipse" ("X-Men: Apocalypse") não faltam destruição em massa de cidades e efeitos especiais numa proporção muito superior a de seus antecessores: "Primeira Classe" (2011) e "Dias de um Futuro Esquecido" (2014), este último também dirigido por Bryan Singer.

O elenco dos dois primeiros filmes está reunido novamente e ganha alguns reforços que se tornarão, no futuro, integrantes importantes do grupo dos X-Men, liderados pelo professor Charles Xavier (interpretado por James McAvoy). Claro que não poderia ficar de fora um dos mais importantes personagens - Magneto (papel do sempre muito "interessante" Michael Fassbender), que está p... da vida com a raça humana e não sabe se quer ser vilão ou mocinho.

Mística (Jennifer Lawrence) e Fera (Nicholas Hoult) agora passam a contar com novos parceiros e alunos na Escola Xavier para Estudantes Super Dotados: Jean Grey (Sophia Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi Smit-McPhee) estão muito bem em seus papéis. Mas o destaque fica novamente para Mercúrio (Evan Peters), que "arrasa" em sua atuação em slow-motion, ao som de "Sweet Dreams (Are made of this"), do Eurythmics.

Na turma do mal, Oscar Isaac até que tenta, mas não consegue dar a devida força que o personagem do poderoso En Sabah Nur, o Apocalipse, necessitava e se perde da versão em quadrinhos. Poderia ser mais forte, mais "vilão". Magneto quando entra em cena tem muito mais presença que ele. De seu grupo fazem parte Tempestade (Alexandra Shipp), Psylocke (Olivia Munn) e Anjo (Ben Hardy), com suas belas asas de metal.

Depois de toda a divulgação, claro que não poderia faltar em "X- Men: Apocalipse" a estrela da franquia (além de Xavier e Magneto). Wolverine, que há 16 anos é interpretado "com garras" pelo top mega arrasa quarteirão Hugh Jackman faz uma aparição rápida e devastadora. Coisa de deixar os jovens mutantes de queixo caído.

A história volta ao início da civilização, quando Apocalipse era adorado como um deus no Egito. O primeiro e mais poderoso do universo X-Men acumulou os poderes de muitos outros mutantes, tornando-se imortal e invencível. 


Ao acordar depois de milhares de anos, ele está desiludido com o mundo e começa a reunir mutantes poderosos para recriar o mundo e se tornar seu deus. Da equipe, o mais poderoso é Magneto. Para tentar parar o maior dos inimigos da raça humana, Mística retorna para os X-Men e ajuda o Professor Xavier e Fera a montar um novo grupo e salvar a humanidade da destruição completa.

X-Men é um bom filme, mesmo com um roteiro e a escolha errada do intérprete do vilão. Merece ser visto por toda a ação e efeitos que oferece, as participações de McAvoy, Fassbender, Jackman e a atuação dos mutantes mais novos, Noturno e Mercúrio.

GALERIA DE FOTOS

Apesar de não ser o melhor da nova trilogia - perde para "Dias de um Futuro Esquecido", deverá entrar na disputa para se tornar uma das grandes bilheterias do ano. A produção está em exibição em 43 salas de 19 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada, em 2D, 3D e Imax.



Ficha técnica:
Direção: Bryan Singer
Produção: Marvel Entertainment / 20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 2h24
Gêneros: Ação / Ficção científica 
País: EUA 
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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