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17 novembro 2022

"Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" é sobre representatividade, poder e emoções

Letitia Wright, Lupita Nyong'o e Tenoch Huerta protagonizam o segundo filme da saga (Fotos: Marvel Studios)


Maristela Bretas


Com características bem expressivas, "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" ("Black Panther: Wakanda Forever") reúne ingredientes muito fortes, que se entrelaçam a cada cena. Desde o início até o final, o filme é uma homenagem ao grande ator Chadwick Boseman, que morreu de câncer em agosto de 2020. 

Intérprete do rei T'Challa, ele foi o protagonista de "Pantera Negra", de 2018, filme que abriu as portas e valorizou o trabalho excelente do elenco, formado em sua maioria por atores negros, em especial, por mulheres. Veja o que alguns atores falam sobre o filme e a perda do ator.


Previsto para ser completamente diferente, a perda do ator principal exigiu uma mudança completa no roteiro de "'Wakanda Forever" por parte do diretor e roteirista Ryan Coogler. 

Sem a sua estrela, a nova história se voltou ainda mais para o elenco feminino, que tinha sido destaque no primeiro filme. Perdeu um pouco em ação, mas deixa sua marca na abordagem de temas importantes.


A representatividade da mulher negra é um dos pontos principais da produção, que foca ação, força e emoção em Letitia Wright (Shuri), Angela Basset (rainha Ramonda), Danai Gurira (Okoye), Lupita Nyong'o (Nakia) e Dominique Thorne (Riri Williams). Elas roubam as cenas e entregam grandes e poderosas interpretações. 

Claro, entram em cena também atores masculinos, como Winston Duke (lorde M'Baku), Martin Freeman (agente Everett Ross) e Michael B. Jordan (Killmonger), todos do primeiro filme, mas sem desempenharem papéis de protagonistas. 


Cabe a Shuri a tomada de decisões que irão afetar sua família e transformar o reino de Wakanda. A personagem passa por um amadurecimento forçado. De gênio da ciência e da tecnologia, ela passa a herdeira do maior símbolo de poder e respeito de seu reino - ser a nova Pantera Negra. 


Mas nem tudo é tão fácil. Ela não se conforma com a morte do irmão T'Challa de uma doença que ela não conseguiu achar a cura. Nesse ponto, a cientista, que sempre coloca a razão em primeiro lugar, é tomada pelo rancor e fecha o coração para bons sentimentos. 

Chega a incomodar um pouco essa postura vingativa da futura super-heroína, que não se importa com as consequências de seus atos impensados.


Isso fica ainda pior quando surge o novo vilão da franquia, Namor, rei do reino submarino de Talocan, cujo poder bélico é comparado somente ao de Wakanda, graças ao vibranium que ambos possuem. 

Namor e Shuri têm os mesmos sentimentos amargos e cada um, a sua maneira, busca vingança contra aqueles que lhes tiraram as pessoas que amavam e colocam seus reinos em risco. 


Fragilizado pela morte de T'Challa, o povo de Wakanda se esforça para continuar em frente, o que vai exigir união da família e dos amigos do falecido rei para enfrentarem o Namor e seus guerreiro indestrutíveis. Essa disputa entre as duas potências - da superfície e dos oceanos - proporciona as ótimas cenas de ação, com batalhas em terra e no mar. 


Claro que "Wakanda Para Sempre" não poderia ficar sem uma trilha sonora marcante, que mostrasse a força e a emoção do filme. E o compositor sueco Ludwig Göransson (da série "The Mandalorian"- 2022) cumpriu muito bem a parte ele. 

Destaque para a versão do sucesso "No Woman No Cry" e para canções como "Alone" e "Con La Brisa". Além de contar com a música-tema composta e interpretada por Rihanna - "Lift Me Up". 


