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22 abril 2017

"Vida" tem bons efeitos visuais, mas oferece suspense de pouco impacto

Jake Gyllenhaal e Rebecca Ferguson protagonizam a ficção científica dirigida pelo sueco Daniel Espinosa (Fotos: Sony Pictures /Divulgação)

Paula Milagres


Nem "Alien - O Oitavo Passageiro", nem "Passageiros". "Vida" ("Life"), do diretor sueco Daniel Espinosa (que tem em seu currículo a direção de "Protegendo o Inimigo" e "Crimes Ocultos") ficou a desejar em alguns pontos, principalmente na abordagem da ficção científica. Se o início tem algum impacto, no decorrer do longa este vai se perdendo. 



O ser alienígena domina as cenas em que aparece, como era esperado, mas não surpreende e nem assusta, comprometendo também o suspense. Se comparado a "Alien - O Oitavo Passageiro", Calvin (nome dado ao ser marciano) perde disparado. Já o elenco do filme faz sua parte e entrega uma interpretação correta mas que não consegue segurar o fraco roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick (os mesmos de "Deadpool").


Pelo visto, diretor e roteiristas têm preferência por escalar Ryan Reynolds para suas produções. Mas o ator está bem, fazendo menos gracinhas e adotando uma linha mais séria, como o engenheiro espacial Rory Adams. Destaque mesmo para Jake Gyllenhaal, Rebecca Ferguson e Ariyon Bakare, que interpretam os médicos David Jordan e Miranda North, e o cientista Hugh Derry. Completam o elenco internacional, com bom desempenho, os atores Hiroyuki Sanada, Olga Dihovichnaya e Naoko Mori.


Mas "Vida" tem também seus pontos bons e entre eles as cenas dos astronautas dentro da estação espacial. O diretor corre pelos compartimentos, quase como uma valsa, expondo cada parte. Interessante também a relação paternal do cientista Hugh Derry com Calvin. Além das cenas de ataques no ambiente de gravidade zero, que usam bons efeitos visuais, como a dos corpos explodindo e o sangue flutuando. 




Pena que faltou mais criatividade à produção, que explora ideias de filmes do gênero sem conseguir avançar ou criar algo novo na abordagem. "Vida" usa muitos clichês e não surpreende nem mesmo no final, apesar da atuação de Jake Gyllenhaal e Rebecca Ferguson.




"Vida", tem seu enredo em torno de seis astronautas em uma estação espacial internacional que, em sua missão, descobrem evidências de vida em Marte. Passam a investigar a amostra coletada no planeta e se deparam com uma célula que, com a dosagem certa de oxigênio, consegue se mover e crescer.



Calvin, como é batizado o organismo unicelular, que inicialmente parecia inofensivo, se desenvolve e causa terror na tripulação, que tenta, desesperadamente, conter sua força e ação. O principal objetivo da equipe agora já não é mais salvar a própria vida, mas deter Calvin para que não chegue à Terra e ameace a raça humana. Como distração, o filme agrada, mas a expectativa criada foi maior que a encomenda entregue.



Ficha técnica:
Direção: Daniel Espinosa
Produção: Columbia Pictures / Skydance Productions / Sony Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h44
Gêneros: Ficção Científica / Suspense
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #Vida #Life #vidaemMarte #alien  #vidaforadaterra #Calvin #extraterrestre #JakeGyllenhaal #RebeccaFerguson #RyanReynolds #AriyonBakare #HiroyukSanada #OlgaDihovichnaya #NaokoMori #ficcaocientifica #suspense #SonyPictures #ColumbiaPictures #SkydanceProductions #CinemanoEscurinho

13 novembro 2018

Morre Stan Lee, gênio dos maiores super-heróis dos quadrinhos e do cinema

Cartunista deixa um legado de dezenas de personagens e histórias que marcaram muitas gerações (Fotos; Reprodução/Divulgação)

Maristela Bretas 


Quem é o Homem de Ferro, Thor, ou mesmo o Incrível Hulk? O verdadeiro super-herói, detentor das joias do Infinito era Stan Lee, o gênio do quadrinhos criador dos maiores e melhores super-heróis da história. Aos 95 anos, ele deixa uma vaga que dificilmente será ocupada em Hollywood para ser o destaque no Universo da criação.

