Mostrando postagens com marcador @CinemanoEscurinho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador @CinemanoEscurinho. Mostrar todas as postagens

26 fevereiro 2021

Terror russo "A Viúva das Sombras" não merece nem a pipoca

Produção passa a maior parte do tempo numa floresta escura, habitada por uma entidade maligna (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Muito escuro. A ponto de deixar o público incomodado, pois tira o impacto das cenas de terror a que se propõe, mas deixa muito a desejar. Este é "A Viúva das Sombras" ("Vdova"), produção russa que estreou nessa quinta-feira (25) nos cinemas Cinemark BH Shopping, Cinépolis Estação BH e Grupo Cine/Sete Lagoas, em versões dublada e legendada. Para ajudar a espantar o público do cinema, o roteiro é ruim, os atores e os diálogos são fracos e sem impacto algum, principalmente pelo gênero escolhido.
 

O filme é inspirado em eventos reais, com a narrativa começando com depoimentos de moradores de um vilarejo perto de São Petesburgo, onde crimes sem solução ocorrem há 30 anos. A partir daí, passa para uma equipe de voluntários que trabalha nas florestas próximas a procura de pessoas perdidas. Desta vez, o grupo está acompanhado de uma cinegrafista que está registrando os trabalhos de resgate.

Os cinco integrantes são convocados para ajudarem nas buscas a um garoto na floresta, em meio a pântanos profundos, estradas ruins e com deslizamentos de terra exigindo desvios. No passado, várias pessoas foram encontradas mortas e nuas nesta mesma floresta. Mas o grupo acaba descobrindo mais do que esperava e enfrentando uma entidade maligna que seria a responsável pelas mortes.
 

 
A sequência de cenas entre a entrada na mata e o final é uma lição de como fazer um roteiro fraco e totalmente previsível. Daqueles que dá vontade de sair da sala de cinema ou desligar a TV já nos primeiros 15 minutos. Para agravar a situação, são muitas imagens com pouquíssima luz, o que impede de acompanhar o desfecho de algumas cenas, principalmente as que a tal viúva que habita no pântano ataca as vítimas. 
 

Não é um filme para ser assistido em tela de smartphone, notebook ou televisão (fica o alerta para quando for para o streaming). As cenas escuras na floresta à noite são quebradas são quebradas apenas quando alguém liga uma lanterna ou acende a fogueira.

Para completar, as atuações deixam a desejar, com nomes desconhecidos de pessoas que não têm qualquer conexão. Como se colocassem vários atores num set, cada um com seu texto para decorar e fazendo filmes independentes, sem ligação um com o outro. Difícil encontrar um ponto que ajude a salvar "A Viúva das Sombras" de ser, até o momento, o pior lançamento de terror deste ano. No mesmo nível de qualidade de "A Noiva" (2017), outra produção russa ruim demais.
 
  
Ficha técnica:
Direção: Ivan Minin
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h54
Pais: Rússia
Gênero: Terror
Classificação: 16 anos
Nota 1,5 (0 a 5)

17 fevereiro 2021

Arrastado, unindo ficção e realidade, “Nona: Se Me Molham, Eu Os Queimo” promete, mas não diz a que veio

Josefina Ramirez faz uma atuação com dignidade e talento a protagonista (Fotos: Vitrine Filmes/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Qualquer pessoa minimamente interessada em cinema fica imediatamente curiosa ou interessada ao ler a sinopse de "Nona: Se Me Molham, Eu Os Queimo" (“Nona, si me mojan, los quemo”), filme chileno em coprodução com Brasil, França e Coreia do Sul. Ou seja: não se trata de uma empreitada qualquer. A estreia está prevista para quinta-feira (18) nos cinemas.

“Aos 66 anos, Nona decide finalmente se vingar de seu ex-amante e comete um atentado que a obriga a fugir para que não seja presa. Depois de se estabelecer em uma cidade costeira do Chile, um incêndio de grandes proporções obriga seus vizinhos a deixarem suas casas, mas estranhamente sua moradia é a única a não ser afetada”.


Mas, verdade seja dita: “Nona...” não é um filme fácil de ver. Arrastado, arrastadíssimo, parece, a princípio, um filme caseiro. Na verdade é, pelo menos em parte. A diretora, Camila José Donoso, que também assina o roteiro, mistura ficção com vídeos domésticos de sua avó real, Nona, mulher misteriosa e guerreira que militou na resistência da ditadura de Augusto Pinochet.

Acontece que esses filmetes são talvez utilizados em excesso, em várias situações, e sempre por longos períodos de tempo. Outro detalhe: cenas que poderiam ser facilmente resolvidas com começo e fim se alongam infinitamente no miolo, no processo, sem nenhuma necessidade. Além de distrair, desconcentra o espectador. Cansa.
 