Figurino e maquiagem também são destaques, apesar do tom de pele azulada dos habitantes de Talocan lembrar o povo de "Avatar". Confesso que acho muito mais elegantes e bonitos os uniformes das guerreiras de Wakanda, além da classe e da precisão com que lutam. Um show à parte. 


Impossível não comparar Namor com Aquaman. Visualmente, o musculoso tatuado da DC interpretado por Jason Momoa, é mais "interessante" de se ver na tela que Tenoch Huerta, da Marvel. Mas o ator mexicano tem uma interpretação mais marcante, dominando as cenas em que Namor aparece. 

Em seu pais, Huerta também é um forte defensor dos direitos das minorias de seu país, especialmente dos pobres e negros, o que condiz com a proposta do franquia.


Para quem acompanhou os desenhos animados do passado, fica a dúvida do por que não manter Namor como príncipe submarino, e não rei, e por que seu reino é chamado de Talocan e não de Atlantis (ou Atlântida).  


Se ainda não assistiu, não deixe de ir. "Pantera Negra - "Wakanda Forever" é mais que um filme de super-herói. Não supera o primeiro, mas entrega muita emoção em mensagens e situações que inspiram, dão poder e ajudam a criar consciência. 

Além de ser um lindo e emocionante tributo a Chadwick Boseman do início ao fim. Não saia do cinema sem assistir a única cena pós-crédito.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Ryan Coogler
Produção: Marvel Studios / Walt Disney Pictures
Distribuição: Walt Disney Pictures
Duração: 2h42
Gêneros: ação /aventura / fantasia
País: EUA
Classificação: 14 anos

25 fevereiro 2019

#Oscar2019 - "Green Book: O Guia" é o Melhor Filme, mas "Bohemian Rhapsody" lidera em estatuetas

Produção dirigida por Peter Farrelly foi a grande vencedora (Foto: Diamond Films Brasil/Divulgação)

 

Maristela Bretas


"Green Book: O Guia" foi escolhido o Melhor Filme do #Oscar2019, que terminou no início da madrugada desta segunda-feira no Teatro Dolby, em Los Angeles. Coube à premiada Julia Roberts anunciar o vencedor na 91ª edição. A cerimônia, promovida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, pela primeira vez em 30 anos, não teve um mestre de cerimônias uma vez o anfitrião Kevin Hart foi retirado da função após denúncias de tuítes homofóbicos postados por ele. Também provocou polêmica o cancelamento da categoria Melhor Filme Popular.

Dirigido e roteirizado por Peter Farrelly, "Green Book: O Guia", além da maior premiação, conquistou também as estatuetas de Melhor Ator Coadjuvante, entregue por Daniel Craig e Charlize Theron a Mahershala Ali, a quarta e mais importante das recebidas por ele em todas as premiações a que foi indicado neste ano. Além de Melhor Roteiro Original para Peter Farrelly, Nick Vallelonga e Brian Currie, prêmio entregue por Samuel L. Jackson e Brie Larson, a dupla de "Capitã Marvel" que estreia dia 8 de março.

A cerimônia do Oscar 2019 começou com uma apresentação do cantor Adam Lambert acompanhado pelos integrantes do Queen interpretando sucessos da banda e um telão projetando a imagem de Freddie Mercury. A plateia aplaudiu de pé. E foi "Bohemian Rhapsody" a agradável surpresa da noite faturando cinco estatuetas, quatro delas na parte técnica - Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição e Melhor Montagem. Além de Melhor Ator, para Rami Malek por sua interpretação do vocalista e compositor Freddie Mercury. Ele agradeceu a Brian May e Roger Taylor, que estavam presentes na cerimônia, pela oportunidade de fazer uma pequena parte do legado do Queen.

Das mãos do amigo e também diretor Guillermo Del Toro, Alfonso Cuarón recebeu a premiação de Melhor Diretor por "Roma". A produção mexicana também faturou as categorias de Melhor Fotografia e Melhor Filme Estrangeiro, esta última anunciada por Angela Basset e Javier Bardem. O longa mexicano, uma produção da Netflix, foi o primeiro na plataforma de streaming a disputar o Oscar.