Guardiões da Galaxia
O mestre faleceu na manhã dessa segunda-feira em Los Angeles, na Califórnia, vítima de problemas respiratórios decorrentes de uma pneumonia e perda gradativa da visão. Figura emblemática, além de criador dos personagens que são sucesso estrondoso de bilheteria e lotam salas de cinema pelo mundo, Stan Lee era sempre uma atração esperada (mesmo que rápida) em todos os filmes do universo Marvel, não importando o estúdio que estivesse produzindo - Disney, Sony ou Fox. 


Stan Lee iniciou seus quadrinhos com "Capitão América", em 1941, bem durante a 2ª Guerra Mundial, quando estava servindo pelo Exército. Ao fim da guerra, retornou aos quadrinhos como roteirista, escrevendo e adaptando textos e foi compartilhado no exército americano por nomes como o do cineasta italiano Frank Capra.


Homem-Aranha
Vinte anos depois surgiu o "Quarteto Fantástico" e a partir daí não parou mais e nos brindou com histórias dos mais variados heróis da Marvel que depois ganharam as telas de cinema. Como Homem-Aranha, Homem de Ferro, Thor, Hulk, Doutor Estranho, Pantera Negra, Guardiões da Galáxia, X-Men, Deadpool e uma infinidade de personagens, inclusive grandes e excelentes vilões, como Thanos, de "Os Vingadores - Guerra Infinita".


Thor - Ragnarok
Ao todo, Stan Lee fez 35 aparições-surpresa em filmes da Marvel desde o ano 2000, incluindo a que ainda será exibida em "Vingadores 4", gravada há pouco tempo, antes de seu estado de saúde piorar. Além de manifestações dos atores que interpretaram seus personagens, Stan Lee foi homenageado por todo o mundo do cinema e dos quadrinhos.  Inclusive pela maior rival, a DC Comics, que postou a seguinte mensagem em sua conta no Twitter: "Ele mudou a forma como vemos os heróis e os quadrinhos modernos sempre terão sua marca indelével. Seu entusiasmo contagiante nos lembrou porque nós nos apaixonamos por essas histórias em primeiro lugar. Excelsior, Stan". 
Leia mais sobre a repercussão da morte de Stan Lee no Portal UAI.


Com parte dos Vingadores
Tags: #StanLee, #SuperHeroisMarvel, #OsVingadores, #MarvelStudios, #quadrinista, #CinemaNoEscurinho

31 maio 2018

"Han Solo" - Uma empolgante aventura do universo Star Wars

Filme conta como surgiu o personagem e sua amizade com o wookie Chewbacca (Fotos: LucasFilm/Divulgação)

Maristela Bretas


"Han Solo - Uma História Star Wars" ("Solo: A Star Wars Story") é uma grande homenagem a um dos principais heróis da franquia, que merecia ter sua história contada, como aconteceu com Luke Skywalker e a Princesa Leia. E o diretor Ron Howard (que tem grandes sucessos em seu currículo, como "No Coração do Mar"- 2015) entrega uma nova e boa aventura aos fãs. Muita ação, romance, mocinhos e vilões e grandes batalhas no espaço e em terra, recheadas de muita computação gráfica e efeitos visuais, que marcaram os filmes da saga há 41 anos, a serem completados em novembro.

Não chega a ser excelente como "Rogue One" (2016), a primeira história paralela, que uniu como uma peça de quebra-cabeça, os episódios "Star Wars - Uma Nova Esperança" (1977) e "O Império Contra-Ataca" (1980). Mas "Han Solo" tem um enredo digno do personagem, eternizado pelo ator Harrison Ford e estava merecendo um filme sobre ele após participar de quatro episódios marcantes e concluir sua trajetória em "Star Wars: O Despertar da Força" (2015). 

O filme é quase didático e também corre por fora para explicar como Han Solo conheceu seu primeiro grande amor (antes de Leia) e o copiloto Chewbacca, como conquistou a famosa nave Millennium Falcon, como surgiu seu nome e como fez vários inimigos e amigos em suas aventuras. As cenas que explicam estes pontos da vida de Han Solo são as mais interessantes e chegam a dar arrepios.