 
O que salva no longa chileno é a atuação de Josefina Ramirez, que faz com dignidade e talento a protagonista Nona, de quem o espectador fica sabendo pouquíssimas coisas: que gosta de dançar, que costuma mentir, que é meio dissimulada, quase bipolar. E que aprendeu, na ditadura, a fabricar artesanalmente e com certa destreza, coquetéis molotov capazes de fazer grande estrago em um carro, destruir casas ou de tocar fogo em florestas.
 

Chama atenção também a participação – pequena, mas marcante para nós, brasileiros – de Du Moscovis, que entra meio sem aviso nem explicação, atua quase como um figurante de luxo, aumentando ainda mais as dúvidas do espectador. Há coisas no filme que o público desconfia, mas não consegue ter certeza quando termina a
história. Para os que gostam desse tipo de jogo, "Nona: Se Me Molham, Eu Os Queimo" é um prato cheio.

Por uma questão de justiça, registre-se também a atuação dos demais que aparecem no filme: Gigi Reyes, Paula Dinamarca e Nancy Gomez, além de outros, não atores, com participações irrisórias. Fora Josefina Ramirez e Du Moscovis, ninguém mais se destaca na trama.
 

Pode ser que os cinéfilos mais ligados nos chamados filmes de arte apreciem o longa e toda a simbologia que há embutida nele. Mas não se trata de uma trama fácil de ser assimilada. Ao final da história, o espectador fica sabendo, concretamente, que Nona se muda de Santiago para a cidade costeira de Pichilemu, vive sozinha numa casa relativamente grande e com quintal cheio de plantas, e que, entre outros detalhes, convive relativamente bem com os constantes incêndios na sua vizinhança. Mais do que isso, impossível.


Ficha técnica
Direção e Roteiro:
Camila José Donoso
Distribuição: Vitrine Filmes
Países: Chile / Brasil / França / Coreia do Sul
Duração: 1h26
Classificação: 12 anos
Gêneros: Documentário / Ficção

29 dezembro 2020

"Sapatinho Vermelho e Os Sete Anões" - uma divertida animação para todas as idades

Animação é releitura de "Branca de Neve e Os Sete Anões" com produção feita totalmente por profissionais sul-coreanos (Fotos: Sidus Animation Studios/Divulgação)


Maristela Bretas


A história de Branca de Neve ganhou uma abordagem bem atual e mais divertida. Estreia nesta quinta-feira (31/12) nos cinemas a animação "Sapatinho Vermelho e Os Sete Anões" ("Red Shoes and the Seven Dwarfs"). Inteiramente produzida por animadores sul-coreanos da Sidus Animation Studios, com distribuição da Paris Filmes, a animação tem tudo para agradar a todas as idades.


Aventura, diversão e muita ação estão presentes em todo o enredo, mas o destaque está na abordagem dada pelo diretor e roteirista SungHo Hong à questão da aparência: como nos vemos, como queremos que as pessoas nos vejam e como elas nos veem. O que é mais importante? Saiba mais sobre como foi feita a produção no making off abaixo:


A releitura do famoso conto vem no formato animê e tem Chloë Grace Moretz emprestando a voz para Sapatinho Vermelho. E Sam Claflin como o anão Merlin, que tem poderes mágicos como o mago e joga cartas semelhantes às de Yugi-Oh.

Arthur (voz de Simon Kassianides), aquele que vira rei depois de tirar a espada encantada da pedra, também está na nova animação, e como Merlin, é um dos sete anões. Juntamente com Jack (Frederick Hamel), de "Jack, O Caçador de Gigantes"; Hans (Nolan North), em homenagem ao escritor Hans Christian Andersen, autor do conto de fadas "Os Sapatinhos Vermelhos", e o trio Pio Noki Kio (Frank Todaro), que nem precisa explicar a qual história eles pertencem.


Nolan North ainda faz as vozes do Rei White, pai de Sapatinho e dos gêmeos gigantes que trabalham para o príncipe Tanto Faz (Jim Rash). O elenco conta ainda com Gina Gershon, fazendo a voz da madrasta Regina, e Patrick Warburton, como o espelho mágico. E claro, não poderia faltar a famosa frase: "Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?" e a maçã vermelha envenenada.



O que os espectadores não contavam é que o conto se tornasse uma ótima paródia de filmes, outros contos de fadas e até eventos marcantes. Compensa assistir dublado para não perder a malícia e a ironia dos dubladores brasileiros. 

Não escampam gozações ao filme "Titanic", ao pouso de joelhos dos super-heróis, ao Rei Arthur, e sua espada, à princesa Lea, da saga “Star Wars”. Sobra até para o Bolsa-Família (que aqui vira "Bolsa-Mingau") e os 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil. São muitas situações que provocam boas risadas.