A primeira estatueta anunciada na noite foi de Melhor Atriz Coadjuvante, conquistada por Regina King "(Se a Rua Beale Falasse"), como já era esperado, que agradeceu muito emocionada a mãe que estava na plateia. Jason Mamoa e Helen Mirren, ambos de roupas cor de rosa, entregaram a "Free Solo" o prêmio de Melhor Documentário. "Pantera Negra" também saiu vencedor em três categorias - de Melhor Figurino, para a qual era o mais cotado, Melhor Design de Produção e Melhor Trilha Sonora. "Vice", uma das grandes apostas do #Oscar2019, ficou com apenas um prêmio, o de Melhor Maquiagem.

Duas comemorações marcaram a entrega do Oscar: a primeira de Spike Lee que subiu ao palco para receber o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado por "Infiltrado na Klan". Ele contou a trajetória de sua família e de seus ancestrais que vieram da África. E terminou pedindo para que "todos façam a coisa certa". E a de Olivia Colman, consagrada Melhor Atriz por seu papel em "A Favorita". Ela já havia conquistado o Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz em Comédia ou Musical.

Outra confirmação da noite foi "Shallow" (da trilha musical de "Nasce Uma Estrela") como Melhor Canção Original. Lady Gaga recebeu a estatueta novamente muito emocionada. Agradeceu a todos, em especial a Bradley Cooper, a quem elogiou afirmando que não poderia ser outra pessoa para gravar a música com ela.

"Homem-Aranha no Aranhaverso" foi escolhido Melhor Animação, enquanto "Bao" levou a premiação de Melhor Curta de Animação. Já "Absorvendo o Tabu" ficou com a estatueta de Melhor Documentário em Curta-Metragem, "O Primeiro Homem" conquistou Melhores Efeitos Visuais e "Skin" foi o Melhor Curta-Metragem.

Confira os vencedores do #Oscars2019. Clique nos links para ler as críticas da turma do Cinema no Escurinho

Melhor Filme - "Green Book: O Guia"
Melhor Diretor - Alfonso Cuarón ("Roma") >>>>
Melhor Ator - Rami Malek ("Bohemian Rhapsody')
Melhor Atriz - Olivia Colman ("A Favorita")
Melhor Ator Coadjuvante - Mahershala Ali ("Green Book: O Guia")
Melhor Atriz Coadjuvante - Regina King ("Se A Rua Beale Falasse")
Melhor Filme de Língua Estrangeira - "Roma" (México)
Melhor Roteiro Original - "Green Book: O Guia"
<<<<<<<<<<<< Melhor Roteiro Adaptado - "Infiltrado na Klan"
Melhor Animação - "Homem-Aranha no Aranhaverso"
Melhor Fotografia - "Roma"
Melhor Maquiagem - "Vice"
Melhor Canção Original - "Shallow" ("Nasce Uma Estrela")
Melhor Design de Produção - "Pantera Negra"
Melhores Efeitos Visuais - "O Primeiro Homem"
Melhor Figurino - "Pantera Negra"
Melhor Edição - "Bohemian Rhapsody"
Melhor Trilha Sonora - "Pantera Negra" >>>>
Melhor Curta de Animação - "Bao"
Melhor Curta-Metragem - "Skin"
Melhor Edição de Som - "Bohemian Rhapsody"
Melhor Mixagem de Som - "Bohemian Rhapsody"
Melhor Documentário - "Free Solo"
Melhor Documentário em Curta-Metragem - "Absorvendo o Tabu"
Melhor Montagem - "Bohemian Rhapsody"
Melhor Design de Produção - "Pantera Negra"



