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27 abril 2023

"Renfield" acaba com o estoque de sangue de Hollywood

Nicolas Cage e Nicholas Hoult dividem as atenções como o conde Drácula e seu assistente comedor de insetos (Fotos: Universal Studios)


Maristela Bretas


Um banho de sangue e violência do início ao fim. E apesar de ser um filme de terror que cumpre o que propõe, "Renfield - Dando Sangue Pelo Chefe" é também uma boa comédia com muita ação que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. 

O diretor Chris McKay ("Lego Batman: O Filme" - 2017) entrega uma boa produção para os apreciadores do gênero e a carnificina é tanta que vai faltar tinta vermelha para os próximos filmes do gênero. 


Membros decepados, cabeças cortadas, paredes tingidas com os corpos das vítimas do vilão. Ninguém menos que o famoso Conde Drácula (interpretado pelo vencedor do Oscar, Nicolas Cage) que conta com a ajuda de seu assistente Renfield (Nicholas Hoult, de "X-Men: Apocalipse" - 2016). 


Cage arrasa no papel e conta com um trabalho de maquiagem perfeito, acompanhando a transformação do famoso vampiro, de um quase cidadão de roupas e comportamento estranhos para o monstro assassino.

Hoult também tem seus momentos de mudança, do jovem com aparência "quase inocente" para o serviçal sanguinário que escolhe as vítimas a serem servidas como um banquete para seu chefe. 


A história é contada a partir dessa relação de dependência tóxica e poder. Renfield é o narrador e desabafa sobre seus problemas durante uma sessão coletiva com pessoas que querem deixar seus parceiros ou chefes abusivos.

O longa mostra como Renfield se torna um assistente e, ao mesmo tempo, dependente de Drácula. Como um viciado, ele precisa se alimentar de insetos para adquirir poderes especiais e força descomunal. Mas a vida de assassino e delivery de corpos começa a desagradar o jovem. 


Durante uma de suas caçadas noturnas pelo banquete humano, Renfield conhece a incorruptível policial Rebecca Quincy (interpretada por Awkwafina, de "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" - 2021). 

Ele a ajuda a combater uma família de traficantes chefiada por Teddy Lobo (Ben Schwartz) e a mãe dele, Eita (Shohreh Aghdashloo) que matou o pai de Rebecca e domina a cidade e a polícia. 

O jovem passa a questionar os desejos e a insanidade daquele que chama de mestre e descobre que existe uma vida "normal" entre os humanos. 


Renfield decide deixar de ser um vilão e Drácula não fica nada satisfeito. Para puni-lo, vai deixando um rastro de mortes de pessoas ligadas a seu agora ex-ajudante.

O diretor Chris McKay soube usar bem o sarcasmo e a comicidade para mostrar o que seria um relacionamento abusivo entre um chefe e seu subordinado (quem nunca passou por isso?).


Toda essa matança conta com efeitos visuais excelentes, um ponto forte do filme, além das ótimas interpretações de Cage, Hoult e Awkwafina. O ritmo ágil do filme não deixa o expectador se sentir confortável por muito tempo na cadeira do cinema.

"Renfield - Dando Sangue Pelo Chefe" é um filme para pessoas de estômago forte, mesmo tendo um lado cômico. Mas vale a pena conferir, especialmente por Nicolas Cage, que durante entrevista classificou o enredo como algo “corajoso, original e peculiar”.


Ficha técnica:
Direção: Chris McKay
Produção: Skybound Entertainment e Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h32
Classificação: 18 anos
País: EUA
Gêneros: terror, ação e comédia

24 janeiro 2023

Conheça as indicações ao Oscar 2023

(Fotomontagem: Marcos Tadeu)


Silvana Monteiro


No próximo dia 12 de março, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas apresenta os vencedores do Oscar 2023. A 95ª edição da cerimônia de entrega dos Academy Awards será no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia. Nesta terça-feira foram anunciados os indicados aos prêmios em todas as categorias. Veja abaixo:

MELHOR FILME
- Elvis
- Entre Mulheres
- Nada de Novo no Front
- Os Fabelmans
- Os Banshees de Inisherin
- Tár
- Top Gun: Maverick
- Triângulo da Tristeza
- Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