A nova história

Branca de Neve/Sapatinho Vermelho não é a mulher mais bela do reino, segundo os padrões convencionais de beleza. E por isso, encontra na magia dos sapatinhos vermelhos mágicos a transformação que vai atrair a todos, especialmente os sete anões. Apesar da insegurança com a aparência, ela é uma mulher de fibra, briga muito, é carismática e não precisa de homens para resolver os problemas para ela. Na verdade, os anões são meros ajudantes.



Chamados de "Os Sete Destemidos", os anões também querem quebrar uma maldição, uma vez que eram príncipes e agora são pequeninos e verdes que precisam de um beijo de amor de uma princesa para voltarem ao normal. Cada, um, a sua maneira, tenta ganhar uma beleza artificial, mas durante a disputa pelo beijo da princesa vão aprender o verdadeiro significado da beleza.

Isso ajudará a vencer a malvada Regina, que quer os sapatinhos vermelhos para voltar a ser bela e jovem. Para isso ela irá se unir ao príncipe bobalhão Tanto Faz, que na versão em inglês chama Average, para roubar os calçados da enteada. A trilha sonora, a cargo de Geoff Zanelli, dá o toque especial, trazendo três belas composições como "Start of SomethingRight", "Something So Beautiful", "Perfect By" e a música-tema "This is Me".



Experiência sul-coreana

"Sapatinho Vermelho e Os Sete Anões", que levou dez anos para ser feita, contou ainda com a experiência de 20 anos na Walt Disney Studios do diretor de animação e designer de personagens Jim Kim, responsável por sucessos como "Moana" (2016), "Enrolados" (2010), "Frozen - Uma Aventura Congelante" (2013) e "OperaçãoBig Hero" (2014). Vale a pena conferir. Alguns cinemas de BH já estão com sessões especiais, na versão dublada.


Ficha técnica: 
Direção: SungHo Hong 
Produção: Sidus Animation Studios 
Distribuição: Paris Filmes 
Duração: 1h31 
Classificação: Livre 
País: Coreia do Sul 
Gêneros: Família / Fantasia / Aventura / Animação 
Nota: 3,5 (de 0 a 5)

Tags: #SapatinhoVermelhoEOsSete Anões, #ParisFilmes, #fantasia, #RedShoesandtheSevenDwarfs, #CoreiadoSul, #SidunAnimationStudios, #animação, @cinemanoescurinho

19 dezembro 2020

“8 em Istambul” interliga diversidade de personagens, formando um mosaico psicológico e cultural

 Série turca dirigida por Berkun Oya é um primor de criatividade e um prato cheio para psicanalistas (Fotos: Netflix)

Mirtes Helena Scalioni


É tão envolvente, inteligente e instigante a série “8 em Istambul” (“Bir Baskadir”, nome original), em cartaz no Netflix, que se torna impossível desistir dela, por mais que, no “inicinho”, a história possa parecer lenta demais ou estranha demais. A começar pelos créditos da apresentação, repleto de nomes que parecem bizarros, com cedilha no “S”, trema no “O” ou til no “G”, característicos do idioma turco. Puro engano. 

Com roteiro criativo e edição bem amarrada, a trama que acaba ligando – ou seria interligando? – a vida de personagens diferentes, quase opostos, surpreende e fisga o espectador. O primeiro personagem apresentado é Meryem (Öykü Karayel), uma simplória e humilde faxineira. Ela trabalha na casa de Sinan (Alican Yücesoy), homem moderno, solteiro e, aparentemente mulherengo, que costuma receber mulheres em casa.



Para tentar se curar dos constantes desmaios que vem sofrendo, a jovem procura um hospital e é levada a uma psiquiatra, Peri (Defne Kayalar), que por sua vez, faz supervisão de casos com outra profissional da psicanálise, Gülbin (Tulin Özen).
 
O primeiro choque talvez seja cultural, embora dentro de uma mesma cidade. Enquanto a paciente é uma mulher muçulmana pobre e tradicional, com a cabeça sempre coberta, roupas típicas e fé inabalável em Alá, a médica é moderna, usa roupas ocidentais, faz ginástica e yoga numa academia, é fria e faz questão de manter uma distância profissional da sua cliente. 
 

A partir dessa relação, vão sendo puxadas outras tramas, que falam de preconceitos, violência, fé, submissão, traições, traumas, hipocrisia, segredos, família, costumes. É como se Istambul tivesse não dois – Ásia e Europa, como se vê nos catálogos turísticos - mas muitos lados. E cada um com suas idiossincrasias e justificativas.  Um verdadeiro quebra-cabeça, magistralmente dirigido por Berkun Oya. Um prato cheio para os psicanalistas.
 


Na medida em que os personagens vão entrando na história, mais encantado o espectador fica com a inteligente Meryem, que funciona como elo entre os demais. Além da psicanalista, ela contracena com o irmão irascível Yasin (Fatih Artman), com a cunhada deprimida Ruhlve (Funda Eryigit), com o rodja - líder espiritual da comunidade – Settar (Ali Sadi Hoca). Este, embora tradicionalíssimo, tem uma filha de hábitos modernos. 
 