A boa trilha sonora, incluindo a música-tema que acompanha o personagem há mais de quatro décadas completa a produção. Apesar dos muitos recursos técnicos, as cópias que assisti em 3D estavam muito escuras, dificultando a visualização de detalhes em algumas cenas. O mesmo aconteceu com as fotos de divulgação.

A história de "Han Solo" se encaixa antes de "Star Wars - Uma Nova Esperança", o primeiro episódio da saga (na verdade o quarto), que apresentou os personagens Luke Skywalker /Mark Hamill, Princesa Leia /Carrie Fischer, Chewbacca/Peter Mayhew e o próprio Solo/Harrison Ford.

Harrison Ford como Han Solo
O famoso contrabandista sempre foi o fanfarrão do trio durante sua participação na saga, cheio de truques e dando show em pilotagem de sua nave. Para fazer o personagem mais jovem, aventureiro e rebelde, foi escolhido o ator Alden Ehrenreich (de "Ave César!" - 2016), pouco conhecido, mas que conseguiu desempenhar direitinho o papel, a ponto de ser elogiado por Ford após a estreia do filme nos EUA. Mas está a uma galáxia, muito, muito distante do original.


Intempestivo, romântico, aventureiro, leal com os amigos e trapaceiro com os inimigos, o Han Solo jovem está conseguindo conquistar os fãs. Mas ganhou um forte concorrente, que até então ficava em segundo plano nos episódios dos quais participou. Donald Glover rouba as cenas como o capitão Lando Calrissian (interpretado anteriormente por Billy Dee Williams). Ele é carismático, sedutor, trapaceiro, engraçado e tira o brilho de Ehrenreich quando estão juntos. E se a história é sobre Han Solo, não poderia faltar seu mais fiel amigo wookiee, Chewbacca, o "Chewie", desta vez interpretado pelo ator finlandês e ex-jogador de basquete, com 2,11m de altura, Joonas Suotamo (participou também de "Star Wars: O Despertar da Força" e "Os Últimos Jedi" - 2017).

O  elenco ainda conta com Emilia Clarke ("Como Eu Era Antes de Você" - 2016 e a série de TV "Game of Thrones"), como Qi'ra, a namorada de Solo que vai mudar o futuro dele. Paul Bettany, assim como Josh Brolin (que pulou do vilão Thanos, de "Vingadores: Guerra Infinita" - 2018, para o X-Men Cable, de "Deadpool 2" - 2018) sai do super-herói Visão, de "Capitão América: Guerra Civil" e "Vingadores: Guerra Infinita" e para virar o contrabandista de armas Dryden Vos. Destaque também para Woody Harrelson, como o também contrabandista Tobias Beckett (difícil foi saber quem andava na linha nesta época), parceiro de golpes de Han Solo.

Na história, Han Solo e a namorada Qi'ra querem fugir da escravidão de seu planeta e tentam usar uma substância valiosa para comprarem a liberdade. O plano não dá certo e os dois acabam separados. Anos depois, Solo ainda tenta conseguir uma nave para retornar a seu planeta e resgatar Qi'ra. Em sua jornada, vai conhecendo outros contrabandistas, o amigo Chewie e pessoas que vão transformá-lo no carismático mocinho.

Muito bom, mais uma história Star Wars que vale assistir e está agradando até mesmo alguns fãs mais exigentes. Agora é aguardar ansiosamente o episódio IX, último da terceira trilogia, previsto para 2019 com direção de J.J. Abrams.



Ficha técnica:
Direção: Ron Howard
Produção: Lucas Film / Walt Disney Companhy / Imagine Entertainment
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h15
Gêneros: Aventura / Fantasia / Ficção científica 
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #HanSoloUmaHistoriaStarWars, #HanSolo, #Solo, #StarWars, #AldenEhrenreich, #DonaldGlover, #WoodyHarrelson, #EmiliaClarke, #RonHoward, #LucasFilm, #aventura, #DisneyBuenaVista, #cinemas.cineart, #CinemanoEscurinho

30 abril 2019

"Sonic - O Filme" ganha primeiro trailer e cartaz oficiais


A Paramount divulgou nesta terça-feira (30) o primeiro trailer e cartaz oficiais de #SonicOFilme, uma aventura live-action baseada na franquia mundial de video game da Sega que conta a história do ouriço azul mais famoso do mundo. A produção tem previsão de estreia no Brasil em 23 de janeiro de 2020.  