MELHOR DIREÇÃO
- Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Martin McDonagh, por "Os Banshees de Inisherin"
- Ruben Östlund, por "Triângulo da Tristeza"
- Steven Spielberg, por "Os Fabelmans"
- Todd Field, por "Tár"

"Os Fabelmans" (Universal Pictures)

MELHOR ATOR
- Austin Butler, por "Elvis"
- Brendan Fraser, por "A Baleia"
- Bill Nighy, por "Living"
- Colin Farrell, por "Os Banshees de Inisherin"
- Paul Mescal, por "Aftersun"

MELHOR ATRIZ
- Ana de Armas, por "Blonde"
- Andrea Riseborough, por "To Leslie"
- Cate Blanchett, por "Tár"
- Michelle Williams, por "Os Fabelmans"
- Michelle Yeoh, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"


"Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo
Tempo" (Foto: A24)


MELHOR ATOR COADJUVANTE
- Berry Keoghan, por "Os Banshees de Inisherin"
- Brian Tyree Henry, em "Causeway"
- Brendan Gleeson, por "Os Banshees de Inisherin"
- Judd Hirsch, em "Os Fabelmans"
- Ke Huy Quan, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
- Angela Bassett, por "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre"
- Hong Chau, por "A Baleia"
- Jamie Lee Curtis, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Kerry Condon, por "Os Banshees de Inisherin"
- Stephanie Hsu, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

"Os Banshees de Inisherin" (Foto: Film4 Productions)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
- Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Martin McDonagh, por "Os Banshees de Inisherin"
- Ruben Östlund, por "Triângulo da Tristeza"
- Steven Spielberg & Tony Kushner, por "Os Fabelmans"
- Todd Field, por "Tár"

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
- Edward Berger, Lesley Paterson & Ian Stokell, por "Nada de Novo no Front"
- Ehren Kruger, Eric Warren Singer & Christopher McQuarrie, por "Top Gun: Maverick"
- Kazuo Ishiguro, por "Living"
- Rian Johnson, por "Glass Onion: Um Mistério Knives Out"
- Sarah Polley, por "Entre Mulheres"


Top Gun:Maverick (Foto: Paramount Pictures)

MELHOR TRILHA SONORA
- Carter Burwell, por "Os Banshees de Inisherin"
- John Williams, por "Os Fabelmans"
- Justin Hurwitz, por "Babilônia"
- Son Lux, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"
- Volker Bertelmann, por "Nada de Novo no Front"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
- Lady Gaga - "Hold My Hand" (de "Top Gun: Maverick")
- M. M. Keeravani - "Naatu Naatu" (de 'RRR")
- David Byrne/Mitski/Son Lux - "This is a Life" (de "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo")
- Sofia Carson - "Applause" (de "Tell it Like a Woman")
- Rihanna - "Lift Me Up" (de "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre")


"Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" (Foto: Marvel)

MELHOR FOTOGRAFIA
- Darius Khondji, por "Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades"
- Florian Hoffmeister, por "Tár"
- James Friend, por "Nada de Novo no Front"
- Mandy Walker, por "Elvis"
- Roger Deakins, por "Império da Luz"

MELHOR EDIÇÃO
- Eddie Hamilton, por "Top Gun: Maverick"
- Mikkel E.G. Nielsen, por "Os Banshees de Inisherin"
- Matt Villa & Jonathan Redmond, por "Elvis"
- Monika Willi, por "Tár"
- Paul Rogers, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

"Elvis" (Foto: Warner Bros. Pictures)

MELHOR FIGURINO
- Catherine Martin, por "Elvis"
- Jenny Beavan, por "Sra. Harris Vai a Paris"
- Mary Zophres, por "Babilônia"
- Ruth E. Carter, por "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre"
- Shirley Kurata, por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo"

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
- Avatar: O Caminho da Água
- Babilônia
- Elvis
- Nada de Novo no Front
- Os Fabelmans

MELHOR CABELO & MAQUIAGEM
- A Baleia
- Batman
- Elvis
- Nada de Novo no Front
- Pantera Negra: Wakanda Para Sempre


Babilônia (Foto: Paramount Pictures)

MELHOR SOM
- Avatar: O Caminho da Água
- Batman
- Elvis
- Nada de Novo no Front
- Top Gun: Maverick