E mais: quando chega em casa do trabalho, a diarista acompanha, pela televisão, com muito interesse, uma série de muito sucesso da qual faz parte a atriz Melisa (Nesrin Cavadzade) que, em algum momento, também passa a fazer parte da história. 
 


É como se Meryem puxasse o fio de um emaranhado novelo de linhas com cores, utilidades e texturas diferentes. E assim, de palavra em palavra, entre um chá e outro, os personagens e suas tramas são revelados. Quando se dá conta, o espectador nem se lembra mais da estranheza dos nomes, interessado em descobrir se o assistente do rodja, que se exibe falando de filosofia e de Jung, está mesmo interessado na moça.

Ao longo da série, também vão virando meros detalhes até a beleza das atrizes com seus olhos profundos e misteriosos, que tanta atenção chama no início, ou o som estranho das canções que, vez por outra, finalizam os episódios. O que fica, no final, é a constatação de que somos todos irremediavelmente humanos e incompletos.


 

 
Ficha técnica:
Direção e roteiro: Berkun Oya
Exibição: Netflix
Duração: 50 minutos em média (1ª temporada - 8 episódios)
Classificação: 16 anos
País: Turquia
Gêneros: Drama psicológico / série
 
 
Tags: #8EmIstambul, # BirBaskadir, #dramapsicológico, #filmeturco,  #BerkunOya, #Netflix, #Turquia, @cinemanoescurinho


16 dezembro 2020

"Mulher-Maravilha 1984" é um filme de desejos, medos e seres humanos

 

Gal Gadot retorna a seu papel de super-heroína e entrega outra grande produção (Fotos: Clay Enos/ DC Comics)

Maristela Bretas


Patty Jenkins e Gal Gadot provam mais uma vez que duas mulheres inteligentes e engajadas fazem a diferença. "Mulher-Maravilha 1984" não é mais um filme de super-heroína, mesmo com toda a ação, efeitos visuais fantásticos, ótimas batalhas e grandes vilões. A famosa personagem que usa um maiô dourado, vermelho e azul entrega um filme que explora sentimentos, medos e, principalmente, desejos. Coisas comuns dos seres humanos, mas que agora atingem uma das maiores guerreiras de Themyscira.

A esperada produção apresenta um equilíbrio pouco visto nos demais personagens da DC Comics, com a Mulher-Maravilha novamente interpretada pela bela e carismática Gal Gadot, dividindo o espaço quase que em igualdade com seus dois arqui-inimigos: Mulher-Leopardo (Kristen Wiig) e Max Lord (Pedro Pascal). Difícil dizer quem está melhor. 
 

Não espere ver apenas lutas da heroína contra os excelentes vilões. O forte de todo o enredo é o desejo, para o bem ou para o mal, que move o ser humano. Diana Prince, mesmo sendo uma semideusa não escapa de sucumbir a seu mais profundo desejo - o de ter de volta seu grande amor, Steve Trevor (Chris Pine), morto na 1ª Grande Guerra ("Mulher-Maravilha”- 2017).

E é assim que os fãs vão poder ver o belo e apaixonado casal junto novamente. Mas como Superman, Trevor é a criptonita de Diana. O público vai conhecer também a mulher fragilizada e quase sem poderes, capaz de sangrar e de se ferir, mas nunca de deixar de amar seu piloto e a humanidade, por pior que ela seja.
 

Se uma guerreira não resiste a ter um desejo realizado, não seriam os pobres mortais como Bárbara Minerva (Kristen Wiig) e Maxwell Lord (Pedro Pascal) que ficariam ilesos. E tudo isso graças a uma misteriosa pedra do passado. E não só eles, mas todos que são expostos a ela. 
 
Wiig (de "Perdido em Marte" - 2015 e "Caça-Fantasmas" - 2016) arrasa na transformação de Bárbara, uma pesquisadora desleixada e quase invisível ao mundo numa poderosa e atraente mulher, mas sem sentimentos. Para depois se tornar a Mulher-Leopardo, com poderes semelhantes aos da Mulher Maravilha. Ela está demais, sem ser caricata.


Mas é em Pascal que estão concentradas todas as ações do filme e ele entrega um vilão excelente, sem ser caricato. O ator, conhecido por papéis em sucessos como as séries "Narcos" (2015 a 2017), da @Netflix, e "The Mandalorian", em exibição na @Disney+, interpreta o empresário de boa lábia, mas falido que se torna o homem mais poderoso do mundo. Ele muda comportamento e feições, sem alterar sua aparência ou usar fantasia, como acontece com muitos vilões dos quadrinhos. Seu mal é interior, faz parte da essência dos seres humanos - a ganância.
 