O filme segue as aventuras de Sonic enquanto ele tenta se adaptar à nova vida na Terra com seu recém-descoberto melhor amigo humano Tom Wachowski (James Marsden). Sonic e Tom unem forças para tentar impedir que o vilão Dr. Robotnik (Jim Carrey) capture Sonic e use seus poderes para dominar o mundo. No filme também estrelam Tika Sumpter e Ben Schwartz como a voz do Sonic, que no Brasil será dublado por Manolo Rey.

"Sonic:O Filme" ("Sonic The Hedgehog") é dirigido por Jeff Fowler e produzido pelo diretor de "Deadpool" (2016), Tim Miller, e pelo produtor de "Velozes e Furiosos" (2001), Neal H. Moritz,. 



Tags: #SonicOFilme, #Sonic, #Sega, #ParamountPictures, #JamesMarsden, #JimCarrey, @aventura, #liveaction, #game, @cinemaescurinho

01 maio 2024

"O Dublê" homenageia a arte e a ousadia dos verdadeiros heróis do cinema

Ryan Gosling entrega ótima atuação como um dublê profissional, com momentos de muita ação, romance
e comédia (Fotos: Universal Studios)


Maristela Bretas


Inspirado na série de TV “Duro na Queda”, exibida nos anos de 1980, chega oficialmente aos cinemas nesta quinta-feira (2) o filme "O Dublê" ("The Fall Guy"), mas que já está sendo exibido em algumas sessões especiais. 

Estrelado por Ryan Gosling ("Barbie" - 2023 e "Blade Runner 2049" - 2017) e Emily Blunt ("Um Lugar Silencioso" - 2018 e "Um Lugar Silencioso 2" - 2021), o longa reúne, na medida certa, muita ação, romance e pitadas de comédia para homenagear os profissionais que dão vida ao cinema.

O filme é dirigido por David Leitch, responsável por sucessos como “Trem Bala” (2023), “Deadpool 2” (2018), “Atômica” (2017), “Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw” (2019), entre outros. O diretor, que já foi dublê na vida real, é dono da 87North, empresa especializada em fornecer estes profissionais para os estúdios de cinema, inclusive os usados no longa. 


Com maestria, ele coreografa sequências de ação emocionantes e realistas, utilizando truques impressionantes que demonstram a criatividade e o talento dos dublês. Uma dessas cenas inclusive foi reconhecido pelo Guinness World Records. 

Logan Holladay, dublê de direção de Ryan Gosling, quebrou o recorde mundial de giros com o carro após uma explosão (conhecido pela expressão inglesa “cannon car rolls”), alcançando o número de 8.5 giros, superando o número anterior de 7 voltas. Confira o vídeo.


O longa acompanha a história de Colt Seavers (Gosling), um dublê experiente que se vê obrigado a abandonar a carreira após um grave acidente. Anos depois, ele é chamado de volta para trabalhar em um filme dirigido por sua ex-namorada, Jody Moreno (Emily Blunt). 

Ele terá de realizar as cenas mais intensas de ação do ator Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson, que trabalhou com Leitch em "Trem Bala"), protagonista do longa. Durante as filmagens, Tom desaparece e, enquanto grava suas sequências, Colt passa a investigar o misterioso sumiço do astro.


A química entre Ryan Gosling e Emily Blunt é inegável e contribui para a força da história. Gosling entrega uma atuação carismática e emocionante como Colt, um homem que luta para se adaptar à nova realidade após o acidente e que nunca esqueceu a ex. 

Já Blunt está ótima como Jody, uma mulher forte e independente que não se deixa abater pelos desafios da vida e que, por mais que se esforce, ainda tem muita atração pelo ex-namorado.


No elenco temos ainda a atriz vencedora do Emmy, Hannah Waddingham, Winston Duke (de “Pantera Negra” - 2018), a atriz indicada ao Oscar, Stephanie Hsu (“Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” - 2022), Teresa Palmer ("A Escolha" - 2016) e Jason Momoa ("Aquaman" - 2018 e "Aquaman 2: O Reino Perdido" - 2023).

O longa se destaca por valorizar e reconhecer o trabalho dos heróis invisíveis muitas vezes subestimados pela indústria cinematográfica, como os dublês e as pessoas envolvidas num filme: designers de produção, diretores de fotografia, técnicos de câmera, de luz, de energia, entre outras milhares. 