Tags: #Oscars, #Oscar2019, #Roma, #PanteraNegra, #BohemianRhapsody, #NasceUmaEstrela, #AFavorita, #GreenBookOGuia, @TNTBrasil, @cinemanoescurinho, #cinemaescurinho

28 janeiro 2019

"Pantera Negra" sai vencedor no SAG Awards e ganha força na disputa do Oscar


Maristela Bretas


O filme "Pantera Negra" e a série de TV "The Marvelous Mrs. Maisel" foram os maiores premiados da 25ª edição do Screen Actors Guild Awards 2019 (SAG Awards). O primeiro recebeu as estatuetas de Melhor Elenco e Melhor Elenco de Dublês em Filme. Já a série, que era uma das mais cotadas, arrematou três prêmios Melhores Ator e Atriz em Série de Comédia e Melhor Elenco de Série de Comédia. O SAG Awards, premiação entregue pelo Sindicato de Atores e Federação Americana de Artistas de Rádio e Televisão (SAG-AFTRA), foi realizado na noite desse domingo em Los Angeles.


Repetindo o que ocorreu no Globo de Ouro e no Critic's Choice Awards, Glenn Close foi escolhida Melhor Atriz de Drama e Mahershala Ali como Melhor Ator Coadjuvante em Cinema. Já em Televisão, Sandra Oh arrematou mais uma estatueta como Melhor Atriz em Série de Drama, assim como Darren Criss, como Melhor Ator em Minissérie ou Filme para a TV e Patricia Arquette como Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para a TV. 


O prêmio de Reconhecimento de Carreira foi entregue por Tom Hanks ao ator Alan Alda, de 82 anos, vencedor seis vezes dos prêmios Emmy e do Globo de Ouro, que foi aplaudido de pé pela plateia. Em julho do ano passado ele revelou que sofria do Mal de Parkinson desde 2015. Ele se popularizou pela participação no seriado M*A*S*H* nos anos de 1970, integrou o elenco as duas primeiras temporadas da série "The Blacklist" e foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 2004 pelo filme "O Aviador".

Confira abaixo a lista dos vencedores: 

CINEMA


Melhor Elenco - "Pantera Negra"

Melhor Ator - Rami Malek ("Bohemian Rhapsody") >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Melhor Atriz - Glenn Close ("A Esposa")

Melhor Ator Coadjuvante - Mahershala Ali ("Green Book - O Guia")

<<<<<<<< Melhor Atriz Coadjuvante - Emily Blunt ("Um Lugar Silencioso")

Melhor Elenco de Dublês em Filme - "Pantera Negra"


TELEVISÃO

Melhor Ator em Minissérie ou Filme para a TV - Darren Criss ("The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story")


Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para a TV - Patricia Arquette ("Escape at Dannemora") >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Melhor Ator em Série de Drama - Jason Bateman ("Ozark")

Melhor Atriz em Série de Drama - Sandra Oh ("Killing Eve")

Melhor Ator em Série de Comédia - Tony Shalhoub ("The Marvelous Mrs. Maisel")

<<<<<<<<<< Melhor Atriz em Série de Comédia - Rachel Brosnahan ("The Marvelous Mrs. Maisel")

Melhor Elenco em Série de Drama - "This Is Us"

Melhor Elenco de Série de Comédia - "The Marvelous Mrs. Maisel"

Melhor Elenco de Dublês em Série de Comédia ou Drama - "Glow"

Prêmio de Reconhecimento de Carreira - Alan Alda

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05 maio 2018

"Vingadores - Guerra Infinita" é o melhor filme da Marvel em bilheteria, mas perde em final para "Guerra Civil"

Nova produção leva às telas o maior e mais mortal confronto entre o vilão Thanos e mais de 20 dos principais super-heróis da Marvel (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


O mais novo sucesso da Marvel Studios confirmou nesta sexta-feira que veio para fazer história e deixar ainda mais ansiosos os fãs dos super-heróis. Em apenas dez dias de sua estreia, "Vingadores - Guerra Infinita" ("Avengers - Infinity War") ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão em bilheterias mundiais, ganhando de "Star Wars - O Despertar da Força" que chegou a este número em 12 dias. Seis anos se passaram desde o primeiro filme que reuniu os super-heróis da Marvel para formarem os "Vingadores". 