O filme traz de volta também duas grandes atrizes do primeiro filme - Robin Wright, como Antíope, e Connie Nielsen, a rainha Hippolyta, mãe de Diana. Apesar da participação apenas no início, elas representam os valores que vão guiar Diana por toda a sua vida e fazer a diferença na luta contra os inimigos. 
 

Mas e os efeitos visuais? Claro que estão bem presentes e como era esperado, excelentes e com muita destruição, mas sem matança e sangue jorrando. Uma característica da Mulher-Maravilha que, como ela mesma diz, não gosta de armas. O laço dourado é seu aliado contra os bandidos. Tudo se resolve com charme, um sorriso, uma piscada ou uma boa briga. Tem também perseguição com tanque, só para ficar diferente.


 
A ótima trilha sonora foi acertadamente entregue ao grande Hans Zimmer, responsável por sucessos como "Batman vs Superman - A Origem da Justiça" (2016), que conta também com a Mulher-Maravilha no elenco, "Dunkirk" (2017), "O Rei Leão" (2019) e outros inúmeros sucessos para o cinema. Não poderia ficar de fora a música tema.

 


Gal Gadot está mais madura, segura de seu papel como super-heroína e símbolo da força das mulheres. E encontrou em Jenkins, também roteirista do filme, a parceira ideal para apresentar esta personagem inspiradas nos quadrinhos da DC Comics. As duas também são produtoras do filme, juntamente com Zack e Deborah Snyder e Charles Roven.


"Mulher-Maravilha 1984", assim como a primeira, é outra grande produção e merece ser assistida no cinema, tomando as devidas medidas de segurança: use máscara durante toda a exibição e não esqueça o álcool gel antes e depois da sessão.
 


Ficha técnica:
Direção:
Patty Jenkins
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h30
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: Ação / Aventura /Fantasia
Nota: 5 (de 0 a 5)

Tags: #MulherMaravilha1984, #MM84, #WW84, #WarnerBrosBrasil, #GalGadot, #PattyJenkins, #MulherLeopardo, #KristenWiig, #PedroPascal, #DCComics, #ação, #EspacoZ, #cinemanoescurinho, @cinemanoescurinho



11 dezembro 2020

Espaço do Conhecimento UFMG lança hoje o documentário "Inconfidências" sobre a mineração nas Gerais

Produção será disponibilizada no Youtube e em breve exibida no Planetário do Museu (Reprodução/Espaço do Conhecimento UFMG)
 

 Maristela Bretas

 
Sob a direção do professor Maurício Gino, da Escola de Belas Artes, e produção da equipe de Audiovisual do Espaço do Conhecimento UFMG, será lançado nesta sexta-feira (11), no canal de Youtube, o documentário "Inconfidências". O filme propõe uma reflexão sobre a atividade mineradora no Estado de Minas Gerais e seus impactos ao longo dos anos.

Por causa da pandemia de Covid-19, o lançamento do documentário será disponibilizado a partir das 18h30, como parte da comemoração virtual dos dez anos do Espaço do Conhecimento UFMG, que se encerra no dia 12 de dezembro. A programação completa está disponível em https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/acontece/10anos/

Foto: Valéria Amorim

A partir das 19h30 haverá uma roda de conversa sobre o filme com a participação dos seguintes convidados: professoras Cláudia Mayorga, Pró-Reitora de Extensão da UFMG e Sara del Carmen Rojo de la Rosa (FALE/UFMG); professor Fabrício Fernandino, diretor do Centro Cultural UFMG, e Paulo Henrique Silva, jornalista, crítico de cinema e ex-presidente da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). A mediação ficará a cargo do professor André Mintz (EBA/UFMG). 
 
O filme e a roda de conversa estarão disponíveis no canal do Espaço do Conhecimento UFMG no Youtube pelo link www.youtube.com/espacoufmg.

A produção

 

Sobre a parte técnica, o diretor Maurício Gino explica que para a produção de algumas imagens de "Inconfidências" foi usada uma lente olho de peixe, que dão o formato arredondado ao vídeo. As demais foram feitas com câmera 360 e objetivas normais. Como na sequência de fotos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo.
 
 
Foto: Valéria Amorim

O vídeo contou com a colaboração da fotógrafa Valéria Amorim que acompanhou por anos o desastre da Samarco e cedeu as fotos de seu trabalho. A equipe de Audiovisual do Espaço do Conhecimento UFMG fez a adaptação para fulldome. De acordo com o diretor, a escolha desse formato foi para que o filme seja veiculado em telas hemisféricas como a do Planetário do Espaço do Conhecimento UFMG.

Com o distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19, o vídeo precisou ser adaptado para a mídia plana. "Assumimos a deformidade da imagem, necessária ao planetário, mas por outro lado pudemos trabalhar com a textura da tela plana e inserimos uma janela com interpretação em Libras, o que não tem na versão do planetário", explicou Maurício Gino.
 