MELHORES EFEITOS VISUAIS
- Avatar: O Caminho da Água
- Batman
- Nada de Novo no Front
- Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
- Top Gun: Maverick

"Avatar: O Caminho da Água" (Foto: 20th
Century Studios)

MELHOR ANIMAÇÃO EM LONGA METRAGEM
- A Fera do Mar
- Gato de Botas 2: O Último Pedido
- Marcel the Shell with Shoes On
- Pinóquio, de Guillermo del Toro
- Red - Crescer é uma Fera

MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA METRAGEM
- An Ostrich Told Me the World is Fake and I Think I Believe It
- Ice Merchants
- My Year of Dicks
- The Boy, the Mole, the Fox and the Horse
- The Flying Sailor

MELHOR CURTA METRAGEM EM LIVE-ACTION
- An Irish Goodbye
- Ivalu
- Le Pupille
- Night Ride
- The Red Suitcase

"Pinóquio", de Guillermo del Toro (Foto: Netflix)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
- Argentina, 1985 (Argentina)
- Close (Bélgica)
- EO (Polônia)
- Nada de Novo no Front (Alemanha)
- The Quiet Girl (Irlanda)

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA METRAGEM
- A House Made of Splinters
- All That Breathes
- All The Beauty and the Bloodshed
- Fire of Love
- Navalny

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA METRAGEM
- Haulout
- How do You Measure a Year?
- The Elephant Whisperers
- The Martha Mitchell Effect
- Stranger at the Gate

"Argentina, 1985" (Foto: Amazon Prime Vídeo)


12 janeiro 2023

"Os Fabelmans" é uma declaração de amor de Steven Spielberg à família e ao cinema

Gabriel LaBelle entrega ótima interpretação do personagem Sam, quando começou a fazer filmes (Fotos: Universal Pictures)


Maristela Bretas


Um gênio, tanto na criatividade para criar uma das maiores sagas de ficção do cinema, quanto na sensibilidade ao abordar dramas que nos fazem chorar. Esse é Steven Spielberg, que agora conta sua história na produção "Os Fabelmans", em cartaz a partir desta quinta-feira (12), nos cinemas.


Em cada detalhe do filme, que além de dirigir ele roteirizou em parceria com Tony Kushner, é possível ver a marca do diretor, sempre preocupado com os detalhes. Seja com a luz da locação, a poeira de uma explosão, o brilho de um tiro durante a filmagem de um western caseiro ou no olhar de uma criança ao assistir seu primeiro filme na tela de cinema. 

Essa é a história de "Os Fabelmans", contada com pureza e encantamento, que leva o público a conhecer um pouco mais da vida de Spielberg. Um menino sensível, filho de judeus, que tem boa relação com os pais, irmãs, avós e amigos da família e da escola. 


Foi com uma filmadora, muita criatividade e apoio dos pais (especialmente da mãe) que Spielberg começou a encantar as pessoas desde pequeno. Já adolescente quebrou a timidez usando seus projetos cinematográficos para se expressar e colocar para fora seu amor, frustrações, traumas e sonhos. O cinema se tornou sua vida, coração, mãos e olhos. 

De forma simples, sem abusar de efeitos visuais, "Os Fabelmans" é um retrato pessoal da infância dele na década de 1950 até a adolescência, quando se entrega totalmente ao amor pela Sétima Arte. 


Sam Fabelman (em ótima interpretação de Gabriel LaBelle, que seria Spielberg), é um jovem que descobre um segredo familiar devastador. Isso vai mudar sua forma de encarar o mundo e as pessoas ao seu redor, usando a magia e o poder do cinema. 

A preocupação com cenários e personagens é muito grande por parte de toda a equipe. Um dos exemplos é a casa da família Fabelman, uma reprodução perfeita da residência da infância de Spielberg. 


Mesmo com o excesso de detalhes, o filme não se torna monótono, especialmente porque os fãs vão reconhecer nas cenas situações que podem ter levado o diretor a criar algumas de suas grandes obras.

Novamente sob a batuta de John Williams, parceiro de Spielberg em grande parte de suas produções para o cinema, a trilha sonora, sem nenhuma novidade, é perfeita e envolvente. Além do roteiro, "Os Fabelmans" também brilha no figurino de época, iluminação e locações. 


