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07 abril 2020

Quarentena pipoca no sofá - boas dicas de dramas inesquecíveis

(Montagem sobre fotos de Divulgação)

Maristela Bretas


O Cinema no Escurinho ouviu alguns de seus seguidores, em especial a jornalista Adriana Diniz, sobre dicas de bons dramas para ver sentadinho no sofá com muita pipoca. Mais de 90 grandes produções, dos clássicos que merecem ser assistidos novamente, a filmes que recentemente estiveram em cartaz nos cinemas. Vale a pena conferir a classificação das produções - as indicações variam entre 14 e 16 anos. E para saber mais, clique nos links dos filmes marcados para ler a crítica dos colaboradores do blog Cinema no Escurinho.

- Teia de Mentiras - Telecine
- Moonlight: Sob a Luz do Luar - Netflix / Now // HBO
- O Sorriso de Mona Lisa - Megapix
- Toc Toc - Netflix
- O Irlandês - Netflix
- Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrança - Netflix / Claro Vídeo / Paramount Mais
- A Cordilheira - Now // HBO 
- Green Book - O Guia - Amazon Prime
- XXY - Netflix
- A Tabacaria - Now 
- O Grande Gatsby - Netflix // Now
- O Menino que Descobriu o Vento - Netflix
- Luta por Justiça (pré-lançamento) - Telecine


- A Lavanderia - Netflix
- No Fim do Túnel - Netflix
- 15h17 - Trem para Paris - HBO
- E Ainda, Surdo - Netflix
- Grandes Olhos - Netflix
- Drive - Paramount Mais // Claro Vídeo
- Dois Papas - Netflix
- Eu, Daniel Blake - Netflix // Now 
- Seu Filho - Netflix
- O Livro de Henry - Netflix // Telecine
Dor e Glória - Now 
- Proposta Indecente - Netflix
- Querido Menino - Amazon Prime
- Argo - Now 


- Como Estrelas na Terra - Netflix
- A Casa do Lago - Netflix // Now 
- Diários de Motocicleta - Claro Vídeo
- Manchester a Beira-Mar - Netflix // Now 
- Trincheira Sem Fim - Netflix
- Lion - Uma Jornada Para Casa - Netflix // Now // HBO
- Garota Interrompida - Netflix
- Comer Rezar Amar - Netflix
- A Favorita - Telecine
- Gênio Indomável - Netflix
- A Esposa - Telecine
- Frida - Netflix
- Sociedade dos Poetas Mortos - Netflix
- A Dama Dourada - Now // HBO


Minha Obra-Prima - Netflix
- Joias Brutas - Netflix
- A Cor Púrpura - Now // HBO
- Se A Rua Beale Falasse - HBO
- O Regresso - Netflix
- Por Lugares Incríveis - Netflix
- Julie e Julia - HBO
- Beleza Oculta - Netflix // HBO / Now 
- A Espera de Um Milagre - Netflix // Now
- O Grande Truque - Now  
- Invencível - Netflix
- Filadélfia - HBO
- O Limite da Traição - Netflix
- Extraordinário - Now 


- A Procura da Felicidade - Netflix // Now 
- Forrest Gump, O Contador de Histórias - Netflix // Now
- História de um Casamento - Netflix
- Um Sonho de Liberdade - Telecine // HBO
- Viver Duas Vezes - Netflix
Milagres do Paraíso - Netflix // Now 
- Mary Shelley - Netflix
- O Conselheiro do Crime - Claro Vídeo
- Green Book: O Guia - Telecine
- O Voo - Netflix
- Labirinto de Mentiras - Now 
- O Som ao Redor - Netflix
- 12 anos de Escravidão - Netflix // Claro Vídeo 


- Atentado ao Hotel Taj Mahal - Telecine
- Falcone - HBO
- Uma Lição de Amor - Netflix
- Elsa e Fred - Telecine
- A Baia do Ódio - HBO
- O Curioso Caso de Benjamin Button - Telecine // HBO
- The Post: A Guerra Secreta - Amazon Prime
- Os Miseráveis (2013) - Netflix // Telecine // HBO // Amazon Prime
- Eu, Tonya - Telecine // HBO
- Você Não Estava Aqui - Now 
- Lembranças de Um Verão - HBO
- As Golpistas - Now // Amazon Prime
- Febre - HBO
- Roma - Netflix
- Duas Rainhas - Now 


- Herói por Acidente - HBO
- 22 de Julho - Netflix
- Ligações Perigosas - HBO
- Me Chame Pelo seu Nome  - Telecine // HBO
- Horas de Desespero - HBO
- Bem Vindos a Marwen - Telecine
- Lado a Lado - Now //HBO
- Adoráveis Mulheres - Telecine
- O Aviador - Now  // HBO
- Paterno - HBO
- Sexo, Mentiras e Videotape - Now // HBO
- Taxi Driver - Now  // HBO
- A Grande Mentira (pré-lançamento) - Telecine


