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14 novembro 2019

"As Panteras" mostram as garras e a força da mulher na versão 2019

Kristen Stewart, Ella Balinska e Naomi Scott, sob o comando de Elizabeth Banks, entregam uma homenagem à série original (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma versão mais engajada na luta pela valorização da mulher, unindo força, inteligência e beleza. Assim é o terceiro filme de "As Panteras", dirigido, roteirizado, produzido e estrelado por Elizabeth Banks (de "Brightburn: Filho das Trevas" - 2019). Com boas cenas de lutas e de perseguições, a produção que entra em cartaz nesta quinta-feira nos cinemas é uma homenagem à série original de TV, trazendo boas lembranças e surpresas, mas abandonando o lado machista das Charlie's Angels.


A produção tem humor, muita ação, bons efeitos especiais e interpretações que não chegam a ser marcantes, mas surpreendem em alguns casos. Kristen Stewart está muito no papel da pantera Sabina Wilson, uma agente forte, decidida e segura. Ela também é ela a responsável pelos diálogos e situações cômicas. A estrela da franquia "Crepúsculo" perdeu a carinha da inocente Bela e vem se impondo a cada filme que protagoniza. Até os vilões de "As Panteras" reconhecem que ela é uma mulher independente e resolvida.


O mesmo acontece com Jane Kano, personagem da estreante Ella Balinska, parceira de Sabina como uma das agentes do misterioso Charlie. Com pose e estatura de modelo, a jovem se sai muito bem no papel, esbanjando sedução quando dança e mostrando ser a mais experiente agente, tanto como atiradora quanto em lutas. Melhor que muito homem. A mais fraquinha e sem sal do trio é Naomi Scott (a Jasmine, de "Aladdin" - 2018 e também intérprete de Kimberly, a ranger rosa de "Power Rangers" - 2017). No filme ela é Elena Houghlin, uma cientista especializada em tecnologia que precisa ser protegida pelas Panteras, integrantes da Agência Townsend de espionagem.


Da história nascida para a TV - três Panteras, o chefe Bosley e o chefão Charlie (daí o nome "Charlie's Angels") - sobraram a ideia original e, especialmente, a inesquecível e marcante música tema orquestrada. Dezesseis anos depois de "As Panteras Detonando" (2003), a agência cresceu, agora tem atuação internacional e reúne as mais bem treinadas agentes do mundo, que atuam onde são mandadas. Não existe mais um só Bosley, mas várias partes do planeta cada um com sua equipe.


Elizabeth Banks, que tem boa atuação como uma Bosley (ou Boz, numa associação a boss) não perde a cara de vilã e passa sempre a impressão de que vai puxar o tapete de alguém. Como diretora fez um bom trabalho, reforçando do início ao fim a importância das mulheres na trama e na vida real. O roteiro, também dela, tem alguns furos, mas parece ter sido feito por uma fã da antiga série, que resolveu recontar a história das "Anjos de Charlie" numa versão atualizada e "femininamente" correta.

A trilha sonora é um dos destaques do filme. Puxada pela música tema orquestrada - "Charlie's Angel" -, criada para a série de TV, ela marcou a geração entre os anos de 1976 e 1981. Para o filme atual foi chamado um trio da pesada para interpretar a canção "Don't Call Me Angel", - Ariana Grande, Miley Cyrus e Lana Del Rey


Os personagens masculinos são colocados em segundo plano, alguns em papéis dispensáveis e outros fragilizados (como Alexander Brok, papel de Sam Claflin) ou apenas para compor cenário, como o cientista Lasgston (papel de Noah Centineo). Djimon Hounsou ("Capitã Marvel" - 2019) tem participação rápida, mas importante na trama como um dos chefes da agência. Já Patrick Stewart, o Bosley principal, não perdeu o jeito de Professor Charles Xavier, da franquia "X-Men", só que sem a cadeira de rodas.

À esquerda, elenco da série de TV; à direita,as atrizes dos primeiros filmes para o cinema (Foto/Montagem)
Três gerações de Panteras

Para quem está conhecendo agora as poderosas espiãs, vale um pouco de recordação. As primeiras panteras, da clássica série de TV, foram as atrizes Jaclyn Smith, Kate Jackson e a inesquecível loura Farrat Fawcett-Majors. Ao longo das temporadas da série, elas foram sendo substituídas por Cheryl Ladd, Shelley Hack e Tanya Roberts, mas sem o mesmo carisma e glamour das primeiras..