No elenco do filme estão também Michelle Williams ("Manchester à Beira-Mar" - 2017), que interpreta a mãe de Sam; Paul Dano ("Batman" - 2022), no papel do pai; Seth Rogen ("Jobs" - 2016), como o amigo da família; Julia Butters ("Era Uma Vez... em Hollywood" - 2019), irmã de Sam; Robin Bartlett (avó materna), Jeannie Berlin (avó paterna) e Judd Hirsch (tio Boris).

Sobre a escalação do elenco, Steven Spielberg comenta que quando começou a pensar em quem poderia interpretar sua mãe, “algumas pessoas surgiram na minha cabeça de imediato”.


Steven Spielberg

O olhar sempre atento aos detalhes explica como nasceu a saga "Star Wars", feita com poucos recursos, maquetes e muita imaginação e ser referência até hoje no mundo geek. 

Com uma invejável lista de produções de sucesso, Spielberg soube explorar quase todos os gêneros, como a ficção com grandes produções como "E.T. - O Extraterrestre" (1982), "Poltergeist" (1982) e "Contatos Imediatos do Terceiro Grau" (1977). 


A aventura e o suspense não ficaram de fora - "Encurralado" (1971), "Tubarão" (1975), a trilogia "Indiana Jones" (de 1981 a 2022) e "Jurassic Park - Parque dos Dinossauros" (1993 e 1987) são bons exemplos da investida do diretor nestas categorias. 

Mas um dos temas preferidos, ainda jovem, foi a guerra, por causa do pai que lutou na 2ª Guerra Mundial - "A Lista de Schindler" (1993), "Império do Sol" (1987) e "O Resgate do Soldado Ryan" (1998) comprovam isso. 


Elogiado pelos principais sites de críticas internacionais, "Os Fabelmans" já conquistou dois prêmios importantes até o momento - Melhor Filme de Drama e Melhor Diretor, do 80º Globo de Ouro, e Melhor Filme do Ano pelo American Film Institute Awards (AFI) 2022. Sem contar que é um forte candidato ao Oscar 2023. 


Uma produção para ser vista, revista e admirada por sua sensibilidade ao mostrar como o diretor capturou com sua câmera a vida e as pessoas ao seu redor. E transformou tudo em magia e arte, mesmo quando as imagens não mostravam o melhor da humanidade.


Ficha técnica:
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Spielberg e Tony Kushner
Produção e distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h31
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: drama, biografia
Nota: 4,5 (em 5)

03 janeiro 2023

Confira os melhores filmes de 2022 escolhidos pela equipe do Cinema no Escurinho

Fotos: Divulgação

 

Equipe Cinema no Escurinho


Alguns dos integrantes do blog Cinema no Escurinho escolheram seus filmes preferidos de 2022. Sem fugir dos blockbusters, fizemos uma seleção do que ainda está no cinema e das produções em exibição nas plataformas de streaming.

Houve um consenso de que os filmes do ano que se encerrou foram bem mais fracos do que se apresentou no passado. A cada dia que passa, as plataformas digitais têm agradado mais ao público, oferecendo horas e horas de entretenimento, com conteúdo nem sempre satisfatório, mas capaz de afastar o espectador das salas de cinema.

O que se constata, no entanto, é que o mercado vem sendo inundado com um grande volume de produções, para os formatos físico e digital, mas que não significam sinônimo de qualidade em muitos casos.


Veja o que nossos colaboradores indicam e saiba onde assistir. Alguns desses longas ainda podem ser conferidos nas salas de cinema, outros nos streamings e o restante aguardando uma chance para ganhar um lugar ao sol nos espaços de exibição. 

Marca aí na sua lista e não deixe de conferir. Tem sugestões para todos os gostos.