E nada melhor que oferecer ao público algo grandioso em todos os sentidos, a começar pelo orçamento de US$ 300 milhões, o mesmo de "Liga da Justiça", da concorrente DC Comics. Mas infinitamente melhor, o que ficou comprovado mais uma vez pela arrecadação nas bilheterias. Sem contar que "Guerra Infinita" só estreia na China dia 18 de maio.

Os diretores e irmãos Joe e Anthony Russo repetiram a fórmula do excelente "Capitão América: Guerra Civil" (que mais parece outro filme dos "Vingadores") e entregaram uma produção emocionante e empolgante em quase todo o desenrolar da história, mas que frustra no final, apesar de ser o esperado. O elenco reúne os principais super-heróis da franquia em 2h36 de duração de filme que passam num piscar de olhos. Tudo está na medida certa, a produção é impecável nos efeitos visuais, locações (até o Brasil entrou no mundo dos Avengers), trilha sonora "trincando" de Alan Silvestri e, principalmente, um enredo redondinho, como nos Quadrinhos.

Até mesmo a escolha das cores nas cenas de cada grupo de heróis reflete sua marca, como é o caso dos Guardiões da Galáxia, sempre em bem coloridas, ao contrário dos tons pastéis do sisudo Capitão América e da Viúva Negra. Star Lord/Peter Quill (Chris Pratt) e sua turma também ganharam o melhor tema de apresentação - "Rubberband Man", do grupo The Spinners, sucesso dos anos 70. Por falar em trilha sonora, só ela já valeria o ingresso, a começar pela música principal da franquia dos Vingadores, composta por Alan Silvestri, que volta renovada e chega a dar arrepios.


Os diretores poderiam ter problemas ao reunir mais de 20 super-heróis Marvel numa mesma produção, mas até nisso "Vingadores - Guerra Infinita" foi "foda". As participações foram bem divididas de acordo com a importância que cada personagem tinha na história - desde a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) a Thor (Chris Hemsworth) e Homem de Ferro/Tony Stark (Robert Downey Jr.). Todos tiveram presenças marcantes e foram essenciais para que o filme entregasse o que era esperado pelos fãs.



Mas a grande estrela de "Vingadores - Guerra Infinita" é, sem qualquer dúvida, Thanos, o maior e melhor vilão que a Marvel já criou e conseguiu trazer para as telas de cinema. Interpretado por Josh Brolin (que volta em breve no papel de Cable, inimigo de Deadpool no segundo filme do anti-herói), o titã louco vinha sendo citado em vários filmes dos Vingadores, mas ganhou destaque em "Guardiões da Galáxia Vol. 2" e "Thor - Ragnarok". A partir daí, o personagem se tornou conhecido do público de cinema e a figura mais esperada para o terceiro filme dos Vingadores.

E não deixou por menos, com ou sem as joias do infinito. Por seu caminho, Thanos vai deixando um rastro de destruição e morte de heróis e figuras marcantes do Universo Marvel. Mas nem mesmo isso faz com que o poderoso destruidor de mundos seja odiado. Cruel e impiedoso, ele também mostra suas fraquezas e a maior delas pode por fim ao seu império. O Thanos de Josh Brolin chega a ofuscar alguns super-heróis nas cenas em que aparece.

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E se o vilão tem seu lado sentimental, não tão diferente estão os ex-Vingadores, separados desde a luta final em "Guerra Civil". Cheios de mágoas, alguns vivem na clandestinidade como o Capitão América/Steve Rogers (Chris Evans), a Viúva Negra/Natasha (Scarlett Johansson) e o Falcão (Anthony Mackie). Outros como os queridinhos do governo, como Tony Stark e ainda aqueles que preferem não aparecer, como o Homem-Aranha/Peter Parker (Tom Holland) e Doutor Estranho/Stephen Strange (Benedict Cumberbatch). 