As cenas de ação são de tirar o fôlego e demonstram a habilidade desses profissionais, que se arriscam para dar vida aos momentos mais perigosos e eletrizantes de um filme. A trilha sonora, que inclui músicas de Taylor Swift, como "All Too Well", contribui para a atmosfera de pura adrenalina, remetendo a antigos e novos sucessos de bilheteria do cinema. 

"O Dublê" é um filme que merece ser assistido, especialmente em Imax para aproveitar melhor os efeitos visuais e as atuações dos profissionais do perigo. E ainda tem um final bem nostálgico para o público cinquentão, que remete à antiga série "Duro na Queda", criada por Glen A Larson.


Ficha técnica
Direção:
David Leitch
Roteiro: Drew Pearce
Produção: 87North, 360 Pictures, Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h05
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: ação, comédia, romance

05 maio 2018

"Vingadores - Guerra Infinita" é o melhor filme da Marvel em bilheteria, mas perde em final para "Guerra Civil"

Nova produção leva às telas o maior e mais mortal confronto entre o vilão Thanos e mais de 20 dos principais super-heróis da Marvel (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


O mais novo sucesso da Marvel Studios confirmou nesta sexta-feira que veio para fazer história e deixar ainda mais ansiosos os fãs dos super-heróis. Em apenas dez dias de sua estreia, "Vingadores - Guerra Infinita" ("Avengers - Infinity War") ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão em bilheterias mundiais, ganhando de "Star Wars - O Despertar da Força" que chegou a este número em 12 dias. Seis anos se passaram desde o primeiro filme que reuniu os super-heróis da Marvel para formarem os "Vingadores". 


E nada melhor que oferecer ao público algo grandioso em todos os sentidos, a começar pelo orçamento de US$ 300 milhões, o mesmo de "Liga da Justiça", da concorrente DC Comics. Mas infinitamente melhor, o que ficou comprovado mais uma vez pela arrecadação nas bilheterias. Sem contar que "Guerra Infinita" só estreia na China dia 18 de maio.

Os diretores e irmãos Joe e Anthony Russo repetiram a fórmula do excelente "Capitão América: Guerra Civil" (que mais parece outro filme dos "Vingadores") e entregaram uma produção emocionante e empolgante em quase todo o desenrolar da história, mas que frustra no final, apesar de ser o esperado. O elenco reúne os principais super-heróis da franquia em 2h36 de duração de filme que passam num piscar de olhos. Tudo está na medida certa, a produção é impecável nos efeitos visuais, locações (até o Brasil entrou no mundo dos Avengers), trilha sonora "trincando" de Alan Silvestri e, principalmente, um enredo redondinho, como nos Quadrinhos.

Até mesmo a escolha das cores nas cenas de cada grupo de heróis reflete sua marca, como é o caso dos Guardiões da Galáxia, sempre em bem coloridas, ao contrário dos tons pastéis do sisudo Capitão América e da Viúva Negra. Star Lord/Peter Quill (Chris Pratt) e sua turma também ganharam o melhor tema de apresentação - "Rubberband Man", do grupo The Spinners, sucesso dos anos 70. Por falar em trilha sonora, só ela já valeria o ingresso, a começar pela música principal da franquia dos Vingadores, composta por Alan Silvestri, que volta renovada e chega a dar arrepios.


Os diretores poderiam ter problemas ao reunir mais de 20 super-heróis Marvel numa mesma produção, mas até nisso "Vingadores - Guerra Infinita" foi "foda". As participações foram bem divididas de acordo com a importância que cada personagem tinha na história - desde a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) a Thor (Chris Hemsworth) e Homem de Ferro/Tony Stark (Robert Downey Jr.). Todos tiveram presenças marcantes e foram essenciais para que o filme entregasse o que era esperado pelos fãs.



Mas a grande estrela de "Vingadores - Guerra Infinita" é, sem qualquer dúvida, Thanos, o maior e melhor vilão que a Marvel já criou e conseguiu trazer para as telas de cinema. Interpretado por Josh Brolin (que volta em breve no papel de Cable, inimigo de Deadpool no segundo filme do anti-herói), o titã louco vinha sendo citado em vários filmes dos Vingadores, mas ganhou destaque em "Guardiões da Galáxia Vol. 2" e "Thor - Ragnarok". A partir daí, o personagem se tornou conhecido do público de cinema e a figura mais esperada para o terceiro filme dos Vingadores.