Maristela Bretas
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- Doutor Estranho no Multiverso da Loucura - Sam Raimi - Disney+
- Ela Disse - Maria Schrader - nos cinemas
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo
- Pureza - Renato Barbieri - Globo Play
- Enfermeiro da Noite - Tobias Lindholm - Netflix
- Mundo Estranho - Don Hall e Qui Nguyen - Disney+
- Filho da Mãe - Susana Garcia e Ju Amaral - Prime Vídeo



Mirtes Helena
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- O Enfermeiro da Noite - Tobias Lindholm - Netflix
- O Milagre - Sebastián Lelio - Netflix

Jean Piter
"Os estúdios de cinema e de streaming estão preferindo mais o volume de produção do que a qualidade. Blockbusters, do tipo "Star Wars", parecem estar perdendo a linha, criando coisas porque sabem que têm um público cativo. Da mesma forma a DC e a Marvel.  

Eles roubam grande parte da audiência, é dinheiro garantido nas bilheterias e isso acaba tirando o espaço de outras produções, interferindo no calendário de lançamentos. E com isso, o público acaba ficando meio refém dessas grandes produções." 


"De forma geral, eu vejo que a gente está tendo muitas produções mas pouca qualidade. foi meio difícil fazer esta lista de 2022. E cada vez mais a gente vai ver grandes produções lançadas diretamente no streaming."

- Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo - Daniel Scheinert e Daniel Kwan - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- O Predador: A Caçada - Dan Trachtenberg - Star+
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo


Marcos Tadeu
"Assim como Jean Piter, eu também acho que o mercado do cinema está muito inchado, com muitas produções em streaming. Às vezes, fica até difícil de ver tudo e achar filmes que são muito bons, mas que se perdem no volume de opções oferecidas. 

Neste ponto, o cinema ajuda na escolha. Eu também acho que falta qualidade. Não tive tanta dificuldade em escolher, pois meu critério foi mais o que passou no cinema. Se ficasse refém ao streaming, tivesse mais dificuldade."

Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo - Daniel Scheinert e Daniel Kwan - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Sorria - Parker Finn - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- O Predador: A Caçada - Dan Trachtenberg - Star+
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING


Carol Cassese
- Triângulo da Tristeza - Ruben Östlund - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
O Próximo Passo - Cédric Klapisch - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- O Menu - Mark Mylod - HBO Max
- O Bom Patrão - Fernando León de Aranoa - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Mães Paralelas - Pedro Almodóvar - Netflix
- O Milagre - Sebastián Lelio - Netflix
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Noites de Paris - Mikhaël Hers - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- A Acusação - Yvan Attal - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING


Eduardo Jr.
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Respect - A História de Aretha Franklin - Liesl Tommy - Prime Vídeo
- As Verdades - José Eduardo Belmonte - Telecine
- Mães Paralelas - Pedro Almodóvar - Netflix

22 outubro 2022

Com muita pancadaria e boas cenas de ação, Dwayne Johnson apresentar o anti-herói "Adão Negro"

Produção volta cinco mil anos no tempo para explicar origem de novos vilões do Universo DC (Fotos: Warner Bros.)


Maristela Bretas


Quase cinco mil anos se passaram e foi preciso o Universo Estendido da DC trazer Dwayne Johnson para tentar recuperar o público que ficou um pouco decepcionado após "Batman VS Superman - A Origem da Justiça" (2016) e "Liga da Justiça" (2017), que acabou ganhando uma versão mais atraente - "Liga da Justiça - Snyder Cut" (2021). 

Mas será que conseguiu? É o que pode ser conferido em "Adão Negro" ("Black Adam"), novo longa-metragem em cartaz nos cinemas brasileiros que tem o grandalhão carismático dos filmes de ação e aventura como protagonista e produtor executivo. Além de ótimos efeitos visuais, especialmente para quem for assistir no formato Imax.


Claro que Johnson não iria apostar tão alto no papel de um super-herói se não fosse para dar certo. Mesmo representando um quase vilão, o que foge do perfil da maioria de seus papéis do "cara fortão", que bate muito, mas é sempre o protetor dos fracos e oprimidos. "The Rock" consegue fazer com que o público torça por ele, mesmo sendo inimigo dos heróis da Sociedade da Justiça. 


Mas quem é Adão Negro? Que Sociedade da Justiça é essa? Se você não é um amante dos quadrinhos, como a maioria que vai ao cinema para assistir filmes desse gênero só pela diversão, vai ficar boiando em muitas coisas. 

O filme dá respostas para algumas dessas dúvidas, como a origem desse anti-herói. Quanto à Sociedade da Justiça, trata-se do grupo da DC Comics que foi a base do que viria a se tornar a Liga da Justiça. 