Eles agora precisam se reencontrar e unir forças contra Thanos, o mal maior que pode dizimar metade do planeta se conseguir conquistar as seis joias coloridas do infinito - mente/amarela, alma/laranja, poder/roxa, tempo/verde, realidade/vermelha e espaço/azul.


O vilão agora se dirige à Terra e ameaça dizimar metade de sua população num estalar de dedos e a ajuda de um exército. A equipe de super-heróis terá de se dividir para combater os seguidores de Thanos espalhados pela galáxia. Essa divisão tem várias passagens engraçadas, com destaque para os diálogos de Star Lord com Thor ou com Tony Stark, seja na terra ou no espaço. 


O lado cômico consegue atingir também o Capitão América, que é zoado por Thor em plena batalha. O pau quebrando em volta e um reparando no modelito do outro. O jovem Homem-Aranha também dá seus pitacos nas conversas, no estilo aprendiz de Vingador, e se sai muito bem. Até mesmo Hulk/Bruce Banner (Mark Ruffalo) resolve ter crise de abstinência de luta e vira um problemão para sua cara-metade.


A alta definição da gravação, toda feita no sistema Imax, foi cruel com alguns protagonistas. Após dez anos desde que passaram a interpretar seus personagens, as marcas do tempo se destacam nos rostos de Robert Downey Jr., Mark Ruffalo e Chris Evans. Mas não tiram o charme de nenhum deles , só acrescentam experiência. Ganha o público que tem super atores nos papéis principais e fazem de "Vingadores - Guerra Infinita" o melhor dos três filmes dos Avengers até o momento, empatando com "Capitão América - Guerra Civil" entre as produções da Marvel Studios.



Atenção na pegadinha da cena de confronto para conseguir notar a diferença entre o trailer e o filme em exibição. E também é essencial assistir a cena após toda a ficha técnica, que explica melhor o final de "Vingadores 3". E dá o gancho para a sequência com a possível entrada de um novo membro ao time - a Capitã Marvel, papel entregue a Brie Larson, cujo filme solo estreia em fevereiro de 2019. Agora é esperar o quarto filme dos Avengers (nem dá para dizer se será o último), com estreia marcada para o dia 2 de maio de 2019.



Ficha técnica:
Direção: Joe e Anthony Russo
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h36
Gêneros: Aventura / Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

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22 fevereiro 2018

"Pantera Negra" apresenta bem o super-herói negro da Marvel e valoriza a força das mulheres

Adaptação dos quadrinhos, produção explora a luta entre o bem e o mal com outra perspectiva (Fotos: Walt Disney/Marvel/Divulgação)


Maristela Bretas


O filme apresentou muito bem o super-herói negro de um país imaginário na África, que quase parece o reino de Asgard, de Thor. Mas são as mulheres que fazem a diferença em "Pantera Negra" ("Black Panther"), a superprodução da Marvel Studios que muda a cara de tudo o que foi apresentado no cinema desde o lançamento de "Os Vingadores" em 2012. Se nos filmes dos demais super-heróis a aposta tem sido nas batalhas e poderes dos integrantes do famoso grupo, em "Pantera Negra" a força está na discussão política, na valorização do negro e na importância das mulheres para que este herói exista.

O príncipe T'Challa (Chadwick Boseman), que incorpora o personagem Pantera Negra ao assumir o reino de Wakanda, seria só mais um sem as fortes mulheres a sua volta: a irmã Shuri (Letitia Wright, da série de TV "Black Mirror"), que coordena a área tecnológica do país e cria seus trajes e "brinquedinhos" de combate ao crime; Nakia (a sempre excelente Lupita Nyong'o, de "12 Anos de Escravidão"- 2014 e StarWars VII e Star Wars VIII), grande paixão de T´Challa; e Okoye (Danai Gurira, da série de TV "The Walking Dead"), a arrasadora guerreira e chefe da guarda de Wakanda. Elas são a força, a inteligência, o poder e a essência de Wakanda e da história de "Pantera Negra".