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26 setembro 2019

"Hebe" é um recorte raso da história de uma grande estrela do Brasil

Andréa Beltrão brilha e entrega uma Hebe Camargo real, com qualidades e defeitos (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Muito superficial, sem detalhar datas e pessoas importantes da época, "Hebe - A Estrela do Brasil" o diretor Maurício Farias perde a oportunidade de contar a rica história daquela que foi a maior apresentadora de TV do país. A produção é um recorte de um curto período na vida exótica e polêmica da estrela que passou pelas principais emissoras do país, mas se recusou (e o filme reforça isso) a trabalhar na Rede Globo. Uma pena não ter explorado a infância humilde, a descoberta do talento no rádio, a ascensão à TV até sua morte. Sim, Hebe morreu. No dia 29 de setembro de 2012, vítima de uma parada cardiorrespiratória enquanto dormia. Na época. ela se preparava para retornar ao SBT. Mas esse fato não é citado nem mesmo com a famosa plaquinha nasceu em /faleceu em.


Coube à atriz Andréa Beltrão interpretar Hebe Camargo aos 60 anos. E ela entregou uma excelente atuação, sem se preocupar em ser uma caricatura da apresentadora, com seus RRs arrastados e o sotaque do interior paulista. O período escolhido foi o de maior pressão e perseguição, segundo o filme, quando saiu da Rede Bandeirantes e foi contratada pelo próprio Silvio Santos, no SBT. Enfrentando todos que tentavam mudar sua maneira de apresentar seus programas, ela levava ao palco travestis, gays, negros e minorias, deixando produtores e diretores das emissoras de cabelo em pé, mas garantindo altos índices de audiência.

Fez grandes entrevistas em seu famoso sofá, cantava e provocava usando um forte poder de persuasão. Foi ameaçada de prisão por criticar a corrupção dos políticos, apesar de ser amiga de um dos maiores corruptos do país - o ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf (e a esposa dele, Sylvia) e de Antônio Carlos Magalhães (ex-governador da Bahia), citado rapidamente. A Eucatex, maior empresa do setor madeireiro do pais na época, pertencente à família de Maluf, foi anunciante do programa de Hebe durante anos.


A composição do personagem por Andréa Beltrão focou no lado exótico, mas elegante, de Hebe, sem esquecer também a parte sombria. Apesar de estar sempre cercada por amigos e fãs, ter um filho que a adorava e um marido que a idolatrava, ela era uma pessoa solitária. A mansão onde morava, com muitas portas e corredores que mais pareciam um labirinto, confirmava isso. O prazer da atriz em beber muito e sempre é exposto no filme, assim como seu gosto por coisas caras, e a prepotência em mostrar "quem é que mandava".

O filme também não deixou passar em branco a relação conturbada com o segundo marido, Lélio Ravagnani (Marco Ricca). Empresário e também alcoólatra, ele era possessivo ao extremo e não aceitava a vida glamourosa da esposa e as amizades dela, com o cantor Roberto Carlos (Felipe Rocha), com quem ela trocava selinho no programa, e o apresentador Chacrinha (Otávio Augusto).


Mas à medida que o roteiro escrito por Carolina Kotscho vai se desenrolando, a impressão que dá é de que teria sido escrito pela ótica do filho Marcelo, que adorava a mãe, mas que sofria calado pelo pouco tempo que passavam juntos. Ou com as brigas constantes dela com o padrasto. O jovem, homossexual não assumido à época, era tratado como criança por Hebe, estava sempre sozinho, vivendo na imensa mansão da família e tendo como únicos amigos os empregados da casa.


As amigas fiéis e inseparáveis de longas datas - Nair Bello (Claudia Missura) e Lolita Rodrigues (Karine Teles) - foram lembradas duas vezes no filme, Hebe era a mais exótica e elegante das três. Neste ponto a produção brilhou demais. o figurino honrou a rainha da TV., tão chamativos quanto os trajes usados por ela à época. Dona de uma grande fortuna, Hebe exibia joias caríssimas e que teriam sido cedidas pelo filho Marcelo (interpretado por Caio Horowicz). Ele participou da produção juntamente com o primo Claudio Pessutti (papel vivido por Danton Mello), assessor da apresentadora neste período. No filme foram usados por Andréa Beltrão os brincos de diamante, uma medalha de ouro e o vestido preto com abas que ela se apresentou na estreia do programa no SBT.


Além do figurino, a trilha sonora também foi muito bem escolhida, tanto para compor a época, com os  Menudos se apresentando no programa para histeria das fãs no auditório, quanto o repertório romântico de Roberto Carlos. Sucessos como "Emoções" e "Cama e Mesa" embalaram os momentos mais expressivos do filme. Mas é Stella Miranda como a saudosa e escrachada Dercy Gonçalves quem oferece a parte mais divertida de toda a história.

Hebe Camargo (Foto Roberto Nemanis/SBT/Divulgação)

Para aqueles que vão ao cinema para saber um pouco mais sobre a grande dama da TV, vale uma explicação antecipada. O filme se passa entre os anos de 1979 e 1986, durante o governo militar do presidente João Batista Figueiredo (uma foto dele e dos também ex-presidentes Ernesto Geisel e Emílio Garrastazu Médici aparece na parede do órgão fiscalizador). Ou seja, em plena censura, que todo mundo negava que ainda existisse, mas que controlava e punia os atores que saíssem da linha.