Não é necessário ter assistido todos os filmes ou lido HQs da DC para entender a história de "Adão Negro". Como falei antes, tudo começa há quase 5.000 anos, quando o escravo Teth-Adam/Adão Negro recebe poderes dos deuses. Por vingança contra aqueles que escravizavam seu povo e destruíram sua família na antiga cidade de Kahndaq, ele resolve usar esses poderes numa destruição geral. 


Por causa disso é aprisionado pelos deuses numa tumba terrena até os dias de hoje, quando é libertado. Sem entender o novo mundo e sendo reverenciado pela população de Kahndaq como salvador, ele se une ao jovem Amon (Bodhi Sabongui) e à mãe dele, Adrianna (Sarah Shahi) para colocar um fim à ditadura da Intergangue, que domina a cidade. 


No entanto, a aparição do Adão Negro em Kahndaq chama a atenção da Sociedade da Justiça, que envia um quarteto de heróis à cidade para detê-lo. 

Liderados por Gavião Negro (Aldis Hodge, de "O Homem Invisível" - 2020), temos no grupo o Senhor Destino (Pierce Brosnan, um dos inesquecíveis e charmosos James Bond, muito bem no papel) e os quase desconhecidos Ciclone (Quintessa Swindell) e Esmaga-Átomo (Noah Centineo).


O que o quarteto de heróis não contava era com a revolta da população contra eles, que pela primeira vez tinha um salvador para defender o povo. Mesmo que os métodos de Teth-Adam sejam questionáveis. Para ele, só a morte dos inimigos resolve o problema.

Ao ser convidado para dirigir o longa, Jaume Collet-Serra afirmou que achou empolgante mostrar na telona um mundo dos super-heróis com "personagens que andam na linha tênue entre fazer a coisa certa e fazer o que precisa ser feito quando o sistema falha, de personagens que são capazes de fazer justiça da maneira que outras pessoas não conseguiram".


"Adão Negro" não foge aos critérios de um filme de super-heróis - muito tiro, porrada e bomba, com um ator renomado no gênero de ação dominando, juntamente com Aldis Hodge (outro destaque da produção) e Pierce Brosnan fazendo a parte pensante e ponderada. O verdadeiro vilão novamente tem uma presença frustrante, como outros do Universo DC, apesar de ser interpretado pelo conhecido ator Marwan Kenzari, de "Aladdin" (2019).

O longa também mantém o padrão de outras produções da DC, como a prevalência do tom escuro nas cenas e nos trajes dos personagens. As asas do Gavião Negro são um espetáculo a parte quando abertas. Já o Senhor Destino brilha com sua roupa azul e o maravilhoso capacete dourado. 


Os mais "fracos" na trama são Ciclone, que acrescenta um arco-íris de cores quando entra na briga e Esmaga-Átomo. Este usa um traje semelhante ao do Homem-Formiga (filme de 2015)e tem o mesmo superpoder de se tornar um gigante, além de ser um herói atrapalhado, como seu rival da Marvel.


Apesar da presença de Dwayne Johnson, o longa não consegue fugir da comparação entre a DC e a Marvel, mas a primeira ainda está um passo atrás da concorrente. Em "Adão Negro", no entanto, já é possível perceber uma evolução nas cenas de ação, mesmo com a insistência de usar a câmera lenta nas batalhas.


Não se surpreenda se ao longo do filme ouvir a palavra "Shazam!". A origem dos poderes de Adão Negro (o cara violento e meio vilão) e Shazam (o super-herói bobão e bonzinho do filme de 2019) é a mesma e explicada, superficialmente, justificando uma continuação, dependendo da bilheteria da produção em cartaz nos cinemas. E também tem relação com outro integrante da Liga da Justiça. Fica a dica: não saia do cinema antes da única e especial cena pós-crédito.