A produção começou no segundo semestre de 2019 com a gravação dos depoimentos dos entrevistados. O cronograma previa a gravação das imagens de cobertura de diversas localidades do Estado em janeiro e fevereiro de 2020, com o lançamento do vídeo no final de março. As fortes chuvas no início do ano atrasaram as expedições. 
 
Mas foi a pandemia que mais dificultou a produção, adiando a estreia no planetário neste ano. "Por outro lado, foi um desafio para que pudéssemos editar com as imagens que tínhamos em mãos e nos instigou a pensar em alternativas ao lançamento do filme no planetário, que está fechado em decorrência das medidas sanitárias. Essa versão para qual pensamos o filme será lançada quando possível, e contribui para a imersão do espectador não apenas no tema do documentário, como também nas diversas paisagens representadas”, concluiu o diretor.
 

O vídeo contou com o apoio do Sindicato dos Professores de Universidades Federais (APUBH-UFMG), por meio do Edital Arte e Cultura, e foi produzido no Espaço do Conhecimento UFMG para veiculação no Planetário do Museu.
 


Tags: #Inconfidencias, #EspaçoConhecimentoUFMG, #mineração, #MinasGerais, #BentoRodrigues, #planetário, #ValériaAmorim, #MauricioGino, #EscolaDeBelasArtesUFMG, @cinemanoescurinho

08 dezembro 2020

"Ava" se vende como inovador, mas é mais do mesmo

 

Jessica Chastain é a assassina profissional que passa a ser caçada por sua organização por causa
de um erro (Fotos: Netflix)



Jean Piter Miranda


Uma agente super bem treinada no uso de armas e nas artes marciais. Mais que isso. A melhor de todas. Que executa perfeitamente as missões em que é ordenada. Até que um dia ela comete um erro e passa a ser perseguida pelos integrantes da própria equipe. Parece familiar, não? Essa é trama de "Ava", novo filme estrelado por Jessica Chastain, disponível na Netflix.

Ela é Ava, uma assassina profissional sedutora que trabalha para uma organização secreta. Ela recebe ordens para executar pessoas em troca de dinheiro e não hesita, vai lá e faz. Assim ela fica “famosa” por ser a melhor de todas as agentes. Mas claro, isso tem um preço: Ela precisou ficar distante da família pra seguir essa “carreira” e usar o codinome Ava. Até que infringe as “regras de conduta” do seu trabalho e passa a ser perseguida pelos próprios colegas.


Olhando assim, dá pra pensar em outros filmes com enredos parecidos: "John Wick" (2014), com Keanu Reeves, "Jason Bourne" (2002), com Matt Damon, e até alguns dos muitos 007 que tivemos. Quando pensado em uma mulher como protagonista, saindo na porrada, num roteiro semelhante, lembramos de "Salt" (2010), com Angelina Jolie, "Atômica" (2017), com Charlize Theron, e "Operação Red Sparrow" (2018), com Jennifer Lawrence. Sendo assim, "Ava" já começa não trazendo nada de novo.

O roteiro também não apresenta novidade. A agente precisa voltar para a cidade natal, reencontrar a família e tentar consertar os problemas de relacionamento que ficaram para trás com a mãe e a irmã. É bem legal rever Geena Davis em um filme. Ela é Bobbi, a mãe de Eve. Fica muito naquela de “você sumiu e reaparece do nada”. A irmã Judy (Jess Weixler) é ressentida com isso, a mãe é do tipo que apazigua as coisas, pois entende bem a vida que a filha mais velha leva, mesmo não dizendo nada.


Tem o guru de Ava, Duke (John Malkovich), mais um veterano que abrilhanta o elenco. Mas, a participação dele é bem clichê e previsível. É o cara que recrutou e treinou a assassina, e meio que a considera como uma filha, apesar de tudo. O que soa como algo bem forçado. O filme não mostra nada que possa sugerir essa ligação afetiva entre os dois.

Ava começa a ser perseguida pela própria organização, que tenta matá-la. A razão pela qual vão atrás dela é de cair o queixo. Você pensa: estão querendo matar a melhor agente deles por esse motivo? É o maior furo no roteiro. Se ficar atento a isso, todo o resto da história fica sem sentido e muito forçado. Mas pelo menos, quando a ação ocorre ela garante boas cenas e muitos truques de câmera.
   


Vendo o trailer, o ponto alto do filme, o que normalmente se espera, são as cenas de luta, porrada comendo. No trailer, tudo muito legal. Na obra completa, a coisa não fica muito boa. As cenas são um tanto lentas. Jessica Chastain dá o seu máximo e até vai bem. Mas certamente não convence aos espectadores mais exigentes ou aqueles que fizerem comparações com outros filmes de ação. Ou seja, o que era para ser o destaque se torna, com muita boa vontade, a parte mediana da produção.


