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02 fevereiro 2018

Christopher Plummer prova que foi o melhor substituto para "Todo o Dinheiro do Mundo"

História conta o sequestro do neto do  maior bilionário dos anos 70 que se recusou a pagar o resgate (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Passados quase 45 anos, o diretor Ridley Scott reconta uma história que em 1973 movimentou os noticiários norte-americanos e internacionais: o sequestro de um dos netos do homem mais rico do mundo, que se negou pagar o resgate exigido. Se a história de "Todo o Dinheiro do Mundo" ("All The Money In The World") já não é tão impactante quanto foi à época, pelo menos os escândalos de assédio sexual de Kevin Spacey anunciados durante as filmagens que provocaram a sua troca por Christopher Plummer vão atrair público e indicações a prêmios. Como aconteceu com a indicação a Melhor Ator Coadjuvante no Globo de Ouro deste ano.

Excelente, como sempre, no papel do bilionário John Paul Getty. Christopher Plummer dá um banho de interpretação como o homem mais rico e sovina do mundo, que mantém família (e seus problemas) à distância; E que se recusa a pagar o resgate do neto que leva seu nome, John Paul Getty III, sequestrado na Itália em 1973 aos 16 anos. O diretor Ridley Scott precisou praticamente refazer o filme, uma vez que o papel era de Spacey trocado por causa das denúncias. E Plummer mostrou o grande ator que sempre foi, dominando as cenas cada vez que aparecia.


Por coincidência e nada de parentesco, o outro papel de destaque na história foi entregue a Charlie Plummer, o jovem ator que interpreta John Paul Getty III, o sequestrado. Não é nada excepcional, mas o ator dá conta do recado. Também no elenco estão Michelle Williams, no papel de Gail Harris, mãe de J. Paul Getty III, divorciada e que cria o filho sozinha.

Mark Wahlberg não está ruim, mas apenas completa o elenco, sem destaque, como Fletcher Chase, homem de confiança e segurança do magnata do petróleo. Papel que poderia ter sido feito por qualquer ator menos conhecido de Hollywood ou que Wahlberg talvez não tenha sabido aproveitar para mostrar que pode fazer mais que apenas o "bombadão" de blockbusters como "Transformers: A Era da Extinção" (2014) e "Transformers: O Último Cavaleiro" (2017).


A história se passa em 1973 na Itália, onde John Paul Getty III vive com a mãe, separada do pai dele, filho do bilionário. Considerado um jovem problemático, sem freio e vivendo uma vida desregrada, , ninguém dá atenção quando ele desaparece. Dois dias depois, a mãe Gail recebe um telefonema de que ele havia sido sequestrado e o pedido de resgate de US$ 500 mil. Ninguém acredita, uma vez que o jovem era herdeiro do homem mais rico do mundo.

Dias depois os sequestradores mudam de ideia e aumentam o valor para US$ 3 milhões. Gail pede ajuda ao octogenário patriarca da família que se recusa com um comunicado: "Tenho 14 netos, se pagar resgate, terei 14 netos sequestrados". Frio, manipulador e mesquinho, Getty irá encarregar o ex-espião Fletcher Chase, seu homem de confiança, de descobrir quem e o que está por trás do crime, solucionando o problema sem o desperdício de nenhum centavo de sua fortuna.

Após cinco meses em cativeiro, os sequestradores se cansam da história e enviam uma parte da orelha e cachos dos cabelos ruivos de Getty III à imprensa. O avô decide pagar parte do sequestro com seu dinheiro e empresta o restante ao filho, pai do jovem, cobrando juros, para que pague o restante. O jovem é devolvido à família.

Boa ambientação de época, boas locações, principalmente na Itália, "Todo o Dinheiro do Mundo" vale por Christopher Plummer e pela direção de Ridley Scott, além de contar uma história que aqueles que tem menos de 60 anos desconhecem e que marcou de tragédias a trajetória de toda uma família até os dias de hoje, a começar por Getty III.



Ficha técnica
Direção: Ridley Scott
Produção: STX International / Imperative Entertainment / Scott Free / TriStar Pictures
Distribuição: Diamond Films
Gêneros: Suspense / Drama
País: EUA
Classificação:16 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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27 dezembro 2017

"O Rei do Show" tem boas atuações e trilha sonora emocionante mas repetitiva


Cenas do musical são bem feitas, muita cor e a presença marcante de Hugh Jackman no papel principal  (Fotos: 20th Century Fox / Divulgação)

Maristela Bretas


Hugh Jackman está de volta em mais um musical e repete outra uma grande atuação em "O Rei do Show" ("The Greatest Showman"), que conta a história de P.T. Barnum, um dos empresários norte-americanos mais polêmicos do mundo do entretenimento que viveu de 1810 a 1891. Numa versão bem romanceada da história deste ganancioso aproveitador das deficiências físicas como elenco de seu espetáculo, o filme é bem conduzido. 


O diretor Michael Gracey soube explorar o lado visionário do famoso showman, que marcou seu nome no show business "por fazer a diferença e não se conformar em ser igual ao resto", como costumava dizer. 
No elenco bizarro de Barnum, o mérito maior fica para Keala Settle, a Mulher Barbada, que se destaca pela interpretação e voz. Outras duas ótimas atrizes dividem a atenção do galã - Rebecca Ferguson, que precisou de dubladora para interpretar a cantora Jenny Lind, chamada de "Rouxinol Sueco", e Michelle Williams, que até tentou, mas sua voz não segurou nas cenas musicais de sua personagem, Charity Barnum.


Enquanto Jackman é disputado por duas mulheres (por motivos óbvios), Zac Efron, no papel de Phillip Carlyle, sócio de Barnum, e a cantora/atriz/dançarina/modelo Zendaya, como a trapezista Anne Wheeler, formam um casal sem química, salvo por uma das mais belas cenas do filme, quando interpretam a linda canção "Rewrite the Stars".

E a trilha sonora é digna de premiação, com belas canções de Benj Pasek e Justin Paul e arranjo impecável. Encanta e emociona, especialmente "The Greatest Show" (música-tema) e "Never Enough" (interpretada com perfeição por Loren Allred, dubladora de Ferguson). O único pecado foi a repetição excessiva de algumas delas. Mas por serem tão boas, dá para relevar. Também o figurino e reprodução de época foram bem trabalhados.

A história se passa no século XVIII, contando a trajetória de Phineas Taylor Barnum, mais tarde conhecido como P.T. Barnum, um jovem de origem humilde, filho de alfaiate, que se apaixona pela filha de um dos clientes. Ambicioso, traça como objetivo na vida casar com a jovem e se tornar rico e famoso, custe o que custar. Mesmo que com isso precise usar e explorar a deficiência de pessoas rejeitadas pela sociedade para montar seu Museu de Curiosidades, que depois se transformou num grande circo de bizarrices. 


Considerado pela crítica uma fraude e chamado de "O Príncipe do Embuste", Barnum usa isso para atrair centenas de pessoas para seu show. Por ambição, em troca de fama e reconhecimento pelos ricos, decide promover uma turnê pelos EUA da cantora Jenny Lind e abandona todos aqueles que o apoiavam, inclusive sua família. Mas os rumos da vida vão ensinar-lhe duras lições. 

No mundo do show business P.T. Barnum é lembrado por promover as mais famosas fraudes e por fundar o circo que viria a se tornar o Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus, em Nova York.



Ficha técnica:
Direção: Michael Gracey
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h45
Gêneros: Musical / Drama
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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