Ficha técnica
Direção: Jaume Collet-Serra
Produção: New Line Cinema e DC Entertainment
Distribuição: Warner Bros.
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h05
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: ação, fantasia, aventura

04 agosto 2022

A bordo de um "Trem Bala", uma matança geral com humor sarcástico, sob o comando de Brad Pitt

Filme tem uma trama com histórias entrelaçadas de vinganças, traições e elenco caro (Fotos: Scott Garfield/Divulgação)


Maristela Bretas


Muito sangue, tiros, porrada e bombas, com piadinhas no estilo americano e um elenco caro. Tudo isso está no filme "Trem Bala" ("Bullet Train"), que traz Brad Pitt ("Era Uma Vez Em... Hollywood" - 2019) como protagonista, comandando quase toda a ação e o Japão como pano de fundo. 

O longa se passa na maior parte do tempo dentro de um trem bala (por isso o nome) japonês, com algumas cenas externas dos trilhos e estações e nos flashbacks que vão explicando a trama. A estreia nos cinemas brasileiros é nesta quinta-feira.


Com uma trilha sonora de canções americanas como "Stayin' Alive", do Bee Gees, cantadas em versão nipônica (que agradam), e piadinhas nem sempre engraçadas, especialmente as de Brad Pitt, "Trem Bala" explora o ritmo frenético para contar várias histórias interligadas, com muita ação, o tempo todo. 

Pitt está muito bem no papel, não tem um momento de sossego. Mas o melhor da trama é a dupla de irmãos Tangerina e Limão, formada respectivamente por Aaron Taylor-Johnson ("Vingadores - A Era de Ultron" - 2015) e Brian Tyree Henry ("Eternos" - 2021). Eles são tão atrapalhados e mortais que conseguem fazer rir até quando estão matando alguém.


Destaque também para as atuações de Joey King "("Despedida em Grande Estilo" - 2017 e da série "The Act"), como a "inocente" Prince, e do ator japonês Hiroyuki Sanada, conhecido do público brasileiro por trabalhos como "Army of the Dead: Invasão em Las Vegas" (2021), "Vingadores: Ultimato" (2019) e a participação em temporadas da série "Westword". 

O elenco conta ainda com Michael Shannon ("Batman Vs Superman - A Origem da Justiça" - 2016) e Logan Lerman, que ganha menções engraçadas de Tangerina e Limão por seu papel nos filmes do herói Percy Jackson ("Ladrão de Raios" - 2010 e "Mar de Monstros" - 2013).


No filme, Ladybug/Joaninha (Brad Pitt) é um assassino azarado, determinado a fazer seu trabalho pacificamente depois de muitas missões saírem dos trilhos. Quase desistindo de sua carreira, ele é recrutado por Maria Beetle (Sandra Bullock) para roubar uma maleta misteriosa em um trem-bala indo de Tóquio para Morioka. 

Porém, nesta última missão, Ladybug terá de enfrentar a bordo do trem, assassinos de várias partes do mundo que querem a maleta e vingança entre eles por crimes passados em que estiveram envolvidos. 


Ou seja, além de muita pancadaria, a matança é geral. E a versão zen de Brad Pitt só quer sair dali e viver em paz, mas terá de descobrir como se manter vivo até o final da viagem, usando seus conhecimentos de matador e sem pegar em armas.

O público pode escolher a modalidade de homicídio, tem um pouco de cada: tiros, espadas, facas, serras elétricas, sufocamento, quedas e muito, muito sangue jorrando. O excesso de violência é aliviado com humor sarcástico. Há sempre uma piada ou um comentário cômico antes de uma luta ou morte. Bem no estilo do diretor David Leitch, responsável por sucessos como "Deadpool 2" (2018), "Velozes & Furiosos - Hobbs & Shaw" (2019) e "Atômica" (2017).


Sandra Bullock tem uma aparição relâmpago no final, apesar de conversar o tempo todo com Brad Pitt ao telefone. Se o público ficar atento e não piscar os olhos poderá perceber que até Ryan Reynolds também surge no longa. Ou seja, muitas estrelas que não foram bem aproveitadas em "Trem Bala", o que deixa a desejar. 

O filme poderá agradar aos fãs do estilo de filme de ação de Leitch. Até mesmo um trailer cômico foi produzido para divulgação da produção com narração do locutor de futebol Silvio Luis. "Olho no lance" e clique aqui para conferir.


Ficha técnica:
Direção: David Leitch
Produção: Sony Pictures / CTB
Distribuição: Sony Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h07
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: ação, suspense