O elenco tem ainda Colin Farrell como vilão. Ele manda bem, como é de costume. Nos diálogos, nas cenas de ação e em tudo mais. É até bem pouco aproveitado. Quando aparece, cumpre muito bem seu papel. O melhor do filme, por sinal.  O ator Common, que interpreta Michael, o ex de Eve, assim como Farrell, teve uma participação quase dispensável, um desperdício de talento.


Para quem assistir "Ava" como mero entretenimento, tudo bem, dá pra passar. É de mediano a igual a muitos outros. Com um olhar mais crítico fica claro que se trata de uma produção fraca, melhor nem ver. Com um grande detalhe: o filme deixa em aberto uma possível continuação. Pra quem gosta do gênero e não é muito exigente, é uma boa pedida.



Ficha técnica:
Direção:
Tate Taylor
Exibição: Netflix
Duração: 1h37
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Ação / Suspense / Drama

Tags: #Ava #NetflixBrasil, #JessicaChastain, #JohnMalkovich, #CollinFarrell, #suspense, #ação, #drama, #assassinaprofissional, @cinemanoescurinho

06 dezembro 2020

"Vidas (In)visíveis - Um Arsenal de Esperança": 60 minutos de uma história de acolhimento e ajuda ao próximo

Documentário mostra o belo trabalho de solidariedade que começou no século XVIII na antiga Hospedaria do Imigrante, em São Paulo (Fotos: Luca Meola)

Maristela Bretas


"Não é apenas uma história sobre uma casa de acolhimento, mas um convite a refletir sobre amor, fraternidade e ajuda mútua". Esta é a melhor definição para "Vidas (In)visíveis - Um Arsenal de Esperança", da diretora Erica Bernardini. Um documentário emocionante feito a partir da pandemia de Covid-19 que tomou conta do mundo em 2020. A antiga Hospedaria do Imigrante, que um dia foi ponto de controle para evitar a entrada de possíveis doenças na cidade de São Paulo trazida por quem chegava ao país, retorna a suas origens para cuidar de um novo público.

A produção gira em torno do trabalho desenvolvido no Arsenal da Esperança, uma casa de acolhimento fundada em 1996 por Ernesto Olivero e Dom Luciano Mendes de Almeida, que começou em Turim, na Itália com o Arsenal da Paz e hoje possui outra unidade italiana voltada para crianças e uma na Jordânia para jovens deficientes. O abrigo paulista recebe diariamente uma média de 1.200 homens que se encontram em estado de vulnerabilidade.


Um ótimo documentário que deve ser assistido por italianos e descendentes no Brasil e pelo público em geral. Ele aborda um pouco de como era tratada a questão da saúde no início da imigração no final do século XVIII e o importante papel da Hospedaria do Imigrante. Um local que reúne milhares de histórias de imigrantes e daqueles que hoje também buscam este ponto para recomeçarem suas vidas.

Por quase 25 anos mais de 64 mil dessas pessoas, in(visíveis) para a sociedade, encontraram em sua jornada sofrida um ponto de acolhida de amor, fraternidade, compaixão e ajuda mútua no Arsenal. Mas a pandemia da Covid-19 mudou a realidade e fez com que o cuidado e a orientação aos abrigados precisassem ser reformulados.


A partir daí surge a ideia de se fazer o documentário mostrando como foi a orientação no Arsenal da Esperança a esses homens, acostumados a viverem na rua, e que agora teriam de ficar em isolamento, usar máscaras e manter afastamento de outras pessoas para evitarem a contaminação. O registro da rotina diária dentro do abrigo foi feito por dois voluntários da entidade: José Luiz Altieri Campos e o fotógrafo milanês Luca Meola.

Com depoimentos, fotos e vídeos do passado e em meio à pandemia, o documentário conta como o Arsenal da Esperança foi criado, a rotina de quem frequenta o local. Apresenta o trabalho realizado desde a fundação por missionários italianos e que se transformou em referência em acolhimento e solidariedade.


Ótimas imagens e narrações serenas e cativantes, especialmente as do padre Simone Bernardi, missionário italiano do Sermig (Serviço Missionário Jovem) - Fraternidade da Esperança, fazem da produção um documentário histórico. Mostra como a pandemia afetou a todos - funcionários e abrigados e como eles estão enfrentando a quarentena, suas angústias, medos, sonhos e a vontade de recomeçar. E como a experiência do passado foi importante para o trabalho presente. Histórias que fazem chorar e acreditar que as pessoas querem e podem ser melhores.

Acesso online

O documentário está disponível no 15º Festival de Cinema Italiano no Brasil, que acontece até esta terça-feira (08/12), em plataforma online para todo público brasileiro pelo site  www.festivalcinemaitaliano.com, em parceria com o Cine Petra Belas Artes, de São Paulo. Os ingressos para assistir ao Festival têm valor fixo de R$ 9,90 e dão direito ilimitado a toda a programação. 