E não deixou por menos, com ou sem as joias do infinito. Por seu caminho, Thanos vai deixando um rastro de destruição e morte de heróis e figuras marcantes do Universo Marvel. Mas nem mesmo isso faz com que o poderoso destruidor de mundos seja odiado. Cruel e impiedoso, ele também mostra suas fraquezas e a maior delas pode por fim ao seu império. O Thanos de Josh Brolin chega a ofuscar alguns super-heróis nas cenas em que aparece.

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E se o vilão tem seu lado sentimental, não tão diferente estão os ex-Vingadores, separados desde a luta final em "Guerra Civil". Cheios de mágoas, alguns vivem na clandestinidade como o Capitão América/Steve Rogers (Chris Evans), a Viúva Negra/Natasha (Scarlett Johansson) e o Falcão (Anthony Mackie). Outros como os queridinhos do governo, como Tony Stark e ainda aqueles que preferem não aparecer, como o Homem-Aranha/Peter Parker (Tom Holland) e Doutor Estranho/Stephen Strange (Benedict Cumberbatch). 


Eles agora precisam se reencontrar e unir forças contra Thanos, o mal maior que pode dizimar metade do planeta se conseguir conquistar as seis joias coloridas do infinito - mente/amarela, alma/laranja, poder/roxa, tempo/verde, realidade/vermelha e espaço/azul.


O vilão agora se dirige à Terra e ameaça dizimar metade de sua população num estalar de dedos e a ajuda de um exército. A equipe de super-heróis terá de se dividir para combater os seguidores de Thanos espalhados pela galáxia. Essa divisão tem várias passagens engraçadas, com destaque para os diálogos de Star Lord com Thor ou com Tony Stark, seja na terra ou no espaço. 


O lado cômico consegue atingir também o Capitão América, que é zoado por Thor em plena batalha. O pau quebrando em volta e um reparando no modelito do outro. O jovem Homem-Aranha também dá seus pitacos nas conversas, no estilo aprendiz de Vingador, e se sai muito bem. Até mesmo Hulk/Bruce Banner (Mark Ruffalo) resolve ter crise de abstinência de luta e vira um problemão para sua cara-metade.


A alta definição da gravação, toda feita no sistema Imax, foi cruel com alguns protagonistas. Após dez anos desde que passaram a interpretar seus personagens, as marcas do tempo se destacam nos rostos de Robert Downey Jr., Mark Ruffalo e Chris Evans. Mas não tiram o charme de nenhum deles , só acrescentam experiência. Ganha o público que tem super atores nos papéis principais e fazem de "Vingadores - Guerra Infinita" o melhor dos três filmes dos Avengers até o momento, empatando com "Capitão América - Guerra Civil" entre as produções da Marvel Studios.



Atenção na pegadinha da cena de confronto para conseguir notar a diferença entre o trailer e o filme em exibição. E também é essencial assistir a cena após toda a ficha técnica, que explica melhor o final de "Vingadores 3". E dá o gancho para a sequência com a possível entrada de um novo membro ao time - a Capitã Marvel, papel entregue a Brie Larson, cujo filme solo estreia em fevereiro de 2019. Agora é esperar o quarto filme dos Avengers (nem dá para dizer se será o último), com estreia marcada para o dia 2 de maio de 2019.



Ficha técnica:
Direção: Joe e Anthony Russo
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h36
Gêneros: Aventura / Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

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19 agosto 2021

"O Esquadrão Suicida" faz você esquecer que houve um primeiro filme

James Gunn acerta na direção e no roteiro e na escolha do elenco, respeitando os personagens dos quadrinhos da Dc Comics (Fotos: Jessica Miglio/Warner Bros.)


Maristela Bretas


Violento, com muito sangue, ação do início ao fim e um humor sarcástico, "O Esquadrão Suicida" ("The Suicide Squad"), dirigido por James Gunn ("Guardiões da Galáxia" - 2014) é tudo o que seu quase homônimo - "Esquadrão Suicida" (2916) - não conseguiu ser e ainda está agradando aos fãs da DC Comics.