Pena que a parte mostrada seja muito pouco da história de Hebe Camargo, uma mulher além do seu tempo, provocadora, batalhadora, intransigente, desbocada quando queria, e que se consagrou como uma das apresentadoras mais emblemáticas da televisão brasileira e arrastou uma legião de fãs de uma ponta a outra do país. Apesar de deixar um vazio de informações importantes sobre a vida da "Estrela do Brasil", "Hebe" vale pelo figurino, a trilha sonora e as atuações do ótimo elenco, em especial, Andréa Beltrão.


Ficha técnica:
Direção: Maurício Farias
Produção: Globo Filmes / Hebe Forever / Labrador Filmes / Loma Filmes
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h52
Gêneros: Drama / Biografia
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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05 setembro 2019

"It: Capítulo Dois": Pennywise retorna para se vingar do Clube dos Otários

Produção baseada na obra de Stephen King encerra a história explorando principalmente as fraquezas e superações dos personagens (Fotos: Brooke Palmer/Warner Bros Pictures)

Carolina Cassese


Após o sucesso de “It: A Coisa” (longa inspirado na obra de Stephen King), que em 2017 se tornou a maior bilheteria de um filme de terror da história, o argentino Andy Muschietti está de volta na direção de “It: Capítulo Dois” ("It Chapter Two") Dessa vez, ele apostou na abordagem de temas mais densos, como homofobia, relacionamentos abusivos e traumas de infância. “Agora o tom é menos juvenil. Vejo o primeiro filme mais ingênuo, mais leve. Afinal, é contado pelos olhos de crianças”, disse em entrevista publicada no jornal Folha de São Paulo. Nesta sequência, como no filme anterior e em outras obras do autor, o terror é usado como pano de fundo para explorar o lado emocional dos personagens.


Passaram-se 27 anos desde que o “Clube dos Otários”, formado pelos então adolescentes Bill, Ritchie, Beverly, Ben, Mike, Eddie e Stanley, derrotou Pennywise (Bill Skarsgård), um espírito demoníaco que pode assumir muitas formas - inclusive a de um palhaço assustador. Mike, que ainda vive na pequena cidade de Derry, é o único que de fato lembra tudo o que aconteceu. Ele resolve convocar os outros membros do grupo para um encontro quando se dá conta de que Pennywise provavelmente está à solta novamente, caçando crianças e pessoas vulneráveis. Ao se reunirem, os integrantes do clube percebem que a situação é muito mais grave do que eles imaginavam.


A primeira cena, provavelmente a mais assustadora do longa, já consegue passar essa mensagem: logo após saírem de um parque de diversões, um casal de homossexuais é agredido a socos e pontapés por alguns bullies de Derry. Pennywise (com Bill Skarsgård novamente no papel) até aparece no fim da sequência, mas fica em segundo plano: o preconceito do ser humano consegue ser mais assustador do que as horrendas criaturas sobrenaturais criadas pelo palhaço do mal.


Ao longo do filme, acompanhamos as batalhas internas de cada membro do Clube dos Otários. O arco mais emocionante é o de Bev (Jessica Chanstain), que se encontra em um relacionamento violento e ainda precisa lidar com os traumas causados por seu pai abusivo. Os outros personagens principais, interpretados por James McAvoy (Bill), Bill Hader (Ritchie), James Ransone (Eddie), Jay Ryan (Ben), Isaiah Mustafa (Mike) e Andy Bean (Stanley) também são construídos com complexidade e cuidado. 

O elenco se sai muito bem (destaque para Bill Hader e Bill Skarsgård, novamente), ao passo que a produção consegue equilibrar os momentos de tensão com alívios cômicos (algumas piadas soam repetitivas, mas a maioria funciona). Assista no making off abaixo o que Stephen King e os atores falam sobre o filme.


Há transições entre a vida adulta e a adolescência dos personagens. O espectador, então, mergulha na infância do Clube dos Otários a partir de flashbacks. Muitas cenas foram gravadas para o primeiro filme e inicialmente descartadas. O diálogo entre os dois tempos funciona bem, reforçando a conexão do público com os personagens. A duração do filme (quase 3 horas), no entanto, torna a experiência do espectador mais cansativa - e não parece muito necessária.


De certa forma é possível entender esse roteiro longo demais e exagerado, uma vez que as duas produções - "It - A Coisa" e "It - Capítulo Dois") são partes de uma mesma obra, de quase 1.200 páginas, escrita em 1986 por Stephen King. Intencional ou não, o livro, assim como os dois filmes, foi lançado em setembro e completa 33 anos desde sua publicação.


Não é à toa que boa parte da crítica chamou o longa de “um presente para os fãs de Stephen King”: há incontáveis referências à obra do autor (ele mesmo faz uma pontinha no filme). Muito mais do que um simples terror, “It: Capítulo Dois” é sobre amizade, autoconhecimento e superação - e fica difícil não se envolver com as bonitas histórias de cada um dos membros do Clube.


Ficha técnica:
Direção: Andy Muschietti
Produção: New Line Cinema / Lin Pictures / Vertigo Entertainment
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h50
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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