O herói Pantera Negra já havia aparecido em "Capitão América: Guerra Civil" (2016) e estará de volta em "Os Vingadores - Guerra infinita", com estreia marcada para 26 de abril. E Chadwick Boseman ("Deuses do Egito" - 2016) incorporou bem o papel e deixa sua marca em personagem que é o diferencial. Mas fica em segundo plano quando contracena com alguma das mulheres fortes de sua vida.

Outro com ótima participação foi Michael B. Jordan ("Creed - Nascido para Lutar" - 2016, do mesmo diretor Ryan Coogler), que não chega a ser um vilão, uma vez que luta para que o povo africano seja respeitado pelo restante do mundo. Mas prefere o conflito armado para impor seu poder, ao contrário do novo rei que adota a negociação, como seu pai. 

Mas vilão mesmo é Andy Serkis (o intérprete do gorila Cesar, de "Planeta dos Macacos - A Guerra" - 2017), que está ótimo como o mercenário Ulysses Klaue. Ele é cruel, sem escrúpulos, racista, machista,com uma risada que beira a histeria. Merecia ter mais tempo no filme. No elenco estão também outros ótimos nomes conhecidos como Daniel Kaluuya (que concorre ao Oscar 2018 de Melhor Ator por "Corra!" - 2017), Martin Freeman (“O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos" - 2014), Forest Whitaker ("A Chegada"- 2016) e Angela Bassett (da série de TV "American Horror Story").

"Pantera Negra" é um filme de super- herói onde o branco não tem voz. E a produção soube explorar muito bem os figurinos, a trilha sonora e a fotografia, com belíssimas paisagens e locações deste novo universo Marvel. E a questão política e racial é o forte do enredo, mostrando que nem Wakanda escapa desta ferida. Enquanto o restante da África sofre com guerras, fome e abandono, o reino de T´Challa está isolado e protegido sob uma capa invisível, mantendo seus rituais e dividido em tribos que tentam preservar suas origens, tirando proveito dos benefícios que o vibranium, um material raro, pode proporcionar.

Na história, o príncipe T'Challa assume a coroa de Wakanda após a morte do rei, seu pai, e se transforma no novo Pantera Negra, guardião do reino. Das cinco tribos, apenas os jabari não apoiam o novo governo. A nova missão do Pantera Negra é encontrar e levar para Wakanda o mercenário Ulysses Klaue, que anos atrás roubou uma grande quantidade de um metal raro, o vibranium. Ele terá ao seu lado nesta luta, as guerreiras Okoye e Nakia, além da irmã, especialista em tecnologia avançada. E terá de enfrentar outros inimigos ainda mais perigosos para preservar Wakanda e evitar uma guerra mundial.

"Pantera Negra" vale muito a pena. Assisti duas vezes - como um filme de super-herói Marvel, que eu gosto bastante, e como uma produção preocupada em fazer uma abordagem mais séria, destacando a força das mulheres e, principalmente dos negros. Em vários países, principalmente na África, de onde saíram alguns atores como Lupita Nyong'o foram muitas as manifestações de orgulho ao herói negro após as sessões. Wakanda Forever! Como postou meu amigo Marcelo Seabra em sua crítica no blog "Pipoqueiro", "Pantera Negra" chegou fazendo história. 



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Ryan Coogler
Produção: Marvel Studios / Walt Disney Pictures
Distribuição: Disney/ Buena Vista
Duração: 2h15
Gêneros: Ação / Aventura / Ficção / Fantasia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4,2 (0 a 5)

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