Graças ao ótimo elenco estrelar (que o outro também tinha, mas não soube aproveitar), a versão em cartaz nos cinemas deve seu sucesso também ao roteiro de Gunn, que respeitou os personagens dos quadrinhos, mas não deixou de torná-los mais bizarros e violentos, amarrando muito bem a história de cada um deles.


Segundo o estilo de "Deadpool", com violência sem medidas, acompanhada de um humor escrachado que agrada apesar da situação, a produção prende o público, mesmo com tanta matança. Cabeças voam, o sangue jorra fácil e tudo acontece como se matar fosse uma coisa corriqueira.

Na verdade, para este grupo de psicopatas assassinos, a violência extrema é normal e o enredo apresenta personagens desprovidos de emoções, sem nada a perder. Não é à toa que estão "hospedados" na pior prisão dos EUA - Belle Reve -, onde morrer é como tomar café da manhã.


Como no antecessor, a diretora da penitenciária, Amanda Waller (a excelente Viola Davis) recruta um novo grupo de supervilões entre seus prisioneiros para destruir um projeto super secreto que ameaça o planeta.

Concluindo a missão eles terão suas penas reduzidas e as famílias preservadas. Enfrentar o exército da pequena ilha de Corto Maltese vai ser o menor dos problemas para o Esquadrão Suicida. O maior vilão está por vir -  o monstro Starro, o Conquistador - digno de um filme de super-heróis.


Apesar do banho de sangue, é impossível não simpatizar com alguns dos integrantes do grupo. E o brilho maior, como no filme de 2016, não poderia ser de ninguém mais que  "Arlequina" de Margot Robbie (que vive a supervilã também em "Aves de Rapina" - 2020). Sádica, bem humorada, violenta, sedutora, mas preocupada com os amigos, ela é um misto de emoções e fúria irresistíveis. 

Até mesmo com uma entrada triunfal, vinda diretamente do banheiro (só assistindo para entender), ela domina as cenas em que aparece - praticamente o filme todo. Ao mesmo tempo que enforca, asfixia ou fatia seus inimigos, exibe um sorriso ingênuo ou um olhar assassino.


Dividindo as atenções  temos a ótima interpretação de Idris Elba como "Sanguinário". O nome já diz tudo. Ele toma o lugar que no filme anterior foi de Will Smith, como "Pistoleiro"  e lidera o grupo na missão. Com ele outro rosto famoso do ringue e das telas, fazendo o estilo fortão sem noção - John Cena interpreta o vigilante "Pacificador". O personagem, inclusive, ganhou uma série na TV solo na HBO Max - "Peacemaker".

Além de "O Esquadrão Suicida", os dois atores estão também "Velozes e Furiosos 9", juntamente com Michael Rooker (Sábio). O elenco conta ainda com os superpoderes de David Bolinha (David Dastmalchian), de Caça-Ratos 2 (a atriz portuguesa Daniela Melchior), o Tubarão-Rei Nanaue (que recebe a voz de Sylvester Stallone). 


No segundo time de super-heróis bizarros temos ainda Capitão Boomerang (Jai Courtney), Caça-Ratos 1 (Taika Waititi ), Pensador (Peter Capaldo), Dardo (Flula Borg), OCD (Nathan Fillion), Doninha (Sean Gunn). A atriz brasileira Alice Braga também tem boa participação como a líder dos rebeldes Sol Soria. Joel Kinnaman ("O Informante" - 2019) volta mais "parrudo", bonito e simpático como o coronel Rick Flag.


Se o elenco e suas interpretações já são motivo de sobra para assistir a "O Esquadrão Suicida", a trilha sonora espetacular arrasa, assim como os efeitos visuais. Destaque para as lutas com espadas, especialmente nas mãos de Arlequina.

Apesar de não ter agradado ao público dos EUA, o mesmo não aconteceu no restante do mundo e garantiu, até o momento, uma bilheteria de quase US$ 120 milhões. O valor ainda não chegou à metade do que foi investido na produção - US$ 285 milhões. Mas vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: James Gunn
Distribuição: Warner Bros.
Exibição: Nos cinemas e HBO Max
Duração: 2h12
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Aventura / Ação
Nota: 4 (de 0 a 5)