A produção tem o apoio do Consulado Geral da Itália em São Paulo e da empresa de imigrantes italianos, Zini Alimentos. A diretora Erica Bernardini é uma profissional que atua há 20 anos na promoção da cultura italiana no Brasil, com diversos projetos e realizações na área.


Ficha técnica:
Direção:
Erica Bernardini
Exibição: pelo site www.festivalcinemaitaliano.com
Duração: 1h00
Produção: Arteon
Classificação: Livre
Países: Brasil /Itália
Gêneros: Documentário / Drama

Tags: #VidasIn(visíveis), #ArsenalDaEsperança, #cinemaitaliano, #HospedariaDoImigrante, #Sermig, #acolhimento, #fraternidade, #ConsuladoGeralDaItalia, #EricaBernardini, #Arteon, #documentário, @cinemanoescurinho

02 dezembro 2020

"Era uma Vez Um Sonho" é um filme pra não ser visto e sim esquecido

 

Produção parece ter sido feita para tentar uma indicação ao Oscar para Amy Adams e Glenn Close (Fotos: Lacey Terrell/Netflix)


Jean Piter Miranda


Um jovem estudante de direito da conceituada universidade de Yale está bem perto de conseguir um bom emprego. Uma vaga em uma boa empresa, uma chance de carreira promissora. É a realização do chamado "sonho americano". E é isso que o jovem JD Vance (Gabriel Basso) tem. Só há um problema: ele precisa voltar às pressas a sua cidade natal para cuidar da mãe, Bev Vance (Amy Adams), que acaba que sofrer uma overdose de heroína.

Esse é o enredo de "Era uma Vez Um Sonho", do diretor Ron Howard, disponível na Netflix. Trata-se de uma adaptação do livro "Hillbilly Elegy: A Memoir of a Family and Culture in Crisis" ("Elegia Caipira: Memórias de uma Família e uma Cultura em Crise").


A primeira impressão que se tem é que JD Vance vai salvar o dia. Que terá forças e sabedoria para lidar com todos os problemas e que no fim tudo vai dar certo. Mas não. A segunda impressão é de que Bev teve muitos problemas na vida e que as drogas foram uma fuga. E que logo vamos ver que ela é uma pessoa boa, de muitas qualidades.  Também não. Então a esperança é a avó Mamaw (Glenn Close). Novamente não. Nenhum dos personagens é simpático. Todos são muito burros e antipáticos.

O filme tenta passar uma ideia de superação das dificuldades enfrentadas pela família de Vance em suas três gerações. A história vai intercalando momentos do passado, mas nenhuma das histórias fica bem contada. Não há consistência em nada. Tudo é muito vago, forçado e superficial.



Amy Adams tem uma interpretação muito boa, de destaque. Mas passa do ponto. A caracterização para ela ficar semelhante à Bev real é elogiável. E parece que os produtores do filme se perderam nisso. Fizeram uma obra pra de qualquer jeito só pra Amy aparecer e ter sua chance à estatueta. 

O mesmo se aplica a Glenn Close. O que não sei se cola. Essa é mais uma impressão. Interpretações boas, mas que erraram a mão com um roteiro chato e cansativo. Os personagens são grosseiros, toscos. Nem com muita boa vontade você consegue torcer por eles.


Pra piorar, Haley Bennett e Freida Pinto são muito mal aproveitadas na história. Haley interpreta Lindsay, irmã de Vance, e Freida é Usha, namorada dele. As duas são personagens decorativas que nada acrescentam à história. Usha só aparece em conversas sem sentidos e bem tediosas ao telefone com Vance. E são muitas as cenas ao telefone. A cada uma você torce para o filme acabar depressa.

Daria para mostrar que gente branca também pode ser pobre nos EUA, que são muitas e que não há políticas públicas para enfrentar esse problema. Que o sistema de saúde privado é cruel: se não paga (caro) não tem atendimento. Que não há política para tratamento de dependentes químicos. Que não há oportunidade pra todos. E que só vontade e trabalho não são suficientes para vencer na vida. Mas tudo isso é ignorado. E o filme no fim só é chato mesmo.


Amy e Glenn podem ser indicadas ao Oscar e a outras premiações, muito por falta de concorrentes, uma vez que o número de lançamentos nesse ano foi bem reduzido por conta da pandemia. Mas indicações por melhor filme e direção são pouco prováveis e nada merecidas. Amy e Glenn têm interpretações bem melhores em suas carreiras. Assim como a @Netflix possui produções mais merecedoras de elogios. Definitivamente, "Era uma Vez Um Sonho" é um filme pra ser esquecido.


Ficha técnica:
Direção: Ron Howard
Exibição: Netflix
Duração: 1h56
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gênero: Drama


Tags: #EraUmaVezUmSonho, #AmyAdams, #GlennClose, #drama, #RonHoward, #Netflix, @CinemaEscurinho, @cinemanoescurinho