No ano de 2000 o trio de espiãs ganhou a versão cinematográfica com um elenco atraente e de peso - Cameron Diaz, Drew Barrymore (uma das produtoras) e Lucy Liu, na divertida e explosiva produção "As Panteras". Já o segundo filme com elas e Demi Moore -  "As Panteras Detonando" (2003) - foi bem fraquinho. No reboot deste ano, a proposta é uma volta ao passado, com um trio que não é tão carismático como os anteriores, mas dá conta do recado. O blog @cinemanoescurinho recomenda para os saudosistas e quem gosta de um filme de ação com pitadas cômicas.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Elizabeth Banks
Produção: Brownstone Productions / Sony Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h59
Gêneros: Ação / Comédia /Espionagem
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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24 outubro 2019

"Zumbilândia - Atire Duas Vezes" é comédia que faz até morto-vivo dar risada

Passados dez anos, Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Abigail Breslin e Emma Ston ainda lutam para sobreviver aos zumbis (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Dez anos depois do lançamento da comédia de terror "Zumbilândia" (2009), entra em cartaz nos cinemas, nesta quinta-feira, "Zumbilândia- Atire Duas Vezes" ("Zombieland 2: Double Tap"). Com o mesmo elenco principal, agora com ganhadores e indicados ao Oscar, e um bom elenco coadjuvante, esta continuação está sendo considerada por muitos fãs como ainda melhor e mais divertida que o antecessor. O mesmo diretor Ruben Fleischer e os roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick do primeiro filme retomam a história sobre uma epidemia zumbi que dizimou parte do mundo e proporcionam 100 minutos de boas gargalhadas, piadas picantes e sátiras a outros filmes, políticos e personalidades do mundo atual.



O quarteto principal continua sob o comando de Woody Harrelson (Tallahassee), que tem Jesse Eisenberg (Columbus) como seu braço direito. A dupla de indicados ao Oscar, que se reúne após "Truque de Mestre - O 2º Ato" (2016) está imbatível e mais entrosada que nunca. Eles garantem os melhores momentos desta produção, que tem mais de comédia e ação do que terror. Emma Stone (Wichita) parece um pouco deslocada do papel, que foi um dos maiores sucessos do seu início de carreira. 



A ganhadora da estatueta de 2017 por "La La Land", em alguns momentos, dá a impressão de estar apenas cumprindo contrato, mas não deixa a peteca cair e o talento fala mais alto. A atriz de "Pequena Miss Sunshine" (2006), Abigail Breslin, também indicada ao maior prêmio de Hollywood, deixou de ser a menina do primeiro filme e se tornou a adolescente Little Rock, que quer conhecer pessoas de sua idade e parar com tanta matança, como sua irmã Wichita e os amigos.



O elenco secundário não fica para trás: Luke Wilson (no papel do caubói Albuquerque) e seu parceiro Thomas Middleditch, como Flagstaff, um nerd matador de zumbi estão ótimos. Zoey Deutch brilha como Madison, uma típica "patricinha" burra que só veste cor de rosa e, sabe-se lá como, conseguiu sobreviver aos zumbis. Até Rosario Dawson entrou na trama como uma sedutora dona de um hotel que atira bem e dirige melhor ainda.

Além do elenco, "Zumbilândia - Atire Duas Vezes" apostou fundo no seu maior trunfo - as lutas sangrentas entre sobreviventes e zumbis. O diretor não economizou em tinta vermelha e jorra sangue por todos os lados, sem dó nem piedade. Para quem gosta do gênero, o que não falta neste filme é ação, acompanhada de muitos tiros, facadas, bombas, explosões, ataques zumbis e brigas (algumas em slow-motion para ficarem mais engraçadas).



Afinal, o que vale é sobreviver a estes monstros. Apesar de alguns furos no roteiro, o filme soube acompanhar o amadurecimento dos atores ao longo desses dez anos, mostrando que os personagens adquiriram experiência no combate ao inimigo. Mesmo quando o comportamento infantil da ala masculina mostra o contrário, exigindo a intervenção das mulheres para por ordem na casa.


E se o elenco humano é bom, melhor ainda é a turma zumbi. Grande trabalho de Tony Gardner na maquiagem e efeitos especiais. Ele é responsável por outras produções do gênero terror como "Parque do Inferno" (2018) e "A Morte Te Dá Parabéns" (2017). Também a trilha é um ponto forte e relembra sucessos como “Like a Rolling Stone”, de Bob Dylan, o reggae “Three Little Birds”, de Bob Marley and the Wailers, “Master of Puppets”, da banda Metallica e o rap "Click Clack - Get Back", de Ice Cube.

Anos depois de se unirem para atravessar o início da epidemia zumbi nos Estados Unidos, Columbus (que narra a história), Tallahassee, Wichita e Little Rock seguem buscando novos lugares para habitarem, garantindo sua sobrevivência. Quando decidem ir até a Casa Branca, acabam encontrando outros sobreviventes e percebem que precisam mudar suas vidas. Mas um novo inimigo, mais forte, pode tornar esta guerra ainda pior.



Atenção para os mais apressadinhos: como se trata de uma continuação, figuras carimbadas do humor também estão de volta e dão um show a parte, para alegria do espectador que não deve deixar a sala durante os créditos finais.  Quer ver um filme divertido e não se incomoda com sangue e cabeças cortadas? Então não perca "Zumbilândia - Atire Duas Vezes", a partir de hoje nos cinemas.


Ficha técnica:
Direção: Ruben Fleischer
Produção: Columbia Pictures / Pariah Films
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h40
Gêneros:  Comédia/ Terror/ Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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