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19 julho 2023

Grandioso em tudo, "Oppenheimer" mostra quem foi o pai da bomba atômica

Cillian Murphy entrega excelente interpretação do famoso físico criador da arma usada na 2ª Guerra Mundial
(Fotos: Universal Pictures) 


Maristela Bretas


Christopher Nolan novamente chega aos cinemas trazendo uma obra grandiosa, tanto no uso de recursos visuais quanto na duração. "Oppenheimer", que estreia nesta quinta-feira (20) nos cinemas, é uma "viagem" à mente inquieta e angustiada do gênio chamado de "pai da bomba atômica". O filme conta, em flashbacks, o que ele sofreu por ser brilhante na ciência, mas ingênuo quanto ao ser humano, em especial, aos políticos.
 


Ambientado durante e após a Segunda Guerra Mundial, "Oppenheimer" conta a vida do físico teórico da Universidade da Califórnia que foi convidado a dirigir o Laboratório de Los Alamos, no Novo México, com a missão de projetar e construir as primeiras bombas atômicas dos EUA.

O Projeto Manhattan, como batizado, reuniu um grupo formado pelo físico e grandes cientistas de várias nacionalidades que desenvolveram a arma nuclear responsável pela destruição das cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945, e a morte de mais de 250 mil pessoas.


Roteirista e diretor, Nolan entrega seu 12º longa de uma filmografia que inclui obras como o excelente "Dunkirk" (2017), "Interestelar" (2014), "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008) e "Tenet" (2020). Ele não poupa no visual e som, explorando todos os recursos do formato Imax. 

São muitas imagens mirabolantes (e põe muitas nisso) das alucinações de Oppenheimer com fusão de átomos, explosões atômicas e de estrelas, raios e fissão nuclear. São pelo menos 30 minutos do início do filme que poderiam ser resumidos em 10. 


A trilha sonora, entregue a Ludwig Göransson, também está perfeita, proporcionando o clímax certo para aumentar o impacto sobre o espectador. 

Nolan também acerta ao usar cenas coloridas e em preto e branco que reforçam a seriedade dos dois julgamentos do cientista por traição, após ser considerado herói pelos americanos com a criação da bomba que dizimou os inimigos.


Se a parte visual e sonora são destaques, as interpretações não ficam atrás. Nota máxima para Cillian Murphy, como Julius Robert Oppenheimer, e Robert Downey Jr., no papel de Lewis Strauss. 

Murphy incorporou o famoso cientista, especialmente na estrutura física - ele fez uma dieta intensa para perder peso. A história mostra o gênio, que era "fora da caixa" da ciência convencional, e o homem, que vagava entre o egoísmo, o sucesso por dirigir importante projeto da bomba, o amor por duas mulheres, a ingenuidade de achar que seria uma estrela respeitada para sempre em sua nação e o arrependimento pelo uso de sua criação como arma de destruição em massa.


Já Downey Jr. está perfeito como o ex-presidente da Comissão de Energia Atômica dos EUA, figura decisiva na implantação do projeto da bomba. O ator confessou em entrevista recente que foi o melhor filme que já participou em sua vida. Com certeza é um dos melhores papéis (talvez o melhor) de sua carreira.


A maquiagem para envelhecimento dos personagens, bem como o figurino de época também são pontos positivos, muito bem trabalhados, juntamente com a escolha dos personagens coadjuvantes. Muitos ficaram cópias fieis de figuras que marcaram esse período da história, como Gary Oldman, interpretando o presidente Harry Truman, e Tom Conti, como Albert Einstein.


A ala feminina não deixou por menos, com Florence Pugh e Emily Blunt dando show em seus determinantes papéis na vida do cientista. A primeira como a amante do físico, Jean Tatlock, membro do Partido Comunista da América. A segunda interpreta Kitty, bióloga alemã e esposa de Oppenheimer que também integrava o mesmo partido.

Outros nomes famosos do cinema deixaram sua marca no longa: Matt Damon, Rami Malek, Kenneth Branagh, Jason Clarke, Casey Affleck, Josh Hartnett, Matthew Modine, a maioria como integrantes do governo e das Forças Armadas que estiveram por trás do projeto Manhattan.


"Oppenheimer" é baseado na biografia "American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer" ("Oppenheimer: o triunfo e a tragédia do Prometheu americano"), de Kai Bird e Martin Sherwin, publicada em 2006 e vencedora do Prêmio Pulitzer. 

Vale a pena conferir, mais uma grande produção de Christopher Nolan e forte candidato na disputa do Oscar 2024 na principal categoria, além de atores principais, coadjuvantes e parte técnica. Uma ótima oportunidade para conhecer a vida do famoso e polêmico cientista.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Christopher Nolan
Produção: Universal Pictures, Atlas Entertainment, Syncopy
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 3h01
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: biografia, histórico, drama

01 janeiro 2020

Paramount Pictures divulga o trailer oficial de "Um Lugar Silencioso - Parte II"

(Crédito:Paramount Pictures/Divulgação)

 

Da Redação


Com estreia prevista para 19 de março no Brasil, "Um Lugar Silencioso - Parte II" ("A Quiet Place Part II") tem seu primeiro trailer oficial divulgado pela Paramount Pictures. O suspense é novamente dirigido e roteirizado por John Krasinski, que repetiu a parceria na produção com Michael Bay, Andrew Form e Bradley Fuller. A história começa a partir dos acontecimentos mortais do primeiro filme - "Um Lugar Silencioso" (2018), um dos melhores de terror/suspense dos últimos tempos.

A família Abbott - a mãe Evelyn (Emily Blunt) e os filhos Reagan (Millicent Simmonds), Marcos (Noah Jupe) e o recém-nascido - precisa agora encarar o terror mundo afora, continuando a lutar para sobreviver em silêncio. Obrigados a se aventurar pelo desconhecido, eles rapidamente percebem que as criaturas que caçam pelo som não são as únicas ameaças que os observam pelo caminho de fuga. No elenco estão ainda Cillian Murphy e Djimon Hounsou.


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05 abril 2018

Abusando do sensorial, "Um Lugar Silencioso" tem tudo para ficar para a posteridade

Emily Blunt é a mãe que luta de todas as formas para proteger os filhos de uma criatura bestial que é atraída pelo som (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Wallace Graciano


Filmes de terror sempre abusaram do sensorial. Para prender os expectadores nas poltronas, com frequência os diretores exageraram nos cortes rápidos e no “sobe som”. Porém, a fórmula se tornou exaustiva, vez ou outra variando entre os roteiros com ou sem a presença de fantasmas ou da "azeitona na empada”. E é justamente ao fugir dessa seara que "Um Lugar Silencioso" ("A Quiet Place") tem tudo para, talvez, ser um dos grandes filmes do gênero da história.

Dirigido por John Krasinski, que já havia comandado três episódios da série “The Office”, a película é uma das mais audazes do gênero dos últimos tempos. Enquanto a evolução tecnológica permite imagens límpidas e cada vez mais reais, o que possibilitaria enquadramentos angustiantes para os amantes do terror, este filme destaca-se por abusar do som para explorar o lado sensorial quase que claustrofóbico, que prende o expectador na cadeira de forma angustiante.

Krasinski consegue, em uma mesma cena, trazer a tensão dos sussurros, a leveza dos sons da natureza e o horror pela morte iminente. A sutileza em que ele varia os quadros faz com que o expectador não tenha fôlego para racionar, vivendo em uma imersão pouco proporcionada pelas últimas obras. Aliado a isso, soma-se o roteiro simples, mas intenso, de Bryan Woods, Scott Beck e John Krasinski, que justificou todo o trabalho da direção. Ao longo da trama, não há espaço para pensar, somente agir, em puro instinto de sobrevivência.

Krasinski também atua, mas, nesse quesito, quem se destaca é Emily Blunt (sua esposa na vida real e na obra), que, além da química perfeita com o protagonista, consegue retratar toda a dor e sofrimento de uma mãe que tenta salvar suas crias. O filme se passa em um cenário pós-apocalíptico. A grávida Evelyn Abbott (Blunt) e o marido Lee (Krasinski) tentam manter vivos seus dois filhos Regan (Millicent Simmonds) e Marcus (Noah Jupe) em um mundo onde o menor ruído pode despertar uma criatura bestial, cega, mas que é atraída por sons e não perdoa quem está em seu caminho.

Emily Blunt conta como ela se identifica com a personagem. "Para mim, como mãe, representa meu maior medo. Quem somos nós se não conseguirmos protegê-los? É sobre o que eles terão que superar. É um filme muito tenso e assustador”, opina a atriz. Clique aqui para ver o making off.

Após perder um de seus filhos, eles se isolam em uma fazenda no meio-oeste dos EUA tentando criar um plano para contra-atacar a criatura, em meio à tensão de manter o instinto de sobrevivência alerta. É nesse miolo que o expectador é preso a cada quadro. "Um Lugar Silencioso" foge à tônica do gênero. A película é um entretenimento sufocante, porém belo, que precisa ser visto. É uma obra para a posteridade.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: John Krasinski
Produção: Paramount Pictures / Platinum Dunes
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h30
Gêneros: Suspense / Terror
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #UmLugarSilencioso, #JohnKrasinski, #EmilyBlunt, #terror, #suspense, #ParamountPictures, #espaçoz, #cinemas.cineart, #CinemanoEscurinho